O LFA inicia nesta segunda-feira (19/8) os cadastros para os fãs assistirem à edição de número 191, agendada para o dia 30 de agosto, em Cajamar-SP, na área VIP do evento. O período de cadastro se estende até o próximo dia 27.

Os ingressos para a área VIP são exclusivos para esta ação e são limitados às primeiras 400 pessoas cadastradas. Para mais informações e o passo a passo, acesse a conta oficial do LFA Brasil no Instagram (@LFA_Brasil).

A luta principal do LFA 191 colocará em rota de colisão dois dos melhores pesos-penas em atuação no cenário latino-americano: Wellington Prado, o Predador, e Keweny Lopes, o Leão.

O card principal da edição será transmitido ao vivo e com exclusividade pelo UFC Fight Pass, a partir das 21h, horário de Brasília. O preliminar será transmitido ao vivo pelo Youtube do LFA, a partir das 17h.

Confira abaixo o card completo do evento:

LFA 191
Ginásio do Polvilho, Cajamar, São Paulo
30 de agosto de 2024

Card principal – 21h, no UFC Fight Pass

Peso-pena: Wellington Prado x Keweny Lopes
Peso-médio: Lucas Fernando x Pedro Oliveira
Peso-galo: Michel Lima x Luan Matheus
Peso-mosca: Lincon Santos x Kleberson Souza
Peso-palha: Maria Luiza de Abreu x Gabriela Fujimoto
Peso-galo; João Lucas da Costa x Rafael Pereira

Card preliminar – 17h

Peso-galo: Mateus Soares x Mackson Lee
Peso-pena: Demison Rodrigues x Luan Pedroso
Peso pesado: Guilherme Pat x Maurício Queiroz
Peso-galo: Marcos Aurelio x Andrey Silva
Peso-galo: Jenilto Matos x Giovanni Garcia
Peso-mosca: Ruth Pereira x Amanda Vargas

Na noite deste sábado, dia 17 de agosto, tivemos o primeiro capítulo de uma semana especial para o Kickboxing. O WGP 77 abriu o K-1 Fight Week em grande estilo com um card espetacular. O protagonista da noite foi Denis Jr que venceu Alex Reis e Vinicius Mestrinier para faturar o troféu Super 8 Challenger GP dos Super-Leves e garantir a vaga de desafiante ao cinturão do campeão argentino Tomas Chacal. O card teve ainda outros 12 duelos e muita emoção. Durante esta semana o K-1 Fight Week segue com seminários com lendas do esporte e no próximo sábado, dia 24, teremos uma edição especial do K-1 World GP com um super GP Peso Absoluto de oito atletas e muito mais emoção.

A primeira semifinal do Super 8 Challenger GP entre Denis Jr e Alex Reis trouxe a primeira revanche entre as semifinais. E o desfecho foi bem semelhante ao primeiro duelo entre os dois. Com um jogo muito contundente e agressivo, Denis controlou o duelo e foi melhor nos três rounds para vencer por unanimidade e avançar à final. Do outro lado da chave, uma nova revanche entre Vinicius Mestrinier e Gabriel de Lima. Mas dessa vez o resultado foi diferente. Se no primeiro encontro Gabriel levou a melhor, dessa vez Vinicius dominou o embate e venceu com tranquilidade por unanimidade, também avançando à final.

Na grande decisão um embate espetacular. Dois dos melhores lutadores da divisão nos últimos anos, Denis Jr e Vinicius Mestrinier protagonizaram uma batalha digna de uma grande final. Depois de um primeiro round equilibrado com os dois alternando bons momentos, Denis encaixou um cruzado que levou Vinicius à lona e abriu vantagem na decisão. A partir daí passou a controlar a luta e encaixar os melhores golpes para vencer por decisão unânime e se garantir como o próximo desafiante do campeão argentino Tomas Chacal

O card principal contou ainda com outros dois combates. No co-main event da noite, o embate entre Icaro Martins e Uziel Castro também levantou o público presente. Com mais intensidade e experiência no Kickboxing, Icaro levou a melhor por decisão unânime. No duelo internacional entre o brasileiro Paulo Sergipe e o chileno Sebastian Rojel, melhor para Sergipe, que pressionou todo o tempo e venceu por nocaute técnico ao conseguir quatro knockdowns.

Na luta entre Julio Assunção e Augusto Almeida mais emoção. Com muita agressividade, os dois atletas protagonizaram uma verdadeira guerra no ringue do WGP. Depois dos três rounds, melhor para Julio por unanimidade. O duelo entre Edgar Boca e Nichollas Pestilli também pegou fogo. Com muito equilíbrio e movimentação de ambos os lados, os lutadores deram tudo de si no ringue. Ao final, melhor para Boca por decisão unânime.

Iury Souza e Rafael Sonak levantaram o público presente na Arena BRB Nilson Nelson. Em um duelo muito disputado e com bons momentos para os dois lados, melhor para Iury, que faturou a vitória por decisão dividida. A luta entre Heliazir Estefani e Evandro Taipan também pegou fogo. Mais preciso e contundente, Zizi como é conhecido Estefani, levou a melhor por decisão unânime. O Undercard do WGP 77 abriu os trabalhos da noite em grande estilo. Foram cinco lutas repletas de emoção. Os destaques ficaram com Gilberto Frossard e Ryan Formaio. O primeiro venceu com propriedade Junio Terere, enquanto o segundo fez uma grande batalha diante de Diego Striker e venceu após um primeiro round com dois lindos knockdowns de joelho.

WGP 77 – Resultados oficiais

Denis Junior venceu Vinicius Mestrinier por decisão unânime
Icaro Martins venceu Uziel Castro por decisão unânime
Paulo Sergipe venceu Sebastian Rojel por nocaute técnico
Vinicius Mestrinier venceu Gabriel de Lima por decisão unânime
Denis Junior venceu Alex Reis por decisão unânime
Julio Assunção venceu Augusto Almeida por decisão unânime
Edgar Boca venceu Nichollas Pestilli por decisão unânime
Iury Souza venceu Rafael Sonak por decisão dividida
Heliazir Estefani venceu Evandro Taipan por decisão unânime
Kauan Lee venceu Kleber Augusto por decisão unânime
Gilberto Frossard venceu Junio Terere por decisão unânime
Nathan Silva venceu Breno Rock por decisão dividida
Ryan Formaio venceu Diego Striker por decisão unânime
Felipe Furia venceu Thiago Idalgo por decisão unânime

Neste domingo (18/8) chegaram em São Paulo atletas e treinadores para a sexta e última base do Núcleo de Esporte de Base para o Alto Rendimento (NEBAR), que busca preparar jovens talentos do boxe brasileiro para competições nacionais e internacionais no calendário de 2024. Ministrado pelo treinador assistente da Equipe Olímpica Permanente Vladson Soares, o Dídio, o treinamento começa nesta segunda-feira e vai até o dia 27 de agosto.

A base contará com 20 atletas do feminino e masculino juvenis, além de cinco treinadores dos estados de Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, os três primeiros colocados nos Campeonatos Brasileiros dos anos anteriores. Eles serão responsáveis por ministrar treinamentos que, desta vez, será uma base preparatória para uma série de competições de base que acontecerão na sequência da temporada: Campeonato Brasileiro Juvenil, Gymnasiade e Campeonato Mundial Sub-19.

O NEBAR será de 18 a 27 de agosto e terá treinos pela manhã e pela tarde, com sessões de treinamento físico e técnico-tático. “A intenção é realizar uma preparação com o intuito competitivo. Melhor ajuste das condições de luta e de toda situação psicológica que o momento da competição envolve, tendo em vista que já são atletas com passagens pelo projeto e que estão com uma oportunidade de se apresentar a nível nacional e mundial, desenvolvendo cada vez mais suas carreiras”, contou Dídio Soares.

*Ex-campeão do Jungle Fight e do extinto WSOF (atual PFL), Marcos Alexandre Campos de Almeida, o Capitão, segue colecionando títulos. Desta vez, a consagração veio em sua modalidade de origem, o jiu-jitsu. O faixa-preta conquistou a medalha de ouro no peso pesado da categoria master 2 no San Diego Open, da IBJJF, no início de agosto, nos EUA.

“Foi muito bom voltar a competir no jiu-jítsu. Depois de muito tempo sem competir, e voltar com o pé direito, não tem preço essa sensação”, exalta Capitão, que venceu duas lutas para garantir o ouro.

E mal deu tempo de celebrar a conquista. Assim que retornou para a Brazilian Jiu-Jitsu Academy, do ícone do jiu-jítsu amazonense Fredson Paixão, em Las Vegas, Alexandre Capitão já voltou seu foco para o Campeonato Mundial de Master, que acontece do dia 29 a 31 deste mês, também em Las Vegas.

“O foco neste momento é o Mundial de Master. Estou muito empolgado e focado neste desafio. Estou treinando bastante para chegar lá na minha melhor forma, e o título no San Diego Open me motivou ainda mais”, garante.

Alexandre Capitão também afirma que, assim que passar o Mundial, sua atenção volta ao MMA, que não luta desde 2022. Na modalidade, o brasileiro possui um cartel de 21 vitórias em 32 lutas, os supracitados cinturões do Jungle Fight e do WSOF, além de passagens pelos globais PFL e Eagle FC.

“Sem dúvida, meu foco depois do mundial é o MMA. Estou negociando com alguns eventos, não posso revelar detalhes ainda, mas estou treinando MMA e jiu-jitsu normalmente”, explica o lutador.

*Por Leonardo Fabri

A solidariedade pode superar qualquer desafio. Essa frase foi dita em um material produzido pela Força Aérea Brasileira (FAB) durante a cerimônia de homenagem àqueles que participaram da campanha “Todos Unidos pelo Sul”, que auxiliou as vítimas das enchentes que devastaram o estado. O evento foi realizado em agosto, na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.

Durante a cerimônia, diversas organizações foram homenageadas, entre elas, a Legião da Boa Vontade (LBV), que, com apoio de seus parceiros, incluindo a SINDICARGA, voluntários e doadores, incluindo a comunidade da luta, teve uma rápida resposta às necessidades das famílias atingidas, contribuindo para mitigar os impactos dessa emergência climática.

Foram mais de 3.500 toneladas de donativos enviados do Rio de Janeiro por meio de aviões da FAB. A operação da LBV contou com o reforço de figuras e equipes conhecidas do mundo da luta, como os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotauro, a multicampeã de jiu-jitsu Gabrieli Pessanha e as equipes CMSystem e Nova União. Rádio Brasil, SINDICARGA e Tintas Nacional também fizeram parte da ação.

Comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno exaltou a participação da LBV em seu discurso.

“Primeiramente, queria deixar um grande abraço ao meu amigo José de Paiva Netto, que faz um grande trabalho à frente da LBV. E eu inicio dizendo o lema da LBV: paz na terra aos homens de boa vontade. Mais uma vez a LBV esteve conosco. Não houve nenhum chamamento, a LBV que se apresenta sempre nos eventos como esse. Nós somos, de alguma forma, o veículo que leva a boa vontade dessa legião de brasileiros que se juntam nesses momentos solidários”, disse.

“Essa gratidão à LBV é muito pouco, é abaixo daquilo que a gente deveria fazer pelo tanto que vocês têm feito nessas relações com as com as Forças Armadas e com o povo brasileiro. Então eu gostaria de, além da homenagem, ratificar e sublimar cada vez mais o trabalho da LBV. Somos muito gratos em termos uma LBV no nosso país. Que a gente continue nessa sociedade do bem para o bem do nosso país”, completou o comandante da FAB.

Presente na cerimônia como uma das representantes da LBV, Ana Paula Alves Campos agradeceu à FAB pelo reconhecimento e destacou que a instituição está sempre à disposição para as ações de solidariedade.

“É um momento de confraternização e de reconhecimento a toda essa grande legião de boa vontade. Nos emocionou bastante ver o resultado dessa força de união, do propósito da LBV, que é levar o amor do novo mandamento a todas as criaturas”.

Tiago Tiwi foi o grande destaque da 50ª edição do SFT, realizada no último sábado (17/8), em São Paulo-SP. Com um chute alto preciso e inapelável, ele mandou Zion Silva para a lona, no segundo round, e conquistou o cinturão peso-pena da categoria Xtreme, que é uma espécie de kickboxing com luvas de MMA.

Na segunda luta mais importante da noite, o ex-UFC John Allan confirmou o favoritismo e, mesmo após um momento de perigo no início da luta de MMA, conseguiu definir o combate contra Cláudio Rocha com um nocaute técnico ainda no primeiro round, em duelo válido pelos pesos médios.

Em ascensão no kickboxing, Jonas Salsicha vem mostrando que vai dar trabalho no MMA também. Aliás, já está. Em luta válida pelos pesos leves, Salsicha mandou Viny Monstro para a lona socos aos 10 segundos de combate, marcando o nocaute mais rápido da história do SFT.

Confira abaixo todos os resultados do evento:

SFT 50 – Sousa x King Kong
São Paulo, SP
17 de agosto de 2024

Xtreme: Tiago Tiwi venceu Zion Silva por nocaute no R2 (Cinturão)
MMA: John Allan venceu Claudio Rocha por nocaute no R1
MMA: Naizi Malvada venceu Sabrina Demétrio por decisão unânime
MMA: Jonas Salsicha venceu Viny Monstro por nocaute no R1
Xtreme: Douglas Soares venceu William P.A por nocaute no R1
Xtreme: Fernando Levy venceu Rodrigo Braga por decisão unânime
Xtreme: Jackson Elitelmo venceu João Pedro por decisão dividida
Xtreme: Letícia Orchel venceu Estefanne Thomazella por decisão unânime

Semi-Pro:

Xtreme: Maria Clarinha venceu Beatriz Nascimento por nocaute no R2
Xtreme: Luis Vitor venceu Wellington Rodrigues por decisão unânime

O PAPO DE LUTA 165, transmitido ao vivo nesta quarta-feira, teve entre as pautas os destaques do UFC 305, com ênfase em Du Plessis x Adesanya; os anúncios e o que esperar de Ngannou x Problema e Larissa x Cyborg na PFL; as atrações do ADCC; além das últimas sobre McGregor, Poatan e muito mais.

Matheus Buffa é o Brasil na luta principal do KSW 97, que acontece no dia 24 de agosto, em Tarnow, na Polônia. O peso pesado brasileiro terá pela frente o polonês Szymon Bajor e a torcida contra do público local.

Atleta da CMSystem, Matheus Buffa é um exímio nocauteador Não à toa, mais de 70% de suas 17 vitórias foram mandando seus oponentes para a lona. O polonês, por sua vez, mescla tanto nocautes quanto finalizações.

“Acho que em algum momento essa luta vai acabar se desenrolando no chão. Ele tem o costume de querer quedar. Mas não estou ligando muito para o que ele vai fazer ou não, pois estou focado no que eu vou fazer”, afirma o brasileiro.

“Treinei de tudo. Era para eu ter lutado com um adversário parecido no mês passado, mas a luta acabou caindo. Eu sinceramente estou pronto para qualquer parada, estou treinando muito forte e tenho muitos meses para essa luta”, completa.

O curitibano classifica este desafio como um ponto de partida para a retomada da boa fase na carreira. Finalista do GP dos pesos pesados da PFL em 2022, Buffa vem de quatro lutas sem vitória.

“Mudei muitas coisas, e tudo isso vocês vão poder assistir na próxima semana. O KSW me deu mais uma luta principal, e eu prometi ao promotor do evento que essa será uma das maiores lutas da história dos pesos pesados do KSW”, projeta.

Treinador de Matheus Buffa, Cristiano Marcello descreveu as características marcantes de seu atleta. Assim como o lutador, o líder da CMSystem também acredita que o dia 24 será marcado por uma virada de chave.

“O Buffa é um cara agressivo, muito rápido para a categoria. Já estreou no evento, viu a magnitude e acredito que estará mais ambientado agora. Ele vai mostrar ao que veio. Acredito num nocaute fulminante”, enfatiza.

O LFA 191, que acontece no dia 30 de agosto, em Cajamar, na Grande São Paulo, já tem seu card definido. Além da luta principal, entre os pesos-penas Wellington Prado e Keweny Lopes, outros 11 combates foram anunciados oficialmente.

Apresentado pelo Esportes da Sorte, o LFA 191 terá o card principal transmitido ao vivo e com exclusividade pelo UFC Fight Pass, a partir das 21h, horário de Brasília. O preliminar será transmitido ao vivo pelo Youtube do LFA, a partir das 17h.

O LFA também informou que o cadastro de acesso à Área VIP desta edição terá início no dia 19 de agosto. Para mais informações, acesse as redes sociais do LFA no Brasil (@LFA_Brasil).

A luta principal promove um combate entre dois dos melhores pesos-penas em ação no continente latino-americano, além de ser um duelo de estilos: Wellington Prado é um exímio representante do jiu-jitsu, enquanto Keweny Lopes, da capoeira.

Entre outras atrações do card, vale destacar os retornos de Lucas Fernando e Pedro Oliveira ao cage do LFA. Com ambos vindo de vitória, o combate válido pelos pesos-médios promete ferver o Ginásio do Polvilho.

Além deles, também vale ficar ligado em outros nomes em ascensão no MMA brasileiro e também no LFA, como Michel Lima e Luan Matheus, que se enfrentam pelos pesos-galos, Gabriela Fujimoto, Mateus Soares e Giovanni Garcia.

Confira abaixo o card completo do evento:

LFA 191
Ginásio do Polvilho, Cajamar, São Paulo
30 de agosto de 2024

Card principal – 21h, no UFC Fight Pass

Peso-pena: Wellington Prado x Keweny Lopes
Peso-médio: Lucas Fernando x Pedro Oliveira
Peso-galo: Michel Lima x Luan Matheus
Peso-mosca: Lincon Santos x Kleberson Souza
Peso-palha: Maria Luiza de Abreu x Gabriela Fujimoto
Peso-galo; João Lucas da Costa x Rafael Pereira

Card preliminar – 17h

Peso-galo: Mateus Soares x Mackson Lee
Peso-pena: Demison Rodrigues x Luan Pedroso
Peso pesado: Guilherme Pat x Maurício Queiroz
Peso-galo: Marcos Aurelio x Andrey Silva
Peso-galo: Jenilto Matos x Giovanni Garcia
Peso-mosca: Ruth Pereira x Amanda Vargas

Envolta de muita expectativa, após um ciclo olímpico considerado impecável, a seleção brasileira de boxe voltou das Olimpíadas de Paris com uma medalha, a de bronze conquistada por Beatriz Ferreira na categoria até 60kg. O número foi abaixo do esperado pela Confederação Brasileira de Boxe, levando em conta todo o investimento e resultados obtidos durante a preparação.

Para o presidente da entidade, Marcos Brito, a análise não deve se limitar ao número de medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos, embora o Brasil tenha chegado perto de conseguir outras três, perdendo no detalhe. Apesar de ser o ápice do ciclo e o momento mais esperado, o dirigente ressalta que um ciclo olímpico vai além dos jogos em si.

“Em Paris o boxe brasileiro não foi o que gostaríamos que tivesse sido. Mas fazer análise apenas pelo resultado nos jogos olímpicos, é algo incorreto ou eventualmente oportunista. É claro que a expectativa era grande, e isso em razão do excelente ciclo que a seleção desempenhou. E a esperança era grande não só por parte do público, por parte da imprensa, mas era grande também pelos próprios atletas e pela equipe. Todos estavam lá em busca da sua realização profissional e pessoal, e desejando levar alegria aos brasileiros”, ressalta Brito.

“Dentro do ciclo olímpico a seleção brasileira de boxe conquistou um número impressionante de medalhas, incluindo aqui importantes medalhas nos dificílimos campeonatos mundiais, no campeonato continental e no campeonato Pan-Americano, onde fomos campeões por equipe. Classificamos 10 atletas para as olimpíadas, o que é um feito histórico. E, de fato, isso aumentou a expectativa em cima do nosso time. Mas para quem acompanhou e viu todas as disputas nas olimpíadas, pode perceber o grau de dificuldade que a competição impôs”, complementa.

Vale lembrar que a medalha conquistada por Bia Ferreira em Paris fez com que mais uma vez o boxe brasileiro não passasse em branco em uma olimpíada. A última vez que isso aconteceu foi nos Jogos de Pequim, em 2008. Até então, o último pódio olímpico do país, e também o primeiro, havia sido o bronze de Servílio de Oliveira em 1968, no México. De 2012 para cá, foram quatro Olimpíadas, todas com o Brasil no pódio.

“Por óbvio que nossa vontade era de resultados melhores e temos muito ainda a avaliar sobre o nosso desempenho. Fica o gosto amargo de não ter conseguido os objetivos, mas estamos com a consciência tranquila de havermos feito todo o trabalho necessário, com o apoio integral e irrestrito do Comitê Olímpico do Brasil, para chegarmos lá e conquistarmos o maior volume possível de vitórias, que não ocorreram nos Jogos Olímpicos de 2024, mas ocorreram nos jogos de 2020, nos mundiais, no continental, no pan americano e em várias competições onde o Brasil saiu como campeão por equipes”, lembra o presidente da CBBoxe.

Sobre as críticas construtivas recebidas, Marcos Brito afirma que tudo será levado em conta.

“É natural que as críticas aconteçam, tendo em vista que as projeções que eram feitas anteriormente foram maiores do que o que foi conquistado, mas a equipe que trouxe esse bronze é a mesma que conquistou três medalhas nos Jogos de Tóquio e sete pódios nos quatro Mundiais de 2019 a 2023, dentre outras competições duríssimas”, explica.

“Todos nossos atletas chegaram aos Jogos Olímpicos bem preparados e enfrentaram adversários da mais alta qualidade; em alguns casos, combates que se esperava que ocorressem mais à frente na competição. Jucielen, Keno e Wanderley caíram na luta da medalha de bronze. Portanto, todas as críticas são consideradas, serão avaliadas no contexto da evolução e do desempenho da seleção nos jogos”, emenda.

Já as críticas que não forem para agregar na evolução da seleção, segundo o presidente da CBBoxe, não serão levadas em conta.

“Há também críticas feitas por pessoas que torcem pelo contra, aquelas que querem o resultado ruim para conseguirem exposição por motivação exclusivamente pessoal, e interesses diversos aos do esporte. Essas serão desconsideradas. O sentimento que fica é o sentimento de que todos temos, o de voltamos com menos do que esperávamos. Fica aquela sensação do quase; quase chegamos a quatro medalhas olímpicas, quase Abner ganhou, quase Bolinha ganhou. É hora de juntarmos todas as informações do ciclo inteiro, analisarmos com muito cuidado e projetarmos a preparação para o futuro”, comenta.

Por falar em futuro, logo após uma reunião que acontecerá nos próximos dias com o corpo técnico da seleção brasileira, a equipe já voltará a atenção para as próximas competições.

“Agora os nossos objetivos são as competições da World Boxing na Mongólia e na Inglaterra buscando o melhor ranqueamento para nossos atletas. E, além dessas, o mundial juvenil que acontece nos Estados Unidos e a Gymnasiade, em colaboração com a Confederação Brasileira de Desporto Escolar”, explica Marcos Brito.

Sobre o ciclo para Los Angeles-2028, Marcos Brito exalta sua confiança no elenco.

“Nossa política em relação à seleção brasileira de boxe é pautada pela utilização dos que estão em melhores condições de competição. Neste ponto temos grandes atletas. Se não conseguiram os resultados agora, continuam sendo temidos pelas seleções do mundo inteiro, por isso não há planos de se alterar essa premissa. Neste momento, a seleção brasileira terá uma alteração, a Bia deixa o boxe olímpico, por iniciativa própria, para se dedicar ao boxe profissional, onde certamente trará muitas conquistas para o Brasil”, conclui.