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UFC: odds e prognósticos nas lutas Thiago Marreta x Glover Teixeira e Claudia Gadelha x Yan Xiaonan

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A luta entre Glover Teixeira e Thiago Marreta será a atração principal do próximo UFC Fight Night, marcado para este sábado (07). Vamos analisar as chances de cada um nas casas de apostas esportivas para esse grande combate entre meio-pesados, que estão à beira de outra disputa pelo título. De acordo com os odds, Marreta surge como claro favorito. Na sequência, confira os prognósticos dessa e também da luta entreClaudia Gadelha x Yan Xiaon com as cotas do Bodog.

Peso meio-pesado – (R$ 1,40) Thiago Marreta x Glover Teixeira (R$ 2,95)

Esta será a primeira luta de Thiago Marreta após ele ter perdido por decisão dividida para Jon Jones, no UFC 239, em 2019. Os meio-pesados lutaram por cinco rounds brutais, com os juízes dando a vantagem para Jones. Muitos fãs e especialistas discordaram da decisão, dizendo que o brasileiro fez o suficiente para se tornar o novo campeão da divisão. Desde então, Thiago passou por cirurgias nos dois joelhos.

Previsão Glover x Marreta

O consenso dos analistas está dando a esta luta uma previsão muito mais próxima do que as probabilidades sugerem. Teixeira derrubou Anthony Smith em sua última luta, marcando um TKO (nocaute técnico) tardio para vencer o combate. Ele está em uma sequência de quatro vitórias consecutivas e sua última derrota foi para Corey Anderson, por decisão, em 2018.

Vemos essa luta se desenhando muito agressiva em pé. Espere que Marreta saia, literalmente, com bombas e tente nocauter Teixeira tão logo seja possível. Mas Glover é uma rocha. Então, ele pode tentar derrubar seu compatriota e descarregar um ground and poundse tiver sucesso.

Futuro da divisão dos meio-pesados

Essa luta é muito importante para o futuro da categoria meio-pesado. Depois que Jon Jones desocupou o título, Jan Blachowicz derrotou Dominick Reyes para se tornar o novo campeão dos meio-pesados. Agora, Blachowicz dá as boas-vindas a Israel Adeysanya como meio-pesado para sua primeira defesa de título.

  • Favorito: Thiago Marreta, com odds de 1.40 para 1, segundo o Bodog.

Peso-palha – (R$ 2,25) Claudia Gadelha x Yan Xiaonan (R$ 1,66)

Gadelha tem passado por altos e baixos nos últimos tempos, mas quando está no seu melhor, a brasileira é uma máquina. Com punhos muito sólidos e ótima técnica de jiu-jitsu, dita o ritmo dos combates com muita explosão. Mas seus recentes e graves problemas físicos podem comprometer bastante sua performance.

 

Certo é que a chinesa Yan Xiaonan vai dar muito trabalho para Claudia Gadelha. Exímia Kickboxer, a lutadora asiática é uma grata surpresa do Ultimate. Além disso, seu wrestling provou ser bastante sólido, com uma taxa de encaixes altíssima. Infelizmente para os fãs brasileiros, Xiaonan demonstra ter mais preparo para levar o cambate até o fim e ficar com a vitória por decisão.

Cotas do UFC Fight Night (07 de novembro) com cotas do Bodog

  • Card principal

(1.40) Thiago Santos x Glover Texeira (2.95)

(1.33) Tanner Boser x Andre Arlovski (3.40)

(1.90) Ian Heinisch x Brendan Allen (1.90)

(1.66) Yan Xiaonan x Claudia Gadelha (2.25)

(1.25) Raoni Barcelos x Khalid Taha (4.00)

Ex-campeão dos penas, Guilherme Farias retorna ao XFC para tentar repetir sucesso nos galos

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Ex-campeão peso-pena do XFC, o brasileiro Guilherme Faria retorna à organização norte-americana no próximo dia 11, em Atlanta, EUA, para tentar repetir o sucesso, agora na divisão dos galos. O pupilo de Paulo Nikolai encara Andre Soukhamthath. 

Aos 29 anos, o brasileiro ostenta um cartel de 16 vitórias em 24 lutas. Mais da metade de seus triunfos foram via nocaute. Sua última luta pelo XFC foi em 2015, justamente na que lhe rendeu o título dos pesos-penas.

Nova vitrine para atletas brasileiros, Forze FC estreia no dia 28 deste mês

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Mesmo em meio a uma pandemia, o MMA brasileiro ganhou mais um evento para servir de vitrine para nossos talentos. Idealizado pelo empresário Stefano Sartori, o Forze FC estreia no dia 28 de novembro, em Curitiba, com 12 lutas profissionais. Empolgado para mais um projeto no meio das lutas, Sartori, que também é CEO do Imortal FC, destacou a finalidade da nova organização.

“O Forze FC foi criado e desenvolvido para ser um grande evento e servir de plataforma para descobrir e desenvolver novos talentos, assim como apresentar lutas de alta qualidade para o público do MMA. Os eventos serão transmitidos ao vivo em nossas redes e a geração de conteúdo para as nossas plataformas será ponto chave da nossa estratégia para nosso crescimento”, explicou.

A impossibilidade de se promover aglomerações devido à pandemia do coronavírus não é um obstáculo para o Forze, que surge com a ideia de se explorar o meio digital. Todas as lutas serão transmitidas ao vivo e em alta qualidade de imagem pelo canal do evento no Youtube.

“Vamos fazer uma excelente transmissão e a galera vai poder curtir as lutas em segurança. Esperamos passar por este momento difícil e voltar em 2021 ao nosso melhor estilo: lotando os ginásios e sentindo aquela energia que só um ginásio de MMA lotado consegue proporcionar”, projetou o empresário.

Das 12 lutas programadas, quatro já foram anunciadas oficialmente. Na principal, a invicta Quezia Zbonik enfrenta Josiane Nunes pela divisão dos galos. Enquanto Zbonik venceu todas as quatro lutas que disputou, Nunes saiu vitoriosa em seis – todas por nocaute – das sete que entrou no cage.

“A Quezia chega para fazer a luta mais dura da sua carreira, sua primeira luta principal. Ela é uma striker, tem a mão dura, mas também tem o chão afiado e faz parte do time do Monstro, no qual ela treina com Jennifer Maia, John Allan e vários atletas muito bons. Já a Josi Nunes tem seis vitórias e a sua única derrota foi contra a Taila, atleta do UFC. Ela é uma striker e tem as mãos muito pesadas, lapidadas pelo Waslov na Strikers House. Não tenho dúvidas que vai ser uma guerra e não vai durar os três rounds”, projeta Sartori.

Card provisório

Forze FC 1 – Zbonik vs Nunes 

61kg – Quezia Zbonik x Josiane Nunes
77kg – Marcos Pirata x Rafael Sadan
70kg – Bruno Padilha x Serginho Barbosa
66kg – Everton Toniazzo x Rodrigo Vieira

Jennifer Maia revela ter pego dicas sobre Valentina Shevchenko com Amanda Nunes

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Jennifer Maia sobe no octógono do UFC 255, no próximo dia 21, em Las Vegas, para disputar o cinturão peso-mosca diante de Valentina Shevchenko. A lutadora participou do CONEXÃO PVT nessa quarta-feira ao lado do treinador e marido Ed Monstro e falou sobre a expectativa para o combate. 

A ex-campeã do Invicta também revelou ter pego dicas com Amanda Nunes, única a derrotar a campeã peso-mosca no UFC – em lutas pelo peso-galo -, e disse acreditar que Amanda Ribas deva se consagrar em breve na divisão dos palhas. Assista à entrevista completa no vídeo abaixo:

https://youtu.be/njMGnSdKVWc

Pedro Rizzo sobre Marreta x Glover: ‘Não gostaria de ver, mas é uma luta que faz sentido’

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Embora o vencedor tenha grandes chances de ser alçado à disputa do cinturão dos meio-pesados do UFC, Thiago Marreta x Glover Teixeira, que acontece neste sábado em Las Vegas, é a luta que a maioria dos brasileiros não gostaria de ver; ainda mais se tratando de Pedro Rizzo, que treinou e criou um laço afetivo com ambos. 

https://youtu.be/gvXxqPSoQic

Em bate-papo com o PVT esta semana, “The Rock”, que estará no evento para dar suporte a Raoni Barcelos, disse que a ideia, no princípio, era não assistir à luta. Apesar disso, ele admite que o casamento é coerente. Embora não manifeste torcida para nenhum dos lados, o líder da Ruas Vale-Tudo não deixou de fazer sua análise.

UFC 9: Rivalidade Brasil x EUA, jeitinho brasileiro e surra fotográfica

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Confraternização entre Severn e Shamrock após o evento

É natural que o primeiro UFC seja uma experiência marcante para qualquer jornalista, mas eu tenho que reconhecer que este meu primeiro Ultimate foi bem além disso. Além da surpreendente derrota do fenômeno da Carlson Amaury Bitetti para Don Frye diante de uma ensurdecedora torcida americana, testemunhei o desconhecido aluno de André Pederneiras, Rafael Carino, salvando a noite brasileira, a revanche entre Shamrock e Severn, um campeão olímpico sendo convidado para lutar nos corredores do hotel e, de quebra, ainda levei uma surra fotográfica inesquecível. Nesta 7º edição do baú trago estas e outras lembranças dos bastidores daquele dia 17 de maio de 1996 em Detroit, Michigan, há 24 anos.

Menos de um mês depois de acompanhar uma seleção de oito brasileiros lutando contra o resto do mundo no UVF 1 em Tokyo e testemunhar uma goleada brasileira (6×2), fui a Detroit nos EUA cobrir meu primeiro UFC (9), onde lutaram os brasileiros Amaury Bitetti e Rafael Carino.

Com a saída de Rorion e Royce na 5º edição, o show inicialmente concebido para comprovar a superioridade de uma modalidade sobre outras, foi comprado pela SEG (Semaphore Entertainment Group), que passou a ter como principal foco as vendas de pay per view.  Ou seja, não havia mais como fazer lutas sem limite de tempo.

Nesta 9º edição, pela primeira vez, tentou-se abolir o formato torneio, fazendo um evento de seis lutas casadas.  Curiosamente a forte campanha anti-NHB (No Holds Barred), que boa parte da classe política fazia contra o UFC, acabou ajudando a alavancar as vendas do show. Não por acaso o ginásio Cobo Arena lotou com quase 12 mil pessoas. E o pay per view atingiu a casa dos 300 mil pacotes vendidos.

Lembro que pude sentir a febre do Jiu-Jitsu nos EUA assim que entrei no lobby do hotel dos lutadores em Detroit e avistei um festival de camisas de Jiu-Jitsu: Gracie,  Rickson, Machado Brothers, Pedro Sauer. Curiosamente, mesmo sem vencer desde o UFC 7 (com Ruas), os brasileiros eram sempre favoritos. Por outro lado aumentava a torcida americana que não suportava mais ver brasileiros vencendo em seu território. O clima de Brasil x USA era forte nos bastidores. Isso acabou ficando ainda mais claro pelo fato de eu estar vindo de uma cobertura no Japão (pré era Pride) onde a torcida era totalmente silenciosa, chegando a aplaudir os lutadores brasileiros quando estes venciam os locais. Nos EUA a atmosfera era absolutamente distinta e isso ficou patente na entrada de Don Frye e para enfrentar Amaury Bitetti sob os gritos ensurdecedores de  USA ! USA ! USA ! emanados por 12 mil torcedores que transformaram a Cobo Arena numa espécie de “Bombonera” do NHB.

CHOQUE DE REALIDADE

Faixa preta de Judô, Jiu-Jitsu e campeão de Boxe e Muay Thai sendo por isso apontado por muitos como faixa preta mais técnico de Carlson Gracie no Vale-Tudo, Amaury Bitetti com apenas (1,73m 85kg), teve a indigesta tarefa de fazer sua estréia no UFC contra, Don Frye (1,85m/95kg).

Amaury, cuja última luta havia sido o nocaute para mestre Hulk um ano antes, enfrentaria o campeão do UFC 8, que há dois meses tratorizara três oponentes em menos de 3 minutos.

Lembro que, ao lado do octagon, podia perceber o nervosismo de Amaury que chegava a babar andando de um lado para o outro enquanto Frye de braços cruzados sorria para o carioca.

Assim que o juiz Big John proferiu o seu “Let´s Get it On” Amaury partiu para cima do oponente com ímpeto, aplicando um pisão e tentando cinturá-lo junto a grade. Mas Frye usou seu Wrestling para deixar o brasileiro fazer força e cansar tentando derrubá-lo. Quando percebeu que o faixa preta de Carlson já dava sinais de cansaço, Frye o soltou e partiu para a trocação. Amaury acertou o primeiro, mas foi logo contra-atacado com dois potentes golpes, sendo derrubado pelo americano, que, após acertar alguns socos ainda tentou passar sua guarda. Amaury levantou e, de pé novamente, voltou a levar desvantagem. Enquanto a torcida gritava sem parar: USA ! USA ! o brasileiro absorvia um direto, dois cruzados e três joelhadas até cair fazendo guarda tentando se defender de uma chuva de socos e cotoveladas do americano

A luta foi interrompida para os médicos analisarem o sangramento do brasileiro, mas Amaury queria mais. Quando o combate foi reiniciado, Bitetti, que já parecia nocauteado em pé desde o cruzado no queixo que levou nos primeiros minutos de luta, lutava no automático. Enquanto isso, Frye, mesmo já estando bastante cansado, o punia em pé e novamente de dentro da guarda. Já bastante cansado, sangrando muito e sem esboçar reação, Amaury viu Big John interromper o combate a 9min22s. “O Amaury é o lutador mais guerreiro que já vi aqui no UFC, mesmo perdendo não parava de atacar e não desistiu. Espero que continue a lutar”, me disse Big John ao sair do octógono.

“Com um minuto de luta percebi que ele não era tão bom quanto imaginava. Adoro que me coloquem na guarda é muito cômodo para mim. Agora quero um Gracie . Eles são bons mas tenho certeza que minha técnica é superior”, me disse na época Frye numa festa realizada pelo UFC no hotel logo após a luta.

A bem da verdade esta derrota de Bitetti par Frye e as lutas entre Murilo Bustamante vs Tom Erikson e Fábio Gurgel vs Mark Kerr, em 1997, mostrariam que já era passada a hora de se estipularem categorias de peso, ou seja, transformar aquele confronto entre estilos, que marcava o Vale-Tudo (NHB), num esporte que viria a ser chamado de MMA.

Don Frye e Amaury Bitetti no filme errado

AMAURY BITETI: HOJE EU LUTARIA ATÉ 77KG

Passados 24 anos do confronto com Frye, Amaury Bitetti hoje reconhece a loucura de lutar sem limite de peso. “Foi uma guerra, o Frye era enorme, bom de porrada e wrestling, difícil de quedar, e ainda segurava a grade o tempo todo. Eu queria vencer no 1º round, porque sabia no segundo eu iria cansar, pois vinha de um estiramento no abdomen e tinha tomado infiltração. Não consegui, ele cansou também, mas foi melhor”, lembra Bitetti, que após as derrotas para os bem maiores Hulk e Frye, conquistou três vitórias seguidas lutando em seu peso. “Venci o Maurice Travis, o Alex Andrade no UFC, e o Dennis Hallman, que tinha acabado de finalizar Matt Hughes duas vezes no UFC”. Amaury revela que se lutasse hoje estaria na divisão dos meio médios. “Hoje seria bem mais fácil, tem regra, divisão de peso, e na minha época não tinha nada disso, era porrada. Hoje eu lutaria de 77kg”

CARINO CALA AMERICANOS E AINDA GANHA CAPA

Se a derrota de Amaury fez explodir a torcida americana, o faixa marrom de André Pederneiras, Rafael Carino (1,97m/113kg), que na época só tinha 23 anos de idade, calou a Arena de Detroit na luta preliminar. Seguindo os conselhos do mestre que fazia seu córner ao lado de Vitor Shaolin, Carino só precisou de 5min32s minutos para derrubar e montar e obrigar Matt Anderson (1,89m/105kg) a desistir com socos na guarda.

Num momento em que os faixas pretas mais experientes disputavam acirradamente a possibilidade de sair na capa dos dois principais veículos, Tatame e Gracie (na época ainda em formato de jornal), aquele faixa marrom de apenas 23 anos estava no lugar certo e na hora certa. Salvou a nossa cobertura e me proporcionou uma boa imagem (socos na montada) e acabou virando capa da primeira revista Tatame.

Pederneiras, Rafael Carino e Marcos Jara

SEVERN VENCE REVANCHE COM SHAMROCK

Depois de conseguir empatar com Royce no UFC 5, numa luta de 36 minutos, Ken Shamrock acabou se beneficiando com a saída do Gracie do show logo após esta edição (Rorion não aceitou a limitação de tempo imposta pela TV e decidiu vender sua parte do show).  Mesmo nunca tendo vencido um torneio do UFC, Ken ficou como detentor do cinturão de super fighter, botando o titulo em jogo em 4 oportunidades e vencendo todas elas. Primeiro Severn (UFC 6), depois Taktarov (UFC7) e depois Kimo (UFC8). Mas com a vitoria de Severn no primeiro Ultimate Ultimate, quando passou por Paul Varelans, Tank Abbot e Taktarov na mesma noite, o wrestler conquistou o direito a revanche. E ela ocorreu como super luta do UFC 9.

Ao contrário da primeira luta quando Shamrock só precisou de 2minutos para finalizar “A besta” com uma guilhotina, desta vez a luta transcorreu 30 longos e monótonos minutos. Ao contrário do duelo de grapplers que todos esperavam o que se viu foi uma luta de dois trocadores de tapa. No finalzinho Dan Severn levou Shamrock para o chão, mas este conseguiu raspar e caiu montado e assim permaneceu por alguns minutos. Severn conseguiu sair e caiu novamente por cima passando o último minuto da luta socando de dentro da guarda de Shamrock, que foi salvo pelo gongo. Na prorrogação mais 3 minutos de troca de tapas e os juiz resolveram dar a vitória a Severn.

CAMPEÃO OLIMPICO E JEITINHO BRASILEIRO

No Brasil, até os dias de hoje, ouvimos histórias de eventos pequenos que salvam o card convidando lutadores no dia da pesagem. Existem até relatos de eventos que convidaram lutadores na platéia na hora do show.

No UFC 9 acompanhei algo parecido acontecendo. Dave Beneteau, que deveria enfrentar o vice campeão do UFC 8, Gary Goodridge, se machucou um dia antes da competição. E os organizadores recorreram ao famigerado jeitinho brasileiro para resolver a situação. Ao saber da vaga, o faixa preta de Rickson Gracie, Pedro Sauer, que estava no mesmo hotel dos lutadores com seu aluno, o bi-campeão olimpico de Wrestling Mark Schultz, sugeriu seu nome aos promotores.  O pessoal da SEG, interessado em catapultar as vendas pay-per view,  adorou a idéia. A fama de Schultz nos EUA lhe rendeu uma irrecusável proposta: 50 mil para fazer uma única luta.

Nos bastidores Sauer me confessou “Aposto contigo que ele vai dar um pau neste Goodridge. O Cara é tão duro que o Rickson só conseguiu finalizá-lo três vezes em trinta minutos de treino, isso sempre por baixo”, me disse o faixa preta que na época residia na Califórnia.

Dito e feito. Mesmo sendo 20kg mais leve, Shultz derrubou Goodridge três vezes dominando a luta toda e terminando montado e batendo. Graças a excelente atuação e a mãozinha que deu para catapultar as vendas de pay per view, Mark acabou embolsando o dobro do combinado: US 100 mil.

A diferença de peso também marcou outra luta do card.  Mark Hall (1,83m-86kg) só precisou de 40 segundos para quebrar o nariz do gigante do Sumô Koji Kitao (2m/170kg), que um mês antes do evento havia perdido para o brasileiro The Pedro no UVF Japan. O sangramento abundante no nariz do japonês levou os promotores, já preocupados com a visão do esporte na TV, a interromperem o combate.

No outro combate Call Worsham (1,80m/90kg) depois de derrubar o karateca Zane Frazier (1,98kg/97kg) o obrigou a desitir a 3min14s com socos e cabeçadas.

Apesar das excelentes vendas pay per view o formato de lutas casadas não agradou o público e na edição seguinte a SEG se veria obrigada a retornar ao formato torneio consagrando Mark Coleman como novo campeão ao vencer Don Frye na final do UFC 10.

INFERNO FIGHTING CHAMPIONSHIP

Num evento marcado por tantas surpresas e fortes emoções dentro e fora do octógono, acabou sobrando uma surra até pra mim.

A poucas horas do evento enquanto arrumava meu equipamento, meu amigo e parceiro de quarto, Susumu Nagao reclamava da dificuldade de conseguir o Ektachrome 320 T em Tokyo e me perguntou como era no Brasil. Quando eu disse que nunca tinha visto aquele filme Susumu soltou o clássico japonês “oooooohhhhhhhhhhhhh”. Na seqüência o mestre me explicou que ao contrário do evento que havíamos acabado de cobrir no Japão, onde a temperatura de cor da luz “puxava para o azul”, a temperatura de cor no UFC puxava muito para o vermelho e não me permitiria usar um slide normal (daylight) como usei no Japão. O correto seria usar o Ektachrome 320 e puxar três pontos na hora da revelação em um laboratório profissional. Aquela altura não tinha mais o que fazer até porque Nagao me informou que eu só encontraria aquele filme numa loja profissional em Nova York.

Resultado: surra fotográfica ! Quando revelei meus slides Amaury Bitetti e Rafael Carino pareciam estar lutando para o “sete peles” nas entranhas do Inferno Fighting Championship. Sensibilizado com a surra do amigo, mestre Nagao se colocou a disposição para me ceder algumas fotos, mas, por sorte, ainda tinha levado alguns negativos que salvaram a capa da Tatame e algumas fotos da Superfight.

Foi neste dia que compreendi a máxima do mundo da luta “É na derrota que aprendemos mais”. Definitivamente foi o que aconteceu comigo. Após esta surra fotográfica nunca mais viajei para um UFC sem uma caixa de 320 T na bagagem. Além de encarecer as coberturas em quase 40% (na maioria das vezes gastava mais com filme e revelação que em hotel) este cromo era dificílimo de operar principalmente na revelação em laboratório (na hora da revelação eu perdia em media 60% do material), mas era a nossa salvação.

É por estas e outras que sempre lembro os colegas fotógrafos, que não viveram a era analógica a erguerem as mãos para os céus sempre que forem usar suas câmeras digitais e, acima de tudo, pensarem bem ao cogitarem apontar algum GOAT (maior fotógrafo de MMA de todos os tempos), que não seja o japonês Susumu Nagao.

De olho no cinturão dos leves do Shooto, Leandro Mun-Rá busca sexta vitória seguida no MMA

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Mun-Rá vem de sequência de vitórias - Foto: Leonardo Fabri

O peso-leve Leandro Mun-Rá vive uma grande fase na carreira. Vindo de cinco vitórias seguidas, ele vai em busca de mais um triunfo neste domingo (8) no Shooto Brasil 103, que será realizado no Rio de Janeiro. O atleta da Tropa Thai, que lutou em julho na organização e venceu por finalização, espera ter uma grande performance para conquistar uma chance pelo cinturão dos leves da organização.

Mun-Rá vem de sequência de vitórias – Foto: Leonardo Fabri

“Esse cinturão é o meu sonho. Minhas expectativas são as melhores possíveis para essa luta e espero conseguir um nocaute. Estou me dedicando muito e me esforçado pra isso. Não quero que seja uma luta muito longa, quero acabar com ela o mais rápido possível e fechar esse 2020 com chave de ouro”, disse Mun-Rá.

Apesar do grande momento que vive no MMA, o pupilo de Diego Braga e Eduardo Pachu ainda não vive exclusivamente do esporte. Ele divide o seu tempo entre os treinos e o trabalho como barbeiro para pagar as suas contas. Por isso, ele quer a vitória para buscar o cinturão do Shooto e em seguida ganhar uma chance em um evento internacional.

“Por enquanto sigo trabalhando como barbeiro para poder pagar as minhas contas. Está difícil conseguir patrocínio, então me divido entre os treinos e o trabalho na barbearia. Acordo todos os dias às 7h para trabalhar, depois vou treinar e volto a trabalhar. Geralmente vou até 1h da manhã no trabalho. Estou nessa guerra, mas espero que eu possa ganhar essa luta, disputar o cinturão e depois partir para um evento internacional para me dedicar apenas a minha carreira de lutador”, concluiu o casca-grossa.

Jennifer Maia e Ed Monstro são os convidados do Conexão PVT desta quarta

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Jennifer e Ed Monstro estarão ao vivo - Foto: Arquivo Pessoal
Jennifer e Ed Monstro estarão ao vivo – Foto: Arquivo Pessoal

Escalada para a disputa do cinturão peso-mosca contra Valentina Shevchenko no dia 21 de novembro, Jennifer Maia é a convidada do CONEXÃO PVT desta quarta-feira, ao vivo, a partir das 20h, no canal do PVT no Youtube. 

Ao lado de seu treinador Ed Monstro, a desafiante vai contar um pouco sobre seu início nas artes marciais, os maiores desafios de sua carreira, como é representar a Chute Boxe e, claro, o que pretende fazer para desbancar a atual campeã.

De volta ao MMA, Antônio Pezão analisa adversário de sua luta na França

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Sem lutar MMA há mais de três anos, o ex-campeão peso pesado do Cage Rage Antônio Pezão viaja à França para enfrentar o americano Chris Barnett no dia 12 de dezembro no evento Arena FC. Em vídeo enviado ao PVT, o brasileiro falou da frustração de ter sua luta no Taura cancelada e analisou o próximo adversário. 

https://youtu.be/ncntVPno3No

Aos 41 anos de idade, Pezão não luta MMA desde a derrota sofrida para Vitaly Minakov no Fight Nights Global em 2017. Depois disso, ele chegou a se arriscar no Kickboxing, perdendo para Rico Verhoeven no Glory; e no evento de Boxe sem luvas Bare Knuckles, onde foi nocauteado por Gabriel Napão.

SFT 22 consagra Pamela Mara como nova campeã peso-palha

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Pamela Mara ficou com a cinta - Foto: Edu Rocha

Foi realizado no último sábado (31) o SFT 22, evento que marcou a terceira edição do Outubro Rosa, que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, câncer de colo do útero. Na luta principal da noite, Pamela Mara finalizou Andreia Serafim no quarto round de combate e conquistou o cinturão peso-palha da organização.

Pamela Mara ficou com a cinta – Foto: Edu Rocha

Pamela iniciou o duelo melhor na trocação, com bons golpes aplicados na média distância, com destaque para um belo cruzado, que acertou Andreia Serafim. Após o segundo e terceiro rounds de mais equilíbrio, a vitória de Pamela Mara veio no quarto assalto, onde a atleta colocou seu Jiu-Jitsu em ação e finalizou a adversária com uma justa guilhotina. Agora campeã, a mineira contabiliza cinco vitórias em sua carreira, sendo três delas no SFT.

A luta co-principal da noite também foi marcada por uma disputa repleta de ação, mas que terminou de forma rápida. Karine Killer e Sidy Rocha vinham fazendo um duelo estudado, até que o confronto foi para o chão, onde Karine aplicou um armlock e Sidy, ao não dar os três tapinhas em sinal de desistência, acabou sofrendo uma fratura no braço. Com isso, Karine Killer foi decretada vencedora por nocaute técnico e emplacou seu segundo triunfo em sequência na organização.
 
Outros destaques 

O card do SFT promoveu também a estreia de Julia Polastri, considerada uma das atletas mais promissoras na categoria peso-palha. Diante de Jessica Cunha, a carioca travou um duelo bastante intenso no primeiro round, com ambas mostrando boas técnicas na luta em pé. No segundo assalto, porém, Julia definiu a luta ao levar o embate para o solo e conseguir a finalização após encaixar um mata-leão. Foi a sexta vitória consecutiva de Julia Polastri no MMA profissional.

Outras grandes atrações foram os dois combates no SFT Xtreme, que consiste em duelos de Kickboxing onde os atletas utilizam luvas de MMA. Em duelo Brasil x Argentina, Bianca Sattelmayer e Florencia Greco fizeram uma das melhores luta da noite, com momentos de muita ação e técnica por parte de ambas, porém, no final, o triunfo ficou com Bianca por decisão unânime. Quem também saiu com o resultado positivo foi Thalita Diniz, que foi superior nos três rounds de combate contra Taty Zika e também foi decretada vencedora por unanimidade.

A luta de abertura do SFT 22 marcou um Desafio de Submission entre Isabela de Pádua, que atualmente integra o plantel do UFC, e Patrícia Sousa. Dominante durante toda a parte do confronto, que tinha duração de seis minutos, Isabela conseguiu a montada, fez a transição para as costas e finalizou no mata-leão para sair com o triunfo.

SFT 22
São Paulo (SP)
Sábado, 31 de outubro de 2020

Pamela Mara finalizou Andreia Serafim com uma guilhotina no 4R
Karine Killer derrotou Sidy Rocha por nocaute técnico (lesão) no 1R
Julia Polastri finalizou Jessica Cunha com um mata-leão no 2R
Bianca Sattelmayer derrotou Florencia Greco por decisão unânime dos jurados
Thalita Diniz derrotou Taty Zika por decisão unânime dos jurados
Isabela de Pádua finalizou Patrícia Sousa com um mata-leão

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