O jiu-jitsu feminino vive um momento de expansão, impulsionado por atletas e professoras que dedicam suas vidas à arte suave. Entre elas, a faixa-preta Lívia Compiani, da Alliance São Paulo, é um dos nomes que se destacam na formação de novas gerações e na consolidação do protagonismo das mulheres no tatame.

Com trajetória marcada pela disciplina e pelo amor às artes marciais, Lívia iniciou no judô ainda criança, quando buscava refúgio contra o bullying escolar. O esporte virou ferramenta de autoconfiança e superação. Aos 11 anos, conheceu o jiu-jitsu, inicialmente para aprimorar o chão do judô, e acabou se apaixonando pela modalidade.
“O jiu-jitsu é uma arte completa. No começo eu treinava apenas para complementar, mas a metodologia e a filosofia me conquistaram por inteiro”, relembra.
A trajetória competitiva da paulistana soma mais de 40 medalhas e resultados expressivos em torneios da CBJJE e CBJJ, como o vice-campeonato mundial (2013 e 2014), o Sul-Americano (2021 e 2023) e o Floripa Fall Open (2024), já como faixa-preta.
Os títulos, no entanto, foram apenas uma parte do caminho que a levou a se tornar uma das coaches mais ativas da Alliance.
Aos 16 anos, Lívia começou a dar aulas de judô, e aos 20 passou a ministrar treinos de jiu-jitsu para mulheres e crianças. Desde então, o tatame se transformou em seu principal campo de atuação.
Hoje, ela coordena mais de 120 aulas coletivas por mês, além de acompanhar 14 alunos particulares, conciliando a rotina de instrutora com o trabalho de formação de atletas e projetos de defesa pessoal voltados ao público feminino.
Na Alliance, uma das academias mais vitoriosas do mundo, Lívia encontrou o ambiente ideal para unir técnica e propósito.
“Representar essa bandeira é uma grande responsabilidade. A Alliance simboliza excelência e disciplina, e isso me inspira a transmitir esses valores todos os dias”, destaca.
Além da carreira no tatame, Lívia Compiani é fisioterapeuta pós-graduada em Fisioterapia Esportiva, formação que complementa sua atuação como treinadora e potencializa seu olhar técnico sobre o corpo e o desempenho dos alunos.
O foco do trabalho da faixa-preta é formar pessoas confiantes e disciplinadas, tanto dentro quanto fora do tatame.
“Ser coach é transformar vidas. O jiu-jitsu ensina autoconfiança, foco e força, mas também empatia e respeito. É essa base que quero deixar como legado”, resume.