A cidade de São Paulo será palco de um dos confrontos mais aguardados do MMA nacional. Neste sábado (24), o Jungle Fight 136 promove com um card recheado e duas disputas de cinturão, incluindo a revanche entre o sergipano Anderson “Astro da Maldade” e o paulista Vanderlei “Soul Glo”, pela unificação do título meio-médio (até 77kg). A Globo, o Sportv e o canal Combate transmitem a luta ao vivo.
Revanche vale cinturão – Foto: Leonardo Fabri
Na primeira vez em que se enfrentaram, em outubro de 2023, no Jungle Fight 121, Soul Glo começou melhor e chegou a aplicar um knockdown, mas viu Astro da Maldade reverter o cenário com um arm lock certeiro ainda no primeiro round.
O resultado virou combustível para ambos, que agora prometem resolver as pendências com emoção e contundência. Durante o programa “Aqui é Selva”, que vai ao ar no canal oficial do Jungle Fight, o clima esquentou. Astro da Maldade não poupou provocações e garantiu estar mais do que pronto para o reencontro.
“Estou sempre pronto, nasci para isso. Não se assustem se eu fizer ainda melhor do que eu fiz na última vez,” afirmou. “Quando fecha a jaula, é 100% de excelência e aproveitamento no Jungle, por isso sou o campeão incontestável.”
Vanderlei Soul Glo apontou o revés como fruto de um erro isolado, o que, ele garante, não irá se repetir no reencontro.
“Estou pronto. Foi uma preparação voltada na minha melhora, na minha evolução. Depois da nossa luta, eu ainda fiz outras três, cheguei melhor em cada uma delas e podem esperar que não vou errar como errei daquela vez,” declarou.
Ao ouvir a declaração do rival, o sergipano foi direto.
“Não foi erro dele, foi mérito meu. Eu sei fazer e fiz. Ele está se apegando em que foi um erro entrar na minha guarda, mas o erro mesmo foi ter aceitado lutar comigo. Estamos em patamar diferente”, rebateu Astro da Maldade.
“Não preciso ser mais rápido para fazer melhor, vou dar uma surra nesse cara. Não é nada pessoal, podemos até tomar uma cerveja depois da luta”, complementou.
A tréplica de Soul Glo ao tom conciliador de Astro veio com ironia:
“Ah, quer ser meu amigo agora?”, disparou o paulista. “Treinei muito, estou mais experiente, mais consciente e vou entrar para bater e machucar. Vou entrar para terminar a luta o mais rápido possível. Vou provar que aquilo foi apenas um erro e vou tirar o cinturão dele.”
Além da luta principal, o Jungle Fight 136 também contará com a disputa do cinturão peso-palha feminino, em um duelo São Paulo x Distrito Federal. Atual campeã, a paulista Laura Vasconcelos defende o título contra a desafiante brasiliense Laura Fontoura.
O evento tem início às 20h, no horário de Brasília. Sportv e Combate transmitem o card na íntegra, enquanto a Globo entra ao vivo logo após o Altas Horas com as disputas de cinturão.
Confira abaixo o card completo do evento:
Jungle Fight 136 São Paulo, SP Sábado, 24 de maio de 2025
77kg (Cinturão): Anderson Astro da Maldade (SE) x Vanderlei Soul Glo (SP)
52kg (Cinturão): Laura Vasconcelos (SP) x Laura Fontoura (DF)
57kg: Matheus “The Future” Nery (AL) x Alef Martins (SP)
66kg: Alan Adler (MG) x Mateus Fidelis (MG)
57kg: Douglas Silva (SP) x Guilherme Alves (SP)
66kg: Emerson Apache (SP) x Clemente Marreta (SP)
66kg: Manoel Aranha (PA) x Everton Nascimento (RJ)
61kg: Gabriel Filipini Sperto (SP) x Welison Lima (SP)
57kg: Tulio Macena (BA) x Gabriel Fermino de Oliveira (SP)
70,4kg: Gabriel Mollotov (SP) x Leandro Silva de Souza (SP)
61kg: Manuela Vitória Rodrigues Pinto (SP) x Lara Gouterres (RS)
66kg: João Victor Fontoura de Oliveira (BA) x Paulo Cezar (SP)
65kg (Peso combinado): Jefferson Fernandes (SP) x Alex de Jesus (BA)
Grand Slam reúne craques do jiu-jitsu de diversos países - Foto: Marcell Fagundes/M8 Sports
O Rio de Janeiro se prepara para viver um momento histórico no universo das artes marciais. Entre os dias 18 e 20 de julho de 2025, a capital fluminense será o centro das atenções da comunidade global do grappling e do jiu-jítsu com a realização simultânea do Abu Dhabi Grand Slam e do ADXC (Abu Dhabi Extreme Championship) na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O encontro das duas potências do esporte promete movimentar atletas, turistas, projetos sociais e a economia local em um fim de semana de combates, integração e visibilidade internacional.
Grand Slam reúne craques do jiu-jitsu de diversos países – Foto: Marcell Fagundes/M8 Sports
“É uma grande honra para o Rio de Janeiro sediar, simultaneamente, o Abu Dhabi Grand Slam e o ADXC. Esses dois eventos de prestígio internacional não apenas colocam o nosso estado no centro do calendário mundial do jiu-jítsu e grappling, como também movimentam a economia, atraem turistas e promovem o esporte de alto rendimento. A união das duas competições comprovam a vocação do nosso estado para sediar grandes eventos esportivos”, afirmou o secretário estadual de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Rafael Picciani.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a AJP (Abu Dhabi Jiu-Jitsu Pro) e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por intermédio da Secretaria de Esporte e Lazer. Segundo Elias Eberhardt, organizador da AJP na América do Sul, esta será “uma edição histórica, com visibilidade global e impacto direto na economia local, especialmente no setor de turismo e lazer”.
O Grand Slam, uma das etapas mais esperadas do circuito internacional de Jiu-Jitsu, trará uma premiação recorde de R$ 1 milhão, atraindo os principais nomes da elite mundial. No mesmo fim de semana, o ADXC, principal evento de grappling do mundo, será realizado no sábado, dia 19, reunindo lutadores convidados em disputas de alto nível técnico e entretenimento.
Além do espetáculo esportivo, o evento aposta em ações sociais de grande alcance. Quatrocentas vagas para o Grand Slam serão destinadas a jovens atletas de projetos sociais apoiados pelo governo fluminense. A participação desses competidores será condicionada à doação de 1 kg de alimento não perecível, com toda a arrecadação revertida para famílias em situação de vulnerabilidade social.
A realização dos dois eventos no mesmo espaço e final de semana transforma o Rio em vitrine global do esporte, impulsionando o turismo esportivo e ratificando o papel do Brasil como referência no Jiu-Jitsu internacional.
As inscrições já estão abertas no site oficial www.ajpbrasil.com.br, e as competições contarão com transmissão nas plataformas oficiais e cobertura da imprensa nacional.
Dois campeões de MMA vão entrar no cage, mas apenas um sairá com ambos os cinturões. Em um feito inédito, o SFT Combat 56, no próximo sábado (24), em Brasília-DF, colocará frente a frente Rafael Soldado, campeão peso-médio do SFT e ranqueado nº 2 peso-médio do Brasil (segundo o site Tapology), contra Irwing King Kong, campeão meio-pesado, ex-campeão peso-médio e ranqueado nº 13 peso-médio do Brasil em uma disputa de cinturão nunca vista na história do MMA mundial.
Duelo vale supercinturão – Foto: Divulgação
Ao todo, o SFT Combat 56 tem 14 duelos programados – entre MMA e Xtreme -, e antes da luta principal, Soldado e King Kong projetam o embate que promete mudar a carreira de um deles ainda mais.
Rafael Soldado aposta na experiência
Aos 45 anos e dono do cinturão peso-médio de MMA, Rafael Soldado mostra que idade é apenas um número quando se tem foco e dedicação. E embalado por duas vitórias seguidas na organização, espera manter a boa fase contra King Kong no SFT Combat 56.
“Minha preparação está perfeita, treinando em todas as áreas e a expectativa é por uma lutaça. O MMA nacional só tem a ganhar com esse grande evento e esse grande duelo. (….) O Irwing é um cara duro, agressivo, vi muitas lutas dele, sei que joga nas duas bases, mas estou preparado para tudo. Os fãs podem esperar um Soldado ativo, movimentando bastante, indo pra cima e independente de tudo, proporcionando um grande confronto”, avaliou.
Dono de um cartel com 14 triunfos, cinco derrotas e um empate nas artes marciais mistas, Rafael Soldado já lutou sozinho na Rússia, no Cazaquistão, entre outras experiências. Porém, segundo o lutador de Brasília, que vai atuar em casa, nada se compara a chance de se tornar campeão duplo do SFT.
“Sem dúvida, é um dos maiores desafios da minha carreira, mas estou muito feliz com tudo o que eu conquistei. Aos 45 anos poder estar vivendo isso, não tem preço. É muito mais do que apenas ser campeão duplo, é uma história, um legado, poder fazer a diferença na vida das pessoas, ajudar projetos sociais, ser inspiração para a nova geração e também para os mais velhos, que me veem na ativa e se animam. Vai ser um marco na história do MMA”.
Irwing King Kong quer aumentar legado
Nove anos mais novo que Soldado, aos 36, Irwing King Kong possui uma trajetória de sucesso na organização, e após uma breve passagem pela Rússia, está de volta no SFT Combat 56 para tentar cravar seu nome ainda mais na história.
Para isso, ele aposta na sua preparação física e mental como forma de superar Rafael Soldado na luta principal do SFT Combat 56: “O peso está tranquilo, os treinos bem ajustados e vou chegar completo para o combate. Minha parte física está cada dia melhor com o trabalho do preparador Madison Filho, a parte de luta o meu irmão Iuri Machado quem está puxando, enquanto a dieta fica com a nutri Bia Ramos”, disse o paranaense, que completou:
“O Soldado é um excelente grappler, mas tem as mãos muito duras e os seus nocautes dizem isso. Então, tenho que ter cuidado com isso e sentir a luta. Ele é um cara experiente e não se abala sob pressão. Do meu lado, podem esperar o show de sempre, buscando a vitória antes do gongo final. Com certeza teremos muito ‘tiro, porrada e bomba’, e talvez até role aquele Jiu-Jitsu. Tenho sete finalizações na carreira, então não pode bobear comigo no chão”.
Com 19 vitórias, 13 reveses e dois empates no cartel, King Kong também detém o feito de lutador profissional com atuações em mais classes de peso diferentes: seis – vencendo em todas. E ao se tornar campeão duplo no SFT Combat 56, espera aumentar essa lista.
“Com certeza a luta contra o Soldado tem um peso enorme, até pelo fato de o meu adversário ser um cara completo, forte e muito experiente. É a primeira vez que um duelo envolverá dois campeões colocando os seus títulos em jogo, então vou chegar bem motivado para reconquistar o título até 84kg”, encerrou Irwing, que foi campeão dos médios em 2020.
Marcado para iniciar às 17h30 (horário de Brasília), o evento terá transmissão do card principal ao vivo da Band TV para todo o Brasil a partir das 23h, enquanto a parte preliminar vai ser exibida na Pluto TV, Samsung TV Plus e TCL Channel, além do canal SFT Combat no YouTube.
SFT Combat 56 Sábado, 24 de maio de 2025 Arena Hall, em Brasília-DF
Card principal
SUPER TÍTULO MMA | Peso-casado (88kg) – Rafael Soldado x Irwing King Kong
TÍTULO MMA | Peso-palha (52,2kg) – Day Monster x Bianca Sattelmayer
MMA | Peso-leve (70,3kg) – Alan Silvério x Elismar Carrasco
XTREME | Peso-mosca (56,7kg) – Cabelo Monteiro x Mayerson Giron
Card preliminar
MMA | Peso-médio (83,9kg) – Wildemar Negueba x Átila Megatron
MMA | Peso-mosca (56,7kg) – Alisson Silva x Matheus Neguinho
XTREME | Peso-meio-médio (77,1kg) – Rafael Silva x Gabriel Araújo
MMA | Peso-leve (70,3kg) – Matheus Rocha x Luis Fernando
XTREME | Peso-médio (83,9kg) – Yan Problema x Gabriel Pérola
MMA | Peso-meio-médio (77,1kg) – Alan Abacaxi x Charles One Punch
MMA | Peso-galo (61,2kg) – Paulo Nogueira x Júlio Jon Jones
XTREME | Peso-galo (61,2kg) – Fabiana Peixoto x Priscila Vargas
MMA | Peso-casado (63kg) – Raul Soares x Leonardo Ribeiro
MMA | Peso-galo (61,2kg) – Altamiro Neto x Diego Tigre
Evento aconteceu no Palácio da Cidade - Foto: Divulgação
A Subsecretaria de Lutas, Atividades Físicas e Bem-Estar apresentou nesta quinta-feira (22) seu plano de trabalho e lançou oficialmente o primeiro curso de formação de professores e instrutores de lutas e artes marciais. O evento aconteceu no Palácio da Cidade, em Botafogo, e reuniu autoridades e especialistas da área, como o secretário de Esportes do Município, Guilherme Schleder; o subsecretário de Esportes Marcelo Arar; o deputado federal Pedro Paulo; e o presidente do Sindilutas, Fabrício Xavier.
Evento aconteceu no Palácio da Cidade – Foto: Divulgação
O objetivo do plano é fortalecer o desenvolvimento das modalidades de luta na cidade, incentivar a prática de atividades físicas e ampliar o acesso ao bem-estar da população. A proposta também prevê a qualificação de profissionais, visando garantir a segurança e a eficácia nas práticas esportivas.
Para o subsecretário Marcelo Arar, apoiar os esportes é essencial para o desenvolvimento urbano.
“A parceria entre a subsecretaria e outras instituições é fundamental para o sucesso dessas iniciativas. O curso é uma oportunidade para que os profissionais da área possam se qualificar e contribuir para o desenvolvimento das lutas e artes marciais na cidade. Com essas ações, a Subsecretaria de Lutas, Atividades Físicas e Bem-Estar reafirma seu compromisso em promover a saúde e o bem-estar da população, além de fomentar o desenvolvimento das lutas e atividades físicas na cidade”, afirma.
O curso é fruto de uma parceria com o Sindicato das Lutas (Sindilutas) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e tem como meta ampliar a formação técnica de professores e instrutores, promovendo o crescimento sustentável das artes marciais no município.
“O curso é uma iniciativa importante para oferecer oportunidades de formação e qualificação para profissionais da área”, destacou Fabrício Xavier, presidente do Sindilutas.
A iniciativa reforça o compromisso da Subsecretaria com a promoção da saúde, da educação e do esporte de qualidade, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade de vida no Rio de Janeiro.
O PAPO DE LUTA desta semana destrinchou o embate entre Charles do Bronx e Ilia Topuria, válido pelo cinturão dos pesos leves, que acontece no dia 28 de junho. O programa foi ao ar nos canais do PVT e do Fighting Mode TV no YouTube.
Marcelo Alonso e Carlão Barreto também analisaram os resultados do UFC do último sábado, destacando a preocupante sequência brasileira nas lutas principais em 2025 — já são oito derrotas nas oito lutas realizadas até o momento.
O debate incluiu ainda a possibilidade de Jailton Malhadinho substituir Alex Poatan na primeira defesa de cinturão de Magomed Ankalaev, além da vitória de Cris Cyborg no boxe, aos 39 anos, e os resultados do Fight Music Show.
Neste sábado (18), Jose Aldo recebeu família, amigos e imprensa na Upper Arena, no Rio de Janeiro, para repassar a vitoriosa carreira após anunciar aposentadoria no octógono no UFC 315 do último dia 11 de maio. Com apresentação de Thalles Leites, a lenda relembrou momentos marcantes, ouviu depoimentos de pessoas próximas e respondeu perguntas da imprensa. Perguntado pelo PVT se dessa vez a aposentadoria era mesmo definitiva e se alguma luta o faria mudar de ideia, Aldo não titubeou.
(Foto: João Psicótico)
“Não tem luta que me faça voltar, não quero mais isso para mim. Tenho outros propósitos, agora muito mais do lado pessoal. Eu tenho o objetivo de fazer palestras, não posso falar muito mais aqui. Quero estudar, me qualificar, fazer outras coisas também. Eu me vejo ainda ajudando meus amigos, com a experiência que eu tenho, com toda a técnica que eu aprendi durante todo esse tempo. Mas também tenho objetivos como fazer o sonho da minha filha se tornar realidade, fazer do meu filho um jogador de futebol, um futuro craque”, revelou Aldo.
Perguntado se poderia incentivar algum filho a lutar MMA, o campeão descartou a possibilidade: “Não, pelo contrário. Não quero nenhum filho meu lutando MMA porque, além da pressão de ser lutador, ele terá a comparação comigo. Ele pode ser até bom lutador, mas sempre vão querer que ele esteja no meu nível, vão exigir demais dele”, explicou Aldo.
Aldo e Dedé se emocionam ao relembrarem trajetória da lenda: relação de pai e filho (Foto: Alan Oliveira)
Dedé Pederneiras, tratado por Junior como “segundo pai”, foi responsável por um dos momentos de maior emoção da cerimônia, ao celebrar a carreira do pupilo.
“A gente está aqui para finalizar uma carreira de sucesso que todo o Brasil conhece, que o mundo todo conhece. Depois de tantos anos, tantas vitórias, algumas derrotas e um sucesso absurdo, ainda mais quando se compara a um garoto que veio do nada e chegou onde chegou. É difícil você acordar todo dia sabendo que vai levar soco na cara, chutes, cotoveladas e, quando estiver cansado, vai apanhar mais ainda. Hoje completam muitos anos de muito esforço, muito sofrimento e muitas alegrias. O que a maioria das pessoas conseguem ver é a luta no dia e o resultado, mas ninguém sabe o quanto de sofrimento houve para chegar até ali. Já vi muitos desistirem no início ou no meio do caminho, mas Junior se doou e conseguiu chegar onde chegou”, elogiou Dedé, com a voz embargada e tentando segurar a emoção.
Em semana de grandes expectativas para o MMA no Brasil, Rafael Feijão, vice-presidente do LFA, foi recebido pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi. A visita acontece em meio à realização do LFA 209, que ocorre neste sábado (24), no Malai Manso Resort, às margens do Lago do Manso.
Foto: Divulgação
Durante o encontro, Feijão e Russi discutiram a relevância do estado como novo polo do MMA nacional e a oportunidade que o evento representa para os atletas da região. O LFA é reconhecido mundialmente como a principal vitrine para o UFC — maior organização de MMA do planeta.
“É uma enorme felicidade ver o evento que mais revela talentos para o UFC acontecer em solo mato-grossense”, afirmou Rafael Feijão, que é mato-grossense.
Max Russi celebrou a presença de Feijão e reforçou o compromisso com o esporte como instrumento de transformação social: “É uma honra receber um nome de peso do MMA aqui em Mato Grosso. O esporte transforma vidas, inspira juventudes e nos ensina disciplina e superação. Mato Grosso está entrando no ringue com força total!”, disse. “O Feijão é um grande várzea-grandense, está trazendo esse grande evento para o Mato Grosso. E adianto que irá voltar outras vezes. Estamos muito felizes. De Mato Grosso para o mundo”, completou o parlamentar.
O LFA 209 terá como luta principal o confronto entre os pesos-penas Inglesson de Lara e Bruno “Xinoco” Henrique da Silva, com a transmissão do card principal ao vivo pelo UFC Fight Pass, a partir das 21h (horário de Brasília) e 20h (horário de Mato Grosso).
A realização do evento conta com o apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT), sob a gestão do secretário David Moura, e da plataforma LuckBet, reforçando o empenho local em fortalecer o cenário esportivo no estado.
Confira abaixo o card do evento:
LFA 209
Malai Manso Resort, Mato Grosso 24 de maio de 2025
Card principal
Peso-pena: Inglesson De Lara x Bruno Henrique
Peso-meio-médio: Joseilton Santos x Carlos Petruzzella
Peso-leve: Juan Pablo Vieira x Carlos Cavalcante
Peso-mosca: Paulo Silva x Hugo Paiva
Peso-meio-médio: Reginaldo Junior x Gilberto Sousa
Na última quinta-feira (16), dois professores brasileiros de jiu-jitsu foram homenageados durante a primeira edição do Prêmio Tudo Para Brasileiros na Califórnia. Em uma noite de gala realizada no luxuoso SLS Hotel, em Beverly Hills, os mestres faixa coral Rigan Machado – da lendária família Machado – e o faixa-preta Rodrigo Freitas foram reconhecidos por sua trajetória e contribuição para a disseminação da arte suave nos Estados Unidos.
Rigan Machado foi um dos grandes destaques da noite. Com uma carreira marcada por conquistas como os títulos pan-americanos de 1996 e 1997 nas categorias peso e absoluto, além de medalhas no ADCC, o faixa coral é reconhecido como o treinador de jiu-jitsu de grandes astros de Hollywood, tendo ensinado a arte suave para nomes como Chuck Norris, Mel Gibson, Ashton Kutcher, Vin Diesel, Robert Pattinson, Keanu Reeves, Jason Statham, Nicolas Cage, Wesley Snipes, Scarlett Johansson, entre muitos outros.
Esta edição do Prêmio Tudo Para Brasileiros marca a estreia da premiação na Costa Oeste após edições bem-sucedidas em Orlando. A cerimônia reuniu personalidades brasileiras influentes no cenário norte-americano. Idealizado pelo jornalista Géro Bonini, criador do portal Tudo Para Brasileiros, o prêmio destaca o impacto de lideranças brasileiras em áreas como empreendedorismo, cultura, inovação e responsabilidade social.
“Trazer o prêmio para a Califórnia é um marco. A energia da nossa comunidade aqui é vibrante e diversificada”, afirmou Géro Bonini. A CEO da agência t.PR, Thais Eliasen, responsável pela produção executiva da cerimônia, destacou o papel do prêmio como ferramenta de união e valorização cultural: “O prêmio é mais do que um troféu. É um momento de visibilidade e reconhecimento.”
Além dos mestres de jiu-jitsu, a premiação celebrou nomes como a influenciadora Karen Kardasha, a atriz Zilu Camargo, a apresentadora Jana Nagase (Jana On Camera) e o ator Renato Fimene. Também foram homenageados empresários que se destacam nos EUA, como Alexandre Felix (Moov Boston), Joe Douglas e Anna Luisa Marinho (DX Business Center), e o trio do Açaí Republic — Verônica Mira, Wagner Pereira e Adriano Nasal.
O evento contou com apoio de marcas voltadas à comunidade brasileira, como LEMFI, Pyzo-X, Açaí Republic, American Dream Real Estate Investment, e parceiros como TV Connect USA e Spot Brazil Radio. A noite foi marcada por discursos emocionados, networking e celebração da força empreendedora e cultural dos brasileiros no exterior.
Charles do Bronx foram anunciados esta semana na disputa pelo título dos pesos leves, vago após Islam Makhachev decidir subir de categoria para desafiar Jack Della Maddalena.
O brasileiro terá a chance de reconquistar o cinturão que já foi dele no dia 28 de junho, na luta principal do UFC 317.
Esta semana, em nosso canal no youtube, Carlão Barreto e André Pederneiras falaram sobre o que esperam deste desafio.
Podio do pesado preta: Bustamante (ouro), Paulão (prata) e Gurgel (Bronze)
Realizado no último final de semana de junho de 1999 no Tijuca Tenis Clube, a 4º edição do mundial de Jiu-Jitsu foi marcada pela renovação. Das 10 categorias disputadas na faixa preta, apenas quatro foram vencidas pelos tops da velha guarda (Royler, Traven, Bustamante e Alexandre Paiva). O resto ficou com a garotada: Omar Salum, Robinho, Shaolin, Saulo, Paulo Filho, Comprido e Léo Leite). E a renovação continuou nos pódios da faixa marrom com nomes como Ricardo Arona, Fernando Terere, Fernando Margarida, Matt Serra, BJ Penn, Gabriel Napão e Ricardo Vieira.
Esta edição também foi marcada por clássicos antológicos que entraram para a história do Jiu-Jitsu, como Royler x Léo Santos; Amaury Bitetti x Roberto Roleta; Minotauro x Roleta; Haroldo Cabelinho x Jean Jaques; Saulo x Roleta; Leca x Daniela Paiva; Mario Sperry x Léo Leite e Rodrigo Comprido x Roleta.
Reportagem Luciano Andrade e Marcelo Alonso
Fotos Marcelo Alonso e Fernando Azevedo
Com apenas 21 anos Leo Leite e Rodrigo Comprido garantiram dois ouros e o mundial para a Alliance
EMOÇÃO ATÉ O ÚLTIMO SEGUNDO
Após três dias de muita disputa, o 4º Mundial de Jiu-Jitsu caminha para um desfecho emocionante. Falta apenas uma luta para acabar o campeonato, na verdade a mais importante de todas, a final do absoluto preta entre Rodrigo Medeiros e “Roleta”. A luta decide não só o título da categoria, como também de todo o campeonato. Se der Rodrigo a Alliance vence, se der Roleta, ganha a Gracie Barra. Antes da luta o clima é de total favoritismo para o aluno de Carlinhos Gracie Jr. Só que o pessoal da Alliance não pensava assim e depositava total confiança em Medeiros, inclusive fazendo uma corrente de pensamento de arrepiar antes da decisão. Começa a luta e os dois puxam para a guarda, Rodrigo vai para cima e ganha uma vantagem, mas agora teria que cumprir uma missão quase impossível: passar a guarda do adversário. Nesse momento Rodrigo emenda numa certeira kimura de pé e finaliza Roleta em questão de segundos. Alliance bicampeã mundial de Jiu-Jitsu, num evento marcado pela vitória da nova geração da Arte Suave. Geração de Leonardo Leite, que assim como Rodrigo Medeiros derrotou o ícone da Carlson, Zé Mário. Vitória dos dois Leonardos. (Santos e Vieira), que apesar de terem perdido para Royler, em duas lutas pra lá de polêmicas, saíram por cima do campeonato, com apoio quase total da torcida. Vitória de Haroldo “Cabelinho”, finalizando em 18 segundos o favoritíssimo Jean Jacques e, acima de tudo, vitória de Saulo, provando que ainda é o n° 1 do Jiu-Jitsu.
SAULO RIBEIRO REAFIRMA SUA HEGEMONIA
Fora a grande final do absoluto, vencida por Rodrigo Medeiros, que na luta anterior ainda havia ganho de Zé Mário, numa luta muito apertada, decidida por uma vantagem, a faixa preta reservou emoções muito fortes para o público no último dia de competição. Apesar de não ter lutado no absoluto, decepcionando a torcida, Saulo saiu deste Mundial aclamado como o melhor lutador de Jiu-Jitsu da atualidade, visto que teve um desempenho excepcional na sua categoria, o meio-pesado. Muita gente questionava se ele seria capaz de derrotar os outros dois favoritos do peso, Amaury Bitetti e Roleta. De Amaury, Saulo nem precisou ganhar, já que o mesmo perdeu, por 2×0 (raspagem), na semifinal contra o criador do esqui-jitsu. Na final, Saulo ganhou de Roleta (2×1 nas vantagens), que já o havia derrotado duas vezes, e calou de vez todos os que colocavam em dúvida sua capacidade. Nas suas lutas anteriores, o manauara não teve problemas para finalizar rápido Marcelo Hertz e o paulista Givanildo Santana, que aliás deu um susto na torcida da Gracie Humaitá, encaixando um relógio no pau, que deixou Saulo com o pescoço duro até o fim do dia, optando, por isso, não lutar o absoluto. Na sequência, Ribeiro passou por Zé Marcelo (5×0), caminhando incólume para a final. “Agora eu tô estudando uma proposta do Pride para lutar Vale-Tudo, só que eles querem me pagar uma merreca (US$ 3 mil). Se eu aceitar, além de tá quebrando a minha firma, também vou quebrar a de todo mundo aqui no Brasil. Se eles pagarem o preço que merece um top do Jiu-Jitsu, luto amarradão”, avisou o campeão após vencer a tão esperada revanche com Roleta, onde usou toda a sua malandragem para administrar uma única vantagem de diferença e levar o título. Saulo não mostrou apenas técnica, mas também um fator importante para a vitória da nova geração do Jiu-Jitsu e às vezes um pouco esquecido por alguns dos antigos ícones da Arte Suave: o preparo físico.
Saulo venceu Roleta na final do meio pesado e confirmou ser o No1 do Jiu-Jitsu
SHAOLIN E ROBINHO LEVAM OURO PRA NOVA UNIÃO
E por falar em preparo físico, este foi, sem dúvida, o maior diferencial apresentado por Vítor “Shaolin” contra seus adversários. Há alguns meses se preparando com o professor Paulo Caruso, Shaolin esbanjou gás, saindo inteiro de todas as suas lutas. Na final, Vítor fez luta pau a pau contra seu arquirrival Márcio Feitosa e, após um empate de 2×2 nos pontos (Feitosa deu queda e Shaolin raspou), venceu por uma vantagem. Apesar da derrota, Márcio protagonizou alguns dos melhores momentos da preta, fazendo luta emocionante contra Renato Barreto na semifinal (6×2). A verdade é que a categoria leve, hoje, é um verdadeira área feudal dos dois finalistas. Vai ser muito difícil desbancá-los no peso. Nas demais categorias a nova geração continuou estendendo seus tentáculos assustadores sobre seus adversários. No pluma o brilhante Robson Moura mostrou sua técnica irretocável mais uma vez e venceu três das quatro lutas que fez por finalização. “Agora o negócio é subir para o pena para poder ter lutas mais difíceis e tentar melhorar o meu currículo”, declarou Robson após as vitórias.
LÉO LEITE VENCE MARIO SPERRY
E Léo Leite, de quem tanto se falava antes do evento? Cumpriu tudo o que falavam dele, utilizando sua técnica de Judô com muita inteligência e utilizando todas as regras a seu favor. Com Flávio Canto marcando presença para torcer por seu amigo, Léo passou com dificuldades pelas duas primeiras lutas contra Renato Ferro e Daniel Simões, guardando seu melhor desempenho para a final, contra Zé Mário. Nesta luta Zé tentou de todas as formas raspar seu oponente, mas esbarrou numa base sólida que nem rocha e acabou cansando, permitindo que Leite passa-se a controlar totalmente o combate. No finzinho Leonardo ainda conseguiu passar a guarda de Zé Mário. Apesar da derrota, e do cansaço, o aluno de Carlson Gracie ainda meteu as caras no absoluto, dando um show de garra ao vencer fortíssimos adversários como Austregésilo Reis, do Bolão. Após gastar todas as suas. forças no campeonato, Zé “Máquina” conseguiu um suado terceiro lugar, saindo i ovacionado pela torcida graças à sua postura impecável de atleta.
MINOTAURO FAZ MELHOR LUTA COM ROLETA
Outra fera da nova geração que arrebentou na competição foi o Robocop Baiano Rodrigo “Minotauro”. Após perder para Traven, por uma vantagem, no peso, Minotauro mostrou seu valor no absoluto, onde venceu fácil seus 3 primeiros oponentes fazendo a melhor luta do evento com Roleta na semifinal. Após um duríssimo 4×4, o genial esqui-jitser acabou levando a melhor nas vantagens. “Se soubesse que iria lutar com o Roleta teria estudado melhor o seu jogo. É realmente muito esquisito”, reconheceu Minotauro, que não venceu, mas convenceu, saindo aplaudido pela galera. Apesar de toda essa explosão dos novos nomes do Jiu-Jitsu, a velha guarda ainda mostrou que tem as garras afiadas. No pena, Royler Gracie, mesmo com todas as dúvidas sobre suas vitórias, foi um grande guerreiro e conseguiu seu quarto título mundial, sendo o único faixa preta a ostentar esse título (Robson Moura ganhou 4X também, mas foi campeão na faixa roxa em seu primeiro Mundial). No médio, Alexandre Paiva se superou e conquistou seu primeiro título Mundial, ganhando a final do excelente Roberto Atalla (2×0), que vinha de convincentes vitórias sobre Ricardo “Cachorrão” (4×0) e Suyan Queiróz (4×2). Ainda nessa categoria, destaque para Haroldo “Cabelinho” , que fez duas lutas fulminantes contra Paulo Guilhobel e Jean Jacques Machado, finalizando o primeiro com uma kimura de pé e o segundo com um leg-lock em inacreditáveis 18 segundos de luta! Cabelinho cedeu a vaga na final para seu mestre Paiva. Outra luta que chamou a atenção na categoria foi a que Suyan Queiróz venceu Eduardo “Jamelão” por 3×0 (passagem de guarda). Eduardo ficou revoltado com o resultado e chegou a se desentender com o atleta da Carlson, mas nada que panos quentes não resolvessem.
Roleta venceu Minotauro na melhor luta da competição na semifinal do absoluto
ROBERTO GORDO VENCE, MAS DÁ VITÓRIA AO OPONENTE
Não menos curiosa foi a luta do meio-pesado em que Roberto “Gordo” Corrêa, após ter seu braço levantado em luta dura (0x0) contra o amazonense Jorge “Navalhada”, o atleta da Barra Gracie não gostou das vaias da torcida, voltou ao ringue e em atitude inédita, deu a vitória ao oponente. reconhecendo o erro da arbitragem. “Se o público acha que eu perdi, então não tenho direito de ir a frente”, declarou o faixa preta sob os aplausos da galera. No pesado, outro que conquistou seu primeiro título mundial foi Murilo Bustamante, que na semifinal passou apertadíssimo por Fábio Gurgel (1 vantagem). Na final Paulo Filho, o “Paulão”, mais um que ainda vai dar muito o que falar, tanto no Jiu-Jitsu como no Judô (passou por Rodrigo Medeiros e Léo Dalla nas suas duas lutas anteriores), cedeu o lugar mais alto do pódio para seu parceiro de treinos. “E muito gratificante ver um exemplo de caráter e profissionalismo como Murilo subir no primeiro lugar do pódio, ainda mais sabendo que, em mundiais, apesar de sempre ter se apresentado muito bem, ele ainda não tinha sentido esse gostinho. Parabéns Murilo !”, disse Paulão.
CASTELLO E TRAVEN FECHAM NO PESADISSIMO
Na categoria mais pesada de todas, Roberto Traven e Leonardo Castello Branco formaram o último front da velha guarda do Jiu-Jitsu e fecharam sem maiores dificuldades. Traven venceu Minotauro, Luís Guilherme e, por último, André Mendes. Já Castello, mesmo quebrando o pé durante a luta, passou por cima da dor e também de Otávio Duarte, o lutador mais pesado da faixa preta neste Mundial. Completou o quadro de campeões da preta o agora tricampeão mundial Omar Salum, atleta de Manaus que, com raspagens e pegadas pelas costas, venceu um a um todos os seus adversários, passando na final pelo excelente Ralph Pires.
GRACIE, SANTOS OU VIEIRA ?
As maiores polêmicas deste 4º Mundial estiveram, sem dúvida, na categoria que normalmente causa menos problemas para a arbitragem, o pena. Afinal de contas é nela que reina absoluto o maior competidor da história do Jiu-Jitsu, aquele que dificilmente deixa dúvidas para a arbitragem em suas lutas, Royler Gracie. Só que neste ano a história foi outra e, em pelo menos duas lutas, Royler deixou dúvidas quanto às suas vitórias. Vale lembrar que tudo poderia ter sido evitado se a ideia de usar vídeos como tira-teima tivesse sido posta em prática. Royler começou sua trajetória finalizando Eduardo Leitão, de São Paulo, vencendo, na sequência, Hélio “Sonequinha”, da Barra, com uma queda. Do outro lado da chave, o recém chegado à faixa preta Leonardo Santos (Nova União) mostrava que sua vitória sobre Jamelão, num desafio em Vitória, não havia sido por acaso, finalizando Eduardo Soares (De La Riva) no triângulo, enquanto o paulista Marco Barbosa eliminava seu companheiro de academia, João Roque, com uma passagem de guarda. Enquanto isso, Leonardo Vieira finalizava Flávio Ferreira (De La Riva), passando por “Bocão” (7×0) e vencendo Fredson Alves nas quartas, por 2×0. Tudo estava pronto para a maior polêmica da competição. A luta entre Leonardo Santos e Royler Gracie. O garoto começou aplicando uma queda, prontamente respondida pelo Gracie com uma raspagem (2×2). Leozinho não se intimida e vira a luta com uma raspagem (4×2). Royler coloca pressão e consegue ganhar dois pontos por penalização (fuga e faixa desamarrada), empatando a fatura (4×4). Santos não desiste e, no lance mais polêmico de toda a competição, engata uma raspagem. Royler cai de quatro e Leonardo vai para as suas costas, colocando um dos ganchos. A torcida grita desesperada, pedindo 2 pontos, mas o juiz Bebeo Duarte só dá a vantagem, alegando que o atleta da Nova União não ficou tempo suficiente (3 segundos) dominando suas costas. No minuto final da luta, quando Leonardo vencia por uma vantagem, Royler consegue chegar numa boa posição, garantindo a vitória, uma vez que Leonardo tinha uma punição a mais do que ele. Royler corre para comemorar com sua torcida, enquanto o professor de Leonardo, Wendell Alexander, invade o ringue chorando e, em atitude desesperada, levanta o braço do garoto, sendo prontamente ovacionado pela torcida. “Falavam que eu não iria aguentar 10 minutos com ele, mas mostrei que tenho coração. Todo mundo viu que eu ganhei”, declarou Santos após a luta. Na quarta luta, contra Vinícius “Draculino”, Royler venceu por uma vantagem. “Ele garantiu a punição me empurrando para fora e depois segurou minhas duas mãos, botando a cabeça no meu peito e amarrando até o final e mesmo assim não levou nenhuma punição”, reclamou o atleta da Barra. Na grande final a luta que todos queriam ver: “Leozinho” Vieira, que acabara de eliminar o excelente Marco Barbosa (2×0) se credenciava finalmente para enfrentar Royler Gracie. Para espanto de todos o combate, que tinha tudo para ser um dos melhores da história do Jiu-Jitsu, foi um dos piores que já vimos. Na verdade a luta foi muito parecida com o combate entre Leozinho e Feitosa na final do Mundial de 1997. Sem pontos e sem vantagens, o juiz Roberto Gordo Corrêa levantou o braço de Royler que, vibrando muito, foi comemorar o tetracampeonato com sua animada torcida. “É a segunda vez que acontece isto comigo numa final de Mundial, sei que ninguém fez nada durante a luta, mas tenho consciência de que tentei lutar o tempo inteiro. Todo mundo viu”, declarou o atleta da Alliance. Royler rebateu: “Ponho a cabeça no travesseiro e durmo feliz da vida, afinal não fui eu quem deu os resultados”.
MARROM: ARONA, TERERÊ, BJ PENN E MATT SERRA
Na faixa marrom os destaques ficaram por conta de três nomes que viriam a brilhar no cenário do MMA Mundial, Ricardo Arona, Matt Serra e BJ Penn.
Na categoria (pesado), Arona foi um verdadeiro Panzer, detonado todos os seus oponentes. Na semifinal, finalizou o excelente Erick Wanderley com um estrangulamento, repetindo o feito contra Fábio Leopoldo na finalíssima. Só que nesta luta o desempenho de Ricardo foi ainda mais impressionante: montou, pegou as costas e estrangulou em menos de um minuto. “Agora eu quero lutar o Brasileiro e, quem sabe, pegar a faixa preta no final do ano”, declarou Arona.
No absoluto, porém, Arona perdeu a final para o judoca Aurélio Fernandes. Com um jogo esquisito e inusitado. Quando parece que está dando um tremendo mole para o adversário, laçando o braço e dando as costas, ele joga o peso e, por incrível que pareça, passa a guarda de todo mundo com a barriga para cima. Ninguém entende nada e se pergunta: “Como é que pode eu perder para esse cara desse jeito?” É, não adianta, o judoca Aurélio Fernandes sempre faz esse jogo maluco em suas lutas e, na maioria das vezes, se dá bem. Nesse Mundial, para ser mais preciso, ele se deu bem em todas as lutas, faturando a categoria pesadíssimo e também o absoluto. Nesta última, Aurélio derrotou na final Ricardo Arona (3×2), um dos maiores talentos que a academia Carlson Gracie apresentou nesses últimos anos, na opinião de muitos o melhor faixa marrom do evento, mesmo sendo vice no absoluto.
Carlson Gracie entregando as medalhas do marrom pesado: Ricardo Arona (ouro); Fabio Leopoldo (Prata), Erick Wanderlei e Gabriel Napão (Bronze)
No absoluto, antes de perder para Aurélio, Arona ainda fez outras grandes lutas, como por exemplo a que venceu Fernando “Tererê” por 12×0. Falando em Tererê, este mais uma vez usou e abusou da malandragem para ser campeão. Numa categoria onde pelo menos 5 atletas tinham reais condições de vencer, Tererê mostrou que no quesito competição ainda é o melhor. Na final o malandro do Cantagalo teve que comer um dobrado para vencer o manauara Cristiano Ribeiro por 2×0. (nas vantagens Cristiano venceria por 5×0), o mesmo ocorrendo na semi, quando passou pelo incrível BJ Penn, numa luta pra lá de catimbada (3×2 nas vantagens). Por sinal é bom todo mundo ficar de olho neste havaiano, porque ele ainda vai dor de cabeça para muita gente aqui no Brasil, ainda mais se levarmos em conta que o garoto treina há apenas dois anos e meio.
Outro gringo que roubou a cena foi o aluno de Renzo Gracie, Matt Serra que roubou a cena fechando o peso médio com Bruno Fernandes, após vencer todas as suas lutas com seus certeiros single legs.
Outro destaque da marrom foi Alexandre “Café” Dantas que vem melhorando seu Jiu-Jitsu à cada dia que passa e, na final do super pesado, passou o carro no aluno de Osvaldo Alves, Francisco Nonato, que não teve saída, senão bater para o forte carioca. A equipe da Gracie Barra foi uma que colheu muitos frutos na faixa, subindo ao lugar mais alto do pódio com as vitórias de “Cachorrinho” e “Sorriso” no meio-pesado e Renato Miragaia e Bruno Fernandes no médio (eles fecharam as duas categorias), todos mostrando muita movimentação e consistência em suas lutas. Na semi do peso Cachorrinho derrotou o talentoso paulista Fernando “Margarida” Pontes, que apesar da derrota foi um dos melhores lutadores deste Mundial, conseguindo ainda um terceiro lugar no absoluto. Nas categorias mais leves deu Ricardo Brandão (galo), Ricardo Vieira (pluma/tricampeão mundial) e Edson Diniz, talvez o que tenha mostrado o melhor desempenho entre os três citados, já que só pegou dureza na categoria. Na semifinal Edson passou apertado por Rodrigo “Feijão”, porém na final deu show e conseguiu fazer o que poucos esperavam ver: finalizar Gabriel Cardoso, lutador que até hoje nunca tinha passado por esta situação dentro do tatame.
Veja abaixo uma galeria de fotos completa e os resultados de todas as faixas.
Com apenas 21 anos Leo Leite e Rodrigo Comprido garantiram dois ouros e o mundial para a Alliance
Campeão no peso e vice no absoluto Ricardo Arona venceu Tererê por 12×0
No marrom leve BJ Penn só perdeu para o campeão Fernando Tererê (por 3×2 nas vantagens) na semifinal
A revista japonesa Kakutougi Tsushin destacou a finalização de Haroldo Cabelinho sobre Jean Jaques machado e o tetracampeonato de Royler Gracie
Roberto Roleta eliminou Amaury Bitetti na semifinal do meio pesado
Saulo venceu Roleta na final do meio pesado e confirmou ser o No1 do Jiu-Jitsu
Roleta venceu Minotauro na melhor luta da competição na semifinal do absoluto
Léo Leite defendendo a queda de Zé Mario Sperry para garantir o ouro no super pesado
Royler venceu Léo Santos numa das mais polemicas lutas do evento
Na final Royler venceu Leo Vieira em luta parelha
Shaolin venceu o arquirrival Feitosa e ficou com o ouro no leve
Léo Leite e Rodrigo Comprido receberam destaque na imprensa japonesa
Robson Moura faturou seu tricampeonato na faixa preta peso pluma
Podio do pesado preta: Bustamante (ouro), Paulão (prata) e Gurgel (Bronze)
Carlson Gracie entregando as medalhas do marrom pesado: Ricardo Arona (ouro); Fabio Leopoldo (Prata), Erick Wanderlei e Gabriel Napão (Bronze)
Paulão comemorando com Dona Dena, sua torcedora mais fervorosa, a vitória sobre Comprido na semifinal do pesado
Léo Leite e Rodrigo Comprido na sessão de fotos para a capa da Tatame, com o mestre Jacaré, líder da Alliance, ao fundo.
Léo Leite e Rodrigo Comprido na sessão de fotos para a capa da Tatame, com o mestre Jacaré, líder da Alliance, ao fundo.
Preta Galo 1- Omar Salum (Gracie Humaita) 2- Ralph Pires (Wall Street) 3- Sérgio Torres (Nova União) 3- Pablo Fragata (Bolão)
Pluma
1-Robson Moura (Nova União) 2- Vinícius Cruz (Carlson Gracie) 3- Bruno Ximenes (Bolão) 3- Paulo Sérgio (Alliance)