Gigantes gentis: conheça os lutadores do ADXC 3 que desafiam os estereótipos

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Gutemberg Pereira, Roberto Abreu e Pedro Alex são alguns dos astros do ADXC 3 - Marcell Fagundes

À primeira vista, eles podem parecer as últimas pessoas com quem você gostaria de se encontrar em um beco escuro. Grandes, musculosos e com uma presença que impõe respeito. No entanto, passando algum tempo com Gutemberg Pereira, Roberto Abreu e Pedro Alex, alguns dos astros do ADXC 3 deste sábado, 2, você rapidamente descobre que há muito mais nessas torres de força do que seus físicos intimidadores sugerem.

Gutemberg Pereira, Roberto Abreu e Pedro Alex são alguns dos astros do ADXC 3 – Marcell Fagundes

Gutemberg Pereira: o gigante do axé

Aos 30 anos, Gutemberg, ou “Berg”, como é carinhosamente conhecido, é uma mistura inusitada de atleta de elite e criador de conteúdo digital. Com 1,94m de altura, ele não só domina no tatame, mas também nas redes sociais, compartilhando sua jornada com seus quase 80 mil seguidores. Berg é um estudioso do marketing e gestão, evidenciando que sua habilidade e força não está apenas no seu Jiu Jitsu mas também no intelecto.

“Morei 6 anos no EUA, tive academia lá e precisei estudar muito sobre gestão e marketing para poder tocar o negócio. Também sempre me inspirei muito em bons exemplos de outros esportes, atletas que eu admirava e via que faziam um trabalho legal nas redes sociais, se aproximavam do seu público e aumentavam a sua visibilidade sem precisar necessariamente de estar na mídia tradicional. Foi uma forma que encontrei de complementar minha renda e ter mais conforto também”, explica.

Quando não está treinando ou planejando sua próxima postagem, Berg encontra paz e energia nas ondas, surfando com um sorriso que é tão cativante quanto seu estilo de luta. “Gosto muito. O mar me equilibra”, diz ele, que enfrenta Pedro Lucas, em uma das lutas mais aguardadas do ADXC 3.

Roberto Abreu: o filósofo lutador

Roberto, ou “Cyborg”, traz um ar leve e super confiante. Aos 43 anos, ele desafia a noção de que a idade define a capacidade, com um corpo esculpido pela disciplina e lutas que contam histórias de resiliência. Apesar dos mais de 100kg e a aparência de bad boy, Cyborg é um homem de profundidade espiritual e acolhedor, sempre pronto a oferecer palavras de motivação e sabedoria a quem o rodeia. Inclusive, ao seu adversário Henrique Ceconi.

“É um garoto incrível, já fizemos várias guerras e não vai ser diferente. Desejo tudo de melhor para ele, é um privilégio poder lutar com essa nova geração em alto nível ainda. Me sinto como se tivesse 20 anos. Sou apaixonado pelo que eu faço. Quero continuar sendo motivação para as pessoas que se espelham em mim e me usam como referência de que é possível alcançar coisas incríveis quando se trabalha com amor e dedicação. Os que nos julgam, nos julgam com a sua própria percepção de vida. Prefiro focar só nos pensamentos positivos. Vou lutar muitos anos ainda”, garante Cyborg.

Sua mais recente paixão, tocar violão, é um testemunho de seu compromisso com o crescimento pessoal e com a busca diária por novos desafios.

“Sempre amei música, mas minha vocação sempre foi para os esportes. Então tem sido muito desafiador para mim. Tô igual aqueles faixas brancas que não sabem nada, amarram a faixa toda errada mas postam foto e vídeo toda hora (risos). Mas é muito bom se colocar nesse papel de faixa branca de novo, de aprendiz. Penso que é um desafio diário que temos que fazer todos os dias”, relata.

Pedro Alex: o humor gigante de Bombom

Pedro, conhecido entre amigos como “Bombom”, traz um novo significado à expressão “gigante gentil”. Com quase 2 metros de altura, sua presença é inegável, mas é sua humildade e senso de humor que realmente fazem dele uma figura amada. Nascido no Rio de Janeiro, Pedro tem uma abordagem da vida que mistura irreverência com um profundo respeito por todos ao seu redor.

“É isso ai o dia todo, sou um cara tranquilo. Gosto de brincar o tempo inteiro, contar piadas. Se der mole comigo eu monto em cima (risos). Quem não conhece às vezes fica meio assim, mas sou um cara tranquilo, converso com todo mundo, sempre na zoeira. Fora do tatame sou completamente diferente”, explica.

Suas piadas de quinta série e a capacidade de não levar a si mesmo tão a sério são um lembrete refrescante de que, no final do dia, a verdadeira força vem de saber quem você é e de poder rir consigo mesmo. No sábado, ele enfrenta o norte-americano Dan Manasou, na última luta do card preliminar.

No tatame e além

Enquanto o ADXC 3 se aproxima, Balneário Camboriú se prepara para testemunhar esses três gigantes em ação. Mas, independentemente do resultado no octógono, Gutemberg, Roberto e Pedro já provaram ser campeões na arte de viver.

Eles podem ser formidáveis oponentes quando a luta começa, mas fora do ringue, são exemplos vivos de que a verdadeira grandeza reside na capacidade de ser gentil, humilde e eternamente curioso sobre o mundo ao redor. No ADXC 3, eles não apenas lutam pela vitória, mas também quebram estereótipos, mostrando que por trás de cada lutador, há uma história, um sorriso e um coração grande.

ADXC 3
2 de março
Expocentro, Balneário Camburiú (SC)

LUTA PRINCIPAL COM QUIMONO

Bruno Lima x Jansen Gomes

LUTA PRINCIPAL SEM QUIMONO

Bia Mesquita x Jennifer Maia

CO-LUTA PRINCIPAL COM QUIMONO

Fellipe Andrew x Rayron Gracie

CO-LUTA PRINCIPAL SEM QUIMONO

Roberto Abreu “Cyborg” x Henrique Ceconi

CARD PRINCIPAL

Gutemberg Pereira x Pedro Lucas
Jonatas Gracie x Levi Jones-Leary
Júlia Alves x Ana Schmitt
Fabricio Andrey x Ruan Alvarenga
Samuel Nagai x Israel Almeida

CARD PRELIMINAR

Dan Manasou x Pedro Alex “Bombom”
Lucas Protásio x Pedro Maia
João Zeferino x Bruno Antonietta
Zayed Alkatheeri x Oziel Santos
Fernando Santos x Seiilkhan Bolatbek