Campeão do One, quarentão Bibiano Fernandes se coloca à disposição para desafios de Jiu-Jitsu após fim da quarentena

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Dono do cinturão do ONE Championship, lutador brasileiro completa 40 anos e comemora longevidade na carreira – Foto: Divulgação ONE

Bibiano Fernandes tem motivos de sobra para comemorar. Mesmo em meio ao caos causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em todo mundo, o lutador comemora 40 anos de vida nesta segunda-feira, dia 30 de março, e se torna o único brasileiro campeão na faixa etária entre os principais eventos de MMA do planeta.

Boa alimentação, cuidado com o corpo, inteligência nos treinos e renúncia aos prazeres da vida. Esses são alguns dos segredos de Bibiano para se manter longevo na carreira e competindo em alto nível. O manauara mantém esse estilo de vida desde o início da carreira.

“Não é fácil se manter entre os melhores por longos anos, como é o meu caso. É preciso muita dedicação, muita disciplina. O MMA é uma modalidade intensa, que exige muito do atleta, então não é fácil ter longevidade na carreira profissional. Tem que abrir mão de muitas coisas, cuidar bem do corpo e da mente, pois eles são seus instrumentos de trabalho”, conta o campeão.

Foi então com 33 anos que Bibiano conquistou o título peso-galo (até 65,7 kg) do ONE Championship. Os adversários são sempre mais novos, mas a diferença no papel não significa absolutamente nada dentro do cage. Em seus dois últimos combates, por exemplo, o brasileiro mediu forças com Kevin Belingon, 31 anos na época, oito a menos que o campeão. “Há muito tempo que eu não enfrento alguém mais velho ou com a mesma idade que eu”, comenta aos risos.

Quarenta anos, carreira consolidada no cenário do MMA mundial e família construída, mas se engana quem pensa que tudo isso afasta Bibiano de novos desafios. Ele pretende defender seu título no ONE Championship tão logo o evento retorne com suas edições, e planeja novas provações. Um de seus principais desejos é lutar novamente jiu-jitsu, seja com ou sem quimono.

“Eu amo jiu-jitsu, é a modalidade que me formou na luta. Até hoje é minha principal arma no MMA, então tenho vontade de fazer algumas lutas de jiu-jitsu. Pensei em competir o Mundial máster, o Europeu, mas essa pandemia estragou meus planos. Gosto da ideia de fazer umas lutas casadas também, seja com ou sem quimono. Estou aceitando propostas. O ‘quarentão’ aqui quer lutar”, avisa o faixa-preta.