Maria Luiza Fragoso conquista o Mundial No Gi, alcança a faixa-preta e mira novos desafios em 2026

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Campeã mundial na faixa-marrom, atleta foi graduada no pódio por Sérgio Costa - Foto: Divulgação

A trajetória de Maria Luiza Fragoso ganhou um capítulo especial em 2025. Após anos de preparação, dedicação e resiliência, a atleta da Gracie Barra conquistou o título Mundial No Gi da IBJJF na faixa-marrom e, em seguida, viveu outro momento marcante: a graduação à faixa-preta de Jiu-Jitsu, recebida das mãos do seu professor Sérgio Costa. Dois acontecimentos que simbolizam não apenas conquistas esportivas, mas a consolidação de uma carreira construída com consistência.

Campeã mundial na faixa-marrom, atleta foi graduada no pódio por Sérgio Costa – Foto: Divulgação

“Foi a realização de um sonho! Um momento muito desejado por anos”, afirma Maria Luiza ao relembrar o título mundial. A atleta destaca que o caminho até o ouro foi longo e exigente. “Foi um ano na trave, em que fui vice-campeã na faixa-roxa. Então foi algo que eu me preparei e busquei por três anos. Foi um misto de emoções, e a ficha ainda não caiu.”

Além do aspecto técnico, Maria Luiza aponta o trabalho mental como decisivo para alcançar o topo em um cenário cada vez mais competitivo. “Quando chegamos ao alto nível, onde todas estão muito bem treinadas, o que difere é o mental”, explica. “Trabalhei isso com muita dedicação no último ano, consegui entrar em estado de flow com mais facilidade e meu jogo ficou mais fluido.”

No aspecto técnico, ela faz questão de valorizar o trabalho realizado dentro da Gracie Barra. “Foram muitas aulas e estudos com o professor Sérgio e o professor Guilherme, ajustando meu jogo da melhor forma possível, além de um treino periodizado de força. Esse conjunto me levou aos títulos do Pan-Americano e do Mundial No Gi”, destaca.

A conquista do Mundial No Gi ocupa um lugar especial em sua trajetória, mas não é a única lembrança marcante. “Tive conquistas importantes ao longo da minha carreira, mas o Mundial No Gi, sem dúvida, é uma delas, não só pelo título, mas pelo processo até chegar lá”, afirma. “Meus primeiros pódios internacionais também me marcaram muito, porque me mostraram que eu realmente podia competir entre as melhores.”

Novos desafios, mesma ambição para 2026

A graduação à faixa-preta veio como a “cereja do bolo” de um ciclo vitorioso. “Ainda sem acreditar, senti que todos os esforços e abdicações valeram a pena. Foi um orgulho imenso de mim mesma naquele momento”, relembra. Para Maria Luiza, a nova faixa representa uma mudança profunda. “Essa nova fase traz mais maturidade e muitos desafios. A responsabilidade aumenta, assim como minha auto cobrança para fazer jus à faixa-preta.”

De olho em 2026, a atleta já projeta um período de afirmação no cenário adulto da faixa-preta. “Agora é que o jogo começa. Tudo o que vivi antes foi uma preparação para esse novo começo”, afirma. “Sei que na minha divisão vou encontrar atletas muito duras e mais experientes, mas estou pronta para isso. Quero honrar a faixa-preta com trabalho, humildade e consistência.”

Entre os objetivos, Maria Luiza deixa claro que a ambição segue alta. “Quero continuar competindo em alto nível, buscar os grandes títulos da faixa-preta e evoluir meu jogo tanto no No Gi quanto no Gi”, projeta. “Quero mostrar que minha ascensão não foi por acaso e que ainda tenho muito a construir.”

Além das competições, ela também mira crescimento fora do tatame competitivo. “Quero crescer como professora e como atleta, ajudando outras pessoas através do Jiu-Jitsu da mesma forma que o esporte me ajudou”, conclui.