Luis Francischinelli nocauteou todos os adversários - Foto: Divulgação/LFA
O meio-médio Luis Francischinelli está fazendo barulho no LFA, o principal evento revelador de talentos para o UFC. Com apenas quatro lutas no cartel, o brasileiro já chamou atenção por um detalhe impressionante: todas as suas vitórias vieram por nocaute ainda no primeiro round.
Luis Francischinelli nocauteou todos os adversários – Foto: Divulgação/LFA
Agora, ele se prepara para mais um desafio, no LFA 208, no dia 9 de maio, na Califórnia, onde enfrenta o norte-americano Angelo Rivera Jr. – e, se continuar nesse ritmo, pode estar a um passo do Dana White’s Contender Series ou até mesmo de um contrato direto com o maior evento de MMA do mundo.
Natural de Itu, interior de São Paulo, Francischinelli representa a Califórnia Mixed Martial Arts (CMMA) e vem mostrando que sabe muito bem explorar sua altura, 1,98m, e envergadura, 2,13m, em uma categoria onde a maioria dos lutadores tem entre 1,75m e 1,85m.
“Com certeza, minha envergadura é uma das coisas que mais uso em vantagem. Controlo muito bem a distância e conecto os golpes na hora certa”, explica o brasileiro, que tem origem no kickboxing (faixa-preta). Antes de se dedicar exclusivamente à carreira de lutador, Francischinelli dava aulas de artes marciais e chegou a trabalhar como segurança.
Seu estilo agressivo e preciso tem sido a chave para o sucesso. “Tenho um estilo assertivo. Aproveito todas as oportunidades para acabar com a luta”, afirma. Agora, ele encara Angelo Rivera Jr., mas não subestima o adversário. “Toda luta é um desafio, e me preparo para lutar os três rounds. O nocaute é a consequência dos atos que escolhemos lá em cima.”
Se vencer mais uma vez, Francischinelli chegará a 5-0 no MMA e pode se tornar um nome forte para o Contender Series, que começa em agosto. “Tenho trabalhado muito para essa oportunidade. Acredito que tenho potencial e competência para estar lá ainda este ano”, acredita o brasileiro.
O tira-teima entre Diogo Reis e Meyram Maquiné é um dos combates mais aguardados da décima quinta edição do BJJ Stars, que acontece no dia 26 de abril no Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo. Os atletas já se enfrentaram em duas oportunidades, com uma vitória para cada lado, e por isso o duelo de desempate promete ser bastante equilibrado. Atual campeão do ADCC, Diogo Reis voltou a vestir a kimono após um ano disputando apenas competições No Gi, mas garante que está preparado para sair com a vitória.
“Decidi esse ano voltar a competir de kimono e avalio que estou em um bom momento. Estou adquirindo muita experiência, até porque o kimono é um mundo diferente, e eu fiquei um ano sem competir de kimono. Vai ser um lutão, serão sete minutos bem intensos, mas eu vejo essa luta sendo definida em pé, na troca de quedas, até porque nenhum dos dois vai querer puxar para a guarda. Mas a minha expectativa é fazer uma boa luta e sair com a vitória para desempatar esse confronto”, disse Diogo, antes de analisar o estilo de jogo do oponente.
“O Meyram é muito ágil e explosivo. Ele tem um estilo de jogo muito agressivo, tem um Judô muito bom e, além disso, suas passagens de guarda são muito rápidas. Ele tem uma boa guarda também, mas prefere ficar em pé e por isso o forte dele são as quedas e as passagens de guarda. Ele é um cara completo, mas tudo o que ele faz eu também faço. Não tem nada no jogo dele que me preocupe. Então, acredito que o que vai definir essa luta será a questão mental. Nossos pontos fortes são muito parecidos, e o que nos diferencia é a questão estratégica. Acho que sou mais estratégico que ele e acredito que essa é a maior vantagem que tenho sobre ele”, garantiu.
Assim como Diogo, o faixa-preta Meyram Maquiné também projeta uma luta intensa e de alto nível técnico. O manauara, que alcançou grandes resultados nos últimos anos, especialmente o bicampeonato Mundial e o Europeu da IBJJF, elogiou o seu adversário, mas garantiu que vai entrar na luta buscando a finalização o tempo todo.
“Vai ser uma excelente luta, pois os dois gostam de sair na mão! O Dioguinho é um cara muito bom e muito inteligente lutando, mas nada no jogo dele me preocupa. O que acho interessante dele é a forma como ele estuda os adversários. Eu não sou muito de estudar meus oponentes, eu só saio na mão mesmo. Mas, independente do atleta, eu sempre vou para finalizar. Se vai acontecer ou não, é consequência, mas meu foco em todas as lutas é finalizar”, concluiu Meyram.
O BJJ Stars 15 acontece no dia 26 de abril a partir das 19h. Os portões do Mercado Livre Arena Pacaembu abrem às 17h. Para saber mais sobre os ingressos e outras informações acesse o site www.bjjstars.tv. Para adquirir o PPV do evento basta acessar www.flograppling.com e assinar a plataforma de streaming, que garante, além do evento, todo o acesso ao conteúdo da plataforma durante um mês.
Confira abaixo o card completo do evento.
BJJ Stars 15 Mercado Livre Arena Pacaembu, São Paulo (SP) Sábado, 26 de abril de 2025
GP No Gi até 83kg:
Elijha “Big Breakfast” Dorsey (Lloyd Irwin) – EUA
Jonnatas Gracie (AOJ) – Brasil
Jon Thor (10Th Planet) – EUA
Oliver Tazza (New Wave JJ) – Líbano
Rafael Paganini (Dream Art) – Brasil
Roberto Jimenez (Studio 76) – EUA
Izaak Michell (Fight Factory) – Austrália
Mica Galvão (BJJ College) – Brasil
Disputas de cinturão:
Tayane Porfirio x Gabrielle Pessanha
Erich Munis x Adam Wardsinski
Lutas casadas de kimono:
Angelus França Lutinha (BJJ College) x Weverton Martins (Alliance) – BJJ Stars Confere
Leonardo Ferreira x Hygor Brito
Diogo Reis x Meyram Maquiné
Neste domingo (27/4), a TV Jovem Pan irá transmitir ao vivo o Thunder Fight 48, que traz o brasileiro Arthur Portes em uma disputa internacional pelo cinturão peso-galo contra o boliviano Renzo Martinez.
Jovem Pan transmite o evento – Foto: Divulgação
A parceria entre o canal e a organização garante cobertura completa do evento que acontece no Thunder Fight Center, em São Paulo.
Além da luta principal, o público poderá acompanhar pela Jovem Pan outras atrações de peso do Thunder Fight 48, incluindo o confronto entre Augusto César e Guilherme Haither.
A emissora também trará cobertura especial da Copa Thunder 39, competição que reúne promessas do MMA amador, kickboxing, submission e jiu-jítsu – incluindo duelos femininos como Julia Vitória x Maria Eduarda.
“Esta parceria com a Jovem Pan consolida nossa missão de levar o melhor do MMA para um público cada vez maior”, destacou o presidente do Thunder Fight, Marcelo Kina.
Confira abaixo o card do evento:
Local: Thunder Fight Center, São Paulo Data: 27 de abril Transmissão exclusiva: Jovem Pan (TV e plataformas digitais)
THUNDER FIGHT 48 (Lutas Profissionais)
Luta Internacional pelo Cinturão até 61kg: Renzo Martinez (Bolívia) x Arthur Portes (Brasil)
O episódio 190 do programa Papo de Luta foi ao ar ao vivo nesta segunda-feira nos canais do PVT e da Fighting Mode TV no YouTube. A edição teve como destaque a análise completa do card do UFC do próximo sábado, com ênfase especial nos confrontos entre Carlos Prates e Ian Garry, além da luta entre Michel Pereira e Abusupiyan Magomedov. Os demais brasileiros que também entrarão em ação no evento foram tema dos tradicionais Pitacos MMABet
Outro assunto que movimentou os bastidores e foi debatido no programa foram os rumores de uma possível lesão de Dricus Du Plessis. Com isso, cresceu a especulação sobre a chance de Caio Borralho substituir o sul-africano em uma disputa de cinturão interino contra Khamzat Chimaev.
Piter Frank venceu com um triângulo invertido - Foto: Divulgação/ADXC
A 9ª edição do Abu Dhabi Extreme Championship, realizada no último sábado, 19, em Paris, na França, inaugurou o calendário da organização em 2025. O ADXC 9 contou com a participação de atletas de destaque do cenário internacional do Jiu-Jitsu e do Grappling, e movimentou o público ao longo da semana com expectativas em torno dos principais confrontos. Destaques para os brasileiros Gabriel Sousa, Davi Vetoraci e Piter Frank, que brilharam no card principal, e o francês Guillaume Chaine, atleta mais festejado da noite e grande vendedor da luta principal.
No Main Event de Jiu-Jitsu, o campeão olímpico francês Guillaume Chaine adicionou o troféu do ADXC ao seu extenso currículo como atleta. Enfrentando o veterano do MMA Thibault Gouti dentro da jaula, Guillaume mostrou toda sua habilidade ao aplicar quedas de Judô e quase finalizar com uma chave de braço perigosa. Thibault, por sua vez, conseguiu evitar as tentativas de finalização e respondeu com ótimas entradas nas pernas, mas a performance e agressividade de Guillaume foram suficientes para garantir a vitória por decisão unânime.
Gabriel Souza triunfou com um katagatame – Foto: Divulgação/ADXC
Já o Main Event de Grappling foi marcado por mais uma vitória de Gabriel Sousa, que superou Anthony de Oliveira em um duelo de técnica e, principalmente, resistência. Com ambos os atletas lutando de forma agressiva o tempo todo, o duelo foi recheado de quedas e trocas perigosas no chão, com Gabriel se destacando pelas constantes tentativas de ataque. No quarto round, ele usou a parede da jaula para aplicar mais uma queda, entrou na meia-guarda de Anthony e encaixou um katagatame que resultou na desistência do seu adversário e o levou a sua segunda vitória na organização.
Antes disso, o Co-Main Event de Jiu-Jitsu colocou Davi Vetoraci frente a frente com Faris Ben-Lamkadem, cumprindo a promessa feita de sair vitorioso. Após uma coletiva de imprensa tensa, marcada por provocações dos dois lados, o clima esquentou dentro da jaula do ADXC. Faris trabalhou por cima, com boas passagens e tentativas de queda, enquanto Davi usou sua perigosa guarda laço para controlar a luta e atacar com omoplata e estrangulamento em laço. Após cinco rounds intensos, Davi saiu com a vitória por decisão unânime.
No Co-Main Event de Grappling, o explosivo Piter Frank deu mais um show ao conseguir uma finalização logo no primeiro round contra Nicholas Renier. Renier começou melhor, tentando uma queda, mas Piter mostrou agilidade nos pés e surpreendeu com um salto inesperado para um triângulo invertido. Ele rapidamente ajustou a posição e forçou os três tapinhas nos primeiros minutos da luta.
Abrindo caminho para os Main e Co-Main Events, o ADXC 9 trouxe muita ação com duelos no Card Principal e no Card Preliminar, além das sempre empolgantes lutas de Showcase. Entre os destaques estiveram o brasileiro Ruan Alvarenga, que superou Yigit Hanay, e Salla Simola, que derrotou a francesa Aurelie Le Vern, com performances irretocáveis. Confira abaixo todos os resultados do ADXC 9.
ADXC 9 19 de abril Paris, França
Lutas Principais
Guillaume Chaine derrotou Thibault Gouti por decisão unânime
Gabriel Sousa derrotou Anthony de Oliveira com um katagatame (4º round, 1:20)
Lutas coprincipais
Davi Vetoraci derrotou Faris Ben-Lamkadem por decisão unânime
Piter Frank derrotou Nicolas Renier com um triângulo invertido (1º round, 1:42)
Card Principal
Reda Mebtouche derrotou Dory Aoun por decisão unânime
Salla Simola derrotou Aurélie Le Vern por decisão unânime
Showcase 3
* Thani Al Mehairi derrotou Garnik Zeynalnian com um estrangulamento de arco e flecha (1º round, 0:43)
Card Preliminar 2
Ruan Alvarenga derrotou Yigit Hanay por decisão unânime
Stephanie Faure derrotou Tamara Toros por decisão unânime
Mark Macqueen derrotou Luc Rousseau com uma finalização por crossface (1º round, 1:37)
Showcase 2
Mia Perdomo derrotou Chloé Hyraud com um armlock (1º round, 0:41)
Card Preliminar 1
Junior Orgulho derrotou Robson Gracie por desclassificação (finalização ilegal)
Kasper Larsen derrotou Tyrone Gonsalves com um estrangulamento guilhotina (3º round, 1:50)
Davis Asare derrotou Freddy Lele Talla por decisão dividida
Showcase 1
David Aganov derrotou Sultan Abdurashidov com um armlock (2º round, 0:22)
Erik Silva, profissional da equipe Cerrado MMA, tem metodologia de treinos específica e lança livro para auxiliar treinadores - Foto: Divulgação
O ano foi 1999 e Erik Silva começou sua história de amor com as artes marciais. Após trabalhar em um balcão em uma academia de musculação e ver um treino de Luta Livre, o, atualmente, faixa-preta e treinador da equipe Cerrado MMA, que tem sua sede em Brasília (DF), decidiu que seria neste esporte a sua vida. Mas, ao contrário do que imaginava, o lutador viu seu sucesso na modalidade de uma outra maneira.
Erik Silva, profissional da equipe Cerrado MMA, tem metodologia de treinos específica e lança livro para auxiliar treinadores – Foto: Divulgação
Com a luta em seu sangue, Erik Silva, como a maioria que começa nesta área, queria ser um lutador profissional e conquistar os cages ao redor do mundo. No entanto, o atleta encontrou um bloqueio que lhe fez mudar de rumo, para, enfim, achar o seu caminho.
“Quando comecei a treinar, surgiu em mim um sonho muito forte: ser um lutador reconhecido e respeitado no mundo das lutas. Sempre fui muito dedicado, mas carregava dentro de mim os mesmos sentimentos da infância, aquelas marcas invisíveis que diziam que eu não era capaz. Isso virava bloqueio na hora da luta. O nervosismo antes das competições me dominava, eu me cobrava demais e não tinha nenhuma orientação sobre alta performance ou controle emocional. Eu ainda queria competir, então formei uma turma de iniciantes no quintal da minha casa. A ideia era treinar esses caras para que eles, depois, fossem meus parceiros de treino”, disse, emendando.
“Mas depois de apenas três meses, dois deles foram campeões em um evento local. Aquilo me marcou. Ali eu percebi que a minha forma de ensinar tinha algo especial. Foi quando decidi abrir mão do sonho de ser atleta para seguir algo que, pra mim, passou a ser ainda maior: formar campeões. Me dediquei ao caminho de professor com tudo o que eu tinha. E entendi que esse era o meu verdadeiro lugar”, concluiu.
Com o dom de ensinar, Erik foi crescendo ainda mais na equipe e, hoje em dia, é responsável por acompanhar atletas de alta performance, montar estratégias e desenvolver todo o sistema de treino focado em grappling, tanto para o MMA quanto para o circuito de luta agarrada. Com isso, conquistou títulos importantes no ADCC, maior evento de grappling do mundo, e também teve seu nome ligado a grandes nomes do MMA, como Vicente Luque e Viviane Araújo, ambos lutadores do UFC. Silva, inclusive, foi um dos grandes responsáveis pela evolução do meio-médio do Ultimate.
“Quando entrei para a Cerrado MMA, ele (Vicente Luque) já treinava Jiu-Jitsu com o mestre Toquinho Saldanha e buscava evoluir ainda mais no grappling para os desafios do UFC. Passei a treiná-lo exclusivamente em MMA focado em grappling e, nesse período, ele alcançou resultados impressionantes. Finalizou Tyron Woodley, que até então jamais havia sido finalizado no UFC, e também Michael Chiesa, considerado uma das maiores referências da divisão. Ambos foram vencidos com um triângulo de mão. Após esses feitos, graduei o Vicente à faixa preta de Luta Livre Esportiva”, explicou.
Experiências no esporte viraram livro
Em 2024, após anos vivenciando de perto o mundo das lutas, Erik decidiu colocar isso em papel e lançou o “Além da Técnica”. O foco do profissional ao lançar esse livro foi voltado para padrões mentais e comportamentais relacionados aos atletas. Para isso, o faixa-preta até estudou neurociência para entender certas lacunas do cérebro humano. O público alvo do livro é justamente pessoas que praticam MMA e grappling ou tenham conhecimento na área.
“O verdadeiro treinamento de alto rendimento envolve também a simulação de emoções. Quando a frustração é bem administrada, ela cria um efeito poderoso: aumenta o desejo de recompensa. O atleta se torna mais faminto, mais resiliente, mais preparado para as adversidades da competição. Quem treina em um ambiente controlado emocionalmente, chega blindado nas situações reais. No livro, explico como construir esse tipo de ambiente, como reprogramar o sistema de recompensa e transformar o esforço em prazer. Quero que treinadores e atletas parem de olhar só para o que acontece no tatame e comecem a entender o que acontece dentro da mente”, finalizou.
Robson Gracie e Junior Orgulho fazem duelo brasileiro em Paris - Foto: Divulgação/ADXC
Tudo pronto para mais uma etapa do Abu Dhabi Extreme Championship, que acontece neste sábado, 19 de abril, no Dojo de Paris, na França. Em sua 9ª edição, o ADXC promete um espetáculo de alto nível, com 15 duelos internacionais de jiu-jitsu e grappling, além da participação de seis brasileiros no card.
Robson Gracie e Junior Orgulho fazem duelo brasileiro em Paris – Foto: Divulgação/ADXC
Rivalidades afiadas e clima quente nos bastidores já dão o tom do que vem por aí. Todas as emoções do ADXC 9 podem ser acompanhadas ao vivo pela plataforma tx7.com, a partir das 15h30 (de Brasília).
Davi Vetoraci encara Faris Ben-Lamkadem – Foto: Divulgação/ADXC
A pesagem oficial foi realizada nesta sexta-feira (18), sem surpresas: todos os atletas bateram o peso e confirmaram presença no card. Mas foi na coletiva de imprensa, realizada no dia anterior, que o clima realmente esquentou. O brasileiro Davi Vetoraci e o britânico Faris Ben-Lamkadem protagonizaram o momento mais tenso, trocando provocações diretas que aumentaram ainda mais a expectativa para o confronto.
“Já que ele agora representa Portugal, eu representarei o Brasil”, abriu Faris, vestindo uma camisa da seleção brasileira de futebol. “Já venci o irmão dele, então se eu também vencer, serei o pai deles. Mesmo assim, este evento é superprofissional e um espetáculo e tanto, estou muito feliz de estar aqui”.
Logo em seguida, o brasileiro, radicado em Portugal, rebateu e garantiu que sua principal resposta será dentro do octógono.
“Alguns se garantem no jiu jitsu, outros se garantem nas palavras. Como ele não é bom o suficiente precisa falar para aparecer. Quero ver se depois da luta ele vai continuar falando tanto”, rebateu Vetoraci.
Outra rivalidade que chamou atenção foi entre Piter Frank e Nicolas Reinier. Apesar do tom mais amistoso, os dois não economizaram nas provocações e garantiram que buscarão a finalização a todo custo.
“Estou aqui para provar que nunca é tarde para começar. E não se trata apenas de vencer. Não venci minha luta anterior aqui no ADXC, mas dei um show e farei de novo”, afirmou Piter.
Gabriel Sousa enfrenta Anthony Oliveira – Foto: Divulgação/ADXC
Entre as estrelas do card, o brasileiro Gabriel Sousa, que disputa a luta principal de grappling, mostrou confiança e personalidade. Muito à vontade na coletiva, Gabriel falou sobre sua preparação e aproveitou para cutucar os adversários estrangeiros, reforçando o peso do jiu-jitsu brasileiro na competição.
“O ADXC sempre trata os atletas muito bem e eu sempre quis estar em um dos seus Main Events. Vocês verão uma luta muito agressiva no sábado, podem ter certeza. Podem falar o que for, mas os grandes talentos do jiu jitsu são do Brasil, não é à toa que ano após ano os campeões mundiais são quase sempre nossos. Então vou provar mais uma vez nossa supremacia”.
Ao final da coletiva, todos os atletas participaram das tradicionais encaradas, selando o clima competitivo que promete tomar conta do cage do ADXC neste sábado. Os fãs poderão acompanhar todos os detalhes da ação ao vivo pela TX7.com, a partir das 15h30 (horário de Brasília).
CARD PRINCIPAL
Guillaume Chaine x Thibault Gouti
Gabriel Sousa x Anthony Oliveira
Davi Vetoraci x Faris Ben-Lamkadem
Piter Frank x Nicolas Reinier
Robson Gracie x Júnior Orgulho
Aurelie Le Vern x Salla Simola
CARD PRELIMINAR
Ruan Alvarenga x Yigit Hanay
Tamara Toros x Stephanie Faure
Luc Rousseau x Mark Macqueen
Dory Aoun x Reda Mebtouche
Kasper Larsen x Tyrone Gonsalves
Davis Asare x Freddy Lele Talla
CARD DE APRESENTAÇÃO (infantil e juvenil)
Thani Al Mehairi x Garnik Zeynalnyan
Mia Perdomo x Chloé Heyraud
David Aganov x Sultan Abdurashidov
Quem será o próximo adversário de Charles do Bronx? Nesta terça-feira, o ex-campeão do UFC conversou com Marcelo Alonso e analisou seus prováveis adversários, mas deixou bem claro quem quer enfrentar no octógono.
Charles comentou ainda alguns combates recentes, respondeu se gostaria de treinar no Brasil e se aceitaria treinar com Islam Makhachev no futuro.
Duelo brasileiro integra o card - Foto: Divulgação/ADXC
Neste sábado, 19 de abril, o ADXC 9 desembarca em Paris, e entre os combates mais aguardados do card preliminar está a estreia de Robson Gracie, irmão mais novo da lenda Renzo Gracie. Ele encara o também brasileiro Júnior Orgulho em um duelo que promete movimentar a capital francesa e carregar toda a simbologia de mais um Gracie no cage.
Duelo brasileiro integra o card – Foto: Divulgação/ADXC
Embora venha de uma sequência de treinos e lutas voltadas para o MMA, Robson não hesitou quando recebeu o convite para competir de quimono.
“Foi uma surpresa porque eu havia feito uma luta de MMA e eles me chamaram para lutar de quimono, no Rio de Janeiro. Acabei me machucando e tive que sair do card. Agora estou novamente tendo essa oportunidade. Estou bastante empolgado, o jiu-jitsu é a minha grande paixão e é bom demais poder estar voltando em um evento desse tamanho, com tantos atletas de alto nível”, afirmou o faixa-preta.
A preparação do lutador vem sendo realizada na tradicional Renzo Gracie Academy, em Nova York, onde treina sob os olhos atentos do próprio irmão Renzo, que também estará em seu córner na noite de sábado. O primo e multicampeão Gregor Gracie tem sido peça-chave nos treinos, assim como os experientes professores Rafael Sapo e Fábio Floriano. Segundo Robson, o foco está em impor seu ritmo e buscar a finalização.
“Sabemos que meu adversário é um cara do MMA também, muito duro, e a ideia é conseguir impôr o meu ritmo o tempo inteiro e chegar na finalização. Sempre gostei muito de atacar braços, o armlock é uma das minhas posições fortes, então quem sabe não pode ser um dos caminhos para a vitória”, disse.
O ADXC tem sido palco para grandes nomes da arte suave e se consolidou como um dos eventos mais importantes da modalidade no mundo. Outro membro da família Gracie que brilha na organização é Rayron Gracie, que já soma vitórias expressivas no cage da organização. Para Robson, fazer parte desse cenário internacional é motivo de orgulho.
“Isso é muito legal para o crescimento do jiu-jitsu e para uma maior visibilidade. As regras são bem dinâmicas, os cards têm grandes lutas e os eventos rodam o mundo. Agora está sendo em Paris, depois tem Rússia, Rio de Janeiro, Austrália. É um trabalho incrível que Abu Dhabi faz porque faz com que o jiu-jitsu se desenvolva não apenas no Oriente Médio, mas em todos os continentes.”
Lutas principais terão duelo francês e brasileiro em ação
A luta principal com quimono do ADXC 9 será marcada pelo encontro de dois franceses: Guillaume Chaine enfrenta Thibault Gouti em um duelo que promete emoção do início ao fim. Já sem quimono, o brasileiro Gabriel Sousa encara o francês Anthony Oliveira, em um embate que marca mais um capítulo da rivalidade Brasil x França dentro do ADXC.
ADXC 12 chega ao Brasil em julho
Depois de Paris, Rússia e Austrália, o ADXC está programado para desembarcar, novamente, em terras brasileiras. O evento retorna ao Rio de Janeiro para a sua 12ª edição em julho, em parceria firmada com o Governo do Estado através da lei de incentivo ao esporte. Em 2024, a edição carioca contou com a lenda do jiu jitsu Rodolfo Vieira na luta principal, e a expectativa é que o card esteja repleto de estrelas novamente.
Leo Santos venceu Fredson Paixão por 5x0 na semifinal
Lutador da Nova União derrota quatro adversários em GP de Faixas Pretas até 70kg, unifica títulos da CBJJ e CBJJO e se consagra como No1 até 70kg. O gp Black Belt foi o 4o organizado por Fepa Lopes no dia 24 de junho de 2004, no Ginásio do Clube Esperia, em São Paulo. Há 21 anos o criador do BJJ Stars já pagava US$5700 em prêmios sendo US$3.225 (RS 10 mil Reais) para o campeão.
Texto e Fotos Marcelo Alonso
Leonardo com o cinturão do Black Belt GP
Em um momento em que o Jiu-Jitsu estava dividido em duas Confederações, era quase impossível saber quem era realmente o número 1 de cada categoria, já que normalmente os campeões da CBJJ e da CBJJO não se enfrentavam. Pensando nisso, o promotor Fernando Lopes (Fepa) organizou em 2002 e 2003 três edições do Desafio Faixa Preta de Jiu-Jitsu, promovendo superlutas entre alguns dos melhores lutadores de Jiu-Jitsu do Brasil em diferentes categorias de peso, com premiações em dinheiro e entrega de cinturões aos campeões. Uma iniciativa pioneira e inovadora de Fepa, que seria o embrião da BJJ Stars. Um evento que é referência mundial hoje e já está na 15º edição pagando premios de até 100 mil reais e sendo transmitida para o mundo todo através da Flograppling.
Nesta 4ª edição do GP Black Belt, Fepa promoveu um GP histórico reunindo 16 dos maiores pesos leves (até 70kg) em atuação no Brasil. “Essa é a melhor maneira de descobrir quem é realmente o melhor. Em setembro, farei um GP dos Médios (até 85kg) e em dezembro, um dos Pesados (acima de 85kg).” prometeu o faixa-preta de Roberto Godói, Fernando Lopes.
Oferecendo US$ 5.700,00 em prêmios (sendo US$ 3.225 para o campeão), Lopes conseguiu atrair para seu torneio quase todos os maiores da divisão. As unicas exceções foram Leonardo Vieira (treinando Belfort, que na época era campeão do UFC e treinava para a trilogia contra Couture no UFC 49) e Vitor Shaolin (que já se aproximava do cinturão do Shooto).
Entre os 16 lutadores escolhidos estavam os campeões mundiais de Jiu-Jitsu na categoria Leve, Daniel Moraes (CBJJ) e Leonardo Santos (CBJJO). O campeão mundial pena nas duas Confederações, Mário Reis, o campeão leve na CBJJ, Márcio Feitosa, além de Fredson Paixão (3º pena na CBJJ) e Reinaldo Ribeiro (3º pena na CBJJ e CBJJO). Cada luta deveria ter 7 minutos. O campeão teria que lutar quatro vezes para conquistar o título.
Um dia antes da competição, Luis Hermínio, presidente da CBJJO, fez um desafio no site da Tatame. “Aposto com qualquer um US$ 3.225 que o Leonardo Santos vai ganhar. A Nova União tem apenas um representante no evento, mas somos o número 1 no peso leve e vamos provar isso mais uma vez”, desafiou o Sr. Hermínio. Ninguém quis apostar com ele, então Leo Santos acabou ganhando US$ 6.450 (o prêmio do evento mais a aposta do Sr. Hermínio).
“ESTE GP FOI A UNICA MANEIRA DE PROVAR QUE SOU O MELHOR PESO LEVE”
Leonardo Santos Com viagem marcada para a Austrália para ministrar seminários, Santos ficou muito chateado quando o consulado australiano negou seu visto duas semanas antes do GP da Faixa Preta. “No começo, fiquei muito deprimido, mas percebi que era uma mensagem de Deus. Sempre sonhei em provar que sou o melhor peso leve do mundo e Deus me deu essa oportunidade. Aí liguei para a Fepa e disse que estava dentro”, lembra o campeão.
Para conquistar o cinturão de campeão e o prêmio em dinheiro, Santos abriu o torneio raspando duas vezes o pupilo de Marco Barbosa, Tiago Gomes. Nas quartas de final, Santos utilizou a mesma técnica para derrotar Gustavo Facirolli (Godoi JJ) por 2×0. Facirolli, campeão paulista, derrotou o experiente Fredson Alves (Gracie) por 2×0 (raspagem) em seu primeiro combate. Na sequência, porém, foi superado pelo campeão. Leonardo puxou o oponente para a guarda e conseguiu uma raspagem (2×0), passando a maior parte da luta na meia-guarda do adversário tentando passar.
Leo Santos venceu Fredson Paixão por 5×0 na semifinal
Na semifinal, Santos enfrentou Fredson Paixão (Gracie Barra). Paixão derrotou facilmente em sua primeira luta Laercio Fernandes por 13×0 (raspagem, passagem de guarda, montada) e Luciano Nucci (Ryan Gracie). Apoiado pela barulhenta torcida da Gracie São Paulo, o aluno Ryan começou raspando Fredson (2×0). Fredson respondeu raspando de volta (2×2) e passando a guarda (5×2), completando o placar com outra passagem de guarda (8×2).
Na semifinal entre Santos e Paixão, Santos começou a derrubando Fredson (2×0), que na sequencia surpreendeu o atleta da Nova União com uma omoplata. Leo escapou e a luta voltou em pé, com Fredson derrubando Santos na mesa dos juízes, recebendo um ponto negativo por sua má atitude. Santos levou quase 3 minutos para se recuperar de fortes dores nas costas.
Quando a luta foi reiniciada, Fredson trouxe Santos para a guarda. Léo conseguiu passar (5×0), montando na sequência. “Eu não estava no meu melhor dia. As pernas longas dele atrapalharam meu jogo. Mas isso não vai acontecer quando eu enfrentá-lo novamente”, disse Fredson apostando em Santos na final contra Reinaldo Ribeiro. “Reinaldo está na melhor forma que já vi, mas se ele deixar o Léo Santos pegar com a mão direita na gola, ele vai voar”, disse Paixão antes da luta.
NOVA UNIÃO VENCE BRASA NA FINAL
Leonardo Santos foi o campeão, mas Reinaldo Ribeiro, representante da Brasa foi considerado a grande revelação da noite, vencendo o campeão e o vice campeão mundial, Marcio Feitosa (Barra Gracie) e Daniel Moraes (Gracie), em sequência.
Após finalizar Dany Abu (Macaco Gold Team) com um estrangulamento pelas costas, Ribeiro enfrentou Marcio Feitosa nas quartas de final – Feitosa derrotou Rodrigo Damm (Alliance) em sua primeira luta por uma vantagem (raspagem). Contra Feitosa, Ribeiro puxou o oponente para a guarda, quando Feitosa tentou passar, Reinaldo o surpreendeu com uma omoplata, obtendo uma vantagem que lhe garantiria a vitória. Feitosa tentou passar a guarda do oponente até o final, mas não conseguiu.
Na semifinal, Reinaldo surpreendeu o atual campeão mundial Daniel Moraes. Mais uma vez puxou o adversário para a guarda tentando raspar, Daniel se defendeu em pé para não se desequilibrar, mas abriu espaço para Ribeiro ir para suas costas e derrubá-lo (2×0). No chão, Ribeiro colocou os ganchos (6×0), aplicando um estrangulamento de gola que obrigou Moraes a bater. “Não tive tempo para descansar depois da minha luta dura contra o Mário Reis. Isso não foi justo”, reclamou Moraes, que decidiu não voltar para enfrentar Fredson na disputa pelo 3º lugar.
Reinaldo disse que esta vitória o fará treinar mais Jiu-Jitsu. “Na verdade, gosto mais de treinar sem quimono do que Jiu-Jitsu de quimono. Esta vitória vai me motivou para treinar mais. Vou lutar tanto na Copa do Mundo quanto no Mundial de Jiu-Jitsu”, garantiu o aluno de Castello Branco.
Mario Reis tentou duas vezes estrangular Moraes na melhor luta da noite
DANIEL MORAES VS MARIO REIS: A MELHOR LUTA DA NOITE
Mesmo sem pontuar, Mário Reis (BTT) e Daniel Moraes (Gracie) fizeram a melhor luta do evento em um clássica entre um guardeiro e um passador, vencido por Daniel por 4 vantagens contra 3 de Reis.
Moraes começou derrotando Ocimar (Chute Boxe) por 16×0, enquanto Reis finalizou Fernando Fidelis com uma chave de braço reta em sua primeira luta.
A melhor luta da noite começou com Reis puxando Moares para a guarda tentando raspar. Moraes defendeu tentando passar na sequência, mas Reis respondeu mostrando toda sua elasticidade com um movimento plastico, aplicando um estrangulamento em Daniel, conseguindo sua primeira vantagem (1×0). Daniel defendeu e chegou à meia-guarda do oponente (1×1). Na sequência Reis surpreendeu o oponente com uma omoplata (2×1), Daniel defendeu chegando à meia-guarda do oponente mais uma vez (2×2). Neste momento Reis repete o estrangulamento (3×2), mas Moraes vira o placar chegando à meia-guarda de Reis duas vezes (3×4) e passando a guarda dele no último minuto. O ponto não foi computado porque o gongo tocou no momento exato em que Moares conseguiu a passagem de guarda. “Não tenho desculpas, mas quero reclamar com os promotores porque fui o único lutador com 70 kg na pesagem da luta (um dia antes do evento). Quando cheguei aqui, o Fepa disse que aceitaria 73 kg com o gui. Isso é um absurdo total. Feitosa, Ribeiro, Moraes e Santos estavam acima do peso no dia da pesagem”, garantiu um revoltado Mário Reis.
ESTREIA DA CHUTE BOXE NO GP DA FAIXA PRETA
Três meses após receber a faixa preta, juntamente com Rafael Cordeiro, Ocimar Costa (Chute Boxe), foi o responsável pelo primeiro teste real da Chute Boxe Team nos tatames. Ocimar enfrentou o atual campeão mundial de Jiu-Jitsu na categoria leve, Daniel Moraes (Gracie), ex-parceiro de seu mestre, Cristiano Marcelo.
Ocimar tentou um double leg, mas Daniel pegou suas costas (4×0). Apoiado pelos gritos típicos da Chute Boxe: “Heyy Heeeyyy”, Ocimar escapou, mas foi raspado na sequência (6×0) com Daniel passando a guarda (9×0). O representante da Chute Boxe puxou o adversário para a guarda novamente, mas Daniel passou mais uma vez (12×0) e montou (16×0). Após a vitória, Moraes foi cumprimentar seu ex-companheiro de equipe, Cristiano.