Herbert Burns vê Jiu-Jitsu como caminho para estrear com vitória no UFC: ‘Cheguei para fazer barulho’

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Após vencer o Contender Series, irmão de Gilbert Durinho vai encarar o americano Nate Landwehr no dia 25 de janeiro, no UFC Fight Night 166 – Foto: Sondermarketing

Após passagens de sucesso por grandes eventos como o ONE Championship e o Titan FC, Herbert Burns finalmente irá se juntar ao irmão, Gilbert Durinho, na maior organização de MMA do mundo. A estreia no UFC já está marcada: o brasileiro encara Nate Landwehr no dia 25 de janeiro, no UFC Fight Night 166, que acontece na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Herbert vive a expectativa de debutar no evento desde agosto de 2019, quando garantiu um contrato com o UFC após vencer sua luta no programa Contender Series, que é chancelado por Dana White, presidente do Ultimate.

“A expectativa é a melhor possível. Eu estava treinando forte, tentando fazer minha estreia ainda em 2019. Quase peguei uma luta de última hora no UFC de Fort Lauderdale, contra o Thomas Gifford, mas ele preferiu outro adversário. Tentei lutar no card do Brasil, no card da Coréia, mas acabou que não aconteceu. Estava treinando forte, me mantendo ativo e, quando fechamos esta luta para janeiro, dei até uma diminuída nos treinos para não ter nenhum excesso de treinos. A ideia é chegar lá, causar uma boa primeira impressão e mandar uma mensagem para o resto da categoria: a de que eu cheguei para fazer barulho”.

Para isso acontecer, Herbert terá que derrotar um oponente de respeito. O americano Nate Landwehr, que atende pelo apelido de “O trem”, é ex-campeão do M-1 e tem a luta em pé como especialidade. Usando a trocação, Nate nocauteou oito de suas 13 vítimas. Como antídoto, o brasileiro, faixa-preta de Jiu-Jitsu, pretende levar o combate para o chão. Hebert finalizou sete dos 11 adversários que enfrentou na carreira.

“O Nate é um cara duro, de trocação boa. Acho que o caminho para vencê-lo é o Jiu-Jitsu, sim. Ele já foi finalizado. Tem uma derrota por decisão e outra por finalização. Então, é buscar usar meu Jiu-Jitsu, que é o meu ponto forte. É aquela luta clássica de striker contra grappler. Tenho que trabalhar para encurtar a distância, derrubar e finalizar. Tenho certeza que meu Jiu-Jitsu é muito superior. Quando a gente, eventualmente, chegar no chão, eu vou conseguir trabalhar para finalizar. Mas estou treinando boxe e kickboxing com o Henri Hooft. Tenho que ficar ligado em pé e usar o meio-campo, que é o wrestling, para derrubar. No chão, terei ampla vantagem”, analisou.

Tanto Herbert quanto Nate têm 31 anos, vivem momentos parecidos na carreira e irão estrear no UFC. O brasileiro vê o casamento da luta como uma espécie de mata-mata. O atleta que vencer o confronto, segundo ele, tem chances de receber maior investimento do Ultimate.

“Nós dois somos tarimbados, já lutamos em eventos que têm uma certa expressão. Temos a mesma idade, já somos experientes. Acho que eles quiseram colocar a gente para lutar logo de cara para ver em quem eles vão investir. Botaram dois leões para se enfrentar para ver quem vai chegar para fazer barulho. Vai ser tipo uma eliminação, porque eles não têm como investir em muitos lutadores na categoria. E a gente já não tem tanta idade para eles construírem uma estrada muito longa para nós. Uso como exemplo a situação de quando o Glover Teixeira entrou no UFC, com a ideia de fazer poucas lutas e disputar o cinturão. Espero que seja isso. Vou estar pronto para botar para quebrar na luta. Não cheguei na divisão para ser farinha e ficar no meio do bolo. Quero ficar no topo da divisão e, em breve, disputar o cinturão. Mas um passo de cada vez. Estou focado no Nate, que é um cara muito duro e merece meu respeito”.

Atleta nato, Herbert Burns tenta manter-se sempre ativo e preparado para atuar. Em 2020, ele quer quebrar um recorde na própria carreira: entrar no octógono quatro vezes (em 2014, fez três lutas). O fato do primeiro combate ser logo no início do ano já o ajuda a tentar cumprir este objetivo.

“Eu quero sim (fazer muitas lutas este ano). Quero fazer, no mínimo, quatro lutas este ano. Lutar já em janeiro vai ser muito bom para alcançar este objetivo. Também quero lutar de novo no Brasil este ano. Quero fazer duas lutas no primeiro semestre e duas no segundo semestre. Este seria o ideal para mim. Seria muito bom e acho que, lutando em janeiro, esta possibilidade é muito grande. O foco é me manter ativo e dar tudo nesta luta contra o Nate. Tenho certeza que tenho tudo o que é preciso para chegar lá, fazer um bom trabalho e mostrar minha carta de apresentação para o resto da divisão. Não cheguei para ficar de bobeira, cheguei para dominar”, concluiu.