
No próximo sábado (16), o MAC 14, no Rio de Janeiro, terá um mestre de cerimônias que promete colocar ainda mais energia no cage. Kadu Castro, announcer de lutas, leva para o evento uma marca registrada: interação intensa com os atletas e emoção em cada apresentação.

Com origem no teatro, onde atuou profissionalmente, e formado em jornalismo, Kadu Castro encontrou sua verdadeira vocação como announcer. “Quando estou no cage e as luzes se acendem, é o momento que penso: “That’s what I want, that’s what I need”. Esse é o meu caminho, minha profissão, minha carreira. Eu finalmente encontrei”, conta Kadu, que no próximo mês vai comandar um programa sobre lutas na rádio online Onda Carioca.
Ele se inspira no lendário Bruce Buffer, announcer do UFC, e rejeita o estilo “parado” no centro do cage. “Eu busco a troca energética com o atleta. É um anúncio crescente: altura, peso, time… e o cara vai vibrando junto. Alguns até vêm me cumprimentar. Isso é muito influenciado pelo Buffer, que é minha referência desde 1996, quando o conheci em Los Angeles”, relembra.
Para Kadu, o diferencial está na preparação e no contato humano. Antes de cada evento, ele faz questão de conversar com os lutadores no backstage, confirmar a pronúncia correta dos nomes e entender como preferem ser anunciados. “Isso muda muito. A tônica no nome é importante. E eu também sempre cito a equipe do atleta, algo que poucos announcers fazem”, destaca.
A preparação envolve cuidados que começam dias antes. “Você tem que estar impecável: roupa, texto, voz. Passo a semana me preservando, faço vocalizes, exercícios com fonoaudióloga e sigo alguns rituais supersticiosos que já deram certo”, revela. Antes de entrar no cage, ele se conecta espiritualmente e agradece pela oportunidade.
Com carisma e energia, Kadu Castro já definiu seu objetivo: chegar ao UFC. “É um sonho palpável. Tenho inglês suficiente, só preciso seguir ganhando experiência. Las Vegas, as luzes, o grande palco… é lá que quero estar. E vou chegar.”
Neste sábado, no MAC 14, o público vai ver de perto essa entrega. “Sou emoção à flor da pele. Quero que o lutador sinta orgulho ao ouvir seu nome e que o público se arrepie junto”, afirma.