Após 14 anos longe das competições, a lenda do Jiu-Jitsu Marcelo Garcia está de volta. O faixa-preta entra em ação nesta sexta-feira (24) pelo ONE Championship 170, que será realizado em Bangkok, e terá pela frente o japonês Masazaku Imanari. Cinco vezes campeão mundial de Jiu-Jitsu pela IBJJF e quatro vezes campeão do ADCC, o lutador de 41 anos é amplamente considerado um dos grapplers mais talentosos da história do esporte.
Garcia competiu pela última vez em 2011, quando faturou o quarto título do ADCC e se consolidou ainda mais como um dos maiores de todos os tempos. Desde então, ele estava focado em ensinar, ser pai e se recuperar de um câncer no estômago, que foi diagnosticado em 2023. De acordo com Marcelinho, seu tempo longe das competições foi mais uma pausa do que uma aposentadoria oficial. Ele disse que, acima de tudo, a decisão foi uma questão de mudança de prioridades.
“Não sei se as pessoas perceberam, mas eu nunca me aposentei. Eu nunca disse a palavra ‘aposentado’. Mas, definitivamente, eu planejava dar um tempo das competições por dois motivos diferentes. Um era que eu simplesmente não estava tão animado para competir, e eu sentia que queria tempo para me concentrar em algo que me faria mais feliz. E, naquele momento, era a minha academia em Nova York. Eu estava dando um tempo, apenas ensinando todos os dias, sem viajar, e me concentrando em meus alunos. E então, quando tive um filho, obviamente, a vida virou de cabeça para baixo”, explicou Marcelinho.
Com seus filhos agora com 9 e 11 anos, e sua nova academia funcionando no Havaí, Garcia sente que está pronto para se concentrar novamente na competição. Com base em sua longa lista de realizações, ele não tem mais nada a provar no esporte. No entanto, como fez inúmeras vezes ao longo de sua incrível carreira, Marcelinho promete dar o seu melhor quando pisar no tatame montado no cage do ONE Championship.
“Eu simplesmente sei, e eu posso prometer, que darei tudo o que tenho. Quando digo tudo o que tenho, sei que darei o meu melhor, não importa o que aconteça. Estou preparado para dar uma luta, uma luta que as pessoas querem ver”, concluiu.
“A história dessa ascensão meteórica remonta a agosto de 2022, quando a então VMB — inspirada pelo jargão “volta ao mundo”, utilizado pelos capoeiristas ao circular a roda — decidiu apostar em torneios profissionais, com regras definidas, sistema de ranqueamento e prêmios financeiros substanciais. À época, a capoeira sofria com a evasão de praticantes promissores, que enxergavam no MMA ou em outras modalidades perspectivas melhores de carreira. A criação de um ambiente competitivo sólido foi a solução para esse impasse: ao valorizar a arte-luta e remunerar os campeões, a organização trouxe de volta mestres experientes e atraiu jovens potenciais que antes migravam para o jiu-jítsu ou para o boxe”, comunicou a VMB em nota.
