Bruno Blindado tem um longo tempo de estrada. O que ele é hoje foi construído ao longo dos anos como lutador e a virada na carreira teve início em 2014, no TUF Brasil 3. Embora tenha sido nocauteado por Vitor Miranda na primeira fase do programa, foi lá que o paraibano conheceu André Dida e iniciou a parceria que o levou a, hoje, ser um dos pesos médios mais perigosos do UFC.
Marina Rodriguez acredita que vencendo Xiaonan Yan na luta marcada para 5 de março, não há outro caminho senão a disputa de cinturão. Convidada do CONEXÃO PVT desta terça-feira, a atleta da Thai Brasil Floripa analisou o duelo contra a chinesa, sobre possíveis lutas contra Rose Namajunas e Carla Esparza, e disse que não tem nexo Joanna Jedrzejczyk furar a sua fila.
Grande algoz do bicho-papão do grappling Gordon Ryan, Felipe Preguiça relembrou no CONEXÃO PVT as duas vitórias sobre o rival: a primeira, finalizando com um mata-leão no evento Studio 540 SPF em 2016; e a segunda, por 6 a 0 no ADCC em 2017. Além disso, o mineiro também revelou a tática para neutralizar o jogo do norte-americano.
Está no ar a 36ª edição do PAPO DE LUTA. Neste episódio, Carlão Barreto e Marcelo Alonso destrincharam as possibilidades para a luta entre Gilbert Durinho e Khamzat Chimaev, que deve ser oficializada em breve; também analisaram o duelo entre Rafaéis – Dos Anjos x Fiziev; e apontaram quem que, para nossos comentaristas, deve herdar a vaga de Max Holloway na disputa do cinturão peso-pena contra Alexander Volkanovski. Rogério Minotouro e Ronaldo Jacaré no Boxe também foram notícia, assim como a disputa do cinturão peso-palha do Invicta, com a brasileira Jéssica Delboni. No PALPITES DO CARLÃO, nosso comentarista deu quatro dicas para quem pretende fazer uma fezinha na Betcombat no primeiro UFC de 2022.
Em seu RESENHA PVT, Gustavo Ximu relembrou a rivalidade com o conterrâneo de Niterói Ricardo Arona, que terminou em uma luta na final do tradicional Rings, no Japão, em 2001.
Fora do octógono, Bruno Blindado não parece nem de longe aquele lutador agressivo que mandou todos os três adversários que enfrentou no UFC para a lona. Bastante extrovertido, o paraibano revelou que prefere não criar relação com adversários e possíveis adversários educados para que isso não afete seu instinto assassino durante a luta. Foi assim com seu último adversário, Jordan Wright, e com o compatriota André Sergipano, que conseguiu se aproximar de Blindado nos bastidores do último evento. O próximo compromisso do atleta da Evolução Thai é contra Alex Poatan no UFC do dia 12 de março.
Muito se fala da histórica cobertura do Pride GP em 2003, feita por Glória Maria para o Fantástico em 2003, na antológica transmissão ao vivo feita pela Rede TV no UFC Rio 1, mas poucos lembram que o primeiro empresário de TV a fazer uma transmissão do UFC ao vivo, foi Silvio Santos em Junho de 2002. Contei detalhes dos bastidores e da negociação deste evento na última edição do Raiz do MMA (clique aqui para assistir).
Texto e fotos: Marcelo Alonso
Essa história começa no retorno de Belfort do Pride para o UFC. Vindo de uma seqüência de quatro vitórias no evento japonês (Gilbert Yvel, Daijiru Matsui, Southworth e Heath Herring), o Fenômeno aceitou retornar com a proposta de enfrentar o campeão Tito Ortiz logo na primeira luta. O Combate já estava inclusive assinado, quando o Bad Boy de Huntington se contundiu e o UFC decidiu ofertar o talento em ascensão, Chuck Liddell, que vinha de nocautes sobre Kevin Randleman e Guy Mezger e vitórias por pontos sobre Suloev e Bustamante. “O Liddell ainda não tinha nome na época. Como o Silvio Santos sabia que eu tinha um caso com a Joana, e queria criar um casal naquela 2º edição da Casa dos Artistas, me fez uma proposta financeira bem melhor para entrar já com o programa em andamento”, relembra Belfort, revelando uma condição que impôs ao Homem do Baú. “Se eu aceitasse, Ele transmitiria uma luta minha ao vivo no SBT”.
Martelo batido, Belfort fez sua parte apimentando a audiência engatando de vez seu namoro com Joana Prado, que a época tinha acabado de sair na capa da Playboy e era a mulher mais cobiçada do país. Ao término do programa, no dia 19 maio, Vitor percebeu que valeria a pena aproveitar o calor dos acontecimentos e não correr o risco de ver Silvio Santos mudar de idéia, aceitando a tal luta com Chuck Liddel dali a um mês. “A minha patrocinadora BMG comprou a transmissão por 10 mil dólares. Mesmo sabendo que eu não teria como estar em forma com 3 semanas de treino, eu tinha noção do que aquilo significava para o esporte, por isso aceitei o desafio”, lembra Belfort.
Belfort e Liddell com Dana White no dia da pesagem
LIDDELL VENCE DE VIRADA
Com a ajuda de Paulo Caruso (preparação física), Darrel Gohlar (Wrestling) e Paulo Nikolai (Muay Thai), Belfort chegou ao octógono, montado no auditório do Cassino Bellagio em Las Vegas no dia 22 de junho, longe de sua melhor forma e ciente de que uma derrota por nocaute poderia significar o enterro definitivo no Brasil, do já tão mal falado Vale-Tudo.
Apesar de tudo o clima era de otimismo, afinal de contas a seleção brasileira havia acabado de despachar a temida seleção inglesa na Copa do Mundo levando a barulhenta torcida brasileira a comparecer em peso ao auditório do cassino.
Belfort começou o combate atacando as pernas de Liddell duas vezes e colocando-o para baixo, mas em ambas as oportunidades o moicano levantou. A partir daí Belfort, orientado por seu preparador Paulo Caruso, decidiu passar todo o primeiro round aguardando o americano para contra atacar.
Ciente de que precisa economizar gasolina para o terceiro round, o brasileiro deixou Liddell crescer no segundo round, deixando a definição da luta para o terceiro round.
Ciente de que os 5 últimos minutos definiriam o combate, Vitor partiu para o ataque, dando a impressão que levaria a luta. Até que aos 3min45, Chuck se esquivou de uma seqüência de golpes do brasileiro, e contra atacou com um cruzado certeiro no queixo, que derrubou o Belfort e acabou sendo definitivo para o resultado da luta. “Sabia que o acertaria mais cedo ou mais tarde, agora quero o cinturão”, me disse Liddell na saída do octógono, já sonhando com a tão aguardada disputa de cinturão com seu ex-companheiro de treinos, Tito Ortiz. “O Tito é um grande amigo, mas na hora da luta será diferente”.
12 PONTOS NO SBT E O NASCIMENTO DO PREMIERE COMBATE
O clima de tristeza pela derrota nos bastidores, foi apagado pelas palavras de incentivo do treinador Paulo Nikolai: “Um sujeito que treina três semanas, depois de ficar dois meses num Reality Show e um ano parado e faz um super combate com um cara que está há seis meses treinando e lutando tudo. Vitor, não tenho duvidas que se você tivesse há seis meses treinando o Liddell não passaria do primeiro round”.
Belfort com a namorada e os treinadores Paulo Nikolai, Paulo Caruso e Darrel Gohlar
No dia seguinte ao evento, o SBT revelaria números de audiência impressionantes: 12 pontos no Ibope. Não só batendo a Globo, mas marcando um recorde de audiência para a emissora naquela faixa. O pioneirismo do SBT serviu para ratificar os números do SporTV, que há algum tempo já vinha apontando o Vale-Tudo como segunda audiência, atrás apenas do futebol. Dois meses após o UFC 37.5, em agosto de 2002, nascia o canal Premiere Combate, o primeiro canal de TV a cabo do mundo 100% dedicado aos esportes de combate.
SOBRINHO DE RUAS PERDE PARA FRYKLUND
Rodrigo Ruas foi outro brasileiro presente no card deste evento. Com 4 lutas e 3 vitórias no MMA, Rodrigo pegou o bem mais experiente parceiro de Pat Miletich, Tony Fryklund, que estava invicto com 7 lutas de MMA. Apoiados pelo tio Marco, ladeado pelos faixas pretas Joe Moreira e Castello Branco, Ruas começou melhor em pé, mas logo a diferença física e a melhor técnica de Wrestling do americano começaram a fazer a diferença. Rodrigo resistiu bravamente ao Ground N Pound do americano até 3min45s do 2º round, quando o juiz Kipp Kohlar interrompeu o combate decretando o nocaute técnico.
LAWLER ATROPELA EM SUA SEGUNDA LUTA
Mas sem dúvida a grande sensação desta edição do UFC foi o novato Robbie Lawller. Pouco mais de um mês após estrear no UFC 37 vencendo, numa luta antológica, o favorito Aaron Riley, que já tinha 23 lutas, Lawler voltou ao octógono para enfrentar Steve Berger. E depois de dominar inteiramente o primeiro round , Lawler definiu a luta com um direto de direita no 2º round. Curiosamente, 12 anos e 30 lutas mais tarde, Lawler se consagraria como maior meio médio do mundo ao vencer o campeão Johnny Hendricks levando para casa o cinturão do UFC.
Quem também lutou neste card foi Yves Edwards, que já tinha 27 lutas no currículo e não teve dificuldades para nocautear o brasileiro Marcos Pierini com um chute certeiro no queixo a 1m19s do 1º round.
Unidimensional o irmão de Matt Serra, Nick Serra, teve dificuldades para finalizar o striker Benji Radach. Mas apesar de ter protagonizado os melhores momentos do combate, chegando próximo e encaixar dois triângulos, as vaias da torcida toda vez que Serra puxava para a guarda, acabaram fazendo a diferença e Radach conseguiu a vitória unânime.
Belfort e Liddell com Dana White no dia da pesagem
Estrutura do UFC 37.5 montada dentro do auditório do Mandalay Bay
Estrutura do UFC 37.5 montada dentro do auditório do Mandalay Bay
O Wrestling foi o diferencial de Tony Frykland na vitória contra Rodrigo Ruas
Marco Ruas, Leonardo Castello Branco e Joe Moreira no córner de Rodrigo
Fryklund conseguiu o nocaute técnico com socos da guarda
Apoiado pelo irmão, Matt Serra, Nick foi melhor no chão mas acabou perdendo na decisão dos jurados
Apoiado pelo irmão, Matt Serra, Nick foi melhor no chão mas acabou perdendo na decisão dos jurados
Em sua segunda luta no UFC Lawller venceria Steve Berger por TKO
12 anos mais tarde o Robbie conquistaria o cinturão do UFC vencendo Johnny Hendricks
Belfort começou derrubando Liddell nos minutos inicias, mas não conseguiu mantê-lo no chão
Belfort começou derrubando Liddell nos minutos inicias, mas não conseguiu mantê-lo no chão
Belfort começou derrubando Liddell nos minutos inicias, mas não conseguiu mantê-lo no chão
Belfort conectou os mehores golpes no 1º round
Belfort conectou os mehores golpes no 1º round
Liddell foi superior no segundo
O americano garantiu a vitória com um knock down no ultimo minuto do 3º round
O americano garantiu a vitória com um knock down no ultimo minuto do 3º round
Após nocautear Kevin Randleman e Guy Mezger e vencer por pontos Suloev, Bustamante e Belfort, Liddell despontava como ameaça a Tito Ortiz
Belfort no vestiário tirando a luva
Belfort com a esposa Joana e a mão Jovita
Belfort com a esposa Joana e a mão Jovita
Belfort com a namorada e os treinadores Paulo Nikolai, Paulo Caruso e Darrel Gohlar
O brasileiro sendo assediado na ruas de Las Vegas
Vitor e Silvio Santos. O dono do SBT foi o primeiro a transmitir uma edição do UFC ao vivo em TV aberta
No CONEXÃO PVT na última quarta-feira, Patricky Pitbull analisou como ele imagina que seria uma luta entre Charles Do Bronx’s e Conor McGregor. Embora lembre que o irlandês venha de derrotas, o campeão do Bellator acredita que, pelo poder de fogo que ele possui e pelas brechas que o compatriota mostrou nas últimas lutas, McGregor entraria como favorito e as chances de Do Bronx’s seriam a partir do terceiro round.
No primeiro RAIZ DO MMA de 2022, Marcelo Alonso exalta o papel de Silvio Santos em prol do MMA antes da modalidade ganhar espaço nas grandes mídias. Entre os anos 90 e 2000, Jiu-Jitsu e Vale Tudo só tinham espaço nos noticiários policiais. Se informar sobre luta naquela época só pelas revistas Tatame e Graciemag ou assistindo ao “Passando a Guarda”, programa do Joinha no Sportv. Fato é que o primeiro a dar uma chance ao nosso esporte transmitindo um evento internacional na TV aberta foi o dono do SBT, e com um senhor empurrão de Vitor Belfort. Confira os detalhes no vídeo.
Mano Santana ficou conhecido no MMA por ajudar os irmãos Patrício e Patricky Pitbull a implementarem, com eficiência, o Karatê no estilo de luta. Atualmente ele também treina Rodolfo Vieira. Em uma entrevista ao CONEXÃO PVT, o karateca falou sobre a possibilidade da modalidade ser útil para Charles do Bronx’s.