José Aldo e Rafael dos Anjos falam de camp na Nova União

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Inicialmente marcado para 24 de outubro, o retorno de Rafael dos Anjos ao peso leve enfrentando o duríssimo Islam Makhachev, que vem de uma seqüência de seis vitórias no UFC, acabou sendo adiado após o brasileiro testar positivo para COVID-19 duas semanas de embarcar para Abu Dhabi.

“Foi realmente uma pena, posso garantir, até por tudo que ele sempre me falou de seus camps, que o Rafael nunca esteve tão bem”, nos contou José Aldo nos bastidores do lançamento da biografia de Wanderlei Silva na última quinta na Upper Arena. Após elogiar muito o amigo a apostar que voltará para o peso leve para brigar pela cinta, o campeão do povo nos contou ainda que sua próxima luta já estaria agendada para novembro apesar de não revelar o nome do oponente. “Só falta o UFC anunciar, mas já está decidido. Até dezembro de 2021 quero estar com este cinturão”, disse Aldo.

Quem também teceu os maiores elogios a Rafael foi o líder da equipe André Pederneiras. “Que garoto duro! Esta vinda dele para cá foi uma grande troca. Pudemos proporcionar a ele muitos treinos leves de qualidade e melhorar a defesa de quedas dele na grade. Ele está voltando para os leves para brigar pelo cinturão”, garantiu Pederneiras.

RAFAEL DOS ANJOS: COVID, MELHOR CAMP DA VIDA E A ESPERA PELO UFC

Em quarentena aguardando a recuperação, Rafael também falou conosco na ultima segunda-feira (9º dia da doença) “Fiquei bem ruim no inicio. Muita dor no corpo, febre, dor de cabeça forte, olfato e paladar nenhum. Finalmente nesta segunda senti uma melhora e já consegui dar uma corridinha de manhã. Foi realmente uma pena porque eu estava numa forma incrível”, garantiu Dos Anjos, que não poupou elogios a André Pederneiras e toda equipe da Nova União. “Só tenho coisa boa pra falar. Pela primeira vez na minha vida me senti fazendo um camp de treinamento com um time me dando suporte. Sempre ouvi falar coisas boas sobre o Dedé, mas realmente esta experiência aqui superou minhas expectativas. Além de ser um cara super completo e te dar um suporte em todas as áreas, ele entende muito de luta e das necessidades do lutador. Além do mais, a rapaziada aqui é super gente boa. Me receberam super bem, mas é aquilo, treino duro o tempo todo, um nível técnico muito forte. Eu estava sem sparring, sem treino de luta, sem material humano, encontrei tudo aqui”.

O único brasileiro que já conquistou o cinturão dos leve do UFC agora aguarda ansioso um posicionamento do UFC. “Acredito que esta doença tenha me atrasado em 3 semanas, agora estou na esperança de remarcarem o mais rápido possível. 15 ou 21 de novembro seria o ideal. Estou no aguardo do UFC, mas por enquanto não me deram nenhuma resposta”, finalizou.