O Karate Combat realizará o primeiro evento em território árabe no dia 20 de abril, com a edição 45, em Dubai. Além da disputa entre os experientes Luke Rockhold e Joe Schilling como desafio principal, uma super luta poderá definir o primeiro lutador da história da organização a portar cinturões em duas categorias simultaneamente.

Trata-se do brasileiro Luiz Rocha. Atual campeão dos leves (até 68kg), o atleta da Pitbull Brothers descerá até os galos (61kg) e desafiará o campeão Myrza Tebuev (Rússia).

O combate será uma revanche. Eles se enfrentaram pela primeira vez em 2019, e o brasileiro venceu por pontos.

“Eu ainda me recuperava de uma cirurgia no joelho. Estava um tanto inseguro, e fiz uma luta estratégica e conservadora. Myrza mostrou ter um bom jogo de caratê. E por ser alto e canhoto, controlou bem a distância. Mas naquela ocasião, meus chutes de direita fizeram a diferença”, disse Rocha.

“Nós mudamos muito desde então. Considero ele (Myrza) um dos boxeadores mais técnicos do Karate Combat. Ele se movimenta bem e sabe golpear andando pra trás, o que é difícil. Mas acho que evoluí muito mais nesse período. Passei por testes mais duros, sou mais contundente e letal. Ele vai fugir, mas vou caçá-lo. Posso definir a luta com apenas um golpe, e ele sabe disso”, completou.

Entrar no pit (arena) para uma super luta também não será novidade no currículo de Rocha. Em 2022, ele enfrentou e venceu o então campeão dos meio-médios (75kg), o norte-americano Josh Quayhagen.

Na época, porém, a organização não quis colocar o cinturão em jogo, e a vitória rendeu apenas um troféu simbólico especial.

“Venci Josh, todos sabem que merecia ser duplo campeão, mas tivemos de acatar as ordens da empresa. Agora serei o duplo declarado e, moralmente, o triplo. Talvez assim eles me deem o que mais quero. A luta contra o (atual detentor do cinturão meio-medio e lenda do caratê esportivo) Rafael Aghayev. Assim, além dos status de triplo campeão, terei também o de maior lutador de todos os tempos do Karate Combat”, cravou o potiguar.

O outro brasileiro em ação no card será o paraense Bruno Souza. O discípulo dos irmãos Lyoto e Chinzo Machida enfrentará o ucraniano Vitali Dubina, também nos leves.

Todas as edições do Karate Combat podem ser assistidas ao vivo e grátis no canal oficial do Youtube da organização. O UFC Fight Pass também faz a transmissão. Confira a grade de programação do aplicativo.

Campeão Mundial, Pan-Americano e Europeu de Jiu-Jitsu, Isaque Bahiense é um dos oitos atletas confirmados no GP dos meio-pesados da décima segunda edição do BJJ Stars, maior evento de lutas casadas do Brasil, que acontece no próximo dia 27 de abril no Komplexo Tempo, localizado no Parque da Mooca, em São Paulo. Isaque, que é bicampeão do BJJ Stars, está animado por lutar mais uma vez em casa e espera conquistar o cinturão e a premiação de 100 mil reais do torneio.

“Estou treinando muito bem para o GP. Acredito que eu seja o mais experiente no formato do BJJ Stars e espero que isso conte a meu favor. Lutar em casa é sempre uma experiência incrível e a expectativa é sair com o cinturão e os 100 mil reais da premiação”, disse Bahiense.

O torneio do BJJ Stars reuniu oito nomes de peso do Jiu-Jitsu na atualidade. Isaque fez questão de destacar que o GP contará com os atuais campeões Mundiais do meio-pesado e do pesado, além dos campeões Pan-Americano e Europeu da divisão dos meio-pesados.

“Temos grandes nomes no GP e realmente fica difícil apontar um favorito. O BJJ Stars conseguiu juntar os melhores da atualidade e, sair com a vitória em cima desses atletas nesse momento seria muito importante para a minha carreira”, analisou.

Dos oito nomes do Grand Prix, Isaque destacou que o atleta mais duro e que poderá dar trabalho caso os seus caminhos se cruzem é Fellipe Andrew, atual campeão Brasileiro, Europeu, Pan-Americano e Mundial de Jiu-Jitsu. Apesar disso, ele se colocou como um dos favoritos ao título.

“O Felipe Andrew é um atleta completo e com muita experiência. Acredito que ele seria o adversário mais duro do torneio. Mas, com certeza, eu me vejo como favorito. Todos sabem que sempre que estou na chave tenho chances de sair com a vitória. Eu sou um atleta diferente”, concluiu.

O BJJ Stars 12 acontece no dia 27 de abril a partir das 19h. Os portões do Komplexo Tempo abrem às 17h. O evento conta com o apoio da Prefeitura de São Paulo. Outras informações através do site www.bjjstars.tv.

Confira abaixo o card completo do evento.

CARD COMPLETO:

BJJ Stars 12
Komplexo Tempo, Mooca, São Paulo (SP)
Sábado, 27 de abril de 2024

GP dos meio-pesados:

Isaque Bahiense
Fellipe Andrew
Gabriel Brod
Maurício Oliveira
Uanderson Ferreira
Leonardo Lara
Gustavo Batista
Francisco Lo

Disputa de cinturão:

Júlia Alves x Luiza Monteiro – cinturão peso leve
Anna Rodrigues x Bianca Basílio – cinturão peso pena

Superlutas:

Samuel Nagai x Meyram Maquine
Vitor Shaolin x Adriano Silva
Piter Frank x Celsinho Venicius
Ygor Rodrigues x Pedro Veras
Sabrina Gondim x Larissa Martins
Hugo Souza x Jeferson Santos

Atual campeão peso-mosca do UFC, Alexandre Pantoja viveu uma parte de sua vida em Copacabana e outra em Arraial do Cabo-RJ. Morando na Flórida, onde treina na American Top Team, o lutador voltará ao Brasil para defender o seu título no dia 4 de maio, contra o australiano Steve Erceg, na luta principal do UFC Rio.

Primeiro treinador de Pantoja, na paradisíaca Arraial do Cabo, Petterson Melo destacou que o pupilo já dava indícios de um futuro promissor desde os seus primeiros passos dentro do Centro de Treinamento Luiz Alves, que até hoje segue sendo palco para a formação de novos talentos na Região dos Lagos.

“O garoto era valentia pura”, lembrou Melo. “Desde quando chegou já dava pra ver nos seus olhos e nas suas atitudes nos treinos que iria longe. Eu via nele a mesma vontade que via no José Aldo. Não por acaso, ganhamos tudo aqui no Brasil e, por total mérito e dedicação, ele está onde está hoje. Sou um grande fã dele”.

Alexandre Pantoja não foi o único talento descoberto e afiado por Petterson Melo no CTLA que ganhou o mundo representando a bandeira do Brasil em palcos internacionais. Além dele, Otton Rodrigues, que tem luta marcada na PFL, e Alexandre Cirne, que já atuou em países como China, Japão e Rússia.

“Ainda acompanho os treinos do Otto Rodrigues, atualmente na PFL, que adquiriu o Bellator. Não treino mais o Pantoja, mas sigo torcendo muito por ele e acompanhando a carreira da mesma forma que acompanhei a trajetória de caras como Rodrigo Minotauro e José Aldo”, pontuou Melo.

No próximo sábado (13/04), o SFT vai promover uma edição com destaque para a disputa do cinturão peso-mosca feminino na modalidade xtreme, uma espécie de kickboxing com luvas de MMA, entre Lany Silva e Laysa da Silva. O evento acontece na capital paulista.

Ainda no mesmo card, só que nas regras do MMA, o campeão do SFT Zé Reborn defende seu título contra Nildo Katchal em um combate entre dois veteranos com bastante rodagem no cenário nacional. Antes, a campeã do SFT Fernanda Barbosa enfrenta a ex-UFC Vanessa Melo.

Já no domingo, também em São Paulo, a organização promove o SFT Gladiador, que visa dar vitrine a novos talentos do MMA através da categoria amador, valendo contratos para lutas profissionais. Dali já saíram nomes como Luana Santos, Karine Killer, André Mascote, Matheus Bocão e Carlos Prates, nomes chegaram ao UFC.

SFT 47
Clube Atlético Juventus
Sábado, 13 de abril de 2024

Card principal, 23h: ao vivo na Band para todo o Brasil
Card preliminar, 17h30: Youtube.com/SFTCOMBAT

CARD PRINCIPAL:

Luta principal: Laysa da Silva x Lany Silva (Cinturão Xtreme)
Co-luta principal: Zé Reborn x Nildo Katchaw (Cinturão MMA)
MMA: Fernanda Barbosa x Vanessa Melo
MMA: Luís Fernando x Rangel Anaconda

CARD PRELIMINAR:

MMA: Chico Felipe x Tiago Terra Nova
XTREME: Fernando Levy x Zion Silva
MMA: Jorginho Garcia x David Peste Negra
MMA: Lucas Buakaw x Hugo Paiva
MMA: Mike Davidson x Renan “Protagonista”

Mais uma edição do BJJ Stars promete agitar o mundo da arte suave. No dia 27 de abril grandes estrelas da modalidade vão estar em ação no Komplexo Tempo, localizado no Parque da Mooca, em São Paulo. Um dos destaques do show será o confronto entre Bianca Basílio e Anna Rodrigues, válido pelo cinturão peso-pena do evento. As duas lutadoras já se enfrentaram algumas vezes e nutrem uma rivalidade que sai do tatame.

Empolgada como mais uma chance de rever a adversária em um grande evento, Bianca Basílio comentou o que espera do confronto com a sua rival. A atleta relembrou como é o retrospecto entre as duas e rechaçou alguma pressão extra pelo resultado do último combate entre elas.

“Nós lutamos seis vezes e está três vitórias para cada, sendo a última vitória minha na final do Mundial peso-pena da IBJJF. A vitória foi por vantagem, mas pra mim vitória é vitória sendo por vantagem, pontos ou finalização, não faz diferença. Eu treino para ser a melhor dentro do campo de batalha. Espero vencê-la com uma finalização. É assim como entro com a minha cabeça para enfrentar todas as minhas adversárias”, explicou.

No último Pan-Americano, Anna Rodrigues apimentou ainda mais o clima entre as duas e provocou Bianca, que não conseguiu atuar na competição e adiou mais um capítulo dessa rivalidade. Questionada sobre como lida com esse “trash talk” da oponente, a faixa-preta amenizou a situação, mas também tratou de cutucar a adversária.

“Respeito todas as minhas adversárias, independente de quem seja. Cada pessoa tem sua singularidade, sua história, e acho que isso ninguém apaga, independente de vitória ou derrota. Acho que essa rivalidade é muito mais por parte da Anna do que da minha. Na verdade eu não sei de quem ela não é rival, até dela mesma pode ser que seja, afinal ela se denomina como nuvem negra. Não me surpreende uma provocação, eu já sabia que ela falaria alguma coisa a respeito e tudo bem, pois ela, assim como muitas pessoas, esperavam que eu lutasse, eu mesma inclusive, mas infelizmente adoeci e isso não foi possível”, disse, antes de completar.

“Eu até tentei entrar na onda de promover a luta entrando numa vibe que não era a minha, porém eu não acho que essa seria a melhor forma. Eu não sou essa energia negativa que o trash talk trás, então prefiro fazer do jeito que sempre funcionou pra mim, sendo feliz por fazer o que eu amo e, com toda certeza, fazendo de tudo para vencer como eu faria contra qualquer adversária”.

Para finalizar, Bianca adiantou o que espera da sua rival no confronto. Basílio destrinchou o jogo da adversária e fez um mistério de como vai se comportar em cima do tatame contra sua desafeta.

“A Anna passa para o lado esquerdo das adversárias, finta pra direita e passa pra esquerda na blitz, e usa lapela para amarrar a luta quando se sente ameaçada. Ela é dura e por isso é campeã mundial, então não espero menos que uma boa luta. A Ana acha que sabe o que eu pretendo fazer na luta, mas a verdade é ela não sabe”, concluiu.

O BJJ Stars 12 acontece no dia 27 de abril a partir das 19h. Os portões do Komplexo Tempo abrem às 17h. O evento conta com o apoio da Prefeitura de São Paulo. Outras informações através do site www.bjjstars.tv.

Confira abaixo o card completo do evento.

CARD COMPLETO:

BJJ Stars 12
Komplexo Tempo, Mooca, São Paulo (SP)
Sábado, 27 de abril de 2024

GP dos meio-pesados:
Isaque Bahiense
Fellipe Andrew
Gabriel Brod
Maurício Oliveira
Uanderson Ferreira
Leonardo Lara
Gustavo Batista
Francisco Lo

Disputa de cinturão:
Júlia Alves x Luiza Monteiro – cinturão peso leve
Anna Rodrigues x Bianca Basílio – cinturão peso pena

Superlutas:
Samuel Nagai x Meyram Maquine
Vitor Shaolin x Adriano Silva
Piter Frank x Celsinho Venicius
Ygor Rodrigues x Pedro Veras
Sabrina Gondim x Larissa Martins
Hugo Souza x Jeferson Santos

Na última sexta-feira (5/04), integrantes do Departamento de Segurança e Proteção da Organização das Nações Unidas (ONU) estiveram no Morro da Providência para conhecer de perto os projetos de prevenção à violência oferecidos gratuitamente aos moradores da comunidade, especialmente o Geração UPP, que há 15 anos leva cidadania através do jiu-jitsu.

A comitiva foi composta pelos Conselheiros de Segurança Yuqin Zhang e Ivan Reyes, da Chefia de Nova Iorque; Pedro Resende, da Chefia do Rio de Janeiro; e Mónica Azzariti, Assistente de Segurança Brasileira.

“Nossa! O projeto é muito diferente do que eu já vi”, declarou, impressionada, a chinesa Yuqin Zhang, que, além de conselheira de Segurança da ONU em Nova Iorque, também é policial em seu país.

Fundado em 2009 para promover a aproximação entre moradores de comunidades e policiais, o UPP é uma iniciativa da Legião da Boa Vontade, Super Rádio Brasil, Prime Esportes, Boomboxe e Secretarias de Estado de Polícia Militar e Esportes e Lazer.

Durante a visita, o Corpo Diplomático acompanhou o trabalho dos policiais que atuam no Policiamento de Proximidade ministrando os projetos de jiu-jitsu e reforço escolar. Na ocasião, os agentes conversaram com as crianças e adolescentes conhecendo suas rotinas, experiências e vivências adquiridas ao longo dos anos que participam do projeto.

Já no final de semana, o Geração UPP conquistou 15 medalhas, cinco de ouro, no Rio Fall Open da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ), realizado na Arena da Juventude, localizada no Parque Olímpico da Vila Militar, em Deodoro.

Ao todo, 18 competidores das comunidades Cidade de Deus, Manguinhos, Nova Brasília e Providência, representaram o projeto social, que este ano completa 15 anos. Além dos cinco ouros, a equipe conquistou quatro pratas e seis bronzes.

As conquistas foram na categoria kids, que engloba crianças e adolescentes entre 4 e 15 anos. Vale destacar que os jovens são treinados por policiais militares do Rio de Janeiro graduados em jiu-jitsu.

Realizada no último sábado na capital paulista, a 8ª edição do Brothers Fight Championship coroou Kauê Vaz no MMA e Nagila Goku com cinturões.

Com passagem pelo Jungle Fight, Kauê Vaz manteve o cinturão peso galo do BFC ao finalizar Isaque Silva com uma guilhotina no terceiro round, na luta principal.

No penúltimo combate da noite, Nagila Goku levou a melhor sobre Chaisce Naiara por nocaute no primeiro round e conquistou o cinturão até 52,5kg.

BFC edição 8

Centro Educacional Esportivo do Butantã, São Paulo-SP

6 de abril de 2024

MMA

Kauê Vaz venceu Isaque Silva por finalização no R3

Flavio Oliveira venceu Jonathas Vaz por nocaute técnico no R1

Henrique Manauara venceu Felipe souza por decisão unânime 

Nagila Goku venceu Chaisce Naiara por nocaute no R1

K1

Jakinho venceu Marcio Ferreira por nocaute no R1

Atleta da Pitbull Brothers, Igor Siqueira é o novo campeão peso-mosca do Legacy Fighting Alliance (LFA), um dos maiores eventos de MMA do mundo. O paraense faturou o título interino da organização americana na última sexta-feira (5), em Minnesota, ao nocautear o americano Eimar Hernandez em apenas um minuto e sete segundos de luta. O brasileiro de 30 anos disse que viu sua vitória já na encarada, mas confessa que não esperava um desfecho tão rápido.

“Na encarada eu vi nos olhos dele que ele já estava derrotado. Antes da luta eu já enxergava essa vitória de várias formas, mas confesso que eu não imaginava que seria tão rápido assim, e com um nocaute tão avassalador e brutal como foi. Acho que tive uma boa performance, apesar de ter tomado um susto logo no começo da luta. Ele acertou um golpe forte, eu fui ao chão, mas me recuperei bem rápido. Mas isso serviu para me acordar e mostrar o verdadeiro Igor Siqueira, aquele que vai para cima buscando a vitória o tempo todo”, disse Igor.

Igor Siqueira tem apenas 12 lutas de MMA, mas já conquistou coisas importantes nas artes marciais. Antes do título da LFA, ela já havia abocanhado dois cinturões no Brasil e um no México, onde ele foi campeão duas vezes do Azteca Fight League. Mas para o paraense da cidade de Moju, faltava um título de uma grande organização para coroar a sua trajetória até aqui.

“Estou com um bom recorde de dez vitórias em 12 lutas. Eu sempre imaginei ser campeão das melhores ligas. Eu já havia sido campeão duas vezes no México, já tinha conquistado dois cinturões no Brasil, mas faltava coroar com um título de uma grande liga mundial. Com esse cinturão estou realizando um grande sonho. Na luta passada faltou um detalhe para faturar o título, mas desta vez Deus me abençoou com essa conquista. Eu tinha certeza que na minha segunda chance eu não deixaria passar a oportunidade. Aprendi muito com a minha derrota passada para o Cody Davis, e sabia que conseguiria uma volta triunfal”, celebrou o casca-grossa.

Próximos passos

Com a conquista do título interino da LFA, Igor Siqueira já planeja os próximos passos de sua carreira. Uma revanche contra Cody Davis está descartada no momento, uma vez que o americano vem de derrota e não é mais o campeão da divisão. A próxima luta de Igor deve ser pela unificação do título contra o campeão linear Eduardo Chapolin, mas o pupilo dos irmãos Pitbull está preparado caso seja convocado para lutar no Contender Series do UFC ou no evento principal da maior organização de MMA do mundo.

“Confesso que eu queria muito uma revanche contra o Cody Davis, até pela forma que foi a luta. Mas, infelizmente, ele perdeu o cinturão e está fora da rota nesse momento. Mas, futuramente, quem sabe a gente não se encontra novamente? Agora ele não faz parte dos meus planos. Eu sou campeão interino e agora vou lutar contra o campeão linear, o Eduardo Chapolin, para unificar o título. Mas, se for da vontade de Deus, quem sabe a minha próxima luta não seja no Contender Series ou no UFC? Eu estarei pronto”, concluiu o campeão.

Um novo evento promete mexer com o cenário nacional de artes marciais ao trazer regras inovadoras e afirmar pagar valores jamais vistos no Brasil. Trata-se do Aspera N1, evento resultante da fusão do evento de MMA Aspera FC, fundado por Marcelo Brigadeiro e que já realizou mais de 60 edições, e o Number One Muay Thai, do organizador Rafael Back.

“Realizaremos GPs de Muay Thai e MMA nos quais os campeões receberão até R$ 100 mil em dinheiro, além de participação na venda de PPV. Também teremos mini-GPs de MMA, muay thai e grappling, cujas lutas acontecerão na mesma noite e o campeão levará para casa prêmios entre R$10 mil e R$ 20 mil em dinheiro, explicou Marcelo Brigadeiro, CEO e matchmaker do Aspera N1.

Outra novidade que o evento anunciou é referente às regras.

“No MMA teremos pesagem no dia, desestimulando a desidratação severa dos atletas e protegendo sua saúde, bem como sistema de Open Score, no qual o atleta e o público saberão no intervalo dos rounds quem venceu o round anterior, tornando a arbitragem mais transparente. No muay thai teremos Open Score e a introdução de penalizações por passividade. Já no grappling as regras serão diferentes de tudo o que já se viu também, buscando maior dinamismo da luta”, comentou Rafael Back, presidente e matchmaker do Aspera N1.

A nova organização surge com a proposta de realizar ao menos uma edição por mês, a primeira em julho, em Florianópolis.

“O processo de fusão entre as duas organizações durou muito tempo e durante todo o processo outros players importantes da nossa indústria demonstraram interesse em participar. Já estou há meses em conversa com um grande nome do MMA mundial que será o responsável pela expansão do Aspera N1 para os EUA e Europa em 2025. Em breve faremos o anúncio oficial no nosso Instagram, @AsperaN1”, finalizou Marcelo Brigadeiro.

O primeiro GP de MMA, previsto para julho, contará com 16 atletas da categoria até 75kg. A pesagem acontece 2 horas antes do evento, de acordo com a organização. O vencedor da final do GP, agendada para dezembro, leva R$ 50 mil em dinheiro, além de participação no PPV. Atletas interessados em participar devem enviar e-mail com link do seu perfil no Sherdog ou Tapology para: contato@AsperaN1.com.

Nunca ninguém na história foi campeã mundial profissional e medalhista olímpica no mesmo ano. Bia Ferreira está atrás desse feito. O primeiro objetivo está marcado para 27 de abril, quando ela vai enfrentar em Liverpool a argentina Yanina Del Carmen Lescano pelo cinturão da Federação Internacional de Boxe.

“Eu gosto muito de fazer história. Eu gosto muito de ser a primeira”, afirma Beatriz Ferreira, que tem muito claro seus objetivos: “Penso em Paris trazer a mãe de todas (como ela chama da medalha de ouro olímpica) junto com o cinto”.

O técnico da equipe olímpica permanente, Mateus Alves, não duvida.

“A Bia é a primeira brasileira do boxe bicampeã dos Jogos Pan-Americanos, ela é a primeira brasileira do boxe bicampeã mundial e ela pode ser sim uma atleta que ganha em questão de três meses um cinturão mundial profissional e uma medalha olímpica. Ela vem quebrando marcas e tem números que fazem dela um fenômeno. Desde que ela chegou na equipe olímpica, disputou quase 40 torneios internacionais e apenas em um ela não foi medalhista”.

Desde o final de 2022, Bia Ferreira leva em paralelo a carreira olímpica com a profissional. Até agora foram quatro lutas e quatro vitórias, três delas por nocaute. Ela pode ser campeã apenas em seu quinto combate profissional.

“Teve uma oportunidade de um cinturão vago da Katie Taylor, que abandonou a categoria sendo dona das quatro entidades. A Bia era a terceira do ranking. Ela fez uma proposta para a primeira do ranking, que não aceitou o desafio porque tinha uma luta marcada de prosseguimento de carreira. Depois, a segunda do ranking já estava disputando cinturão de outra organização. Então, não teve interesse em fazer essa luta com a Bia. Então, a Bia desafiou a quarta, que não quis lutar porque já tinha perdido para ela quatro vezes no olímpico. E a quinta, que é uma argentina, aceitou o desafio”, explica Mateus Alves.

“Peguei adversárias difíceis, já experientes e vi que eu não estava tão longe daquilo ali. Então, comecei a acreditar mais e mais, fui nesse foco e tudo está acontecendo”, completa Bia Ferreira.

O desafio, entretanto, é que será a primeira vez na vida que Bia Ferreira terá pela frente uma luta de dez rounds.

“O boxe olímpico são três rounds de três minutos e dificilmente tem nocaute. O profissional são dez rounds de dois minutos na disputa de cinturão feminino e buscamos muito mais o golpe de força, o golpe mais encaixado, que é realmente mais para machucar o adversário”, explica Mateus Alves. “Requer um pouco mais de paciência, de segurar um pouco mais a adrenalina. É um pouco mais de toque, mas muita surpresa. E quando as surpresas acontecem é quando pode acontecer um nocaute. A proteção da luva (em comparação com o boxe olímpico) é muito pequena e os golpes são muito fortes. Então, você tem que ficar sempre muito esperto. Não tem muito tempo para bobear. Mas ao mesmo tempo, você tem que ir na maciota. É um xadrez mais profissional”, brinca.

E nesse xadrez, Bia tem se dado bem. Em sua luta de estreia no profissional, contra a brasileira Taynna Cardoso, ela ganhou por pontos, mas derrubou a adversária duas vezes. Uma no primeiro round e outra no terceiro.

Contra a americana Carisse Brown, o castigo foi grande logo no primeiro assalto e a rival só não caiu porque as cordas seguraram, mas o árbitro abriu contagem. No segundo round, não teve jeito. Bia derrubou ela mais uma vez. A luta continuou e a surra também. Quando Brown cambaleou de novo, a luta foi encerrada por nocaute técnico.

Na terceira luta, Bia precisou lutar oito rounds. Foi a luta mais longa que fez. A brasileira venceu por pontos a mexicana Karla Zamora, única que ficou de pé até o final, mas que terminou a luta toda ensanguentada.

No último combate, entretanto, diante de Destiny Jones, dos Estados Unidos, Bia sangrou pela primeira vez, mas quem pagou o pato foi a adversária.

“Foi o meu primeiro corte, mas não me desesperou. Acho que me deu mais adrenalina. Só que eu escutava o barulho do sangue batendo no ringue”, conta a boxeadora, que revela qual foi seu raciocínio: “Machuquei, cortei… Então, estou perdendo? Peraí que vou te matar. E aí você vai com mais raiva. Aí eu consegui dar o nocaute nela no sétimo round. Foi uma mão que eu vinha treinando e que na hora eu consegui aplicar. Não foi muito pensado, mas eu vi a possibilidade e deu super certo”, comemora.

Agora, Bia Ferreira está pronta para o seu primeiro cinturão. A conquista dele, porém, não vai deixá-la completamente satisfeita. O sonho só estará completo com a “mãe de todas”, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

“São objetivos diferentes. Eu quero muito o cinturão, claro. Eu quero colecionar cintos, mas a mãe de todas é muito especial para mim porque me relembra toda a trajetória. A Bia de 2016, que veio aqui fazer só um teste, uma base e se apaixonou e quis ser uma atleta de alto rendimento. E deu certo! Eu sou muito feliz e sou muito grata ao esporte. Eu cheguei aqui uma moleca e hoje eu sou uma mulher. É um ato de gratidão, que eu quero conseguir e compartilhar com todos que me ajudaram a me tornar a mulher que eu sou hoje e ser tão apaixonada pelo esporte de alto rendimento, pelo boxe e por tudo isso que eu vivi. Então, acho que a mãe de todas é a favorita”.