Home Blog Page 67

Campeão no vale tudo, Wander Braga planeja lançar livro sobre sua trajetória

0

Multicampeão de jiu-jitsu e dono de uma trajetória marcante no Vale Tudo, o faixa-preta Wander Braga, prestes a completar 50 anos de idade, nesta quarta-feira (15/5), segue construindo uma história vitoriosa nas artes marciais.

Wander Bragaa defendeu o jiu-jitsu na época do vale tudo – Marcelo Alonso

O início dessa caminhada, porém, começou quando ele ainda tinha 12 anos, sob as orientações de Jorge Pereira – seu professor da faixa-branca até a preta – e Rickson Gracie. Natural do Rio de Janeiro, Wander Braga primeiro brilhou nos tatames e cages brasileiros, até que em 2000 se mudou para os EUA em busca do sonho de viver do MMA – na época Vale Tudo.

“Depois do Jiu-Jitsu, eu comecei a lutar Vale Tudo e me apaixonei. Um dia estava na arquibancada acompanhando um evento, o Jorge chegou, me chamou, aquelas coisas todas… Entrei e ganhei três lutas. Após isso, eu pensei: ‘agora minha ideia de morar nos EUA vai ficar ainda mais forte’. Por volta de 2000 pintou uma proposta para eu dar aulas e fui, na cara e na coragem”, relembrou o faixa-preta 6º grau, que completou:

“No começo foi difícil, passei por maus bocados… Comendo e descansando pouco, treinando muito, lutando vários campeonatos locais, mas foi assim que eu cheguei nos EUA. Dava aula na LA Boxing Club, que era uma academia no Centro, mas só de Boxe né. Eu nem pensava em dinheiro, em ter muitos alunos, na época eu só queria treinar, crescer meu nome do MMA e foi dando certo”.

Campeão brasileiro, europeu e mundial de Jiu-Jitsu, além de Vale Tudo, Wander atualmente lidera a equipe Wander Braga BJJ, que carrega o seu nome em Cornelius, na Carolina do Norte (EUA). Ele também é casado com Maga e pai de Kayan e Luanna, e além de se dedicar a transmitir suas habilidades e paixão pelo jiu-jitsu em aulas e seminários, agora trabalha no lançamento do seu primeiro livro, batizado de Wander Braga: Mais Forte a Cada Golpe.

Vitória marcante em 2016 segue na memória

No MMA, Wander Braga ostenta um cartel de 16 vitórias e apenas uma derrota. Seu último grande triunfo, entretanto, veio no dia 5 de novembro de 2016, quando pelo evento WOCS 44, no Rio de Janeiro, ele enfrentou – e finalizou – o também lendário Johil de Oliveira em um desafio de submission. Para o carioca, esse foi um dos maiores combates da sua carreira.

“Essa luta foi muito importante porque o Johil é um dos melhores da luta-livre esportiva. Era para a gente ter lutado no Circuito de Lutas Freestyle, na final do Brasileiro, mas eu tive uma labirintite muito forte e acabamos não lutando. Então, na época ficou essa incógnita: quem é o melhor?”, relembrou.

“A gente sempre se encontrava nas finais, eu ficava em segundo e ele em primeiro, eu em primeiro e ele sem segundo. Tinha até o ranking da revista Tatame na época. E aí, infelizmente, nunca conseguimos fazer essa luta no MMA. Porém, anos depois resolvemos duelar no submission. Eram 10 minutos, sem ponto, valendo apenas finalização e me consagrei campeão com um mata-leão”, encerrou.

Força e fé: Brasileira Nathiely De Jesus é uma das estrelas do ADXC 4

0
Nathiely enfrenta Elizabeth Mitrovic no ADXC 4 - Divulgação/ADXC

Paris, conhecida como a Cidade Luz, será iluminada por uma faísca única no próximo dia 18 de maio, quando a brasileira Nathiely De Jesus retornará às competições para enfrentar a norte-americana Elizabeth Mitrovic, em uma das lutas de grappling do card principal da quarta edição do Abu Dhabi Extreme Championship (ADXC 4). Considerada por muitos, umas das maiores competidoras da história do Jiu Jitsu, Nathi será testada pela primeira vez dentro de um octógono, em um duelo de três rounds, sem quimono. Nada que preocupe a lutadora.

Nathiely enfrenta Elizabeth Mitrovic no ADXC 4 – Divulgação/ADXC

“Vão ser algumas estreias na realidade. Vai ser minha primeira vez em Paris, minha primeira vez lutando em um octógono e também com um tempo de luta tão curto. Mas no fim das contas é Jiu Jitsu, então não é nada que me preocupe. Estou fazendo um treino específico para as grades, um trabalho intervalado também. Por mais que nunca tenha lutado em um octógono, sou muito experiente e não acho que isso vá ser um problema”, acredita Nathi.

A adversária de Nathiely será a norte-americana Elizabeth Mitrovic, de 33 anos. Lyzz, como é carinhosamente conhecida no mundo do Jiu Jitsu, é campeã mundial com e sem quimono, e recentemente conquistou a seletiva para o ADCC.

“Sei que minha adversária é muito boa, já a vi lutar contra uma companheira minha duas vezes. Mas estou treinando muito sem pano, praticamente não tenho colocado o quimono nos últimos meses. Prefiro focar no meu jogo, na minha estratégia do que nela especificamente. Estou muito feliz por ter essa oportunidade de estrear em um evento grande como o ADXC. Sinto que estou pronta para uma grande performance e para sair com essa vitória independente de qualquer coisa”, afirma a atleta.

Natural de São Paulo, Nathiely se consolidou no jiu jitsu através do projeto social Lutando pelo Bem, do mestre Cicero Costha. Já na faixa preta, mudou-se para os Estados Unidos onde abriu sua própria academia e reside até os dias atuais. Com um sobrenome que evoca a conexão divina, Nathy traz consigo não apenas vigor físico e qualidade técnica invejável, mas também uma alma enraizada na fé. Com um currículo repleto de conquistas, incluindo o cobiçado título do Abu Dhabi World Pro, Nathiely luta hoje com o propósito de inspirar jovens de comunidades que sonham em viver do esporte.

“Me sinto realizada como atleta, conquistei todos os títulos que eu poderia na faixa preta e nas coloridas também. Hoje meu foco são os grandes eventos, mas o meu grande propósito é outro. Gosto de competir porque é uma ferramenta para que eu possa falar sobre minha fé, mostrar no que eu acredito, gerar esperança no coração de outras pessoas, especialmente para as que vieram de comunidades e projetos sociais como eu vim. Mostrar que é possível crescer no esporte e conquistar coisas grandes”, explica Nathi.

Apesar de ainda ser uma atleta jovem, de 28 anos, Nathiely acredita já ter alcançado seus principais objetivos como lutadora. Suas grandes ambições atualmente são do lado de fora do tatame, como mãe, esposa, professora e empreendedora. Nathi é casada com o também lutador Manuel Ribamar e, juntos, tiveram a pequena Laura, de 2 anos. Eles dão aula e administram em conjunto uma filial da academia Rodrigo Pinheiro, no Texas, EUA.

“Hoje, não consigo ter a rotina que eu tinha só de atleta. Tenho a Laura, que está com dois anos e meio, e está naquela fase sapeca. Tenho uma casa para gerenciar, um marido e uma academia para cuidar, alunos para acompanhar. Então são outras prioridades. Ainda me mantenho em alto nível, mas preciso administrar meu tempo melhor. Por isso, hoje priorizo os eventos de lutas casadas, não tenho pretensão de lutar nenhuma competição normal, de federação. Financeiramente falando não é interessante, e é tão sacrificante quanto”.

O ADXC 4 acontece no próximo dia 18 de maio, em Paris, na França. Além de Nathiely, os brasileiros Leonardo Mário e Cássio Silva também estarão em ação. Estrelas internacionais do Jiu Jitsu e do Grappling também se apresentam na mesma noite. Entre elas, Espen Mathiesen, Benoit Saint Denis, Marc Diakiese, Ffion Davies, Morgan Black e Khaled Al Shehhi. Todas as emoções do evento poderão ser acompanhadas ao vivo pela plataforma de transmissão online TX7.

ADXC 4
Paris, França
18 de maio de 2024

Evento principal

Benoit Saint Denis vs Marc Diakiese (Grappilng)
Espen Mathiesen vs Leon Larman (Jiu-Jitsu)

Co-evento principal

Ffion Davies vs Morgan Black (Grappling)
Leonardo Mario vs Khaled Al Shehhi (Jiu-Jitsu)

Card Principal

Abdul-Kareem Al Sewady vs Amin Ayoub (Grappling)
Cassio Silva vs Marko Oikarainen (Jiu-Jitsu)
Narhiely de Jesus vs Elizabeth Mitrovic (Grappling)
Magdalena Loska vs Nia Blackman (Jiu-Jitsu)
Steven Ray vs Ibrahima Mane (Grappling)

Card Preliminar

Florian Bayili vs Youness Bennouali (Jiu-Jitsu)
Geo Martinez vs Nicolas Renier (Grappling)
Luca Anacoreta vs Kalim Mastouri (Jiu-Jitsu)
Alexander Alexandrov vs Kasper Larsen (Grappling)
Shamma Al Kalbani vs Lina Grosset (Jiu-Jitsu)

Ex-treinador de Wanderlei Silva destaca importância do muay thai em sua vida

0
Treinador já afiou as mãos de Wanderlei Silva - Arquivo Pessoal

Uma frustração e uma busca por se defender do seu irmão foram a grande motivação para Dennys Dzalaby ingressar nas artes marciais. O profissional, que já afiou a trocação de nomes como Wanderlei Silva, Johnny Walker e Francisco Massaranduba, relembrou a sua ligação com a modalidade antes de se tornar treinador de grandes estrelas do MMA. O curitibano destacou a importância do esporte em sua vida e como ele o fez esquecer um antigo objetivo.

Treinador já afiou as mãos de Wanderlei Silva – Arquivo Pessoal

“O meu sonho era entrar na aeronáutica de Curitiba. Mas foi também a minha primeira grande frustração, pois eu não fui aceito. Então eu comecei a me dedicar mais ao Muay Thai. Mas o meu principal objetivo, quando ingressei na arte marcial, era aprender uma defesa pessoal, apenas para me defender do meu irmão. Sempre fui bem magrinho, então sempre sofri muito bullying com isso, mas aos poucos eu fui me destacando e ganhando respeito dos meus colegas de treino”, explicou.

Depois de tanto aprendizado e competições em eventos amadores, Dennys se achou na arte de ensinar. Foi aí que o profissional encontrou uma pessoa que mudaria sua vida dali em diante: André Dida. Dida era líder da Evolução Thai, uma das grandes equipes de MMA do país e que tinha nomes de peso em seu elenco. Durante a sua passagem pela Evolução Thai, a maneira de treinar de Dennys foi o que chamou mais a atenção dos lutadores presentes. Dessa maneira, iniciou trabalhos com Francisco Massaranduba e Joaquim Netto, que na época eram lutadores do UFC.

“O meu trabalho em grandes equipes foi com a Evolução Thai, em Curitiba. O Massaranduba me procurou porque ele ia fazer uma luta com um cara canhoto e eu tinha um jogo meio parecido com o do cara. E aí acabou que a gente começou a fazer manopla também. Depois eu comecei a ajudar o Joaquim Silva. O meu ex-treinador, o André Dida, começou a ver que eu puxava uma manopla um pouco diferente. Ele gostava da forma que eu conduzia o cardio dos atletas durante a manopla, com combinações voltadas para situações reais de luta. Eu ajudava sempre que podia. Assistia a luta dos adversários dos atletas com quem eu trabalhava e tentava sempre fazer algum ajuste que pudesse ajudar o meu atleta a buscar a vitória”, explicou o treinador, antes de completar.

“Com isso, dentro da equipe mesmo, outros atletas começaram a ver isso e começaram a se interessar pelo meu trabalho. Foi tudo consequência do bom trabalho que eu vinha desempenhando com os atletas. Eu não tinha preguiça e estava sempre disposto a ajudar. Acredito que isso foi um dos grandes diferenciais para que esses lutadores trabalhassem comigo”, analisou Dzalay.

Além de treinador, Dennys Dzalay contribuiu com o universo das lutas de outras maneiras. Ele foi árbitro de diversos campeonatos de Muay Thai, o que exige muita responsabilidade e um alto conhecimento técnico da modalidade, e também participou como professor do projeto social do Instituto Bom Kombat, que fica em São Lourenço, em Curitiba.

“O melhor das artes marciais é você poder retribuir tudo o que o esporte fez por você. Arbitrar me ajudou muito a ter uma entendimento ainda maior sobre a luta. Ao mesmo tempo mostrou que o meu nível de conhecimento era alto, pois ser árbitro é uma responsabilidade muito grande. E tudo isso me levou a ser convidado para participar do projeto social do Instituto Bom Kombat. Além de poder passar um pouco de tudo o que aprendi na luta, é gratificante saber que, assim como aconteceu comigo, eu estava mudando a vida e dando um futuro para outras pessoas”, concluiu Dennys.

São Paulo Cup de Jiu-Jitsu espera receber 2300 atletas

0
Organização planeja montar entre 12 e 16 áreas de competição - Divulgação

A primeira edição do São Paulo Cup de Jiu-Jitsu chega com o objetivo de unir inclusão social ao alto rendimento. Idealizado pela G13BJJ, equipe fundada pelo campeão mundial Roberto Godoi, uma das grandes referências do Jiu-Jitsu paulista, o evento está programado para o dia 1º de junho nas dependências do ginásio Mauro Pinheiro, no complexo do Ibirapuera, em São Paulo. As inscrições (que eram gratuitas) já estão encerradas e cerca de 2300 atletas estão confirmados na competição.

Organização planeja montar entre 12 e 16 áreas de competição – Divulgação

“Estamos fomentando a inclusão social através do esporte, para ajudar esses jovens que estão começando e enfrentam dificuldade em conseguir acessar os grandes campeonatos em virtude do valor alto de inscrição. Junto ao deputado Felipe Franco conseguimos esse suporte para realizar este evento com inscrição gratuita e dar a essas pessoas a oportunidade de competir em um evento de alto nível”, explicou Roberto Godoi.

A São Paulo Cup de Jiu-Jitsu contará com disputas nas categorias kids, adultos e masters, tanto feminino quanto masculino. A organização planeja montar entre 12 e 16 áreas de competição. Além de medalhas, a competição contará com ótimas premiações. Os atletas precisam levar um quilo de alimento não perecível. A entrada para assistir o evento também será um quilo de alimento não perecível. Todos esses alimentos serão doados para ajudar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.

Circuito Mormaii de Jiu-Jitsu espera receber mais de mil atletas em Blumenau-SC

0
Evento acontece no próximo dia 26 - Divulgação

A próxima etapa do Circuito Mormaii de Jiu-Jitsu está programada para acontecer no dia 26 de maio no ginásio Galegão, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, e promete ser a maior e a mais importante do ano no calendário catarinense da arte suave. Além da expectativa de que mais de 1200 atletas participem da competição, a organização, que já realiza ações sociais em todos os seus eventos ao longo do ano, dessa vez irá recolher doações para ajudar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.

Evento acontece no próximo dia 26 – Divulgação

“Essa etapa é sempre uma das melhores do ano. Além do número expressivo de atletas, esperamos uma arrecadação recorde para ajudar o Rio Grande do Sul. Normalmente arrecadamos 1,5 toneladas de doações que são destinadas a algumas instituições parceiras. Dessa vez, além do quilo de alimento obrigatório, também estaremos coletando doações e a expectativa é arrecadar mais de duas toneladas”, disse Ricardo Tirloni, responsável pela licença de lutas da Mormaii.

Além da arrecadação de alimentos, água e material de limpeza, a equipe de atletas patrocinados pela Mormaii está engajada em promover rifas, seminários e afins para arrecadar dinheiro e ajudar o povo do Rio Grande do Sul.

“Disponibilizamos kimonos e kits No Gi para sortearem. Nosso parceiro do projeto Futuro Suave, no Rio Grande do Sul, irá receber toda a arrecadação e destinar aos atingidos por essa tragédia. Eles já fazem um trabalho excelente com o Jiu-Jitsu no Estado e estão de frente nesta “guerra” salvando gente todos os dias. São pessoas admiráveis! A comunidade da luta está unida para ajudar nossos irmãos gaúchos. Vamos continuar ajudando de todas as formas e mostrar a força do Jiu-Jitsu nesse momento tão delicado”, concluiu Tirloni.

As inscrições para o evento, que contará com disputas nas categorias com e sem kimono, já estão abertas e podem ser feitas através do site: https://fjj-sc.smoothcomp.com.

Botafogo Judô participa do encontro de judocas do Colégio Andrews

0
Judocas se reuniram no dojô do colégio — Foto: Divulgação

Entre os cerca de 200 jovens judocas que foram ao tradicional Encontro de Judô do Colégio Andrews, no último final de semana, no Rio de Janeiro, estiveram presentes representantes da equipe do Botafogo na modalidade.

O Encontro de Judô do Colégio Andrews possui mais de trinta anos e tem como principal objetivo iniciar a participação de promessas da modalidade em eventos de competição pedagógica.

Judocas se reuniram no dojô do colégio — Foto: Divulgação

“Muitos de nossos atletas saíram de eventos como esse”, destaca o gestor de judô do Botafogo, sensei João de Deus. “Crianças a partir de 4 anos de idade em um ambiente acolhedor, que é a escola que tem por objetivo apresentar o projeto esportivo para crianças em tenra idade e transformar essas competições pedagógicas em uma redoma para que futuros atletas possam aflorar”.

O sensei Marcelo Almeida, também integrante do judô alvinegro, também esteve presente e conduziu, junto à professora Thaty Carvalho, o festival de chupetas, destinado a crianças entre 4 e 6 anos.

“Essas iniciativas são anteriores ao Circuito Hajime da FJERJ, que é a porta de entrada para os eventos da federação; mas, mesmo para um evento inicial, precisamos preparar nossos alunos, e o modelo de competição pedagógica é ideal para esta construção de jovens e futuros atletas”, frisou.

De acordo com a equipe técnica do Botafogo Judô, formar os atletas em casa é uma premissa. Sendo assim, a base das escolinhas e pré-equipe são muito incentivadas a participarem de eventos dessa natureza.

O próximo compromisso do Botafogo Judô com as equipes é o Campeonato Carioca da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FJERJ), que acontece nos dias 18 e 19 de maio, na Arena de Juventude, em Deodoro.

Morre Art “One Glove” Jimmerson, primeiro adversário de Royce Gracie no UFC

0
Foto: Susumu Nagao

Art Jimmerson, pioneiro do UFC e que participou da primeira edição, morreu na última quarta aos 61 anos. Conhecido como “One Glove” (“uma luva”), o americano foi o primeiro oponente de Royce Gracie no Ultimate.

Foto: Susumu Nagao

Jimmerson foi um boxeador profissional de sucesso em três divisões diferentes e deixou sua marca na história do esporte naquele dia 12 de novembro de 1993, quando decidiu entrar para lutar com Royce usando apenas uma luva.

Sem nunca ter treinado chão, o boxer foi rapidamente derrubado por Royce. Sem saber o que fazer com o faixa-preta montado, Jimmerson pediu para parar a dois minutos e 18 segundos. Foi a primeira finalização da história do UFC.

Anos depois, Jimmerson treinou lutadores, desde iniciantes até profissionais, na área de Los Angeles. Art é o terceiro lutador do UFC 1 a falecer, após Kevin Rosier e Pat Smith.

O UFC, em ação relacionada aos 30 anos da organização, promoveu em 2023 um encontro entre personagens que marcaram aquela primeira edição onde Art Jimmerson, Royce, Gerard Gordeau e Shamrock se reencontraram. Vale a pena assistir no vídeo abaixo (em inglês, mas está disponível legenda gerada automaticamente).

Vitor Belfort minimiza chances de enfrentar Popó e lista outros nomes que fariam sentido para uma luta

0

Vitor Belfort relembrou sua atuação no primeiro UFC no Brasil; falou sobre os destaques do UFC Rio no último final de semana; fez uma análise técnica sobre Alex Poatan x Jon Jones; disse que não chegou a um acordo financeiro para encarar Popó no Fight Music Show e listou alguns nomes de seu interesse para um desafio, como Wanderlei Silva, Anderson Silva, Lyoto Machida, irmãos Diaz, Fedor Emelianenko e Darren Till.

Jungle Fight e governo do DF promovem campanha para ajudar o RS

0
Governador Ibaeis Rocha recebeu Wallid Ismail no Palácio do Buriti - Renato Alves/Agência Brasília

O Jungle Fight vai desembarcar em Brasília no dia 25 de maio para a sua 126ª edição, que pretende receber 14 mil pessoas na arena BRB Nilson Nelson. Além dos duelos envolvendo os talentos do MMA, o evento também vai promover uma luta bastante nobre, em prol das vítimas afetadas pelas inundações no estado do Rio Grande do Sul. A entrada para o público será franca mediante a doação de 1kg de alimento não perecível ou água potável.

Os interessados em ajudar à população gaúcha e assistir ao Brasileirão do MMA devem comparecer à arena BRB Nilson Nelson, na bilheteria 2, próxima à Play Tênis, com acesso pelo portão A15, do dia 15 a 19 de maio, das 8h às 17h, e fazer a troca do quilo de alimento ou da água pelo ingresso. Outro ponto de troca é o Parque da Cidade, no estacionamento 13, ao lado da administração, no mesmo período, só que entre 9h e 19h.

Todas as doações serão encaminhadas ao Comitê de Emergência Brasília pelo Sul, comandada pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais e coordenada pela primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha. Por meio da iniciativa, serão enviados aos municípios afetados pelas enchentes mantas, roupas, alimentos, água, utensílios, itens de higiene e outros objetos.

Governador Ibaeis Rocha recebeu Wallid Ismail no Palácio do Buriti – Renato Alves/Agência Brasília

Nesta quarta-feira (8/5), o presidente do Jungle Fight, Wallid Ismail esteve no gabinete do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que exaltou a parceria entre o Estado e o evento em prol do esporte e das vítimas das inundações no Rio Grande do Sul.

“Nosso governo está à disposição para prestar todo apoio que a população merece, que nossos jovens merecem e todos os envolvidos nas artes marciais. Que a população compareça ao evento e também faça a doação de 1 kg de alimento e donativos para serem enviados à população do Rio Grande do Sul que tanto precisa do nosso apoio neste momento”, disse em entrevista à Agência Brasília.

Também presente no Palácio do Buriti, o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, fez coro.

“O DF é uma incubadora de grandes atletas das artes marciais. E trazer o Jungle Fight depois de 13 anos é muito significativo, representativo para nós, porque nós estaremos fazendo uma grande festa lá no Nilson Nelson. É importante a gente frisar que os ingressos serão gratuitos, mas claro que, por conta da enchente, para atender as vítimas da enchente do Rio Grande do Sul, nós estamos pedindo uma doação voluntária de um alimento, de um quilo de alimento não perecível, ou até mesmo um engradado de água mineral, que hoje tem sido a principal demanda da população do Sul”.

O Jungle Fight retorna à capital federal, com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), após 13 anos de sua última edição na cidade. Wallid Ismail agradeceu o apoio de Ibaneis e Junqueira e ratificou o papel do esporte como ferramenta de transformação social.

“Fico feliz de estar voltando para Brasília após 13 anos porque Brasília é gigante no MMA. O que estava faltando era oportunidade para os guerreiros daqui, para os jovens da comunidade assistirem o evento e se espelharem. O esporte é, sim, a maior ferramenta de inclusão social. Quantos jovens podem dar uma vida melhor à família através do esporte? Mas, para isso acontecer, tem que ter esses homens públicos aqui”, concluiu o presidente do Jungle Fight.

Cinturões em disputa no Jungle Fight 126

Na arena os combates são por cinturões do maior evento de MMA da América Latina. Na luta principal, a campeã linear do peso-mosca (até 57kg), Elora Dana, enfrenta a campeã interina, Brena Cardozo, pela unificação do título, em um duelo Amazonas x Rio de Janeiro. Vale frisar que Brena conquistou a coroa de rainha da categoria interinamente devido a uma lesão que precisou afastar Elora do cage.

Uma luta antes, o representante do Distrito Federal João Pedro Villa Saldanha mede forças contra o atleta do Rio de Janeiro Ronaldo “Freestyle” Jefferson valendo o cinturão interino dos pesos-galos (até 61kg).

O evento terá transmissão da TV Globo – logo após o programa “Altas Horas -, do Sportv e do Combate.

Mauricio “Showgun” Rua: da estreia no Vale-Tudo ao Hall da Fama

0

No último sábado, durante o UFC 301, no Rio de Janeiro, um momento em especial emocionou ao fã brasileiro. Pouco antes das lutas de José Aldo e Alexandre Pantoja, as luzes da arena se apagaram e o telão mostrou um compilado de nocautes impressionantes que marcaram a carreira de um dos grandes nomes da história do esporte, Mauricio Shogun Rua. Emocionado com os depoimentos de dezenas de lendas do esporte e aplaudido de pé pela torcida, Shogun se surpreendeu e se emocionou ao ouvir o narrador anunciar sua indução ao Hall da Fama do UFC na ala dos pioneiros do esporte.

Nada mais justo para um lutador que fez história conquistando o cinturão meio pesado do Pride e do UFC, tendo lutado profissionalmente 42 vezes nos seus por 21 anos de carreira.

Mauricio sempre teve como sua característica principal, a busca incessante pelo nocaute. Uma marca registrada de sua carreira desde sua primeira luta em 2002, quando foi apresentado, aos 20 anos, a torcida de Curitiba como o irmão de Murilo Ninja e grande aposta de Wanderlei Silva, que acabara de conquistar o cinturão do Pride nocauteando Kazushi Sakuraba no Pride 13.

Na estreia contra o faixa preta de Jiu-Jitsu, e mestre em Capoeira, Rafael Capoeira, Shogun só precisou de 4 minutos para conseguir um nocaute com um chute na cabeça do oponente. Seis meses depois Maurício voltaria ao Meca e apresentaria uma de suas marcas registradas, o soccer kick, nocauteando Angelo Antonio em apenas 55 segundos no Meca.

Três meses mais tarde, Shogun teria seu teste de fogo enfrentando o bem mais experiente Evangelista Cyborg. Uma guerra de 9min22s que entrou para a história do Vale-Tudo brasileiro como um dos mais emocionantes combates de todos os tempos. Uma luta onde ambos sofreram knock downs, mas onde Shogun daria a volta por cima em vários momentos adversos, vencendo com socos da montada e sendo reconhecido pela primeira vez pela imprensa marcial brasileira como showman do Vale-Tudo e apelidado de Showgun.

Mas antes de levar a nova aposta da Chute Boxe para o Japão, o líder da Chute Boxe Rudimar Fedrigo resolveu aceitar uma proposta dos EUA, testando Shogun num Grand Prix de 3 lutas, o IFC (International Fighting Championship) onde estavam Renato Bablú, Jeremy Horn, Chael Sonnen, Forrest Griffin e o faixa preta brasileiro Erick Wanderlei. Shogun começou nocauteando Wanderlei nos 2º round, mas na semifinal acabou sendo surpreendido por Renato Babalú com uma guilhotina no 3º round. Babalú, que já tinha 26 lutas inclusive com passagens pelo UFC e Rings, acabou sendo o campeão do torneio vencendo na final Jeremy Horn.

Mas a primeira derrota não abalou o interesse do Pride em Shogun. E menos de 1 mês depois, Mauricio estreava no maior evento do mundo nocauteando Akira Shoji no 1º round, fazendo um total de 4 lutas em 3 meses.

O MAIS DIFICIL TORNEIO DA HISTÓRIA

No ano de 2004 Mauricio deixaria de ser reconhecido como o irmão de Ninja, conquistando de vez as graças dos fãs e promotores do evento japonês ao vencer três oponentes seguidos com aquela que viria a ser sua marca registrada, os soccer kicks. Akihiro Gono foi a vítima no Pride Bushido 2 em fevereiro, Namekawa no Pride Bushido 5 em outubro e Kanahara no Pride 29 em Fevereiro de 2005.

Curiosamente foi este impressionante nocaute em Namekawa que levou Mauricio Shogun a ser o 16º escolhido para o Pride GP de 2005 (under 205LBS), entrando como zebra absoluta ao lado de lendas como Dan Henderson, Overeem, Quinton Rampage, Sakuraba, Igor Vovchanchyn, Vitor Belfort, Kevin Randleman, Rogerio Minotouro, Ricardo Arona e o campeão da divisão Wanderlei Silva, que havia vencido o GP de 2003.

Shogun foi escalado de cara contra um dos favoritos, Quinton Rampage Jackson, que havia vencido seu irmão dois meses antes em decisão dividida. Pois Shogun abriu o torneio mostrando que estava chegando para brigar pelo título e nocauteou Rampage com uma sequência de joelhadas, definindo a luta com um tiro de meta.

Dois meses mais tarde nas quartas de final Shogun faria uma das melhores lutas da história do MMA, com o arquirrival da Chute Boxe, Rogerio Minotouro, que havia finalizado

Dan Henderson em sua primeira luta

Os dois travaram uma guerra de 3 rounds onde Shogun surpreendeu mostrando sua versatilidade ao dominar as ações no solo.

Dois meses mais tarde Mauricio voltaria ao Japão preparado para lutar a semifinal e a final na mesma noite, ciente de que se passasse por Overeem, teria que enfrentar o vencedor da guerra entre seu ídolo, Wanderlei, e o maior rival da Chute Boxe, Ricardo Arona.
As duas lutas foram cercada de muita polêmica, enquanto Wanderlei e Arona quase brigaram na encarada, Overeem alfinetou Shogun dizendo que “O Brasil é bom de futebol e Jiu-Jitsu, o que vocês fazem na Chute Boxe não é Muay Thai”. Não muito afeito ao trash talk, Shogun preferiu dar a reposta no ringue, nocauteando Overeem com socos da montada.

Aos 23 anos tinha em suas costas a responsabilidade de vingar o ídolo e consagrar o nome de sua equipe em cima dos inimigos da BTT. E assim o fez nocauteando Ricardo Arona a 2min53s e conquistando o titulo de maior meio pesado do mundo. “O Shogun nocauteou o Overeem e deu omoplata no tetra campeão do ADCC. A Chute Boxe provou hoje que, além de Muay Thai, tem o melhor chão para o Vale-Tudo”, me disse após a luta o treinador de Jiu-Jitsu da Chute Boxe logo após dar a faixa preta para o campeão no vestiário. Já Shogun não conseguia conter a alegria pela maior conquista “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. vinguei o Wanderlei, nocauteei o Arona e ainda garanti o 4×2 em cima da BTT”, told me Shogun concerning the score fights between Chute Boxe and BTT by that time.

CINTURÃO DO UFC

Após vencer o GP, Shogun não teve interesse em lutar pelo cinturão linear com o amigo Wanderlei, que quatro meses depois o defendeu vencendo Arona na revanche da semifinal do GP. Entre 2005 e 2007 Shogun manteria seu título de meio pesado mais temido do mundo com vitórias sobre Cyrile Diabate (TKO), Kevin Randleman (knee bar), Nakamura (decision) and Overem (KO). Sua única derrota no Pride seria para Mark Coleman e ocorreria por conta de uma contusão aos 49s de luta quando o brasileiro quebrou o braço por conta de uma queda aplicada por Mark Coleman.

Em 2007 o Pride foi comprado pelo UFC e Shogun seguiu os passos de Wanderlei e saiu da Chute Boxe, montando sua própria equipe. Algo que inicialmente não funcionou bem para Shogun, que sem a cobrança diária dos mestre Rafael e Rudimar e os sparrings duríssimos que costumava ter, caiu de rendimento e acabou sendo finalizado por Forrest Griffin em sua estreia do UFC (76).

Mas definitivamente a derrota fez bem a Rua. Depois de um ano se recuperando de lesões e montando sua própria estrutura de treinos, Mauricio, com a ajuda de seu manager Eduardo Alonso, do irmão Murilo e dos treinadores Sergio Cunha e Andre Dida, voltou a encontrar sua melhor forma. Em 2009 Shogun nocauteou em sequência Mark Coleman e Chuck Liddell e foi disputar o cinturão com o campeão Lyoto Machida, com quem curiosamente já havia treinado na Chute Boxe em 2006. Após perder a primeira disputa de cinturão, em resultado controverso, numa guerra de 5 rounds, no UFC 104, Shogun conseguiu a revanche sete meses depois, no UFC 113, e desta vez nocauteou o campeão no 1º round encerrando a chamada era Machida.

Em sua primeira defesa de cinturão, 10 meses depois, Shogun enfrentou aquele que para muitos é o maior de todos os tempos Jon Jones e foi nocauteado no 3º round. Quatro meses depois protagonizou junto com Minotauro e Anderson Silva a estreia do UFC no Rio, onde teve a chance de devolver a derrota da estreia no UFC para Forrest Griffin.
Na sequencia escreveu seu nome na história novamente fazendo a luta do ano com Dan Henderson, outro duplo campeão (UFC e Pride). Hendo venceu mas as luta foi tão boa que posteriormente colocou ambos no Hall da Fama do UFC.

Deste momento em diante, uma série de contusões, principalmente uma recorrente no Joelho, o levaram a reduzir drasticamente a carga de treinos o que impactou diretamente em sua performance. Entre 2012 e 2023 Shogun fez mais 16 lutas no UFC (8 vitórias e 6 derrotas), mas nunca mais conseguiu trazer de volta as performances que o consagraram no Pride como melhor meio-pesado do mundo. Nada que apagasse porém as lutas antológicas e o legado de glórias que o levou com muita justiça ao Hall da Fama do UFC eternizado entre os maiores da história.

Siga o PVT

83,000FansLike
115,000FollowersFollow
51,000FollowersFollow
160,000SubscribersSubscribe