Jefferson “Toddynho” Nascimento segue invicto no MMA e mais forte do que nunca na corrida rumo ao UFC. O brasileiro defendeu com sucesso o cinturão interino dos leves do LFA ao derrotar o sueco Baysangur Makaev por decisão unânime, no último dia 27 de setembro, em Tenerife, nas Ilhas Canárias, durante o LFA 218.

“Acho que minha performance foi muito boa. Claro, cometi alguns erros que não deveria, mas consegui soltar socos, chutes, cotoveladas, joelhadas… usei todas as armas do MMA. O que mais me deixou satisfeito foi ter buscado o nocaute o tempo todo, tentei acabar com a luta de todas as formas”, afirmou o campeão após a vitória.

Segundo Toddynho, a estratégia traçada com sua equipe funcionou exatamente como o planejado. “Na real, foi tudo do jeito que a gente treinou no camp. Até a hora que entrei em queda e coloquei ele pra baixo, já estava no plano. Então foi só executar o que a gente vinha trabalhando.”

Apesar de ser apontado como zebra, o atleta da RFT mostrou maturidade em cinco rounds intensos. “Foi incrível! Cinco rounds, defendendo meu título e ainda vencendo mesmo sendo visto como zebra. A sensação foi de dever cumprido total.”

Com o cartel invicto e a defesa de cinturão consolidada, Jefferson reforçou que o próximo passo precisa ser no maior palco do esporte. “Com certeza. Já mostrei que mereço estar no UFC. Me testaram de tudo quanto é jeito, enfrentei caras muito duros e sigo invicto. Tô pronto pra chegar no maior evento do mundo.”

Itaguaí-RJ vem mostrando que o boxe pode ser muito mais do que os episódios negativos exibidos recentemente na televisão. No Morro do Carvão, a Praça Maria Cândida se tornou palco de um projeto social que tem transformado a vida de dezenas de crianças e adolescentes da região. Com apoio da Prefeitura, as aulas gratuitas de boxe acontecem sempre às segundas e quartas, das 16h às 17h, sob orientação do professor Matheus Ramos dos Santos. O material para treino também é fornecido pelo município.

O objetivo vai além dos golpes e treinos técnicos: o boxe tem servido como ferramenta de inclusão social, disciplina e formação de valores. “O boxe é uma ferramenta de transformação, principalmente para a periferia. É um esporte que ensina respeito, dedicação e objetivos claros. Quando as crianças alinham disciplina, treino e foco, elas começam a enxergar que podem sonhar mais alto”, explica Matheus.

Segundo o professor, a mudança de comportamento dos alunos é visível. “Muitos chegavam só para bagunçar, mas hoje são os primeiros a pedir silêncio e respeito durante a aula. Aprendem a ouvir, a ter calma, a perguntar com curiosidade. Isso já mostra o quanto o projeto tem feito diferença na vida deles.”

Além da técnica, os valores transmitidos no dia a dia são fundamentais. O boxe trabalha o autocontrole, a resiliência e o respeito ao próximo. “As crianças começam a respeitar o diferente, a controlar suas energias e a entender que nada vem de um dia para o outro. Esses ensinamentos vão para a escola, para casa e, no futuro, para o trabalho”, reforça.

Após a confusão envolvendo as equipes de Popó e Wanderlei Silva, o episódio foi discutido em sala. “Expliquei para eles que aquilo não é boxe. Nosso esporte é baseado em regras, respeito e técnica. O que aconteceu foi um episódio isolado, que não representa a essência do boxe. O verdadeiro boxe é respeito mútuo: dois lutadores se enfrentam, mas no final se abraçam e agradecem pela luta”.

Matheus destaca que praticamente todos os grandes campeões brasileiros vieram da periferia e de projetos sociais como o de Itaguaí. “O boxe transforma vidas e afasta jovens da violência. Ele ensina disciplina, superação e respeito. Se tivesse que resumir o boxe em uma palavra, seria essa: respeito”, conclui.

O LFA 221 está confirmado para o dia 7 de novembro, em Brasília. Esta será a terceira edição do evento na capital federal em 2025, após as etapas de março e julho deste ano. A presença constante do torneio coloca a cidade em posição de destaque no calendário da organização, atraindo olhares de todo o cenário nacional e internacional do MMA.

Reconhecido como a principal porta de entrada para lutadores que sonham com o UFC, o LFA vem se consolidando como referência no Brasil. A parceria com o Governo do Distrito Federal tem sido decisiva para fortalecer o esporte e abrir oportunidades para novos talentos, além de aproximar o público local da atmosfera das grandes competições.

A realização do evento também movimenta a economia por onde passa. Hotéis, restaurantes, transportes, bares e diversos serviços registram impacto direto durante a semana de atividades, com turistas, atletas e equipes vindos de diferentes regiões. O LFA, além de fomentar o esporte, se tornou um vetor de geração de emprego e renda, aquecendo setores estratégicos para a capital.

Um dos principais entusiastas do esporte como ferramenta de transformação social, o deputado federal Júlio César Ribeiro destacou a importância da presença do evento no Distrito Federal:

“Fico muito feliz porque um evento como este, organizado pelo nosso amigo Feijão, é um grande sucesso. Não só pelo esporte, que é a porta de entrada dos atletas para o UFC, mas também porque movimenta a economia do Distrito Federal. Vem gente de todos os lugares para competir e assistir, gerando emprego e renda. Brasília ganha muito com o LFA e estou muito feliz em poder apoiar mais uma vez”.

Secretário de Esportes do Distrito Federal, Renato Junqueira, que também é um ávido apoiador das artes marciais, também enalteceu o retorno do LFA à capital.

“Estou muito feliz em receber mais uma edição do LFA aqui no Distrito Federal. Desta vez será no dia 7 de novembro, no ginásio Nilson Nelson. O MMA é uma das modalidades mais assistidas e tem o apoio do Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de de Esporte e Lazer. Tenho certeza que faremos uma grande festa com grandes lutas. Estamos aguardando ansiosamente este LFA de novembro”.

O vice-presidente do LFA na América do Sul, Rafael Feijão, agradeceu o apoio recebido e projetou novos horizontes para o futuro do MMA no país.

“É uma satisfação enorme trazer o LFA novamente a Brasília. Esse apoio que recebemos do Governo do Distrito Federal e de lideranças como o deputado Júlio César e o secretário Renato Junqueira é fundamental para o crescimento do MMA no Brasil. Juntos estamos criando oportunidades para nossos atletas e mostrando ao mundo a força do esporte brasileiro. O objetivo é continuar ampliando essa parceria e levar o MMA nacional a voos ainda maiores no cenário mundial”.

O LFA 221 terá duas disputas de cinturão mundial. Na luta principal, a canadense Shannon Clark tenta defender o título peso-mosca contra a invicta brasileira Beatriz “Bia” Consuli. Na coprincipal, as brasileiras Nicoly Pedroza e Myllena Messias duelam pela coroa peso-galo, vaga desde a ida de Bia Mesquita para o UFC.

A trajetória de Aron Roichman no Jiu-Jitsu começou em 1993, quando, incentivado por amigos, decidiu trocar o Muay Thai pela arte suave. Entre esses amigos estavam nomes que se tornaram expoentes do esporte, como Léo Vieira e Rodrigo Comprido. Ele também teve contato com judocas de alto nível, como Gabriel Cardoso e Alexandre Garcez, que fizeram parte desse ciclo de aprendizado.

“Comecei efetivamente o Jiu-Jitsu com o mestre Sérgio Bolão. Treinei com ele de branca até a faixa-preta. Mas nessa caminhada eu tive o privilégio de aprender também com os mestres Murilo Bustamante e Júlio César Pereira, da GFTeam. Todos foram fundamentais na minha caminhada até a faixa-preta, mas o Bolão foi o que me guiou durante toda a minha jornada”, relembra Aron.

Desde a faixa azul, Aron já era requisitado pelo mestre Bolão para ensinar posições básicas a iniciantes. Na faixa roxa, iniciou um ciclo intenso de aulas particulares. “Após quatro meses de aulas privadas, meu primeiro aluno, Luiz Eduardo Garutti, se consagrou campeão brasileiro na categoria master faixa-azul. Cheguei a ter seis alunos particulares ao mesmo tempo”, destaca.

Além das aulas particulares, Aron também trabalhou como professor em academias renomadas no Rio de Janeiro. Entre 2001 e 2003, lecionou na Academia Corpo 4, sob supervisão do mestre Bolão e de Álvaro Barreto. Mais tarde, entre 2015 e 2017, integrou a equipe da Academia Pitbull Rio das Ostras, ao lado do Professor Thiago Carvalho, contribuindo para o desenvolvimento de diversos atletas.

Em dezembro de 2000, ele conquistou a tão sonhada graduação da faixa-preta pelas mãos de Sérgio “Bolão” Souza. Paralelamente à carreira nos tatames, Roichman se formou em Gestão de Recursos Humanos, mas sempre manteve o Jiu-Jitsu como prioridade. “O Jiu-Jitsu sempre foi o projeto número 1 na minha vida, mas por necessidade de sustentar a família eu tive que deixar um pouco na gaveta em alguns momentos”, explica.

Aron construiu uma trajetória sólida como competidor, conquistando títulos expressivos no cenário nacional e internacional. Entre suas conquistas estão o título Brasileiro na faixa-roxa, em 1996, o título Brasileiro por equipes, em 1995 ainda de faixa azul, campeão da Copa Serrana, já de faixa-preta, onde ganhou o peso e foi vice no absoluto, e, mais recentemente o título do Miami International Open de Jiu-Jitsu e o bronze no Pan-Americano de Jiu-Jitsu da IBJJF.

Entre os momentos mais marcantes, ele destaca o título Brasileiro da CBJJ ainda na faixa roxa. “Ganhei o campeonato e fui eleito o atleta mais técnico da categoria. Logo depois, conquistei minha bolsa de estudos na faculdade. Foi uma fase inesquecível.”

Trabalho como professor e compromisso social

Além da carreira nos tatames e como árbitro de diversas competições, Aron mantém participação em ações sociais. “Participo de distribuições de alimentos para os mais necessitados, arrecadamos doações para entregar na igreja e também realizamos trabalhos voluntários na Family Church. É uma forma de devolver um pouco do que recebemos.”

Com um histórico que combina vitórias, ensino e compromisso social, Aron Roichman segue mostrando que o Jiu-Jitsu é muito mais que uma modalidade esportiva: é uma ferramenta de transformação de vidas, dentro e fora dos tatames. “O trabalho como professor vai muito além de formar campeões, pois multiplicamos conhecimento e impactamos de várias formas a vida de outras pessoas”, concluiu.

A luta entre Wanderlei Silva e Acelino Popó acabou em confusão no Spaten Fight Night.

O ex-campeão do Pride foi desclassificado por tomar três punições, e Popó foi declarado vencedor. Logo depois, um caos se instaurou no ringue, com Wanderlei sendo nocauteado. Após alguns minutos, a turma do deixa-disso finalmente conseguiu conter os ânimos.

Logo após o evento, Marcelo Alonso e Vitor Miranda analisaram o combate, falaram sobre a confusão e muito mais no Depois do Gongo. Confira no vídeo abaixo:

O que começou como uma solução improvisada para a própria academia de Jiu-Jitsu, se transformou em uma das maiores empresas do setor no Brasil. Os irmãos Caio e Felipe Wolga, faixas-pretas e apaixonados pela arte suave desde a adolescência, fundaram em 2014 a Taurun Company, marca especializada em tatames inovadores que hoje abastece academias de ponta em todo o país.

“Tudo começou quando fomos montar nossa primeira escola de Jiu-Jitsu, tínhamos 19 e 23 anos, respectivamente. Já tínhamos treinado em muitos tipos de tatames e nenhum atendia ao que queríamos. Então, decidimos fazer o nosso próprio”, lembra Caio. A experiência foi um divisor de águas: o material, ainda rudimentar, chamou a atenção de outros professores e donos de academia que enfrentavam os mesmos problemas – tatames difíceis de limpar, malcheirosos e pouco higiênicos.

A rotina dos irmãos era intensa. “Dávamos todas as aulas, limpávamos a academia durante a semana e, nos finais de semana, fabricávamos tatames para amigos. Foi uma fase cansativa, mas recompensadora”, conta Felipe. O boca a boca logo fez a demanda explodir: em pouco tempo, os Wolga já eram referência em São Paulo, instalando tatames para equipes renomadas como Gracie Barra, Alliance e G13.

A trajetória no Jiu-Jitsu foi essencial para esse processo. “Participamos de centenas de competições dentro e fora do Brasil, como Pan e Mundial. Essa experiência moldou nosso caráter e nos ensinou disciplina, foco e a lidar com pressão. Tudo isso foi aplicado no empreendedorismo”, explica Felipe.

Segundo eles, o diferencial da Taurun está na inovação. A empresa desenvolveu tatames com borracha reciclada de pneus, garantindo conforto e absorção de impacto, além da exclusiva Hexafibra com tecnologia antimicrobiana patenteada, que previne a proliferação de fungos e bactérias. “Meu irmão quase perdeu a perna por uma infecção, então sabíamos da importância de investir em higiene. Hoje, a Hexafibra é, na nossa opinião, a melhor superfície de treino do mundo”, afirma Caio.

O crescimento exigiu organização. O escritório de 4 m² virou galpão, e a kombi velha deu lugar a uma estrutura com fábrica própria, equipe de instalação e processos de treinamento. “Assim como no Jiu-Jitsu não basta fazer o básico, no empreendedorismo tivemos que estudar gestão, padronizar processos e investir em pessoas”, diz Felipe.

Eles afirmam que a Taurun consome mais de 28 toneladas de borracha reciclada por mês, o equivalente a 50 mil pneus de carros por ano. Com clientes em todo o Brasil, a empresa já planeja os próximos passos: expandir internacionalmente. “Recebemos contatos de pessoas do mundo todo. Nosso objetivo é levar a Taurun para os Estados Unidos e Emirados Árabes. Não é simples, mas é como no Jiu-Jitsu: sempre buscamos desafios maiores”, destaca Caio.

“Queremos criar ambientes bonitos e higiênicos, que convidem mais pessoas a iniciar nas artes marciais. Esse é o nosso propósito”, conclui Felipe.

Porto Alegre será palco, entre os dias 10 e 12 de outubro, da próxima etapa do South America da Abu Dhabi Jiu-jitsu Pro (AJP), uma das principais competições da modalidade no mundo. O evento acontecerá no Barra Shopping Sul e reunirá atletas de diversos países, com premiação em dinheiro.

Além do destaque esportivo, a etapa traz reflexos diretos para a economia da cidade. A secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Eventos de Porto Alegre, Fernanda Barth,que é embaixadora do evento, destacou que a realização do South America reforça a posição da capital como destino de grandes eventos.

“A vinda de atletas, técnicos e familiares de vários países da América do Sul movimenta a economia local de forma imediata, com impacto direto na rede hoteleira, restaurantes e serviços de transporte. Além disso, fortalece a imagem de Porto Alegre como destino de eventos esportivos de grande porte, abrindo portas para novas oportunidades de negócios e consolidando Porto Alegre como referência no turismo esportivo”, afirmou.

Segundo Fernanda, o impacto não se limita à hotelaria e gastronomia. “Cada visitante que chega para o evento também descobre Porto Alegre como um lugar que oferece experiências únicas, o que contribui para o fortalecimento do nosso comércio e para a geração de renda na nossa cidade.”

A etapa também terá um caráter social importante. A organização reserva vagas para alunos de projetos sociais, ampliando a participação de jovens e fortalecendo políticas públicas de inclusão. “É muito significativo que o evento reserve vagas para projetos sociais, porque o esporte é um dos instrumentos mais poderosos de inclusão. Essa iniciativa da AJP se conecta diretamente a esse propósito: formar cidadãos, fortalecer valores como disciplina, respeito e superação, e oferecer caminhos reais de desenvolvimento humano. É uma parceria que valoriza a cidade e transforma vidas”, completou a secretária.

evento de celebração dos 100 anos da Família Gracie no Jiu-Jitsu promete ser um marco histórico para a arte suave. Entre os nomes confirmados está o do multicampeão mundial Roger Gracie, considerado por muitos o maior competidor de Jiu-Jitsu de todos os tempos. Para Roger, estar presente nesse momento é motivo de orgulho e emoção. O lutador ressalta ainda que o encontro representa uma oportunidade rara, já que atualmente os membros da família estão espalhados pelo mundo.

“É muito especial fazer parte de uma família que teve uma influência tão grande no mundo”, afirma. “Hoje em dia não tem mais o núcleo que tinha antigamente no Rio de Janeiro. Cada um mora em uma cidade diferente, então é uma oportunidade única de reunir tantos Gracies”, explica Roger, que atualmente vive em Londres e estará no Brasil especialmente para o evento.

Com a responsabilidade de levar adiante o legado da família, Roger destaca que o seminário será uma chance única de dividir conhecimento com praticantes de todo o mundo. “Espero transmitir técnicas, filosofia de vida e união para todos os participantes”, ressalta.

Reconhecido como um dos maiores embaixadores do Jiu-Jitsu, Roger reforça o impacto que a arte marcial teve e continua tendo globalmente: “O Jiu-Jitsu mudou e vem mudando a vida de milhares de pessoas no mundo. A família Gracie revolucionou o mundo da luta”, afirma.

O seminário de 100 anos do Jiu-Jitsu da Família Gracie acontece no dia 25 de outubro, no Rio de Janeiro, reunindo diversas gerações e alunos em uma celebração inédita da arte suave. As inscrições já estão abertas e podem ser adquiridas pelo link: https://www.bilheteriadigital.com/seminario-100-anos-gracie-jiu-jitsu-25-de-outubro