A noite desta terça-feira (26) foi inesquecível para o MMA brasileiro. Três atletas que fizeram carreira no LFA conquistaram o tão sonhado contrato com o UFC depois de brilharem no Contender Series, em Las Vegas. Ryan Gandra, Marcio “Ticoto” Barbosa e Manoel Sousa venceram suas lutas por nocaute técnico e carimbaram o passaporte para o maior palco do esporte.

O peso médio mineiro Ryan Gandra, que havia conquistado duas vitórias por nocaute no LFA, precisou de menos de três minutos para despachar o norte-americano Trent Miller. Em êxtase, ele destacou a importância da organização em sua trajetória.
“O LFA me ajudou demais a viver, a sentir essa pressão de um grande evento. Não me assustei por lutar em um evento dessa proporção porque o LFA me proporcionou todos esses caminhos de lutar em um grande octógono. Então só tenho a agradecer a oportunidade que o LFA me deu. Sou o futuro campeão do UFC. Anotem meu nome aí: Ryan Gandra.”
O peso-pena amapaense Marcio “Ticoto” Barbosa manteve o estilo avassalador que o consagrou no LFA, onde venceu três de quatro lutas por nocaute técnico. No Contender, a vítima foi o norte-americano Damon Wilson, superado no fim do primeiro round.
“Tive a oportunidade de lutar o Contender e chegar ao UFC depois de fazer várias lutas no LFA, que hoje é o maior evento da América Latina. Fiz uma história dentro do LFA, então sou muito agradecido por todo o suporte da organização, por ter me dado a oportunidade de mostrar meu trabalho e me trouxe até o UFC.”
O primeiro a entrar no octógono foi o peso leve cearense Manoel Sousa, o “Manumito”. Vindo de vitória no LFA, ele superou o mexicano Cristian Perez no terceiro round e abriu caminho para a noite perfeita dos representantes do Brasil.
Com os triunfos de Ryan Gandra, Marcio Ticoto e Manoel Sousa, o Brasil já soma quatro novos contratados via Contender Series em apenas duas semanas, incluindo o peso-pena José Delano, que impressionou Dana White na edição anterior. Com essas contratações, o LFA ultrapassa a marca de 350 atletas enviados para o UFC desde sua criação.
Para Rafael Feijão, vice-presidente do LFA na América do Sul, o resultado reforça o papel da organização no cenário mundial.
“O LFA existe para isso: preparar os atletas para chegarem prontos ao UFC. A gente dá estrutura, ritmo de competição e senso de profissionalismo para que, quando o contrato chega, eles não sintam pressão nem surpresa. O LFA funciona como um estágio de luxo, um degrau fundamental para qualquer lutador que sonha em brilhar no maior palco do MMA.”