4º Mundial de Jiu-Jitsu: Comprido e Léo Leite dão titulo a Alliance

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Podio do pesado preta: Bustamante (ouro), Paulão (prata) e Gurgel (Bronze)

Realizado no último final de semana de junho de 1999 no Tijuca Tenis Clube, a 4º edição do mundial de Jiu-Jitsu foi marcada pela renovação. Das 10 categorias disputadas na faixa preta, apenas quatro foram vencidas pelos tops da velha guarda (Royler, Traven, Bustamante e Alexandre Paiva). O resto ficou com a garotada: Omar Salum, Robinho, Shaolin, Saulo, Paulo Filho, Comprido e Léo Leite). E a renovação continuou nos pódios da faixa marrom com nomes como Ricardo Arona, Fernando Terere, Fernando Margarida, Matt Serra, BJ Penn, Gabriel Napão e Ricardo Vieira. 

Esta edição também foi marcada por clássicos antológicos que entraram para a história do Jiu-Jitsu, como Royler x Léo Santos; Amaury Bitetti x Roberto Roleta; Minotauro x Roleta; Haroldo Cabelinho x Jean Jaques; Saulo x Roleta; Leca x Daniela Paiva; Mario Sperry x Léo Leite e Rodrigo Comprido x Roleta.

Reportagem Luciano Andrade e Marcelo Alonso

Fotos Marcelo Alonso e Fernando Azevedo

Com apenas 21 anos Leo Leite e Rodrigo Comprido garantiram dois ouros e o mundial para a Alliance

EMOÇÃO ATÉ O ÚLTIMO SEGUNDO

Após três dias de muita disputa, o 4º  Mundial de Jiu-Jitsu caminha para um desfecho emocionante. Falta apenas uma luta para acabar o campeonato, na verdade a mais importante de todas, a final do absoluto preta entre Rodrigo Medeiros e “Roleta”. A luta decide não só o título da categoria, como também de todo o campeonato. Se der Rodrigo a Alliance vence, se der Roleta, ganha a Gracie Barra. Antes da luta o clima é de total favoritismo para o aluno de Carlinhos Gracie Jr. Só que o pessoal da Alliance não pensava assim e depositava total confiança em Medeiros, inclusive fazendo uma corrente de pensamento de arrepiar antes da decisão. Começa a luta e os dois puxam para a guarda, Rodrigo vai para cima e ganha uma vantagem, mas agora teria que cumprir uma missão quase impossível: passar a guarda do adversário. Nesse momento Rodrigo emenda numa certeira kimura de pé e finaliza Roleta em questão de segundos. Alliance bicampeã mundial de Jiu-Jitsu, num evento marcado pela vitória da nova geração da Arte Suave. Geração de Leonardo Leite, que assim como Rodrigo Medeiros derrotou o ícone da Carlson, Zé Mário. Vitória dos dois Leonardos. (Santos e
Vieira), que apesar de terem perdido para Royler, em duas lutas pra lá de polêmicas, saíram por cima do campeonato, com apoio quase total da torcida. Vitória de Haroldo “Cabelinho”, finalizando em 18 segundos o favoritíssimo Jean Jacques e, acima de tudo, vitória de Saulo, provando que ainda é o n° 1 do Jiu-Jitsu.

 

SAULO RIBEIRO REAFIRMA SUA HEGEMONIA

Fora a grande final do absoluto, vencida por Rodrigo Medeiros, que na luta anterior ainda havia ganho de Zé Mário, numa luta muito apertada, decidida por uma vantagem, a faixa preta reservou emoções muito fortes para o público no último dia de competição. Apesar de não ter lutado no absoluto, decepcionando a torcida, Saulo saiu deste Mundial aclamado como o melhor lutador de Jiu-Jitsu da atualidade, visto que teve um desempenho excepcional na sua categoria, o meio-pesado. Muita gente questionava se ele seria capaz de derrotar os outros dois favoritos do peso, Amaury Bitetti e Roleta. De Amaury, Saulo nem precisou ganhar, já que o mesmo perdeu, por 2×0 (raspagem), na semifinal contra o criador do esqui-jitsu. Na final, Saulo ganhou de Roleta (2×1 nas vantagens), que já o havia derrotado duas vezes, e calou de vez todos os que colocavam em dúvida sua capacidade. Nas suas lutas anteriores, o manauara não teve problemas para finalizar rápido Marcelo Hertz e o paulista Givanildo Santana, que aliás deu um susto na torcida da Gracie Humaitá, encaixando um relógio no pau, que deixou Saulo com o pescoço duro até o fim do dia, optando, por isso, não lutar o absoluto. Na sequência, Ribeiro passou por Zé Marcelo (5×0), caminhando incólume para a final. “Agora eu tô estudando uma proposta do Pride para lutar Vale-Tudo, só que eles querem me pagar uma merreca (US$ 3 mil). Se eu aceitar, além de tá quebrando a minha firma, também vou quebrar a de todo mundo aqui no Brasil. Se eles pagarem o preço que merece um top do Jiu-Jitsu, luto amarradão”, avisou o campeão após vencer a tão esperada revanche com Roleta, onde usou toda a sua malandragem para administrar uma única vantagem de diferença e levar o título. Saulo não mostrou apenas técnica, mas também um fator importante para a vitória da nova geração do Jiu-Jitsu e às vezes um pouco esquecido por alguns dos antigos ícones da Arte Suave: o preparo físico. 

Saulo venceu Roleta na final do meio pesado e confirmou ser o No1 do Jiu-Jitsu

SHAOLIN E ROBINHO LEVAM OURO PRA NOVA UNIÃO

E por falar em preparo físico, este foi, sem dúvida, o maior diferencial apresentado por Vítor “Shaolin” contra seus adversários. Há alguns meses se preparando com o professor Paulo Caruso, Shaolin esbanjou gás, saindo inteiro de todas as suas lutas. Na final, Vítor fez luta pau a pau contra seu arquirrival Márcio Feitosa e, após um empate de 2×2 nos pontos (Feitosa deu queda e Shaolin raspou), venceu por uma vantagem. Apesar da derrota, Márcio protagonizou alguns dos melhores momentos da preta, fazendo luta emocionante contra Renato Barreto na semifinal (6×2). A verdade é que a categoria leve, hoje, é um verdadeira área feudal dos dois finalistas. Vai ser muito difícil desbancá-los no peso. Nas demais categorias a nova geração continuou estendendo seus tentáculos assustadores sobre seus adversários. No pluma o brilhante Robson Moura mostrou sua técnica irretocável mais uma vez e venceu três das quatro lutas que fez por finalização. “Agora o negócio é subir para o pena para poder ter lutas mais difíceis e tentar melhorar o meu currículo”, declarou Robson após as vitórias.

LÉO LEITE VENCE MARIO SPERRY 


E Léo Leite, de quem tanto se falava antes do evento? Cumpriu tudo o que falavam dele, utilizando sua técnica de Judô com muita inteligência e utilizando todas as regras a seu favor. Com Flávio Canto marcando presença para torcer por seu amigo, Léo passou com dificuldades pelas duas primeiras lutas contra Renato Ferro e Daniel Simões, guardando seu melhor desempenho para a final, contra Zé Mário. Nesta luta Zé tentou de todas as formas raspar seu oponente, mas esbarrou numa base sólida que nem rocha e acabou cansando, permitindo que Leite passa-se a controlar totalmente o combate. No finzinho Leonardo ainda conseguiu passar a guarda de Zé Mário. Apesar da derrota, e do cansaço, o aluno de Carlson Gracie ainda meteu as caras no absoluto, dando um show de garra ao vencer fortíssimos adversários como Austregésilo Reis, do Bolão. Após gastar todas as suas. forças no campeonato, Zé “Máquina” conseguiu um suado terceiro lugar, saindo i ovacionado pela torcida graças à sua postura impecável de atleta.

MINOTAURO FAZ MELHOR LUTA COM ROLETA


Outra fera da nova geração que arrebentou na competição foi o Robocop Baiano
Rodrigo “Minotauro”. Após perder para Traven, por uma vantagem, no peso, Minotauro mostrou seu valor no absoluto, onde venceu fácil seus 3 primeiros oponentes fazendo a melhor luta do evento com Roleta na semifinal. Após um duríssimo 4×4, o genial esqui-jitser acabou levando a melhor nas vantagens. “Se soubesse que iria lutar com o Roleta teria estudado melhor o seu jogo. É realmente muito esquisito”, reconheceu Minotauro, que não venceu, mas convenceu, saindo aplaudido pela galera. Apesar de toda essa explosão dos novos nomes do Jiu-Jitsu, a velha guarda ainda mostrou que tem as garras afiadas. No pena, Royler Gracie, mesmo com todas as dúvidas sobre suas vitórias, foi um grande guerreiro e conseguiu seu quarto título mundial, sendo o único faixa preta a ostentar esse título (Robson Moura ganhou 4X também, mas foi campeão na faixa roxa em seu primeiro Mundial). No médio, Alexandre Paiva se superou e conquistou seu primeiro título Mundial, ganhando a final do excelente Roberto Atalla (2×0), que vinha de convincentes vitórias sobre Ricardo “Cachorrão” (4×0) e Suyan Queiróz (4×2). Ainda nessa categoria, destaque para Haroldo “Cabelinho” , que fez duas lutas fulminantes contra Paulo Guilhobel e Jean Jacques Machado, finalizando o primeiro com uma kimura de pé e o segundo com um leg-lock em inacreditáveis 18 segundos de luta! Cabelinho cedeu a vaga na final para seu mestre Paiva. Outra luta que chamou a atenção na categoria foi a que Suyan Queiróz venceu Eduardo “Jamelão” por 3×0 (passagem de guarda).
Eduardo ficou revoltado com o resultado e chegou a se desentender com o atleta da Carlson, mas nada que panos quentes não resolvessem. 

Roleta venceu Minotauro na melhor luta da competição na semifinal do absoluto

ROBERTO GORDO VENCE, MAS DÁ VITÓRIA AO OPONENTE

Não menos curiosa foi a luta do meio-pesado em que Roberto “Gordo” Corrêa, após ter seu braço levantado em luta dura (0x0) contra o amazonense Jorge “Navalhada”, o atleta da Barra Gracie não gostou das vaias da torcida, voltou ao ringue e em atitude inédita, deu a vitória ao oponente. reconhecendo o erro da arbitragem. “Se o público acha que eu perdi, então não tenho direito de ir a frente”, declarou o faixa preta sob os aplausos da galera.
No pesado, outro que conquistou seu primeiro título mundial foi Murilo Bustamante, que na semifinal passou apertadíssimo por Fábio Gurgel (1 vantagem). Na final Paulo Filho, o “Paulão”, mais um que ainda vai dar muito o que falar, tanto no Jiu-Jitsu como no Judô (passou por Rodrigo Medeiros e Léo Dalla nas suas duas lutas anteriores), cedeu o lugar mais alto do pódio para seu parceiro de treinos. “E muito gratificante ver um exemplo de caráter e profissionalismo como Murilo subir no primeiro lugar do pódio, ainda mais sabendo que, em mundiais, apesar de sempre ter se apresentado muito bem, ele ainda não tinha sentido esse gostinho. Parabéns Murilo !”, disse Paulão. 

 

CASTELLO E TRAVEN FECHAM NO PESADISSIMO

Na categoria mais pesada de todas, Roberto Traven e Leonardo Castello Branco formaram o último front da velha guarda do Jiu-Jitsu e fecharam sem maiores dificuldades. Traven venceu Minotauro, Luís Guilherme e, por último, André Mendes. Já Castello, mesmo quebrando o pé durante a luta, passou por cima da dor e também de Otávio Duarte, o lutador mais pesado da faixa preta neste Mundial. Completou o quadro de campeões da preta o agora tricampeão mundial Omar Salum, atleta de Manaus que, com raspagens e pegadas pelas costas, venceu um a um todos os seus adversários, passando na final pelo excelente Ralph Pires. 

GRACIE, SANTOS OU VIEIRA ?

As maiores polêmicas deste 4º  Mundial estiveram, sem dúvida, na categoria que normalmente causa menos problemas para a arbitragem, o pena. Afinal de contas é nela que reina absoluto o maior competidor da história do Jiu-Jitsu, aquele que dificilmente deixa dúvidas para a arbitragem em suas lutas, Royler Gracie. Só que neste ano a história foi outra e, em pelo menos duas lutas, Royler deixou dúvidas quanto às suas vitórias. Vale lembrar que tudo poderia ter sido evitado se a ideia de usar vídeos como tira-teima tivesse sido posta em prática.
Royler começou sua trajetória finalizando Eduardo Leitão, de São Paulo, vencendo, na sequência, Hélio “Sonequinha”, da Barra, com uma queda. Do outro lado da chave, o recém chegado à faixa preta Leonardo Santos (Nova União) mostrava que sua vitória sobre Jamelão, num desafio em Vitória, não havia sido por acaso, finalizando Eduardo Soares (De La Riva) no triângulo, enquanto o paulista Marco Barbosa eliminava seu companheiro de academia, João Roque, com uma passagem de guarda. Enquanto isso, Leonardo Vieira finalizava Flávio Ferreira (De La Riva), passando por “Bocão” (7×0) e vencendo Fredson Alves nas quartas, por 2×0.
Tudo estava pronto para a maior polêmica da competição. A luta entre Leonardo Santos e Royler Gracie. O garoto começou aplicando uma queda, prontamente respondida pelo Gracie com uma raspagem (2×2). Leozinho não se intimida e vira a luta com uma raspagem (4×2). Royler coloca pressão e consegue ganhar dois pontos por penalização (fuga e faixa desamarrada), empatando a fatura (4×4). Santos não desiste e, no lance mais polêmico de toda a competição, engata uma raspagem. Royler cai de quatro e Leonardo vai para as suas costas, colocando um dos ganchos. A torcida grita desesperada, pedindo 2 pontos, mas o juiz Bebeo Duarte só dá a vantagem, alegando que o atleta da Nova União não ficou tempo suficiente (3 segundos) dominando suas costas. No minuto final da luta, quando Leonardo vencia por uma vantagem, Royler consegue chegar numa boa posição, garantindo a vitória, uma vez que Leonardo tinha uma punição a mais do que ele. Royler corre para comemorar com sua torcida, enquanto o professor de Leonardo, Wendell Alexander, invade o ringue chorando e, em atitude desesperada, levanta o braço do garoto, sendo prontamente ovacionado pela torcida. “Falavam que eu não iria aguentar 10 minutos com ele, mas mostrei que tenho coração. Todo mundo viu que eu ganhei”, declarou Santos após a luta. Na quarta luta, contra Vinícius “Draculino”, Royler venceu por uma vantagem. “Ele garantiu a punição me empurrando para fora e depois segurou minhas duas mãos, botando a cabeça no meu peito e amarrando até o final e mesmo assim não levou nenhuma punição”, reclamou o atleta da Barra. Na grande final a luta que todos queriam ver: “Leozinho” Vieira, que acabara de eliminar o excelente Marco Barbosa (2×0) se credenciava finalmente para enfrentar Royler Gracie. Para espanto de todos o combate, que tinha tudo para ser um dos melhores da história do Jiu-Jitsu, foi um dos piores que já vimos. Na verdade a luta foi muito parecida com o combate entre Leozinho e Feitosa na final do Mundial de 1997. Sem pontos e sem vantagens, o juiz Roberto Gordo Corrêa levantou o braço de Royler que, vibrando muito, foi comemorar o tetracampeonato com sua animada torcida. “É a segunda vez que acontece isto comigo numa final de Mundial, sei que ninguém fez nada durante a luta, mas tenho consciência de que tentei lutar o tempo inteiro. Todo mundo viu”, declarou o atleta da Alliance. Royler rebateu: “Ponho a cabeça no travesseiro e durmo feliz da vida, afinal não fui eu quem deu os resultados”.

 

MARROM: ARONA, TERERÊ, BJ PENN E MATT SERRA  

Na faixa marrom os destaques ficaram por conta de três nomes que viriam a brilhar no cenário do MMA Mundial, Ricardo Arona, Matt Serra e BJ Penn.  

Na categoria (pesado), Arona foi um verdadeiro Panzer, detonado todos os seus oponentes. Na semifinal, finalizou o excelente Erick Wanderley com um estrangulamento, repetindo o feito contra Fábio Leopoldo na finalíssima. Só que nesta luta o desempenho de Ricardo foi ainda mais impressionante: montou, pegou as costas e estrangulou em menos de um minuto. “Agora eu quero lutar o Brasileiro e, quem sabe, pegar a faixa preta no final do ano”, declarou Arona. 

No absoluto, porém, Arona perdeu a final para o judoca Aurélio Fernandes. Com um jogo esquisito e inusitado. Quando parece que está dando um tremendo mole para o adversário, laçando o braço e dando as costas, ele joga o peso e, por incrível que pareça, passa a guarda de todo mundo com a barriga para cima. Ninguém entende nada e se pergunta: “Como é que pode eu perder para esse cara desse jeito?” É, não adianta, o judoca Aurélio Fernandes sempre faz esse jogo maluco em suas lutas e, na maioria das vezes, se dá bem. Nesse Mundial, para ser mais preciso, ele se deu bem em todas as lutas, faturando a categoria pesadíssimo e também o absoluto. Nesta última, Aurélio derrotou na final Ricardo Arona (3×2), um dos maiores talentos que a academia Carlson Gracie apresentou nesses últimos anos, na opinião de muitos o melhor faixa marrom do evento, mesmo sendo vice no absoluto.

Carlson Gracie entregando as medalhas do marrom pesado: Ricardo Arona (ouro); Fabio Leopoldo (Prata), Erick Wanderlei e Gabriel Napão (Bronze)

No absoluto, antes de perder para Aurélio, Arona ainda fez outras grandes lutas, como por exemplo a que venceu Fernando “Tererê” por 12×0. Falando em Tererê, este mais uma vez usou e abusou da malandragem para ser campeão. Numa categoria onde pelo menos 5 atletas tinham reais condições de vencer, Tererê mostrou que no quesito competição ainda é o melhor. Na final o malandro do Cantagalo teve que comer um dobrado para vencer o manauara Cristiano Ribeiro por 2×0. (nas vantagens Cristiano venceria por 5×0), o mesmo ocorrendo na semi, quando passou pelo incrível BJ Penn, numa luta pra lá de catimbada (3×2 nas vantagens). Por sinal é bom todo mundo ficar de olho neste havaiano, porque ele ainda vai dor de cabeça para muita gente aqui no Brasil, ainda mais se levarmos em conta que o garoto treina há apenas dois anos e meio. 

Outro gringo que roubou a cena foi o aluno de Renzo Gracie, Matt Serra que roubou a cena fechando o peso médio com Bruno Fernandes, após vencer todas as suas lutas com seus certeiros single legs.  


Outro destaque da marrom foi Alexandre “Café” Dantas que vem melhorando seu Jiu-Jitsu à cada dia que passa e, na final do super pesado, passou o carro no aluno de Osvaldo Alves, Francisco Nonato, que não teve saída, senão bater para o forte carioca. A equipe da Gracie Barra foi uma que colheu muitos frutos na faixa, subindo ao lugar mais alto do pódio com as vitórias de “Cachorrinho” e “Sorriso” no meio-pesado e Renato Miragaia e Bruno Fernandes no médio (eles fecharam as duas categorias), todos mostrando muita movimentação e consistência em suas lutas. Na semi do peso Cachorrinho derrotou o talentoso paulista Fernando “Margarida” Pontes, que apesar da derrota foi um dos melhores lutadores deste Mundial, conseguindo ainda um terceiro lugar no absoluto. Nas categorias mais leves deu Ricardo Brandão (galo), Ricardo Vieira (pluma/tricampeão mundial) e Edson Diniz, talvez o que tenha mostrado o melhor desempenho entre os três citados, já que só pegou dureza na categoria. Na semifinal Edson passou apertado por Rodrigo “Feijão”, porém na final deu show e conseguiu fazer o que poucos esperavam ver: finalizar Gabriel Cardoso, lutador que até hoje nunca tinha passado por esta situação dentro do tatame.

Veja abaixo uma galeria de fotos completa e os resultados de todas as faixas.

 

Preta
Galo
1- Omar Salum (Gracie Humaita)
2- Ralph Pires (Wall Street)
3- Sérgio Torres (Nova União)
3- Pablo Fragata (Bolão)

Pluma

1-Robson Moura (Nova União)
2- Vinícius Cruz (Carlson Gracie)
3- Bruno Ximenes (Bolão)
3- Paulo Sérgio (Alliance)

Pena 

1-Royler Gracie (Gracie Humaitá)
2-Leonardo Vieira (Alliance)
3- Vinícius Magalhães (Gracie Barra)
3- Marco Barbosa (Godói/Macaco)

Leve 

1-Vítor Ribeiro (Nova União)
2- Márcio Feitosa (Gracie Barra)
3- Wellington Dias (Gracie Barra)
3-Renato Barreto

Médio
1- Alexandre Paiva (Alliance)
2- Roberto Atalla (Bolão)
3- Suyan Queiróz (Carlson Gracie)
3- Haroldo Victoriano (Master Atlanta)

Meio-Pesado
1- Saulo Ribeiro (Gracie Humaitá)
2- Roberto Magalhães (Gracie Barra)
3. Amaury Bitetti (Carlson Gracie)
3- Zé Marcelo (Carlson Lagoa)
Pesado
1- Murilo Bustamante (Carlson Gracie)
2- Paulo Filho (Carlson Gracie)
3- Fábio Gurgel (Alliance)
3- Léo Dalla (orge Pereira)
Super-Pesado
1- Leonardo Leite (Alliance)
2- Zé Mário (Carlson Gracie)
3- Daniel Simões (Gracie Barra)
3- Cláudio Moreno (Alliance)
Pesadíssimo
1- Roberto Traven (Alliance)
2-Leonardo Castello Branco (Alliance)
3- Otávio Duarte (Jorge Pereira)

Absoluto preta
1- Rodrigo Medeiros (Alliance)
2- Roberto Magalhães (Gracie Barra)
3- Rodrigo Minotauro (De La Riva)
3- Zé Mario Sperry (Carlson)

MARROM
Galo
1 – Ricardo Brandão (Carlson Gracie)
2 – Joelson Souza (Gracie Barra)
3 – Bernardo “Pitel” (Nova União)
3 – Vinícius Gayva (Bolão)

Pluma
1 – Ricardo Vieira (Alliance)
2- Rodney do Valle (Gracie Humaitá)
3 – Sandro Santiago (Gracie Barra)
3 – Marcos Mello (Nova União)

Pena
1 – Edson Diniz (InFight)
2 – Gabriel Cardoso (Alliance)
3-Rodrigo “Feijão” (Nova União)
3 – Adriano Lúcio (Bolão)

Leve
1 – Fernando “Tererê” (Alliance)
2 – Cristiano Ribeiro (Gracie Humaitá)
3 – BJ Penn (Nova União)
3 – Cristiano Marcelo (Gracie Humaitá)
Médio
1- Renato Miragaia (Gracie Barra)
2 – Bruno Fernandes (Gracie Barra)
3 – Renato Silva (Gracie Barra BH)
3 – Matt Serra (Renzo Gracie)

Meio-pesado
1 – Flávio Almeida (Gracie Barra)
2 – Jair “Sorriso” (Gracie Barra),
3 – Fernando Pontes (Godói/Macaco)
3 – Bruno Razo (Carlson Gracie)
Pesado
1- Ricardo Arona (Carlson Gracie)
2 – Fábio Leopoldo (Gracie Barra)
3 – Erick Wanderley (Gracie Barra)
3 – Gabriel “Napão” (Jorge Pereira)
Super-pesado
1- Alexandre Dantas (Dojo)
2 – Francisco Nonato (Osvaldo Alves)
3 – Luís Gustavo (Tanque Jiu-Jitsu)
3 – Marcelo Lucena (Gracie Barra)
Pesadíssimo
1- Aurélio Fernandes (Nova União)
2 – Márcio Corleta (Behring)
3 – Marcelo Clemente (Gracie Humaitá)

Absoluto Marrom
1- Aurélio Fernandes (Nova União)
2- Ricardo Arona
3- Fernando Margarida Pontes
3- Alexandre “Café” Dantas

ROXA 

Galo
1- Jorge Coelho (Gracie Barra)
2 – Vinícius Pedrosa (UGF)
3 – Alexandre Verdan (Nova União)
3 – Arlison “KIKI” Mello (Nova União)

Pluma
1 – Carlos Lemos (Gracie Barra)
2 – Márcio Maia (UGF)
3 – Marcelo “Splinter” (Nova União)
3 – Otávio Vianna (Nova União)
Pena
1-Reinaldo Ribeiro (Alliance)
2 – Renato Migliaccio (Gracie SP)
3- Daniel Moraes (Gracie Humaitá)
3 – Luciano Nucci (Gracie SP)
Leve
1-Alexandre Ribeiro (Gracie Humaita)
2 – Ricardo Bastos (Nova União)
3 – Daniel Dias (Gracie Tijuca)
3 – João Jr. (Gracie Humaitá)
Médio
1 – Rodrigo Pinheiro (Osvaldo Alves)
2 – Albert Cray (Gracie Barra)
3 – Régis Lebre (Gracie Humaitá)
3 – Carlos Augusto (Gracie Barra BH)
Meio-pesado
1 – Marcos Valle (Gracie Humaitá)
2- Adriano Maciel (Godói/Macaco)
3 – Max Araújo (Carlson Gracie)
3 – Lúcio Linhares (Alliance)
Pesado
1 – Márcio Ribeiro (Gracie Barra)
2 – Carlos Nelson (Alliance)
3-Cristiano Lazarine (Gracie Barra)
3-Raulinson Augusto (The Brites Family)
Super-pesado
1-Matheus Miranda (Alliance)
2 – Jorge Oliveira (Gracie Barra)
3 – Rolles Gracie (Gracie Barra)
3 – Fábio Prado (Carlson Gracie)
Pesadíssimo
1-Garth Taylor (Cláudio França)
2 – Eduardo Teles (Alliance)
3 – Alex “Negão” (Carlson Gracie)
3 – Walter Pinto (Alexei Cruz)
Absoluto
1-Eduardo Santoro (Cia Atlética)
2 – Alex “Negão” (Carlson Gracie)
3 – Garth Taylor (Cláudio França)
3 – Rico Rodrigues (Gracie Barra)

 

Feminino Adulto 

Roxa / Marrom/Preta 

Leve
1- Alessandra Vieira (Dojo)
2- Daniela Paiva (Alliance)
3-Leticia Ribeiro (Gracie Humaita)
3- Fernanda Brito (UGF)

Médio 

  1. Alessandra Oliveira (Alliance)
  2. Erica Paes (Oswaldo Alves)
  3. Janaina Ventura (Manimal)
    3-Alexandra Correa (Nova União)

Pesado 

  1. Cristiane Pereira (Nova União)
    2-Andrea Ferreira (Leão Dourado)

Feminino Adulto 

Azul – Leve
1 – Kelly Magalhães (Alliance)
2 – Nádia Mello (UGF)
3 – Viviane Caixeta (UGF)
3- Liliane da Silva

 

Médio

1 – Nely Miranda (Gracie Humaitá)
2 – Gabriela Bermudes (Carlson Gracie)
3 – Karine de Jesus (Maromba)
3 – Anália Xavier (Alliance)

Pesado 

  1. Luiza Fernandes (Detonando)
  2. Camila Silva (UGF)
  3. Fabiola Silva (UGF)
  4. Michele Develard (Breda) 

Masculino Azul Adulto
Galo
1-Bruno Sena (Nova União)
2 – Rafael Rabelo (Bolão)
3-Daire Herison (Nova União Campos)
3-Rhuando Cavalcanti (União Goiás)
Pluma
1 – Tiago Fernandes (Nova União)
2 – André Taba (InFight)
3 – Marcelino Freitas (Nova União)
3 – Rodrigo Cordeiro (Alliance)
Pena
1- Clauss Rodrigo (Carlson Gracie)
2 – Adolfo Nardy (InFight)
3 – Reinaldo Boa Morte (Nova União)
3 – Michel Maia (Nova União)
Leve
1 – Luciano de Paula (Alliance)
2 – Ronaldo dos Santos (Oswaldo Alves)
3 – Cléber Teixeira (Carlos Henrique)
3 – Marcelo Ricci (Godói/Macaco)
Médio
1 – Erick Cardoso (Alliance)
2 – Demian Maia (Alliance)
3 – Gustavo Santos (Gracie Barra)
3 – Fábio Nascimento (Lótus Clube)
Meio-pesado
1 – André Félix (Crolin Gracie)
2 – Gustavo Gussen (Gracie Barra)
3 – Ivan Fanton (Renzo Gracie)
3 – Dionísio Bechara (Gracie Barra)
Pesado
1- Fernando Paradeda (Sul Jiu-Jitsu)
2 – Rick Migliarese (Relson Gracie)
3 – Roberto Motta (Alliance)
3 – Jaime Alexandrino (Lótus Clube)
Super-pesado
1 – Adalberto Jr. (Sul Jiu-jitsu)
2 – Felipe Esteves (Alliance)
3 – Rodrigo Asmus (Gracie Barra)
3 – Antoni Peroshi (Machado)
Pesadíssimo
1-Seth Woodhill (Gracie Barra)
2 – Ero Nascimento (Tanque Jiu-Jitsu)
3 – Cláudio Bantim (The Brites Family)
3 – Alexandre Petraglia (Gracie Barra)
Absoluto
Eduardo Nogueira (Gracie Barra)
2 – Seth Woodhill (Gracie Barra) Luís Felipe (Andrade Jiu-Jitsu)
3 – Gabriel Clemente (Carlson Gracie)

Azul Juvenil
Galo
1 – Rany Yahya (Ataíde Jr.)
2 – Paulo Roberto (Carlson Gracie)
3- Júlio César (UGF)
3- Eduardo Ramos (Nova União)
Pluma
1-Celso Vinícius (Gracie Barra) 

2-Armando Guedes (Nova União)
3-Manoel Jr. (Alexei Cruz)
3-Rodrigo da Silva (Carlson Gracie)
Pena
1-Bruno Becco (Gracie Tijuca)
2 – Frederico Mazala (Nova União)
3- Gustavo Falciroli (Maromba)
3 – Tiago Bastos (Carlson Gracie)
Leve
1 – Wagner Nascimento (Strauch)
2 – Vinícius Santiago (Gracie Barra)
3 – Demian Skinase (Carlson Gracie)
3- Ricardo Castro (União Goiás)
Médio
1- André Júlio (Gracie Humaitá)
2 – Igor Souto (Gracie Barra)
3 – Augusto Porto (Alliance)
3 – Mário Régia (Alliance)
Meio-pesado
1 – Rafael Castello Branco (Alliance)
2 – Fabrício Prantero (Carlson Gracie)
3 – Daniel Sherman (Nova União)
3 – Roberto Piaza (Ataque Duplo)
Pesado
1-Marcelo G. (Alliance)
2 – Ronald Santos (UGF)
3 – Rodrigo Almeida (Saporito)
3 – Marco Antônio (Gracie Barra)
Super-pesado
1- Carlos Macedo (Godói/Macaco)
2 – Patrick Maximiano (Nova União)
3 – Fabrício Monteiro (Pit Bulb)
3 – Victor Hugo (Andrade Jiu-Jitsu)
Pesadíssimo
1 – Francisco Fernandes (Gracie Barra)
2 – Tiago de Lima (Jorge Cruz)
3 – Marc Romano (Alliance)
3 – Danilo Pereira (Gracie Barra)
Absoluto
1 – Francisco Fernandes (Gracie Barra)
2- Carlos Barbalho (Kioto)
3- Rafael Castello Branco (Alliance)
3 – Danilo Pereira (Gracie Barra)

 

RESULTADO GERAL 

Adulto
1º Alliance
2° Gracie Barra
3º Nova União


Feminino

1º Alliance
2º  Nova União
3ª Gracie Humaitá

 

Juvenil
1o Gracie Barra
2° Alliance
3o Nova União