Aos 18 anos, Maria Vaz, conhecida como “The Notorious”, acaba de assinar contrato o LFA. Representando a equipe Brothers Fight Contato Total, de São Paulo, Maria chamou a atenção dos organizadores do evento após sua vitória no BFC, na qual finalizou sua adversária com um armlock. Sua estreia no LFA está marcada para o dia 22 de novembro, embora ainda não tenha adversária definida.
Maria Vaz acumula um cartel de 2 vitórias e 3 derrotas no MMA amador, além de uma vitória no kickboxing amador. No cenário nacional, ela se destacou ao conquistar o título de pentacampeã de K1 Xtreme no evento BFC.
Com o contrato assinado, Maria Vaz agora se prepara para sua estreia internacional, carregando as expectativas da equipe Brothers Fight Contato Total e de seus seguidores no Brasil. A estreia no LFA será um teste importante para a atleta, que busca se firmar como um dos grandes nomes do futuro do MMA.
No dia 30 de novembro, Manaus será o centro das atenções do cenário das lutas com a realização do Amazon Stars Grappling, evento organizado pelos empresários e treinadores de MMA Helton Silva e Márcio Pontes e que terá o Centro de Convenções Vasco Vasques como palco. Com um card repleto de estrelas, o evento reúne expoentes do jiu-jitsu e da luta livre.
Entre os nomes confirmados estão os ex-atletas do UFC Ronys Torres, Adriano Marins e Dileno Lopes, que prometem trazer toda a experiência acumulada nos maiores palcos do MMA mundial para o tatame manauara. Além deles, o lutador Francisco D’Assis, atualmente competindo no ACA, também estará em ação, assim como outras grandes promessas do cenário nacional.
O evento contará ainda com a participação de atletas renomados do jiu-jitsu, como André Júlio de Sá, Jr. Cardoso, Victor Neves, Victor Hugo e Marcelo “Pão de Queijo”, consolidando um card que promete confrontos épicos.
Para mais informações, os organizadores indicam o perfil oficial do evento no Instagram: @amazonstars.
O Brasil dominou o Jungle Fight 131 – MMA World League, realizado neste sábado (19/10) em noite de casa cheia no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Ao todo, os brasileiros venceram quatro das cinco lutas internacionais e mantiveram todos os cinturões em solo nacional.
Carlos Alexandre Mistoca fez o ginásio Nilson Nelson ferver – Foto: Leonardo Guimarães/Luiza Almeida
Diretamente de Ceilândia, Carlos Mistoca entrou com a missão de representar não apenas a capital federal, como também o Brasil inteiro no duelo contra o até então invicto equatoriano Miguelito Grijalva, em combate que colocou em jogo o cinturão peso-pena do maior evento de MMA da América Latina.
Mistoca entrou fantasiado de “Jigsaw”, personagem do filme “Jogos Mortais”. E realmente sua performance foi mortal para o adversário, que, embora tenha vendido caro, não impediu a derrota por nocaute técnico no terceiro round. Com o triunfo, o brasileiro conquistou o título e ampliou seu cartel para 18 vitórias em 14 lutas.
Quem também anotou vitória para o Brasil foi a baiana Layze Cerqueira, que dominou as ações contra a sul-coreana Jeongyun Choi até definir com uma kimura no segundo round de disputa, conquistando o cinturão peso-galo do Jungle Fight e aumentando seu cartel para 12 vitórias em 17 lutas.
O Nilson Nelson também ferveu em apoio ao brasiliense Vinicius Moreira, o Mamute, que, após levar a pior nos dois primeiros rounds para o então campeão André Monstro, da Bahia, arriscou uma posição de sacrifício, girou e encaixou um lindo e inapelável leg lock e finalizou para tomar o cinturão dos pesados e anotar a 14ª vitórias em 22 lutas.
Arcângelo Anjo, que costuma vencer suas lutas com enredos de superação, desta vez, levou sem sustos. O amazonense superou o argentino Adrian Perrone com um nocaute técnico ainda no primeiro round, defendendo mais uma vez o cinturão dos pesos leves e aumentando seu cartel para 12 vitórias em 16 combates.
Pelos galos, Rafael Nunes manteve sua invencibilidade e fez jus ao apelido de “The Violent”. Com um verdadeiro castigo imposto por um enorme volume de golpes, ele viu seu adversário, o equatoriano Dario Vega, pedir para parar a luta no segundo round. Agora, o paulista detém um cartel de cinco vitórias em cinco lutas.
A única derrota brasileira no card veio através da lutadora argentina Esquer Sofia. Dominante na maior parte da disputa, ela confirmou sua vitória contra a paraense Ingrid Guerra com um nocaute técnico na primeira metade do terceiro round. Com o resultado, Sofia chega a sete vitórias em nove lutas.
Repercussão
Brasília voltará a ser palco do evento em 18 de janeiro de 2025. Inclusive, a previsão é realizar seis edições na capital federal no próximo ano. Wallid Ismail celebrou o sucesso do Jungle Fight MMA World League e exaltou a parceria com o Distrito Federal.
“Brasília é a capital nacional do MMA. Isso porque o governador Ibaneis Rocha, a vice Celina Leão, o deputado federal Júlio César Ribeiro, o deputado distrital Martins Machado e o secretário de Esportes Renato Junqueira trabalham incansavelmente pelo esporte como uma grande ferramenta de inclusão social. Vamos para mais seis edições no ano que vem, a começar por 18 de janeiro”, destacou.
Vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão também mostrou-se bastante empolgada com o resultado da edição.
“Brasília mostrou que tem um time de primeiro escalão e vamos continuar dando todo o apoio para que esses atletas tenham essa visibilidade. Ano que vem serão seis edições aqui na capital”, afirmou.
O deputado distrital Martins Machado também comemorou o sucesso da edição.
“Esta edição foi ainda melhor que a última que recebemos, sem dúvida: qualidade técnica, lutas, a energia contagiosa do ginásio. E a ideia é crescer cada vez mais, chamar atenção não só do cenário nacional, como também mundial, por isso não vamos economizar esforços para realizar seis edições de alto nível no próximo ano”, disse.
Secretário de Esportes do Distrito Federal, Renato Junqueira oficializou a próxima edição em Brasília.
“Foi um verdadeiro sucesso, e tudo o que é bom deve ser repetido, por isso vamos fazer uma nova edição no dia 18 de janeiro e mais outras cinco ao longo do próximo ano. Brasília é a capital do MMA. Lutadores, se preparem porque vem muita coisa boa em 2025”, avisou.
Por fim, o deputado federal Júlio César Ribeiro também exaltou o espetáculo proporcionado tanto pelos lutadores quanto pelo público.
“Quando se fala de Jungle Fight, a gente sabe da qualidade. Só que hoje foi espetacular, acima das altas expectativas, com casa cheia e maravilha de lutas. Já saímos daqui pensando no próximo, no dia 18 de janeiro. Ano que vem vamos fazer seis edições. São Paulo que corra atrás”, comentou.
O Jungle Fight 132 já tem data e local para ser realizado: dia 16 de novembro, em Recife.
Confira abaixo os resultados completos do evento:
Jungle Fight 131 – World League Brasília-DF 19 de Outubro
Carlos Mistoca venceu Miguelito Grijalva por nocaute técnico aos 3:28 do R3
Layze Cerqueira venceu Jeongyun Choi por finalização (kimura) aos 3:13 do R2
Vinicius Moreira venceu André Monstro por finalização (leg lock) a 0:28 do R3
Arcângelo Anjo venceu Adrian Perrone por nocaute técnico aos 3:53 do R1
Rafael Nunes venceu Dario Vega por desistência a 1:59 do R2
Esquer Sofia venceu Ingrid Guerra por nocaute técnico aos 2:07 do R3
Lucas Caio venceu Denilson Flores por nocaute técnico a 1:42 do R1
Jefferson dos Reis venceu Roberto Bizarra por nocaute técnico aos 2:17 do R1
Guilherme Soares venceu Marcelino Carvalho por finalização (katagatame) a 1:52 do R1
Jonas Duarte venceu Vambert Medeiros por finalização (mata-leão) aos 2:10 do R2
Marcone Soares venceu Matheus Bueno por decisão unânime
Gabriel Vinicius venceu Jamie Souza (DF) por decisão unânime
No VMB 100k, realizado na Arena Hall, em Brasília, Cezar Mutante levou a melhor na tão esperada revanche contra Sergio Moraes, conquistando o cinturão da divisão Combate e embolsando 30 mil reais. O evento de capoeira reuniu mais de 12 mil pessoas durante os quatro dias de competições e distribuiu 100 mil reais em prêmios. Destaque para o sábado, dia 12, quando 5 mil espectadores lotaram o local para acompanhar o card principal, que trouxe como atração a estreia da nova divisão e o confronto entre os ex-UFCs.
Cezar Mutante, que faturou 30 mil reais e conquistou o cinturão da divisão combate, comemorou o ineditismo da sua trajetória: “Eu nunca imaginei que um dia pudesse fazer um camp me preparando para uma competição de capoeira. O VMB me proporcionou isso. É uma vitória da capoeira. Obrigado, VMB, por me proporcionar isso e poder dar esperança aos capoeiras. Aliás, isso aqui já é uma realidade”, disse o lutador após a vitória.
Pela primeira vez, o evento foi transmitido além do canal oficial no YouTube, alcançando novos patamares de audiência. Os canais Combrasiltv, Combrasiltv Streaming e ISTV, hospedados nas principais operadoras do país, somaram 15 milhões de espectadores.
“Esses resultados mostram o quanto o VMB está crescendo e se consolidando como um dos principais eventos de luta do mundo. Passamos por Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília (duas vezes), além dos Estados Unidos e Suécia somente este ano de 2024. A resposta do público foi excepcional e isso só reforça o nosso compromisso em continuar inovando”, afirmou o diretor-executivo do VMB, Saveiro Scarpati.
Hélio Gracie recebeu a homenagem das mãos dos filhos Rickson e Royce
Depois do sucesso das duas primeiras edições do Mundial, o presidente da Confederação Carlos Gracie Jr. voltou a lotar o Tijuca Tênis Clube no último final de semana de Julho de 1998. Além dos maiores nomes da Arte Suave, que mais uma vez travaram grandes combates, Carlinhos usou seu talento aglutinador e foi buscar dentro da própria família duas atrações que marcaram esta terceira edição: seu irmão Carlson Gracie e seu tio Hélio Gracie, que inicialmente não tinham apoiado a ideia do mundial.
Carlson, que no ano passado deixou sua equipe entrar com o nome de protesto, neste ano aceitou o convite do irmão para ser o responsável pela coordenação de segurança da área do evento. Já Hélio Gracie, foi convidado para receber uma placa entregue por seus filhos, Rickson e Royce, naquele momento os maiores ídolos mundiais do Jiu-Jitsu, e se emocionou ao ver 4 mil gritarem seu nome.
A jogada de mestre de Carlinhos foi coroada por grandes exibições. Como a de Saulo Ribeiro que venceu Murilo Bustamante e Fabio Gurgel e faturou o ouro no pesado; de Mario Sperry que fez dois clássicos com Roleta e faturou o ouro no absoluto; de Robson Moura e Royler Gracie faturando o tri; Léo Vieira vencendo a revanche de 97 contra Feitosa; Fernando Tererê roubando a cena na faixa roxa faturando peso e absoluto e garantindo o título geral pra Alliance; Ricardo Arona que apareceu pela primeira vez faturando seu primeiro titulo mundial (ouro no meio pesado roxa) e do desconhecido havaiano chamado BJ Penn que faturou a prata na faixa azul pena. E por falar em lendas do MMA, Minotauro e Paulo Filho também competiram na faixa marrom.
Hélio Gracie recebeu a homenagem das mãos dos filhos Rickson e Royce
Texto e reportagem Marcelo Alonso e Luciano Andrade, Fotos Marcelo Alonso
Curiosamente sempre que lembro das primeiras edições do mundial me vem à cabeça não só a maratona de mais de 30 horas de trabalho fotografando, coletando depoimentos para escrever a matéria na semana subsequente, junto com meu parceiro Luciano Andrade, mas principalmente os acalorados debates com toda a equipe na redação na segunda subsequente. De posse das fotos reveladas e dos resultados precisávamos decidir em poucas horas quem merecia a capa da Tatame. No primeiro Mundial, quando ainda cobria o evento sozinho, o dilema estava entre a raspagem de Roleta em Wallid e a vitória de Libório sobre Castello no absoluto (minhas duas melhores fotos). O fato de o absoluto ser a categoria mais importante e Roleta ser da Gracie Barra, academia ligada a nossa concorrente, levou Libório a capa. Na segunda edição a briga foi entre Amaury Bitetti (campeão absoluto) e Royler Gracie (campeão do peso e semifinalista do absoluto). Mesmo perdendo de Amaury na semifinal decidimos unanimemente que Royler merecia mais pelo conjunto da obra (finalizou quase todas no peso e pegou o pior lado da chave do absoluto). Mas neste caso, como ainda fotografava sozinho e não tinha nenhuma foto “capável” da luta, tive que produzir a capa com Royler no meu estúdio na semana subsequente.
Neste terceiro mundial, já como editor da Tatame e com o reforço dos colegas fotógrafos Alexandre Vidal e Fernando Azevedo e do black belt Luciano Andrade na reportagem a briga pela capa ficou entre Saulo Ribeiro (campeão do pesado) e Mario Sperry, campeão do absoluto. Neste caso pesou a favor de Saulo o “tamanho” das lendas que ele venceu para chegar ao ouro: Murilo Bustamante na semifinal e Fábio Gurgel na final. Curiosamente Sperry ganharia a capa sete edições mas tarde, na 2º edição do ADCC, mas neste terceiro mundial não tínhamos como não coroar Saulo Ribeiro.
O atleta da academia Gracie Humaitá passou por Murilo numa luta muito dura, disputada 90% do tempo em pé e decidida no photochart, no caso uma vantagem conseguida no fim da luta, que terminou com o placar de 0x0. Pela outra chave, Gurgel não teve moleza para passar por Bruno Severiano, que apesar de estar com apenas 81 kg, lutou no pesado e teve boa participação. Na final, outra disputa duríssima, decidida por Saulo com uma linda queda.
ZÉ MÁRIO É O NOME NO ABSOLUTO
Os dois combates antológicos entre Zé Mário (até então com apenas uma derrota no currículo) e Roberto Magalhães, o “Roleta”, formaram outro capítulo emocionante deste 3º mundial. O primeiro foi de cara na categoria super-pesado e o atleta da Gracie Barra acabou levando a melhor sobre “Zé Máquina”. A luta foi muito polêmica, terminou empatada por 0x0 nos pontos, mas Roleta fez quatro vantagens contra apenas três de Zé Mário e acabou levando a melhor. “O que mais faltava para aquilo ser ponto? Eu tava por baixo, raspei e caí nas costas dele com as duas mãos na gola. Para mim e para mais da metade do estádio foi ponto. Eu fiquei esperando o Bita dar os pontos e não acreditei no que vi”, declarou Zé Mário, indignado com o resultado da luta. De qualquer maneira, quem seguiu em frente foi Roleta, que ainda passou por Léo Dalla em luta muito dura e fechou a categoria com Daniel Simões, outro que deu show de técnica ao finalizar o excelente Renato Ferro com um arm-lock na semifinal.
No absoluto, o destino preparava uma dose extra de emoção para o público. Por uma chave, Zé Mário passava fácil por seus adversários e chegava à final. Roleta, por sua vez, finalizava o pequeno guerreiro Vinícius Cruz, que com apenas 63 kg entrou de kamikaze na categoria. Na semifinal, a coisa se complicava: teria que encarar um Murilo Bustamante em busca de sua segunda e última chance de ser campeão mundial em 1998. Foi mais um lutão, disputado de igual para igual, só que mais uma vez a estrela de Roleta brilhou: após dez minutos de pau-pereira, o aluno de Carlinhos Gracie venceu por 3×1 nas vantagens (nos pontos foi 0x0). “Eu tô satisfeito com o campeonato, acho que as regras mudaram muito e também senti um pouco a falta de cancha de quimono, afinal estou há dois anos e meio sem competir, tenho treinado muito sem quimono, mas tô amarradão, feliz por participar dessa festa. Os garotos estão bem, mas eu to aí, voltei. Sou que nem o Zagallo: vão ter que me agüentar”, declarou Murilo após suas lutas.
Depois de perder para Roleta no super pesado (4×3 nas vantagens), Sperry venceu por uma vantagem na final do absoluto
Se no super-pesado a luta foi dura e polêmica, o que falar então da final do absoluto entre Zé Mário e Roleta? O resultado foi o mesmo, só que agora à favor de Zé Máquina: 0x0 nos pontos e 4×3 nas vantagens. Ambos afirmam que foram prejudicados pela arbitragem, Zé inclusive fala que Roleta bateu num relógio aplicado por ele na beira do tatame; Roleta diz que apenas avisou que o árbitro já tinha paralisado o combate. “O Paulo Caruso se precipitou. Na minha opinião, ganhei a luta”, declarou um tranquilo Roleta após o vice. “Acho que fui mais agressivo e mereci a vitória.”, rebateu Zé Mário.
ROYLER PEDE ANTIDOPING PARA LUTAR ABSOLUTO
Outro fato que marcou o absoluto foi a ausência de feras como Royler Gracie, Saulo Ribeiro, Fábio Gurgel e Roberto Traven (campeão no pesadíssimo com uma atuação de gala, que culminou com uma tranquila vitória por 10×0 sobre John Machado). Um dos grandes destaques do absoluto no 2º Mundial, quando so perdeu para o campeão Bitetti, Royler preferiu focar na sua divisão em 98. “Eu fui tricampeão na minha categoria, que vai até 67 kg apenas e resolvi não lutar o absoluto porque tinham falado que iria ter exame antidoping nesta categoria e acabaram mudando de ideia na última hora, afirmando que órgão oficial para se fazer este tipo de exame não tinha autorizado a realização do mesmo. Então eu preferi, juntamente com o Saulo, retirar nossos nomes. Eu já sou um cara leve; lutar com os pesados tudo bem, agora lutar com esses caras tomando todo tipo de medicamento, fica difícil mesmo. O Gurgel e o Traven também preferiram seguir o mesmo caminho, nada mais justo”, argumentou Royler.
Royler faturou o Tri ao vencer Vinicinho, Marco Aurélio, João Roque e Draculino na final
ROBINHO E ROYLER FATURAM O TRI
Não lutou o absoluto, mas deu show no peso e faturou o tri. Começou finalizando Vinícius Cruz com um arm-lock. Daí para frente as coisas ficaram mais difíceis, mas a experiência e a técnica de Royler acabaram prevalecendo. Contra o cearense Marco Aurélio, a vitória veio através de uma vantagem, decisiva para uma luta que terminou empatada por 0x0 nos pontos. Na semifinal contra João Roque, mais um 0x0. A luta foi disputada praticamente toda em pé e Royler acabou levando por 5×1 nas vantagens.
Na final, contra Vinícius “Draculino” Magalhães, o Gracie venceu com uma bonita queda e conquistou o tri. Vinícius também teve excelente participação, foi muito agressivo em suas lutas e ainda derrotou adversários de nível como Tiago Asfora e Wagney Fabiano.
Robson Moura foi outro que conseguiu ganhar pela terceira vez um Mundial. Nas duas primeiras lutas, ganhou com extrema facilidade de bons adversários, finalizando rápido com movimentos sutis e surpreendentes. O vice, Fredson Alves, não fez por menos: finalizou Eminho na primeira luta e ganhou por pontos do duríssimo Ivanílson na semifinal. A final foi mais difícil, porém inteiramente dominada por Robinho, que raspou duas vezes (4×0) e ainda fez duas vantagens contra uma de Fredson. “Eu só tenho a agradecer ao Dedé, porque eu não tava indo treinar muito, tava sem tempo, mas ele ficou em cima me cobrando, me fez ir treinar e acabou dando certo”, declarou Robson.
LEOZINHO VENCE REVANCHE COM FEITOSA
Depois de uma final polêmica e muito contestada em 97, Leonardo Vieira e Márcio Feitosa voltaram a se enfrentar na final do preta leve neste 3º mundial. Leozinho lutou para frente o tempo todo, não teve medo de puxar Marcinho, que tinha fama de “inraspável”, para guarda, fez seu jogo e conseguiu uma suada vitória por 2×1 nas vantagens. Leozinho ainda quase raspou, mas o escore ficou mais uma vez no 0x0. Vale lembrar que no ano passado, Feitosa venceu Leozinho exatamente pelo mesmo placar. Maurício Mariano também teve excelente participação e só foi parado pelo campeão na semifinal (5×0). “Essa vitória eu já tava esperando desde o ano passado e graças a Deus ela veio. Dessa vez eu tentei me movimentar mais e deu certo. Eu tô sendo recompensado, porque treinar mais do que eu, ninguém treinou”, foram as palavras de Leonardo Vieira após a importante vitória.
A categoria mais disputada da preta foi o médio. Só para se ter uma ideia, o favorito Alexandre Paiva perdeu de cara para o cearense Guilherme Santos, que imprimiu seu ritmo, deu queda, passou duas vezes e ganhou por 8×0. Na final, o melhor atleta da academia Machado, Fernando Vasconcellos, levou a melhor sobre Zé Marcelo. Fernando deu uma baiana e ganhou por 2×0. Infelizmente, a categoria perdeu muito de seu brilho por causa da péssima arbitragem. A realidade é que em pelo menos três lutas, os árbitros tiveram uma fraca atuação, mudando totalmente o rumo dos acontecimentos. Indignação foi o que não faltou no tatame. Se a arbitragem atrapalhou o resultado do médio, nem que ela quisesse, faria o mesmo na categoria de cima, visto que os campeões (Rafael Corrêa e Antônio Shembri) deram show de técnica e finalizações. Rafael pegou Fernando Gurgel com um triângulo e Shembri finalizou David Maia (estrangulamento) e Rinaldo Santos (cervical). Rinaldo também teve boa participação, visto que estava há anos sem competir. Ganhou do duro Leandro Borgo e deu muito trabalho para Shembri, que finalizou quando faltavam apenas 50s para o término da luta.
Outro grande destaque foi o recém-promovido Marcelo Pereira no galo. Marcelinho finalizou seu companheiro de academia (que fez questão de lutar a final) Márcio Galvão com um forte estrangulamento.
MURILO RUPP VENCE ABSOLUTO MARROM
Austregésilo Reis, Viktor Doria, Rodrigo Medeiros, Paulo Filho, Alexandre Zulu, Murilo Rupp, Marcelo Hertz, Phelippe Lira, “Minotauro”, Cláudio Moreno. Com nomes como esses, dá para imaginar um absoluto marrom mais sinistro? Impossível. Muitos tinham chance de ganhar, mas a honra coube a Murilo Rupp, atleta da academia Bolão. Rupp mostrou um Jiu-Jitsu seguro, consistente e progressivo, derrotando nomes como Viktor Doria (3×0), Rodrigo Medeiros (0x0, uma vantagem na frente) e na final, Phelippe Lira (3×0), excelente atleta de Teresópolis, que ganhara de Austregésilo Reis e Marcelo Hertz, entre outros.
Rodrigo Medeiros não levou o absoluto, mas não deixou escapar o título no peso (meio-pesado) ao derrotar Renato Miragaia na final. Jorge Patino, o “Macaco”, foi outro que lutou muito bem e terminou em terceiro, só tendo sido parado pelo campeão em luta muito parelha. “Ano passado eu fiquei em terceiro e terceiro só é bom para quem não tem chance de ser campeão. Então, posso dizer que eu tô muito feliz”.
Outro grande nome desse Mundial foi Bruno Fernandes, que a cada campeonato apresenta um desempenho melhor. Dessa vez, não fez por menos e derrotou por 10×0 o prodígio Daniel Christoph na final. Daniel começou com um ritmo muito forte e disparou nas vantagens, porém Bruno foi revertendo a situação aos poucos e acabou conseguindo um domínio total do combate. Grande vitória. Na categoria leve, o vencedor foi Suyan Queiróz, favorito ao título em virtude de suas últimas vitórias. Na final, aplicou uma boa raspagem no manauara Cristiano Ribeiro e segurou a vantagem até o fim, ganhando por 2×0. Cristiano, que ficou revoltado com a derrota, também teve um grande desempenho, derrotando feras como Gabriel Willcox (2×0) e Gustavo Muggiatti, este último finalizado com um arm-lock a 2s do fim, quando estava ganhando por 2×0. “Deus me ajudou muito, consegui chegar numa posição boa e realmente segurei até o final porque eu tava atrás do título mesmo. Joguei dentro da regra e consegui o título, isso é que é o importante”, declarou Suyan.
A Nova União foi uma das equipes com melhor presença na marrom, levando duas categorias para casa: o pluma e o pena. No pena, Leonardo Santos, Rodrigo Antônio (Nova União Campos) e Gustavo Dantas ganharam de difíceis adversários e fecharam o caixão. Na categoria de baixo, a Nova União também fechou com os atletas Marco “Lôro” e Aparecido “Bill”, só que o negócio foi ainda mais difícil do que no pena, basta ver o nome de alguns atletas derrotados neste peso: Sandro Santiago, Adriano Lúcio, Marcelo Ferreira, Kléber Gadelha, etc. Omar Salum, Marcel Ferreira (que fechou categoria com Paulo Filho), Cláudio Moreno e André Mendes completam a lista de campeões, vencendo as categorias galo, pesado, super-pesado e pesadíssimo respectivamente.
A PARTICIPAÇÃO GRACIE
Se qualquer atleta normal sofre fortes pressões para vencer, imaginem um Gracie. A história da família pesa e não deixa alternativas: é vencer ou vencer. Só que os tempos mudaram e a grande vantagem que os Gracies tinham – nascer no tatame não existe mais. Hoje, o Jiu-Jitsu é uma febre e qualquer mortal pode ter tantas horas de treino quanto um discípulo da família. A prova maior foi dada neste Mundial, onde só mesmo Royler, que não sabe o que é derrota há um bom tempo, manteve a invencibilidade, deixando para outros quatro representantes da família o amargo gosto da derrota.
Riron, filho de Rorion, perdeu de cara no juvenil azul por 16×0 para Felipe Pederneiras, aluno de Rillion. “O adversário amarrou muito, no meu campeonato ele não ganharia esta luta”, declarou o tio Royce após o combate. Rockson Gracie, filho de Rickson, lutou muito bem, mas perdeu para o vice-campeão Bruno Pereira pelo apertado placar de 2×0. A pressão natural que o garoto sofre é tanta que ele passou alguns minutos chorando. “Sou o Rockson, não o Rickson”, declarou no dia seguinte. Crosley Gracie, que vinha conquistando vários títulos, venceu grandes lutas, mas acabou perdendo para Rafael Dias no médio azul. Filho do falecido Rolls, considerado um dos lutadores mais técnicos da história do Jiu-Jitsu. Rolls estava fazendo um excelente Mundial, vencendo difíceis oponentes, mas perdeu a final do peso. No dia seguinte, voltou e, mais uma vez, com excelente atuação, garantiu lugar na final do absoluto, mas uma bate-estaca obrigou o juiz Marcus “Parrumpinha” DaMatta a desclassificá-lo. Rolls perdeu a cabeça e agrediu o atleta da Carlson gerando a maior confusão do Mundial. “Foi a maior covardia que eu já vi no Jiu-Jitsu. Ele aproveitou que eu tinha abaixado para amarrar o tênis, me deu um soco em pé e depois mais três no chão quando eu já estava grogue. Fiquei duas horas sem saber direito o que tinha me acontecido”, declarou Parrumpinha, que registrou queixa na 19a DP (Tijuca) e fez exame de corpo delito, entrando com um processo cível por danos morais e físicos, exigindo indenização. Rolls foi autuado em flagrante com testemunho: “Tomei esta atitude para que no futuro os árbitros tenham maior respaldo e possam trabalhar com tranqüilidade e segurança”, explicou Parrumpinha. O presidente da Confederação, Carlinhos Gracie, eliminou o atleta da competição na hora e ainda puniu a Academia Gracie Barra com a perda de vinte pontos.
ROXA: FERNANDO TERERÊ VENCE PESO E ABSOLUTO
Quantas vezes você já ouviu falar que o grande campeão é aquele que, além de talento, técnica, dedicação e raça, também tem estrela, aquele algo mais que não se consegue somente com esforço. E, neste Mundial, se teve alguém que demonstrou que tem estrela, foi Fernando “Tererê”, o mais novo faixa marrom do Jiu-Jitsu. Na sua categoria, o leve roxa, Tererê pegou adversários duríssimos, não teve moleza, mas confirmou seu favoritismo e foi campeão. Na final, derrotou Gilberto Paesler, da Gracie Humaitá, por 3×0. Agora, a estrela de Tererê brilhou mesmo foi no absoluto, categoria decisiva para o resultado final do evento. Tudo começou nas quartas de final na luta contra o lutador “Café”, da Academia Dojo. Tempo esgotado, o resultado indicava a derrota de Tererê por 2×0. Foi aí que Café pôs tudo a perder ao botar o joelho na barriga e encaixar um arm-lock, estalando o braço do atleta da Alliance. O árbitro Roberto Corrêa nem pensou duas vezes e desclassificou Café, que alegou não ter ouvido o apito indicando o final da luta. Na semifinal contra Rico Rodriguez, Tererê mostrou que estava realmente iluminado no dia: faltando trinta segundos, perdia por 15×0 para o gigante americano, quando com um rápido movimento, conseguiu ir para as costas, botar um gancho e encaixar um estrangulamento. Faltando apenas dez segundos, o golpe estava bem encaixado, mas o gringo resistia bem, só que naquela ânsia de escapar, deixou escorrer um pouco de saliva pelo canto da boca. O árbitro Bebeo achou que Rodriguez tinha apagado e parou o combate, dando a vitória para Tererê.
A torcida do galo levantou o Tijuca Tenis Clube nas lutas de Fernando Tererê
Na final mais polêmica do evento, Tererê perdia por uma vantagem para Rolls Gracie, quando encaixou um bonito triângulo. Vendo que estava difícil sair do golpe, o Gracie resolveu apelar e deu o famoso bate-estaca no peso leve. Foi então que, acertadamente,
Parrumpinha desclassificou Rolls, dando a vitória para o aluno de Alexandre Paiva e, por tabela, para a Equipe Alliance. Após levar sua torcida do Cantagalo a loucura, Tererê recebeu a faixa marrom no pódio.
ALLIANCE VENCE MUNDIAL
A disputa pelo título de grande campeã do adulto neste Mundial estava entre as academias Alliance e Gracie Barra. Quem vencesse a final do absoluto levava o título para casa. Como
Tererê ganhou, ganhou também a Alliance, que pela primeira vez terminou a competição como a grande campeã. No primeiro Mundial deu Gracie Barra e no segundo Nova União, daí comprova-se que há um equilíbrio muito grande entre as maiores equipes do país (as três citadas mais Carlson Gracie e Gama Filho), fato que só vem a valorizar a conquista da equipe de Fábio Gurgel, Leozinho e cia.
Além de Tererê, outros destaques foram Gabriel Vella, Fredson Paixão, André Bastos e Ricardo Arona. O primeiro é treinado por Ryan Gracie e mostrou técnica bem acima da média ao vencer a categoria até 79 kg. Na final, derrotou Bruno Bastos com uma linda passagem de guarda. Fredson provou que não tem mais o que fazer na faixa roxa e garantiu o peso pluma ao derrotar por 5×0 o atleta Marco “Australiano” na final. Na verdade, a luta deveria ter sido 5×2, mas o árbitro, inexplicavelmente, deixou de dar uma raspagem claríssima para Australiano. A luta mais difícil de Fredson foi nas quartas de final, quando derrotou o excelente André Motta por 3×2 (uma passagem contra uma raspagem). O terceiro faturou o pena ao derrotar por 11×0 na final, num verdadeiro show de inversões partindo da meia-guarda, o judoca Gabriel Cardoso. Ricardo mostrou que evoluiu muito seu jogo para campeonato, mostrou muita desenvoltura em suas lutas e sagrou-se campeão no meio-pesado. Completam a lista de campeões os atletas Ricardo Vieira (galo), Erick Wanderley (pesado), Carlos Alberto Santos (super-pesado) e Cláudio Godói (pesadíssimo).
A ESTREIA DE BJ PENN DE FAIXA AZUL
Mais uma vez eles invadiram nossa praia. Americanos, franceses, japoneses, alemães, canadenses, havaianos, australianos e suecos aportaram em nossos tatames dispostos a dar trabalho aos brazucas, e o que é mais importante: levar medalhas para casa. O Japão, mesmo sem o seu maior representante, o faixa marrom Yuki Nakai, que não pode comparecer, pois acabara de inaugurar sua própria academia em Tóquio, foi muito bem representado por Toshiyuki Sato. Após alguns meses treinando com Leozinho e Gurgel em Sampa, Toshiyuki chegou na competição com a corda toda: venceu dois brasileiros de cara, finalizando na seqüência o francês Raphaël Schimitz, faixa preta de Judô e Sambô, que também tinha dado um verdadeiro show de quedas e chaves de pé em suas duas primeiras lutas. “Vim aqui para aprender com os brasileiros e acabei finalizado por um japonês”, disse o simpático francês, reconhecendo a superioridade técnica do oponente e agradecendo o apoio da torcida brasileira que o apelidou de “Zidane”. Na semifinal, porém, o japinha não teve a mesma sorte, perdendo para o campeão João Vitorino.
Entre os americanos os grandes destaques foram os irmãos havaianos Jay Dee Penn (ou BJ) e Reagan Penn. Reagan levou o ouro no leve, e BJ que só perdeu na final para João Vitorino da Nova União.
No ano seguinte, 1999, BJ voltaria já de faixa marrom e só perderia para o campeão Fernando Tererê na semifinal, faturando a medalha de bronze. Em 2000 BJ competiria de faixa preta e se consagraria como primeiro não brasileiro a faturar a medalha de ouro na faixa preta, feito que o levaria ao MMA estreando no UFC 31 no ano subsequente.
Representando Ralph Gracie, BJ Penn foi vice campeão na pena azul e seu irmão Reagan foi campeão no leve. O mais velho só não competiu porque estava contundido
GRINGOS REVOLTADOS: “VENCER AQUI, SÓ FINALIZANDO”
“Aqui no Brasil tenho que imaginar que começo a luta perdendo por 5 pontos”. Com esta declaração, o wrestler Rico Rodriguez, campeão em 1997 (azul absoluto), resumiu toda a sua revolta com a arbitragem, que segundo ele o prejudicou nas duas categorias que competiu. Na semi do peso, Rico encaixou uma guilhotina fora da área de luta no paulista Cláudio Godói e o juiz Rolker Gracie parou o combate. Rico obedeceu, mas quando viu que Godói continuava fazendo força, voltou a apertar o golpe. Rolker desclassificou-o na hora. A revolta foi amenizada pela possibilidade de vencer no absoluto. Mas a sorte não estava mesmo ao seu lado. Em nova semi, quando faltavam 30 segundos para a luta terminar e vencia por 15×0, Tererê lhe encaixou um estrangulamento e o árbitro Bebeo paralisou o combate quando faltavam apenas 10 segundos para que o gringo chegasse à final. “Ele parecia estar dormindo, achei melhor interromper”, justificou o juiz. “Não bati, isso é um absurdo. Gastei U$ 3 mil para vir lutar e fui prejudicado duas vezes. Para vencer no Brasil, só finalizando. Aqui, os árbitros treinam Jiu-Jitsu, estando, por isso, ligados a alguma academia. Nos EUA, no Wrestling, os treinadores não conhecem os árbitros. No Brasil estão os melhores lutadores do mundo, mas esta competição só será respeitada mundialmente quando os árbitros forem neutros”, declarou Rico.
JUVENIL ESTREÍA COM DOMINIO DA NOVA UNIÃO
Pela primeira vez num Mundial tivemos a disputa na categoria juvenil. A realidade é que nos dois primeiros mundiais os juvenis eram sempre sacrificados, já que quando conseguiam passar as seletivas internas das academias e lutar, tinham sempre que encarar os adultos na corrida pelo pódio. Em 98, a coisa ficou mais justa. A Equipe Nova União foi a grande campeã da categoria, faturando simplesmente quatro das dez categorias em disputa. Enquanto Gilberto Santos e Rafael Barros fechavam o galo, Marcel Fernandes e Bruno Pereira faziam o mesmo no pena. Agora, os grandes destaques da Nova União foram mesmo os atletas Marcelino Freitas, que deu show no pluma ao ganhar todas as suas lutas por finalização ou larga margem de pontos, e Thiago Fernandes, campeão incontestável do leve e terceiro no absoluto, apesar de ter apenas 64 kg. Também não podemos deixar de citar o atleta Francisco Fernandes, que fechou o absoluto com Carlos Alexandre para a Gracie Barra e, principalmente, o campeão do médio, Daniel Moraes, da Gracie Humaitá, que mostrou muita técnica e vibração em suas lutas, vencendo atletas do porte de Rafael Castello Branco (vice) e Diego Asenjo. “Eu sei que sou campeão mundial, mas não dá para ficar achando que tô bom, porque vêm outros campeonatos por aí e o negócio é treinar sempre para buscar novas vitórias”, declarou, amarradão com o título, Daniel Moraes, que também recebeu a faixa roxa das mãos de seu professor. Merecido.
A ESTREIA DAS MENINAS EM MUNDIAIS
Assim como no juvenil, esta foi a primeira vez que tivemos o feminino num Mundial, o que acabou sendo uma grata surpresa, pois o nível técnico das disputas foi excelente, até porque as meninas resolveram se inscrever em massa para a competição, praticamente todas as top estavam lá. Divididas em apenas duas categorias (leve e pesado) e botando frente à frente atletas da azul à preta, a disputa foi intensa e emocionante. Na categoria leve, a grande campeã foi a faixa roxa Taís Ramos, da Academia Brigadeiro. Taís derrotou a favorita Daniela Paiva na final. No peso de cima, a experiência e a tarimba da judoca faixa preta Rosângela Conceição falaram mais alto e ela acabou ganhando o título e botando a equipe Gama Filho como a melhor entre as mulheres. Agora, a luta que mais chamou a atenção do público foi entre a faixa roxa Janaína Ventura e a faixa marrom Leca Vieira. Não só pela bela disputa, mas também pela polêmica que a mesma gerou. Janaína dominava a luta, quando de repente virou para o árbitro e reclamou que sua adversária mordera sua mão. Paulo Caruso (o árbitro) olhou e prontamente paralisou o combate. Nisso, as duas se desentenderam e acabaram discutindo. Para não estragar o espetáculo, Caruso reiniciou a luta, que acabou com a vitória de Janaína pelo placar de 9×0. Inexplicavelmente, Aloísio Silva, técnico de Leca, invadiu o tatame e puxou (debaixo de vaias) sua aluna pelo braço, antes que fosse anunciado o resultado final. “A luta foi moleza. Pelo marketing que ela tem, eu esperava muito mais dela”, declarou uma tranqüila Janaína após a poeira baixar. “O Aloísio é uma pessoa muito boa, foi tudo uma questão de momento, ele tava de cabeça quente”, declarou Manimal, professor de Janaína. Após o Mundial, procuramos a lutadora Leca para que ela pudesse dar as suas explicações, só que a mesma se negou a dar declarações.
TABELA DO 3º MUNDIAL DE JIU-JITSU
FEMININO
Leve –
1 Tais Ramos (Brigadeiro)
2 Daniela Paiva (Alliance)
3 Bianca Barreto (Forma Fit)
3 Mariana Coelho (Equipe 3)
Pesado –
1*Rosangela Conceição (UGF)
2 Alessandra Tiola (Alliance)
3″ Andréa Silva (Leão Dourado)
3 Cristiane Pereira (Nova União)
AZUL JUVENIL
Galo
1° Gilberto Santos (Nova União)
2° Rafael Barros (Nova União)
3″ Wilton Júnior (UGF)
3 Arlisson Mello (NV Manaus)
Pluma
1 Marcelino Freitas (Nova União)
2° Calvin Júnior (Saporito)
3º Alan Silveira (NV Manaus)
3 Carlos Eduardo (Nova União Campos)
Pena
1 Marcel Fernandes (Nova União)
2 Bruno Pereira (Nova União Campos)
3º Wagner Ferreira (NV Manaus)
3° Igor Souto (Gracie Barra)
Leve
1° Tiago Fernandes (Nova União)
2º Dang Kish Welyson (Equipe 3)
3º Bruno Monteiro (Carlson Gracie)
3º Rafael Pastorelli (Hércules Adrenalina)
Médio – (12)
1º Daniel Moraes (Gracie Humaitá)
2º Rafael Castello Branco (Alliance)
3º Diego Asenjo (UGF)
3º Andre Júlio (Gracie Tijuca)
Meio-Pesado
1 Eduardo Cavalcanti (UGF)
2 Ronaldo Santos (UGF)
3° Toni Lima (Rillion Gracie)
3 Leonardo Macedo (UGF-Nova Geração)
Pesado
1° Francisco Santoro (Ataide Júnior)
2 Fabrício Monteiro (Pit Bull)
3 Daniel Real (Carlson Gracie)
3″ Luiz Roberto Arruda (Formula)
Super-Pesado
1 Vitor Pimenta (Carlson Gracie)
2º Rafael da Rosa (Carlson Gracie)
3º Rodrigo Manara (Roberto Lage)
3º Sanderglaisson (Monteiro)
Pesadíssimo
1º Mauro Jorge (Fernando Cruz AABB)
2 Lucas Sanches (Carlson Gracie)
3 Eduardo Ramos (Alliance))
3 Alan Machado (Alliance)
Absoluto
1 Francisco Fernandes (Gracie Barra)
2 Carlos Alexandre (Gracie Barra)
3 Tiago Fernandes (Nova União)
3 Bernardo Fucks (Gracie Humaitá)
AZUL
Galo
1 Bruno Sena (Nova União)
2 Zacharias Neto (Gracie Humaitá)
3 Bibiano Fernandes (Equipe 3)
3º Bernardo Pitel (Nova União)
Pluma
1º Márcio Maia (UGF)
2º Ramon Lemos (Nova União)
3 Rafael Nogueira (UGF)
3º Mauricio Castanheiras (Nova União)
Pena
1João Vitorino (Nova União)
2 Jay Penn (Ralph Gracie)
3º José Nogueira (UGF)
3º Toshiyuki Sato (Alliance)
Leve
1° Reagan Penn (Ralph Gracle)
2 Daniel Dias (Gracie Humaita)
3º Alberto Krain (Gracie Barra)
3° Vitor Pastorelli (Hércules Adrenalina)
Médio
1° Délson Raimundo (Pit Bull)
2 Gustavo Santos (Gracie Barra)
3 Tiago Oliveira (Castro)
3° Hugo Caroni (Crolin Gracie)
Meio-Pesado
1º Mark Kompaneyts (Beverly Hills JJ Club)
2 Gabriel feio (Carlson Gracie Lagos)
3° Pedro Damasceno (Welton Ribeiro)
3 Márcio Cruz (Gracie Barra BH)
Pesado
1 Pedro Alves (Gracie Humaitá)
2 Travis Latter (Machado USA)
3″ Adalberto Júnior (Carlson Gracie)
3 Tim Burrel (Machado USA)
Super-Pesado
1 Matheus Miranda (Alliance)
2 Maximiliano Carrion (Carison Gracie)
3 Rodrigo Munduruca (Murgel Behring)
3 Guilherme Gazinelli (Gracie Barra)
Pesadíssimo
1 Alex Negao (Carlson Gracie)
2 Claudio Daniel (AFC DF)
3 Ricardo Martins (Gracie Tijuca)
3 Fernando António (Nova União)
Absoluto
1 Matheus Miranda (Alliance)
2° Cláudio Dantel (AFC DF)
3 Alex Negão (Carlson Gracie)
3° Adalberto Júnior (Carlson Gracie)
ROXA
Galo
1° Ricardo Vieira (Alliance)
2° Vinicius Gayva (Bolão)
3 André Soares (Carlson Gracie)
3° Amois Lira (Gracie Humaitá)
Pluma
1º Fredson Paixão (Equipe 3)
2 Marco Melo (Nova União)
3″ Rivaldo Júnior (Gracie Humaitá)
3 Felipe Costa (Alliance)
Pena-(14)
1ºAndré Bastos (Nova União)
2 Gabriel Cardoso (Alliance)
3° André Crispin (Gracie Barra)
3 William Couto (Monteiro)
Leve – (13)
1°Fernando Tereré (Alliance)
2 Gilberto Paesler (Gracie Humaitá)
3° Rodrigo Pinheiro (Equipe 3)
3° Alex Oliveira (Nova União)
Médio
1° Gabriel Vella (Gracie SP)
2° Bruno Bastos (Nova União)
3 Renato Silva (Gracie Barra)
3 Marcos Vale (Gracie Humaitá)
Meio-Pesado
1 Ricardo Arona (Carlson Gracie)
2 Fernando Marques (Castro)
3 Everaldo Penco (UCF)
3º Fernando”Margarida” Pontes (Fórmula)
Pesado
1° Erick Wanderley (Gracie Barra)
2º Fábio Leopoldo (Gracie SP)
3 Cristiano Resende (UGF)
3 Daniel Cardoso (Saporito)
Super-Pesado – (9)
1 Carlos Alberto Santos (Carlson Gracie)
2 Rolls Gracie (Gracie Barra)
3 Alexandro Dantas (Dojo)
3 Aurelio Fernandes (Nova Uniao)
Pesadíssimo
1 Cláudio Godói (Godél Macaco)
2 Rodrigo Poderoso (Salutar Behring)
3 Rico Rodriguez (Gracie Barra)
3 Roger Alexandre (Alliance)
Absoluto
1°Fernando Tereré (Alliance)
2 Atleta desclassificado
3 Rico Rodriguez (Gracie Barra)
8° Leonardo Silva (Alliance)
MARROM
Galo
1°Omar Salum (Gracie Humaitá)
2 Max Sabino (Nova Uniao)
3 Sérgio Torres (Nova Uniao)
3 Daniel Carneiro (Gracie Barra)
Pluma – (22)
1ºAparecido Farias (Nova Uniño)
2º Marco Aurélio (Nova União)
3 Alexandre Izidro (Equipe 3)
3 Marcelo Ferreira (Carlson Gracie)
Pena – (1)
1° Leonardo Santos (Nova União)
2 Gustavo Dantas (Nova União)
3 Rodrigo António (Nova União Campos
3 Marcelo Amaral (Roberto Lage)
Leve (19)
1 Suyan Queiris (Carlson Gracie)
2 Cristiano Ribeiro (Gracie Humaitá)
3º António Sérgio (Brazilian Fight)
3 Gustavo Muggiatti (Gracie Barra)
Médio – (20)
1″ Bruno Pernandes (Gracie Barra)
2 Daniel Christoph (Saporito)
3 Marco Aurélio (Brazilian Fight)
3° Francisco Mello (Nova União)
Meio-Pesado (21)
1° Rodrigo Medeiros (Alliance)
2 Renato Miragaia (Gracie Barra)
3 Jorge Patino (Godói Macaco)
3 Joel Vasconcelos (Gracie Humaitá)
Pesado (15)
1 Marcel Ferreira (Carlson Gracie)
2° Paulo Filho (Carlson Gracie)
3 Bruno Ewald (Gracie Humaitá)
3 Marcos Moraes (Gracie Humaitá)
Super-Pesado – (16)
1 Cláudio Moreno (Alliance)
2 Kai Garcia (Gracie Humaitá)
3 Alexandre Baraúna (De La Riva)
3 Alexandre Dantas (Alliance)
Pesadíssimo (17)
–
1ºAndré Mendes (Carlson Gracie)
2 Paulo Cour (Gracie Barra)
3 Jose Mário (Alliance)
3 Marcos Shiffer (Godói Macaco)
Absoluto – (18)
1 Murilo Rupp (Bolão)
2 Phelippe Lira (Pit Bull)
3 Rodrigo Medeiros (Alliance)
3 Marcelo Hertz (Bolão)
PRETA
Galo
1 Marcelo Pereira (Nova União)
2 Márcio Galvão (Nova União)
3 Luis Sérgio (Carlson Gracie)
Pluma (7)
1° Robson Moura (Nova União)
2 Fredson Alves (Gracie Humaitá)
3º Luis Renato (Gracie Humaitá)
3 Ivanilson Silva (Nova União)
Pena (5)
1 Royler Gracie (Gracie Humaitá)
2° Vinicius Magalhães (Gracie Barra)
3 João Roque (Nova União)
3 Wagney Fabiano (Nova União)
Leve – (6)
1º Leonardo Vieira (Alliance)
2º Márcio Feitosa (Gracie Barra)
3 Mauricio Mariano (Gracie Barra)
3ª Luiz Felipe Costa (Alliance)
Médio – (3)
1°Fernando Vasconcellos (Gracie Barra)
2 José Marcelo (Bolão)
3º André Cândido (Nova União)
3º Guilherme Santos (Nova União)
Meio-Pesado (2)
1 Rafael Correa (Gracie Barra)
2 Antonio Shembri (Gracie Barra)
3 Fernando Gurgel (Alliance)
3 Rinaldo Santos (Carlson Gracie)
Pesado
1 Saulo Ribeiro (Gracie Humaitá)
2º Fábio Gurgel (Alliance)
3º Murilo Bustamante (Carlson Gracie)
3 Bruno Severiano (Gracie Barra)
Super-Pesado
1° Roberto Magalhães (Gracie Barra)
2 Daniel Simões (Gracie Barra)
3 Leonardo Dalla (Jorge Pereira)
3 Renato Ferro (Bolão)
Pesadíssimo – (8)
1 Roberto Traven (Alliance)
2 John Machado (Gracie Barra)
3°Otávio Duarte (Jorge Pereira)
3º Luís Guilherme (Jorge Pereira)
Absoluto – (4)
1º José Mário (Carlson Gracie)
2 Roberto Magalhães (Gracie Barra)
3 David Maia (Machado USA)
3 Murilo Bustamante (Carlson Gracie)
RESULTADO FINAL:
Feminino:
1 UGF
2 Brigadeiro
3 Alliance
Juvenil:
1º Nova União
2 Carlson Gracie
3 UGF
Adulto:
1º Alliance
2º Nova União
3 Carlson Gracie
Pelo terceiro ano consecutivo o Tijuca Tenis Clube foi palco para o terceiro mundial de Jiu-Jitsu
Robson Moura finalizou dois dos três oponentes e faturou o tri no pluma faixa preta
A torcida do galo levantou o Tijuca Tenis Clube nas lutas de Fernando Tererê
Fernando Tererê faturou peso e absoluto na roxa e foi protagonista dos lances mais polêmicos da competição contra Rolls e Rico Rodriguez
Depois de vencer Murilo Bustamante na decisão, Saulo aplicou uma queda em Gurgel na final do pesado e ficou com o ouro
Depois de vencer Murilo Bustamante na decisão, Saulo aplicou uma queda em Gurgel na final do pesado e ficou com o ouro
No primeiro grande clássico do Jiu-Jitsu feminino a faixa roxa Janaina Ventura venceu a marrom Leca Vieira por 9×0
Para levar o ouro no pesado Saulo venceu duas lendas do Jiu-Jitsu
Depois de perder para Roleta no super pesado (4×3 nas vantagens), Sperry venceu por uma vantagem na final do absoluto
Zé Mario dividindo o pódio do absoluto com Roleta e Murilo
Zé Mario dividindo o pódio do absoluto com Roleta e Murilo
Depois de perder para Feitosa em 97, Leo Vieira deu o troco em 98
Representando Ralph Gracie, BJ Penn foi vice campeão na pena azul e seu irmão Reagan foi campeão no leve. O mais velho só não competiu porque estava contundido
Libório e Bolão com seus alunos Murilo Rupp (ouro absoluto marrom) e Marcelo Hertz (bronze)
Janaina e seu patrocinador Maurição da Hunter
Nino finalizou David Maia e Rinaldo Santos, mas não lutou com Gordinho na final e ficou com a prata
Daniel Simões finalizou Renato Ferro e fechou com Roleta, ficando com a prata no super pesado faixa preta
Rosangela Conceição da Gama Filho foi o grande destaque do feminino e faturou o ouro no pesado
Hélio Gracie recebeu a homenagem das mãos dos filhos Rickson e Royce
No momento mais emocionante do evento, Hélio Gracie teve seu nome gritado por todo o publico
Carlson recebendo uma placa homenageado pelo irmão Carlinhos
Fernando Vasconcelos venceu Zé Marcelo na final dos médios e faturou o ouro na divisão mais disputa da preta
Ricardo Arona venceu Rolls Gracie no meio pesado roxa
Ricardo Arona vencendo Fernando Boi na final do meio pesado faixa roxa
Já representando a Carlson, Arona conquistou seu primeiro ouro
Arona dividindo o pódio do Roxa Maio pesado com Fernando Boi, Everaldo Penco e Fernando Margarida
Léo venceu Feitosa por 2×1 nas vantagens e ficou com o ouro
Ricardo Vieira faturando o ouro no Galo Roxa
Royler faturou o Tri ao vencer Vinicinho, Marco Aurélio, João Roque e Draculino na final
No primeiro ano da categoria juvenil azul, Tiago Fernandes foi campeão no peso leve e 3º no absoluto. Na foto com seu pai e maior apoiador. Dois anos mais tarde ambos morreriam num trágico acidente de carro voltando de um evento de submission em Campos
Roleta venceu Murilo Bustamante por 3×1 nas vantagens na semifinal do absoluto
Roberto Traven venceu John Machado por 10×0 na final e ficou com o ouro. Guigo e Tatá ficaram com o bronze
Rico Rodriguez faturou dois bronzes e protagonizou o lance mais polêmico da competição na semifinal do absoluto com Tererê
Marcelo Pereira finalizou o companheiro de Nova União, Marcio Galvão, na final do galo preta
Rafael Correa finalizou Fernando Gurgel e ficou com o ouro no meio pesado
Reportagem sobre o 3o Mundial na maior revista de artes marciais do Japão
Convidado de hoje do Conexão PVT, o ex-campeão dos pesados do UFC Júnior dos Santos falou da expectativa para sua defesa de cinturão no Gambred, explicou por que acredita que seu parceiro Renan Problema vencerá Nganou por nocaute. “Hoje ele é o número 1 do mundo no pesado, contando o UFC”. Cigano analisou ainda a luta entre Jon Jones e Miocic, com quem lutou duas vezes, e revelou curiosidades dos bastidores de sua participação no podcast do ex-rival Fabrício Werdum.
Miau estreou com o pé direito no Karate Combat - Foto: Divulgação/KC
Dois minutos. Foi o que precisou Luan Miau para impressionar o Karate Combat em sua estreia na organização, no último fim de semana, em Salt Lake City, nos EUA. A vítima do atleta da CMSystem foi o norte-americano Korey Kuppe.
Miau estreou com o pé direito no Karate Combat – Foto: Divulgação/KC
“Isso aqui é gostoso para c***. Isso aqui é uma delícia. Quero mais! Eu quero mês que vem, estou pronto! Se quiser, pode botar dois para lutar hoje. No sparring eu apanho mais do que aqui”, celebrou Miau ainda na arena.
“Não foi suficiente para matar minha vontade de lutar! Estou pronto para outra luta, não importa o dia. Karate Combat, coloquem alguém que realmente queira trocar socos até um cair, Estou pronto para o mês que vem”, concluiu.
Treinador de Luan Miau, Cristiano Marcello exaltou a performance do pupilo dentro e fora da arena, já que, ao longo da semana, o ex-campeão mundial do BRAVE CF engajou nas redes sociais do evento por meio de provocações ao oponente.
“Chegando com os dois pés na porta do Karate Combat mostrando a técnica, a agressividade e o engajamento da CMSystem através do Luan Miau. É só o começo da nossa trajetória em mais um evento de ponta”, destacou.
Problema espera avançar no torneio do PFL e encarar brasileiro (Foto: Cooper Neill/PFL)
O PAPO DE LUTA de hoje trouxe análises sobre as superlutas da PFL, que acontecem no próximo sábado, com destaques para Ngannou x Problema e Cyborg x Larissa Pacheco; além dos pitacos do próximo card do UFC, que conta com as presenças de Michel Pereira, Matheus Nicolau e Tamires Vidal. Carlão e Alonso ainda comentaram sobre Pantoja x Assakura e Belal x Rakhmanov.
Wanderley “Holyfield” Pereira assinou contrato de três lutas profissionais - Divulgação
A Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) anuncia nesta quarta-feira (16) mais um atleta olímpico que assina contrato profissional, e assim vai trilhar a carreira híbrida. Wanderley Pereira, o “Holyfield”, vice-campeão mundial em 2023, vai conciliar a carreira olímpica ao lado da profissional. O contrato será de três lutas profissionais, ainda sem data definida, além de dois torneios do boxe olímpico e Campeonato Mundial Olímpico.
Wanderley “Holyfield” Pereira assinou contrato de três lutas profissionais – Divulgação
“O boxe profissional sempre foi uma meta e eu estou ansioso, esperando chegar logo a hora de fazer a estreia. Mas vamos continuar também no boxe olímpico, porque ainda tenho o desejo e vontade de conquistar uma medalha olímpica para o Brasil. Quero deixar meu nome gravado entre os medalhistas olímpicos brasileiros”, contou o pugilista que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris na categoria 80kg.
Apoio da CBBoxe
Assim como Beatriz Ferreira fez até Paris-2024, Holyfield agora passa a dividir o treino entre o olímpico e o profissional. E para isso, ele teve total apoio da Confederação Brasileira de Boxe, que viu no exemplo de Bia um “case” de sucesso. “Hoje podemos noticiar mais uma bem-sucedida negociação profissional de um atleta de alta qualidade. Assim como foi o sucesso a iniciativa de carreira híbrida com Bia (Ferreira), nossa querida multicampeã, hoje podemos encaminhar a carreira de Wanderley Pereira, o nosso “Holyfield”, em busca de sua realização no boxe profissional. Ele também segue participando das competições do calendário da CBBoxe do boxe olímpico, e assim segue buscando o sonho da medalha olímpica”, falou Marcos Brito, presidente da CBBoxe.
Mateus Alves, Head Coach da Seleção Brasileira e também treinador de Bia Ferreira no boxe profissional, declarou apoio ao atleta, e confirmou que viu na proposta a Wanderley uma oportunidade de futuro financeiro e profissional positivo para o pugilista. “O promotor Sam Katkovski procurou Wanderley e fez uma proposta que segue os moldes do que a Bia (Ferreira) fez, da carreira híbrida junto com a CBBoxe e a Equipe Olímpica Permanente, que foi um sucesso. O Wanderley entendeu que era uma proposta financeiramente boa e nós entendemos que é uma projeção de carreira positiva. Desse modo, estamos apoiando totalmente o atleta em fazer a carreira híbrida”.
Wanderley Pereira foi vice-campeão mundial de 2023, conquistando a medalha de prata na categoria até 75kg. Além disso, conquistou a vaga olímpica nos 80kg ao ser medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, torneio continental mais forte do ano pré-olímpico. Nos Jogos de Paris-2024, alcançou a quinta posição.
Confrontos foram marcados por equilíbrio - Foto: João Psicótico
O BJJ Clubes levantou a plateia na Upper Arena com duelos equilibrados, finalizações bonitas e a presença de astros da luta. Ao final das disputas deste domingo, no Rio de Janeiro, Corinthians e Cruzeiro eliminaram Sobradinho e Atlético Goianiense, respectivamente, e avançaram para se enfrentar na semifinal, marcada para 3 de novembro.
Corinthians 4 x 3 Sobradinho
O Corinthians confirmou o favoritismo no tatame do BJJ Clubes, conquistando a vaga ao vencer a equipe do Sobradinho por 4 a 3 em uma disputa luta a luta. Destaque para o combate na categoria até 90 kg, que encerrou o primeiro confronto. O faixa-preta Gilmar Silva, do Sobradinho, mostrou grande destreza e velocidade ao finalizar o lutador do Corinthians Gustavo Mandú em uma pegada de gola, colocando o adversário para dormir logo no início.
Cruzeiro 4 x 3 Atlético Goianiense
Confrontos foram marcados por equilíbrio – Foto: João Psicótico
No segundo grande embate da noite, as equipes do Atlético Goianiense e Cruzeiro proporcionaram ao público uma disputa intensa, sendo decidida apenas no último combate. O destaque foi o faixa-preta Filipe Carmona, do Cruzeiro, na divisão até 90 kg. Ele superou Wildemar Matheus, do Atlético Goianiense, por pontos, confirmando o clube de Minas Gerais na próxima etapa do BJJ Clubes.
Estão definidos os confrontos da próxima fase do primeiro BJJ Clubes. O Botafogo enfrenta o Camboriú-SC na primeira semifinal e, do outro lado da chave, o Corinthians mede forças com o Cruzeiro em um grande clássico.
BJJ Clubes – 2ª Rodada Upper Arena, Rio de Janeiro 13 de outubro de 2024
Corinthians 4 x 3 Sobradinho
Gilmar Oliveira venceu Gustavo Mandú por finalização (estrangulamento das costas).
Thaynara Dias venceu Jussara Menezes por finalização (estrangulamento das costas).
Victor Matheus venceu Fillipe ‘Lobão’ por finalização (americana de pé).
Yuri Alves venceu Diego ‘Gavião’ por pontos.
Cleber ‘Clandestino’ venceu Bernardo Dib por pontos.
Michele Oliveira venceu Natália Zumba por pontos.
Klaus Meine venceu Raul Gomes por finalização (chave de joelho) na primeira luta do evento.
Cruzeiro 4 x 3 Atlético Goianiense
Filipe Carmona venceu Wildemar Matheus por pontos.
Welma Moreira venceu Eloiza Silva por pontos.
Windson Torres venceu Darlan Casaca por pontos.
Leonardo ‘Leléo’ venceu Thiago Sabóia por desclassificação.
Viny Santos venceu Anderson Duarte por pontos.
Suélen Desterro venceu Marina Guedes por pontos.
Oziel de Carvalho venceu Caio Pacheco por finalização (estrangulamento das costas).