Diego Lopes aposta: “Aldana chocará o mundo como Grasso e trará 4º cinturão do UFC para o México”

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Quem poderia imaginar há alguns anos que o México teria mais cinturões do UFC do que potências do esporte, como Brasil e Rússia, e o mesmo número que os EUA? Mas essa é exatamente a situação do esporte depois que Brandon Moreno (campeão do peso mosca), Yair Rodrigues (peso pena interino) e Alexa Grasso (campeã peso mosca) conquistaram seus cinturões, colocando o México como a maior potência do esporte ao lado dos EUA, que tem como campeões Jamahal Hill, Jon Jones e Aljamain Sterling. E segundo Diego Lopes, lutador do UFC e treinador de Jiu-Jitsu da Lobo Gym, o México conquistará seu 4º título e saltará ao topo, quando Irene Aldana enfrentar Amanda Nunes no UFC 289, de 10 de junho.

Diego com Irene (Foto: arquivo pessoal)

“Estamos fazendo um grande trabalho de equipe no Lobo Gym nos últimos 4 anos e isso pode ser demonstrado quando Grasso venceu Valentina e chocou o mundo”, disse o brasileiro ao PVT: “É natural que Aldana também seja uma grande azarona contra Amanda, que é sem dúvida uma dos melhores de todos os tempos, mas eu realmente acredito que ela vai chocar o mundo assim como Grasso fez. A Irene também evoluiu muito no chão, mas todos sabem que o forte dela é o Boxe. Só posso dizer que vamos trazer algumas surpresas para a Amanda”, faz suspense Lopes.

Diego estreou no UFC na edição 288 contra o russo Movsar Evloev no UFC 288. Convidado para substituir Bryce Mitchel cinco dias antes do evento, o brasileiro faixa-preta fez a prova mais dura da carreira invicta de Evloev: “Ouvi o braço e a perna estalando, mas sabia que ele não ia bater”, revelou o manauara, que foi premiado com os 50 mil dólares pela Luta da Noite e ouviu de Dana White a garantia de que voltará em breve.

Diego com a campeã Alexa Grasso (foto: acervo pessoal)

Solicitado a escolher um adversário para sua volta ao octógono, Diego escolheu dois: “Se eu pudesse escolher um top 15 para fazer mais uma luta emocionante, agora com o camp completo, seria o Bryce Mitchel ou o Alex Cáceres. Qualquer um deles seria um match muito bom para o meu estilo, mas estou à disposição para qualquer outro UFC escolher”.

Nascido em uma família de faixas-pretas (seu pai e tio são discípulos do renomado mestre de Jiu-Jitsu Oswaldo Alves), Diego começou sua carreira no MMA quando era faixa-roxa com apenas 17 anos. “Precisei que meu pai assinasse uma autorização”. Após vencer alguns eventos de Jiu-Jitsu e MMA e conquistar a faixa-marrom, Diego aceitou o convite para dar aulas de Jiu-Jitsu no México. Desde então, ele nunca mais voltou.

“Primeiro fui para Cancun, mas um ano depois a academia fechou, então me mudei para Puebla onde abri minha própria academia. Mais tarde fui convidado por Francisco Grasso para trabalhar com a equipe de Lobo. Lá comecei a trabalhar com sua simpática Alexa Grasso e Irene Aldana”, explicou Lopes, que aproveitou parte do bônus do UFC para voltar para casa e visitar a família. “Nos últimos 9 anos que estou no México, só pude visitar minha família uma vez. Agora, além de visitar meus pais, pude usar parte do dinheiro que ganhei para ajudar minha mãe a realizar um sonho: terminar a construção de sua casa”.

Diego reconhece que os laços que fez no México o fizeram se considerar meio mexicano. “Tenho que agradecer muito ao Sr. Francisco. Quando eu tinha apenas 24 anos, ele acreditou em mim para ser o treinador principal de Jiu-Jitsu deles. Graças a ele hoje digo que meu coração é meio mexicano, meio brasileiro. Nós trabalhamos muito duro nos últimos 4 anos e o resultado está chegando”.

Segundo Diego, ele fez uma promessa a Aldana quando sua luta com Amanda foi anunciada. “Falei para a Irene que se ela conquistasse o cinturão contra a Amanda eu poderia me aposentar como o mais jovem treinador de MMA a ter dois títulos mundiais. É só uma brincadeira, mas independente do resultado estou muito feliz em ver o México como uma nova potência do MMA e poder fazer parte dela”, finalizou o treinador/lutador.