O UFC 313 acontece neste sábado em Las Vegas, Estados Unidos, e vai ter Alex Poatan defendendo o cinturão do peso meio pesado contra Magomed Ankalaev, na luta principal da noite. Na penúltima luta do evento, Justin Gaethje e Rafael Fiziev se enfrentam pelo peso leve.

Além de Poatan, o Brasil terá outros sete representantes no UFC 313: Amanda Lemos e Iasmin Lucindo, que se enfrentam, e Mauricio Ruffy, que lutará contra King Green, estão no card principal. Já nas preliminares estarão em ação Carlos Leal, Djorden Santos, Mairon Santos e Brunno Hulk.

Onde assistir:
UFC Fight Pass

Horários:
Card preliminar: 20h30 (horário de Brasília)
Card principal: 0h (horário de Brasília)

UFC 313
8 de março de 2025

Card Principal
Alex Poatan vs. Magomed Ankalaev
Justin Gaethje vs. Rafael Fiziev
Jalin Turner vs. Ignacio Bahamondes
Amanda Lemos vs. Iasmin Lucindo
King Green vs. Mauricio Ruffy

Card preliminar
Alex Morono vs. Carlos Leal
Djorden Santos vs. Ozzy Diaz
Mairon Santos vs. Francis Marshall
Joshua Van vs. Rei Tsuruya
Brunno Hulk vs. Armen Petrosyan
Chris Gutierrez vs. John Castaneda
Curtis Blaydes vs. Rizvan Kuniev

A disputa de cinturão peso-galo do Absolute Championship Akhmat começou da pior maneira possível para Josiel “Açougueiro” Silva. O brasileiro quebrou a mão direita logo no início do primeiro round contra Pavel Vitruk, o que poderia ter comprometido a atuação do amazonense. Mas ele não quis saber, continuou lutando e derrotou o ucraniano de forma épica para se tornar o novo campeão da divisão. O roteiro vivenciado por Josiel na noite de ontem (27) em Moscou, na Rússia, é ainda mais impressionante se pensar que ele aceitou a luta de última hora.

“Ser campeão deste evento que, para muitos especialistas do MMA é o evento mais duro do mundo, é algo incrível. Apesar de ter quebrado a mão logo no início do primeiro round, eu acho que tive um bom desempenho e fiz uma luta para ser campeão. No final, tirando essa lesão, saiu tudo como o planejado. Eu tinha feito uma preparação com a minha equipe para lutar cinco rounds, e a única coisa que mudou foi o adversário. Então, cheguei bem preparado para esse combate, mas confesso que esperava um pouco mais do campeão”, revelou Josiel.

Mesmo com a mão quebrada desde o primeiro round, Josiel Silva fez um duelo incrível contra Pavel Vitruk. Usando apenas a mão da frente, ele dominou o combate do início ao fim para vencer por decisão unânime dos juízes. Essa foi a décima terceira vitória do atleta da Atos Jiu-Jitsu Rio de Janeiro em 20 lutas que fez até agora pela organização russa e, sem dúvida, a mais importante de sua carreira no MMA.

“Esse cinturão representa, em primeiro lugar, a minha certeza que Deus é por mim desde o início da minha carreira. Também representa uma grande conquista para a minha equipe, para a minha família e para todos que acreditaram em mim, e também para aqueles que desacreditaram. Essa semana vou para Coari (cidade natal de Josiel) comemorar com a galera da academia RCT também, pois foi onde tudo começou”, disse Josiel, antes de completar.

“Este cinturão significa tudo para mim. É um sonho realizado. Com esse título eu quero mostrar para os que estão iniciando a carreira no MMA que vale a pena se dedicar, se esforçar e ser fiel a Deus. Esse cinturão prova que com muito trabalho e esforço conseguimos vencer tudo e todos, basta confiar, acreditar e trabalhar duro”, concluiu.

Um dos grandes talentos da Brazilian Top Team (BTT), André Borges vive uma grande fase em sua carreira. Depois de emplacar uma sequência de vitórias no Centurion FC, com direito a um nocaute cinematográfico no melhor estilo Anderson Silva (um frontal no queixo do adversário), ele conquistou uma chance pelo título dos meio-médios. E em outubro do ano passado, em evento realizado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, André faturou o cinturão com um novo nocaute.

Com a coroa da divisão, André poderia tranquilamente aguardar um adversário para fazer a sua primeira defesa de título. No entanto, a organização o convocou para disputar o GP até 77kg e ele prontamente aceitou. E na noite da última terça-feira (25), quando aconteceu o Centurion FC 25, ele comprovou o bom momento e derrotou dois adversários para faturar o segundo cinturão do evento.

“Esses títulos representam muito, pois eu sempre almejei algo grandioso dentro do MMA e, junto com a minha equipe Brazilian Top Team, estamos no caminho certo. Minhas duas lutas foram muito duras e pesadas, mas a segunda foi uma guerra, pois o meu adversário era duríssimo. Mas minha equipe BTT e o meu preparador físico Orlando Folhes me deixaram muito bem preparado para fazer até três lutas na noite”, disse André, antes de completar.

“Estou no meu melhor momento, e vou trabalhar muito para continuar assim, se Deus quiser e permitir. Para mim, nada mudou, o trabalho com o nosso head coach Vitor Pimenta e o suporte do meu empresário Caio Portela continua muito pesado e forte para todas as batalhas que irão aparecer. Hoje sou campeão de um evento internacional e em breve vamos dar voos mais altos, se Deus quiser, e Ele quer”.

André Borges luta MMA desde 2011 e construiu um cartel com 15 vitórias, 11 delas por nocaute, e sofreu apenas seis derrotas. Aos 33 anos ele ainda almeja lutar em grandes organizações, especialmente no UFC, mas garante que está feliz e que se sente valorizado no Centurion FC.

“Ainda tenho o sonho de chegar na copa do mundo do MMA, que é o UFC, mas tem várias organizações muito boas como a PFL, ONE, Cage Warriors, entre outras, que eu não descarto, pois a gente sempre quer mais. Mas meu grande sonho é comprar uma casa pra mim, para minha mãe e deixar o futuro do meu filho garantido. Por enquanto eu sou do Centurion, que está me proporcionando coisas que eu nunca tive, e eu tenho muita gratidão por esse grande evento, que está crescendo e proporcionando aos atletas o melhor sempre. Estou muito feliz com eles. Quero agradecer o presidente do Centurion, Roberto Gallo, por tudo que ele tem feito por mim. Gratidão”, finalizou o campeão.

Depois de conquistar seis vitórias no Legacy Fighting Alliance (LFA), uma das maiores organizações de MMA do mundo e que tem servido de porta de entrada para os atletas que almejam lutar no UFC, José Mauro Delano alcançou o posto de número 1 do ranking da categoria peso-pena no Brasil. A expressiva vitória por nocaute sobre o russo Abu Muslim Alikhanov no LFA 201, realizado no dia 7 de fevereiro, em São Paulo, foi determinante para que ele chegasse ao topo da divisão. Mas Delano não quer parar por aí. O atleta da Brazilian Top Team (BTT) quer uma chance no UFC e sonha em se tornar o número 1 do mundo.

“Eu me sinto muito feliz e orgulhoso em ver que o meu esforço diário têm gerado resultados, e que tudo que abdiquei para fazer o que faço não foi em vão. Eu também sei que não quero parar por aqui. Sou o peso-pena número 1 do Brasil, agora quero me tornar o número 1 do mundo. Modéstia à parte, acredito que estou mais pronto do que nunca (para lutar no UFC). A cada luta venho mostrando estar cada vez mais apto a lutar no mais alto nível do MMA, e acredito que não tenho mais nada para provar. Porém, estou aqui para lutar com quem eu precisar para chegar no UFC”, disse Delano.

O pernambucano de 28 anos, que já foi campeão do Shooto Brasil na categoria peso-pena, possui 15 vitórias no currículo, sendo cinco por finalização e quatro por nocaute, o que mostra a sua versatilidade no cage. Enquanto não é convocado para atuar na Copa do Mundo do MMA, Delano projeta outras possibilidades.

“Confio muito no trabalho dos meus empresários da KO Squad e sei que eles vão buscar o melhor caminho para que eu possa chegar no meu objetivo. Eu estou pronto para lutar nos próximos meses, seja pelo cinturão do LFA, pelo Contender Series ou quem sabe direto no UFC. Já retomei a minha rotina de trabalhos e só preciso de um chamado do UFC para entrar em camp e guerrear novamente. Se dependesse de mim, já estaria dentro do octógono (risos). Mas tenho muita fé em Deus e sei que ele se encarregará de colocar e mostrar o melhor caminho para a minha carreira e minha vida, em nome de Jesus”, concluiu.

Casa das artes marciais no Rio de Janeiro, em especial do Jiu-Jitsu, a Arena da Juventude, em Deodoro, Rio de Janeiro, será desativada a partir de março. O principal motivo para a decisão de encerrar as atividades do Complexo Esportivo na área militar é a falta de recursos disponibilizados pelo Ministério do Esporte.

De acordo com informações obtidas pelo SindiLutas, um oficial militar de alta patente, que não quis revelar a sua identidade, afirmou que as competições e outros eventos marcados para o local já estão cancelados a partir o dia primeiro de março.

“Devido a falta de recursos financeiros repassados pelo Ministério do Esporte (ME), o Complexo Esportivo de Deodoro será fechado e todas as atividades esportivas, educacionais e religiosas agendadas a partir do dia 01 de março de 2025 estão canceladas por determinação/ordem do chefe do CCFEx”, relatou.

As principais entedidades do Jiu-Jitsu nacional, como a CBJJ – ligada à IBJJF -, e outras federações locais, como a CBJJD, FJJD-Rio, CBJJO, SJJSAF, FJERJ e organizações ligadas a outras artes marciais foram comunicadas sobre a decisão. A Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, inclusive, tinha agendado para a Arena da Juventude, nos dias 4 e 5 de abril, o Rio Open.

Ao todo, cerca de 41 eventos vão deixar de acontecer no palco dos Jogos Olímpicos até o fim de 2025. Com isso, um total de 81 mil atletas serão diretamente impactados pela decisão do encerramento das atividades da Arena da Juventude. O prejuízo segue com praticamente 10 mil empregos diretos e indiretos sendo extintos.

Presidente do SindiLutas, o professor Fabrício Xavier criticou a decisão de encerrar as atividades no Complexo de Deodoro e projetou como isso afetará a falta para as artes marciais no Rio de Janeiro: “É inconcebível que um espaço que faz parte do legado olímpico e que serve como um verdadeiro templo para o desenvolvimento do esporte, encerre suas operações. A Arena da Juventude abriga as competições de diversas federações e confederações de artes marciais, sendo um lugar crucial, não apenas para atletas, mas para os treinadores”, disse o professor, que seguiu:

“Além de jovens talentos, que disponibilizam de pouquíssimos lugares para promoverem suas competições, e agora, o que já era bem difícil, ficará ainda pior”, encerrou o presidente do SindiLutas.

O Ministério dos Esportes, sob o comando de André Fufuca, ainda não se manifestou de forma oficial sobre o assunto.

A cidade estadounidense de Denver sediará a edição 53 do Karate Combat na próxima sexta-feira (28). Além da disputa pelo cinturão dos galos (até 61kg) como evento principal, o card na capital do Colorado também terá como destaque a participação de dois brasileiros. O evento poderá ser assistido ao vivo no Youtube oficial da organização, e também no UFC Fight Pass Brasil, a partir das 22h (horário de Brasília).

Discípulo direto dos irmãos Lyoto e Chinzo Machida, Weber Almeida entrará no pit para tentar a terceira vitória consecutiva, e a consequente chance de disputar o título dos leves (até 68kg). Ele terá pela frente o kickboxer francês Jeremy Payet, invicto há três combates.

“Uma vitória contra o Jeremy me coloca ‘na cara do gol’ (para a chance de título). A categoria está bem movimentada. Os campeões Luiz Rocha (linear) e o Shahzaib Rind (interino) devem unificar o cinturão em breve. Eles têm uma rivalidade muito forte e, dependendo do que acontecer na luta, pode ser que o Karate Combat marque uma revanche imediata. Mas estou tranquilo e focado nesta luta contra o francês para me consolidar como próximo desafiante assim que a oportunidade surgir”, afirmou Almeida. “Venci as duas primeiras por nocaute, e esta vez vou com o mesmo objetivo”, completou.

Nos super-pesados (acima de 93kg), o experiente paraense Roggers Souza terá a missão de tentar acabar com o ‘hype’ do gigante cubano Robelis Despaigne, que até agora computou duas vitórias relâmpago pela organização – quatro e doze segundos, respectivamente. A disputa pelo título dos galos será a atração principal da noite. O atual campeão é o chileno Arturo ‘Makako’ Vergara, que desta vez fará um duelo sul-americano ‘sangue quente’ contra o peruano Jesus Lopez, um dos pioneiros do Karate Combat.

O famoso ditado “a união faz a força” se aplica bem a Rafael Carino, faixa-preta de Jiu-Jitsu e terapeuta em dependência química, e Marcelo Leite, ex-goleiro do Flamengo e atualmente fisioterapeuta. Apesar da base em esportes diferentes, os dois atletas se juntaram com um objetivo em comum: ajudar o próximo.

Localizado em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o Instituto Comunidade Saudável é um projeto social que ajuda pessoas de todas as idades através do Jiu-Jitsu e vem em plena expansão através do esforço de Carino e Erivan Gonçalves.

Marcelo, por sua vez, faz um trabalho gratuito na Zona Oeste do Rio auxiliando pessoas com dores de origem ortopédica no Country Clube da Praça Seca. Iniciado em março de 2024, o projeto já atendeu cerca de 1000 pacientes.

Agora juntos, Carino e Marcelo esperam alcançar ainda mais pessoas, mudando vidas através do esporte, saúde e bem estar, conforme explicou o fisioterapeuta: “Fui convidado pelo Rafael para ajudar, fazer essa ligação da fisioterapia com a parte de atividade física e acredito que tem tudo para ser uma parceria maravilhosa, conectando qualidade de vida, reabilitação e a luta em si. Já é um sucesso”.

Segundo Marcelo Leite, os projetos atendem pessoas de todas as idades, sem limitações, e quem for agraciado estará em boas mãos. Além disso, ele citou a importância do esporte como fator de transformação social.

“O esporte é a solução! Traz disciplina, educação, saúde, bem-estar; no esporte coletivo tem a parceria, respeito, amizade, um torcendo pelo outro. E esse é o nosso objetivo, unir esporte, qualidade de vida, recuperação de lesão e saúde geral”.

Com o lema “transformando vidas através do esporte, educação e cultura”, o Instituto Comunidade Saudável atende cerca de 100 pessoas atualmente e já formou dezenas de faixas-preta, consolidando um esforço de anos em prol do Jiu-Jitsu e das comunidades cariocas. O mesmo processo acontece com Marcelo, com 1000 pacientes atendidos.

“Quando a gente começou a ver o resultado (do projeto), muitas pessoas procurando, elogiando, e isso nos deu motivação. Começamos em março de 2024, já fizemos muito e entendemos que faltam mais projetos assim no Rio, um lugar onde todos possam ter acesso à fisioterapia e ao esporte”, encerrou.

Pela primeira vez na história, Lisboa será sede do Festival Europeu da Arte Capoeira, com os 26º Jogos Europeus e os 5º Jogos Euro brasileiros. O evento decorre de 17 a 21 de abril, trazendo mais de 500 atletas de 30 países ao Complexo Municipal Desportivo do Casal Vistoso, à Alameda da Fonte Luminosa e à Torre de Belém.

Durante cinco dias, Lisboa será palco de uma série de workshops destinada tanto a iniciantes e entusiastas quanto a praticantes experientes da Capoeira. 

As atividades serão conduzidas por mestres renomados da Abadá Capoeira, uma associação sem fins lucrativos, com mais de 35 anos de história, presente em mais de 70 países, nos cinco continentes.

A Alameda da Fonte Luminosa será um dos grandes destaques do evento. No Domingo de Páscoa, o espaço receberá exibições de capoeira, shows culturais e a premiação dos campeões. Este será um ponto de encontro para moradores de Lisboa e turistas, oferecendo uma oportunidade única para a comum de vivenciar a capoeira em um ambiente festivo e inclusivo.

O encerramento do festival será na Torre de Belém, onde acontecerá  um “aulão” musical que marcará a despedida das delegações participantes. 

Para a organização do evento, liderada pelos professores Luiz Filho (Perninha) e Karlla Nascimento (Minnie), o festival representa uma oportunidade de fortalecer os laços culturais entre Brasil, Portugal e África lusófona. A sede da Abadá Capoeira em Lisboa, localizada no Armazém Cultural Lisboa, na freguesia de Arroios, tem desempenhado um papel central na promoção dessa arte na cidade.

Com capacidade para receber 1.386 espectadores no Complexo Desportivo do Casal Vistoso, o evento também espera atrair o grande público nos espaços abertos, como a Alameda e a Torre de Belém. Uma oportunidade para turistas e curiosos explorarem a riqueza cultural da cidade durante o feriado de Páscoa e conhecerem a capoeira.

 

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Em uma decisão que pode marcar um novo capítulo para o boxe no cenário olímpico, o Comitê Olímpico Internacional (COI) concedeu, nesta segunda-feira (26 de fevereiro de 2025), reconhecimento provisório à World Boxing (WB) como a Federação Internacional (IF) responsável por governar o esporte em nível mundial dentro do Movimento Olímpico. A medida foi aprovada durante uma reunião remota do Conselho Executivo do COI e representa um avanço significativo para a entidade, que busca consolidar o boxe como parte integrante dos Jogos Olímpicos.

O reconhecimento provisório foi concedido após uma avaliação detalhada da World Boxing, que atendeu a uma série de critérios esportivos e de governança estabelecidos pelo COI. Entre os pontos destacados estão a composição da WB, que conta com 78 Federações Nacionais de todos os continentes e quatro confederações continentais já estabelecidas. Além disso, a entidade demonstrou que 62% dos boxeadores e 58% dos medalhistas de boxe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão filiados a federações membros da World Boxing.

A WB também adotou processos de integridade esportiva implementados durante Paris 2024, incluindo supervisão independente, e obteve a adesão à AIMS (Alliance of Independent Recognised Members of Sport), organização que reúne federações internacionais reconhecidas. No âmbito da governança, a World Boxing implementou políticas robustas, como um Código de Ética, Política de Conflito de Interesses e um acordo de parceria comercial plurianual para o período 2025-2028, garantindo sustentabilidade financeira.

A decisão do COI foi recebida com entusiasmo pela World Boxing, que enxerga o reconhecimento provisório como um passo crucial para assegurar a permanência do boxe no programa olímpico.

Em comunicado, o presidente da entidade, Boris van der Vorst, destacou a importância do esporte nos Jogos Olímpicos para o desenvolvimento do boxe em todos os níveis, desde a base até o profissionalismo. “Manter o boxe nos Jogos Olímpicos é absolutamente crítico para o futuro do nosso esporte. Esta decisão do COI nos aproxima do nosso objetivo de ver o boxe restaurado ao programa olímpico”, afirmou Van der Vorst.

Ele também ressaltou o esforço coletivo de federações nacionais, atletas, treinadores e líderes do esporte para alcançar esse marco, mas lembrou que ainda há muito trabalho pela frente. “Ser parte do Movimento Olímpico é um privilégio e uma responsabilidade, e estamos comprometidos em continuar trabalhando para garantir um futuro melhor para o boxe.”

A reação positiva também veio de figuras emblemáticas do esporte. Gennadiy Golovkin, ex-campeão mundial de boxe e presidente da Comissão Olímpica da World Boxing, celebrou a decisão como um sinal de que o boxe está no caminho certo. “Receber o reconhecimento provisório do COI é uma conquista importante. Estabelecer uma federação internacional baseada em integridade e justiça é nossa missão para as futuras gerações de atletas”, disse Golovkin, que também é presidente do Comitê Olímpico Nacional do Cazaquistão.

Atletas que brilharam em edições recentes dos Jogos Olímpicos também se manifestaram. Cindy Ngamba, primeira refugiada a conquistar uma medalha olímpica (bronze em Paris 2024), destacou o impacto da decisão para os boxeadores. “Competir nas Olimpíadas transformou minha carreira e minha vida. Manter essa oportunidade viva é essencial para o futuro do esporte”, afirmou. Já Richard Torrez Jr, medalhista de prata em Tóquio 2020, elogiou o progresso da World Boxing e expressou confiança no futuro da organização.

Lauren Price, campeã olímpica em Tóquio 2020 e atual campeã mundial profissional, reforçou a importância do boxe nos Jogos Olímpicos como uma plataforma para o sucesso no profissionalismo. “Ganhar o ouro em Tóquio foi o auge da minha carreira. Negar essa oportunidade para os próximos boxeadores seria prejudicial para o esporte como um todo”, disse Price, que também integra o Conselho Executivo da World Boxing.

A decisão do COI, no entanto, é apenas o primeiro passo de um longo processo. O reconhecimento provisório significa que a World Boxing ainda precisa demonstrar, nos próximos anos, que está plenamente alinhada com os padrões e valores do Movimento Olímpico. A entidade terá que continuar avançando em áreas como governança, integridade esportiva e representatividade global para garantir o reconhecimento definitivo.