Neta do cantor Wando leva 400 jovens de projetos sociais ao Abu Dhabi Grand Slam no Rio

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Camilla Picciani vai levar 400 crianças e adolescentes de comunidades do estado do Rio de Janeiro para disputar o Abu Dhabi Grand Slam - Foto: Divulgação

Neta do cantor Wando e sobrinha-neta do ex-presidente da Alerj Jorge Picciani, a jovem Camilla Picciani vai levar 400 crianças e adolescentes de comunidades do estado do Rio de Janeiro para disputar o Abu Dhabi Grand Slam, uma das maiores competições internacionais de jiu-jitsu, que acontece neste fim de semana, dias 19 e 20 de julho, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico.

Camilla Picciani vai levar 400 crianças e adolescentes de comunidades do estado do Rio de Janeiro para disputar o Abu Dhabi Grand Slam – Foto: Divulgação

Esta não é a primeira vez que Camilla articula a participação de jovens da periferia no Grand Slam. Na edição do ano passado, ela também levou centenas de atletas oriundos de projetos sociais para a disputa. “Esses atletas vieram de comunidades marcadas por vulnerabilidades, mas também por uma enorme vontade de vencer. A participação deles nesse evento internacional é fruto de muito trabalho coletivo”, destaca.

À frente da presidência municipal da Juventude do MDB, Camilla tem se destacado por sua atuação em causas sociais ligadas ao esporte e à cultura. O projeto que viabilizou a participação dos jovens envolve academias parceiras, lideranças comunitárias, apoio de patrocinadores e muita dedicação.

Camilla cresceu entre o tatame e a política. É filha do faixa-preta de jiu-jitsu Wando Reis e neta do cantor Wando por parte de pai. Do outro lado, traz o peso do sobrenome Picciani, tradicional na política fluminense. Essa mistura, segundo ela, moldou sua forma de atuar: “Sou uma ponte entre gerações. Levo comigo a paixão pelas causas coletivas, o respeito pela arte popular e a garra para lutar todos os dias pelos meus ideais.”

Praticante de jiu-jitsu até alcançar a faixa azul, ela conta que foi dentro dos projetos sociais que enxergou o verdadeiro poder transformador do esporte. “Quando um jovem da periferia entra em um tatame internacional, ele rompe a bolha da exclusão e passa a se enxergar no mundo. O CEP onde nasceu não define onde pode chegar”, afirma.

Camilla apoia mais de 20 projetos sociais no estado – Foto: Divulgação

Hoje, Camilla apoia mais de 20 projetos sociais no estado, com foco em modalidades esportivas e ações culturais voltadas a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. O critério, segundo ela, vai além do rendimento esportivo. “Buscamos iniciativas comprometidas com a formação cidadã, com treinos regulares e acompanhamento pedagógico. O foco é formar pessoas, não apenas atletas.”

Entre as histórias que emocionam, ela destaca a de João Cleber, menino de Niterói que saiu de um desses projetos e se tornou campeão mundial mirim de jiu-jitsu em Abu Dhabi. “Ele é prova viva de que o esporte transforma. Saiu de uma realidade difícil e hoje inspira outros jovens como ele.”

Para Camilla, cultura, esporte e educação formam o tripé da transformação social. E é com essa base que ela também constrói sua atuação política. Como presidente municipal da Juventude do MDB, trabalha para ampliar o acesso dos jovens às decisões públicas. “Quando o jovem ocupa o tatame, a sala de aula ou o palco, ele não ocupa a criminalidade. Essa equação é o que muda o destino de um país.”

Aos 25 anos, ela desponta como uma liderança da nova geração, comprometida com ações concretas e transformadoras. E o legado que deseja deixar é simples e potente: “Quero que os jovens saibam que é possível ocupar espaços com coragem, verdade e compromisso com a comunidade. Se alguém lembrar de mim como quem acreditou e impulsionou, já terá valido a pena.”