Linhagem da família será debatida durante a live - Foto: Divulgação/AOA
O RESENHA PVT desta quarta-feira, dia 7, traz o membro de uma família bastante importante para a disseminação do Jiu-Jitsu: Octávio de Almeida Jr., filho de um dos precursores da Arte Suave em São Paulo e ex-presidente da Federação Paulista de Jiu-Jitsu.
Linhagem da família será debatida durante a live – Foto: Divulgação/AOA
O faixa-coral estará ao vivo conosco a partir das 19h. Acesse o canal do PVT no Youtube e se inscreva.
Discípulo dos irmãos Yassuitchi e Naotchi Ono e de George Gracie, Octávio de Almeida pai difundiu o Jiu-Jitsu em São Paulo nas décadas de 50, 60 e 70, bem antes da ida de Flávio e Marcelo Behring para o estado, já nos anos 80.
Uma das características que tornou a escola fundamental para a disseminação do Jiu-Jitsu no estado, além do organizado sistema pedagógico, foi o preço mais em conta em relação a outras academias da modalidade, o que abriu portas para as classes mais populares.
A polêmica “sarrada” de Israel Adesanya em Paulo Borrachinha após o nocaute aplicado no último dia 26 deu o que falar. Um dos precursores do estilo de provocação durante a luta, Pelé Landy comparou a cena com a que foi imortalizada por ele na segunda vitória sobre Jorge Patino Macaco no longínquo ano de 1997.
https://youtu.be/EdG5I0KcOW0
“Muito parecido com o que eu fiz com o Macaco. Aquilo ali é como se fosse ‘mijando no território’, mostrando que ele é o grande campeão”, lembrou Pelé. “Desejo toda a sorte ao Borrachinha, sei que ele tem máquina o suficiente para voltar.”
Pelé Landy também corrigiu uma informação dada na edição da série RAIZ DO MMA que retrata a história da Chute Boxe. Segundo o lutador, Rudimar Fedrigo não o levou para o primeiro torneio de Vale-Tudo no circuito nacional; pelo contrário, ele teria ido contrariando as ordens do mestre.
Mulheres lideram programa contra violência doméstica - Foto: Pedro Paulo Torres
A ação em conjunto da Legião da Boa Vontade, Super Rádio Brasil AM 940, MMA Social e programa Empoderadas está atingindo a marca de 10 toneladas de doações a mulheres atendidas pelo programa de combate à violência doméstica. Nesse final de semana foi a vez do time de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, receber as cestas de alimentos e kits de limpeza, além de kimonos para as professoras.
Mulheres lideram programa contra violência doméstica – Foto: Pedro Paulo Torres
“Ações do tipo é de suma importância, ainda mais numa pandemia. Infelizmente a maioria dessas mulheres que sofrem violência doméstica dependem economicamente do agressor, então iniciativas como essa fazem toda a diferença na vida dessas mulheres”, destacou a Dra. Ana Carla Moura, delegada da Delegacia de Especializada de Atendimento à Mulher.
Desde o início da pandemia centenas de famílias atendidas pelo programa foram beneficiadas com os kits. Coordenadora do programa desenvolvido pela Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado do Rio de Janeiro, a faixa-preta de Jiu-Jitsu Erica Paes também exaltou a importância da parceria.
“Mais uma tonelada doada para nossas mulheres, agora de São João de Meriti. Agradeço de coração à LBV. Presidente José de Paiva Netto, muito obrigada, mais uma vez”, disse a fundadora.
Ao todo, a campanha da LBV durante a pandemia já doou mais de 1 milhão e 500 mil quilos de alimentos e produtos de higiene e limpeza a famílias espalhadas por todos os estados do Brasil. Tudo foi arrecadado graças a doações diretas através do telefone e do site da instituição, com grande apoio de personalidades do mundo da luta, artistas, instituições e empresas parcerias. Colabore você também e ajude a multiplicar ainda mais esse número: https://www.lbv.org/.
Número 1 do ranking dos pesos-galos, o ex-desafiante Marlon Moraes entra no octógono da Ilha da Luta, em Abu Dhabi, neste sábado, 10, para medir forças contra Cody Sandhagen. Na reta final do processo de corte de peso, ele falou com o pVT sobre o clima dos bastidores e sobre a expectativa para o duelo.
https://youtu.be/rBMhYSiqA7s
Vindo de vitória sobre o compatriota José Aldo, em dezembro do ano passado, Marlon Moraes pode reconquistar a chance de disputar o cinturão em caso de vitória. Seria sua segunda disputa de título no UFC. Na primeira, ele acabou superado pelo então campeão Henry Cejudo, no junho do ano passado.
O UFC na Ilha da Luta deste sábado traz dois nomes muito bem cotados para vencer. Tratam-se de Charles Jourdain e Kyler Phillips, que encaram Joshua Culibao e Cameron Else, respectivamente. Confira abaixo com os odds do UFC para este e outros confrontos da noite.
Peso galo – (R$ 1,22) Kyler Phillips x Cameron Else (R$ 4,50)
O grande favorito da noite de Abu Dhabi é Kyler Phillips. O norte-americano rende R$ 1,22 para cada real com uma vitória para cima de Cameron Else, segundo dados do Odds Shark. A razão disso é que Phillips tem um currículo espetacular, com sete vitórias e somente uma derrota. Ele inclusive bateu Gabriel Silva em fevereiro deste ano. Do outro lado, Else faz a estreia pela organização e conta com 10 triunfos e 4 derrotas na carreira. Caso ganhe neste sábado rende impactantes R$ 4,50 para R$ 1,00.
Peso pena – (R$ 1,22) Charles Jourdain x Joshua Culibao (R$ 4,50)
Pagando os mesmos R$ 1,22 para R$ 1,00 está Charles Jourdain. O canadense até chega de derrota para Andre Fili, mas conta com mais experiência de UFC que o adversário, afinal, Jourdain já vai para o quarto compromisso na organização, enquanto Joshua Culibao só atuou uma vez e com derrota para Jalin Turner, com nocaute técnico ainda no segundo round. Desta forma, aparece como grande zebra para este sábado, oferecendo R$ 4,50 por real aplicado.
Peso galo – (R$ 1,33) Casey Kenney x Heili Alateng (R$ 3,40)
Outro nome que merece atenção é Casey Kenney. O norte-americano vive uma fase espetacular, com três triunfos nas últimas quatro apresentações. Em maio deste ano superou Louis Smolka com uma guilhotina ainda no primeiro round. Chegando embalado é bem cotado para Abu Dhabi no duelo com Heili Alateng e garante R$ 1,33 para cada real com uma vitória.
Do outro lado, Alateng tem mais derrotas no cartel, são sete em 22 apresentações, mas tem começado bem a trajetória no UFC, com triunfos por pontos contra Danaa Batgerel e Ryan Benit. Vencendo novamente neste sábado rende R$ 3,40 para R$ 1,00.
Peso leve – (R$ 1,90) Luigi Vendramini x Jessin Ayari (R$ 1,90)
Já o duelo mais equilibrado da noite é entre Luigi Vendramini e Jessin Ayari. Aqui você fatura pelo menos R$ 1,90 para cada real nos sites de apostas esportivas com uma vitória. Só que apesar das cifras iguais, Vendramini aparece com um cartel bem mais interessante, com oito triunfos e somente um revés.
Demais lutas
O Card Preliminar conta ainda com mais três confrontos e todos rendem mais de 66% de lucro nas casas de apostas esportivas, como você confere na lista abaixo. O mais cotado desses é Jordan Williams, que dá este valor em caso de triunfo de Nassourdine Imavov. Já Loma Lookboonmee e Court McGee aparecem como favoritos contra Jinh Yu Frey e Carlos Condit, respectivamente. Cada lutador rende R$ 1,72 para R$ 1,00 com uma vitória.
Veja as lutas e as cotas para os duelos do UFC deste sábado (03/10), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes:
CARD PRINCIPAL (23h30, horário de Brasília):
Peso galo – (R$ 1,80) Holly Holm x Irene Aldana (R$ 2,00)
Peso pesado – (R$ 1,40) Yorgan de Castro x Carlos Boi (R$ 3,00)
Peso galo – (R$ 1,72) Germaine de Randamie x Julianna Peña (R$ 2,10)
Esta edição do RAIZ DO MMA traz um encontro de três dos maiores esportistas dos anos 90: Vitor Belfort, Mark Keer e Romário; este último, fã declarado da dupla de lutadores. Presente no encontro, Marcelo Alonso contou, com auxílio de fotos e vídeos, os detalhes que viu naquele dia no ano de 1999.
Além da sessão de charutos no extinto Café do Gol entre as lendas e a ideia de Romário de promover um evento de Vale-Tudo na praia da Barra da Tijuca, o vídeo traz também a mal-sucedida apresentação de Vitor Belfort à torcida do Flamengo em pleno Maracanã lotado. Assista e se inscreva no canal.
Multicampeã mundial enfrenta Claudia do Val no dia 14 de novembro após cinco anos sem lutar no Brasil - Foto: Divulgação/BJJ Stars
Multicampeã mundial enfrenta Claudia do Val no dia 14 de novembro após cinco anos sem lutar no Brasil – Foto: Divulgação/BJJ Stars
Uma das lutas mais aguardadas da próxima edição do BJJ Stars, que acontece no dia 14 de novembro, será o duelo feminino entre a octacampeã mundial Gabi Garcia e a tetracampeã mundial Claudia do Val. Gabi Garcia dominou o cenário do Jiu-Jitsu feminino por muitos anos, quando conquistou também quatro títulos do ADCC e oito títulos do Pan-Americano. Após migrar para o MMA, viu faixa-preta Claudia do Val passar a dominar a sua categoria e por isso o duelo ganhou status de tira-teima.
“A Claudia do Val é a atual número 1 do ranking na minha categoria. Ela sempre lutou na minha categoria. Eu sei que ela tem uma boa omoplata, que ela joga pra frente, que ela ataca bastante, que a guarda dela é muito boa. Mas eu ainda não assisti nenhuma luta dela completa, nem das outras meninas que eu possa a vir lutar. Na verdade eu me preocupo com o meu jogo, eu entro na luta para impor o meu jogo”, disse Gabi.
Atualmente a faixa-preta da Alliance mora nos Estados Unidos, onde abriu a sua academia em janeiro. A pandemia atrapalhou os planos de Gabi, que ainda passou por uma cirurgia e um divórcio conturbado. Mesmo com todos os problemas, Gabi foi resiliente, e ela garante que está motivada para lutar no Brasil após cinco anos sem competir em solo verde e amarelo.
“Estou muito feliz. Lutar no Brasil, perto da minha família, dos meus amigos… Infelizmente não vai ter público, mas lutar em casa já é diferente. Faz cinco anos que não luto no Brasil. E meu último campeonato de kimono foi o Pan-Americano. Fiquei muito feliz com o convite do BJJ Stars. Estou treinando muito e esse evento veio para me ajudar nessa fase que estou passando na minha vida”, analisou a faixa-preta.
Na entrevista a seguir, Gabi Garcia fala sobre a expectativa de lutar no BJJ Stars, analisa o jogo de Claudia do Val e garante: “Eu tenho plano A, B, C, mas meu plano A é diferente de tudo o que as pessoas já viram. Mas vai ser a mesma Gabi, com a mesma agressividade, eu vou para pegar nessa luta, para ganhar o prêmio de melhor luta e melhor finalização da noite”. Confira o bate papo a seguir:
Qual a expectativa para a sua luta no BJJ Stars? Já tem um tempo que você não luta no Brasil…
Estou muito feliz. Lutar no Brasil, perto da minha família, dos meus amigos… Infelizmente não vai ter público, mas lutar em casa já é diferente. Faz cinco anos que não luto no Brasil. E meu último campeonato de kimono foi o Pan-Americano. Fiquei muito feliz com o convite do BJJ Stars. Estou treinando muito e esse evento veio para me ajudar nessa fase que estou passando na minha vida. Abri a minha escola e estou em contato com o Jiu-Jitsu 24 horas por dia. Tenho outras coisas no meu dia, mas estou focado só no BJJ Stars. Será muito gratificante voltar a lutar no Brasil. Seria a minha despedida de competições de kimono no Brasil, mas como será sem público, vou deixar para uma próxima oportunidade.
Você está acostumada a lutar com casa cheia. Como você está vendo esse novo “normal” dos eventos?
Eu sempre lutei com torcida contra e a favor. No MMA também, e com um público muito maior. Eu gosto do show como um todo, da parte da entrada, do evento como um todo. Eu lutei em abril aqui nos Estados Unidos um evento sem público, e é diferente, porque você escuta o seu córner, o câmera etc. Por gostar dessa parte do show, eu sinto falta das pessoas, mas quando a luta começa, não me importa se tem uma pessoa ou cem mil olhando, eu fico concentrada apenas na minha adversária e na vitória. Acho que isso tudo está sendo um recomeço pra gente. Então, as pessoas que foram resilientes nesta pandemia irão se dar bem neste novo formato. Pra mim não muda nada, o foco é o mesmo. Eu vou em busca da vitória. Mas que é estranho, é estranho (risos).
Você terá pela frente a Claudia do Val, que tem conquistado tudo e tem lutado mais assiduamente de kimono do que você. Isso pode fazer alguma diferença? O que espera dessa luta contra ela?
A Claudia do Val é a atual número 1 do ranking na minha categoria. Ela sempre lutou na minha categoria. Eu sei que ela tem uma boa omoplata, que ela joga pra frente, que ela ataca bastante, e que a guarda dela é muito boa. Mas ainda não assisti nenhuma luta dela completa, nem das outras meninas que eu possa a vir lutar. Na verdade eu me preocupo com o meu jogo, eu entro na luta para impor o meu jogo. Tem algumas meninas no cenário que acompanho, que eu gosto de ver lutar. Mas voltando a Claudia do Val, ela vem lutado bastante, mas tem campeonato que não tem luta. Ela vai pontuando bastante, mas tem campeonatos que não tem adversárias. As meninas precisam entrar mais nos campeonatos. Mas números por números, eu estou na frente. Não me apego ao fato dela estar lutando mais do que eu, porque o peso, pela questão dos títulos que tenho, vai cair sobre mim.
Agora vou enfrentar a menina que é a número 1 do ranking na minha categoria, não tem desculpa nenhuma, porque ela luta de super-pesado. Ela poderia lutar na categoria dela, mas como ela gosta de lutar com meninas maiores e mais pesadas, ela vai de super-pesado. Então, não existe nenhuma desculpa para nenhuma das duas. Respeito ela como atleta, mas vou para vencer. Vou dar o meu máximo. Eu não sou invencível, já perdi e todo mundo sabe, mas quando estou inscrita em um campeonato, eu entro preparada. Tenho uma luta antes dessa superluta com a Claudia e, se a luta contra ela fosse hoje, eu já estaria preparada. Eu tenho plano A, B, C, mas meu plano A é diferente de tudo o que as pessoas já viram. Mas vai ser a mesma Gabi, com a mesma agressividade, eu vou para pegar nessa luta, para ganhar o prêmio de melhor luta e melhor finalização da noite.
Como foi o treinamento durante a pandemia? Como se manteve em forma?
Não teve só a pandemia. Teve os protestos aqui nos EUA, eu passei por uma cirurgia no útero e passei por um divórcio não amigável. Foram tantas coisas esse ano que os meus alunos olham pra mim e perguntam como eu ainda consigo sorrir, treinar e dar aulas. Desde a morte do meu irmão, passando pelo ADCC, ser acusada de algo que não fiz, as vaias que recebi das pessoas em várias competições… Mas eu sempre voltei mais forte. E acho que essa pandemia fez isso comigo, me deixou mais forte neste 2020. Eu passei tudo aqui sozinha, sem ver a minha família, só eu e o meu cachorro. Eu abri a minha academia em janeiro, sou a primeira mulher da Alliance a abrir uma academia de Jiu-Jitsu. Não tive ajuda nenhuma do governo ou um investidor por trás, e eu mantive a academia em pé. Estou reabrindo nesse novo formato com um número grande de alunos. E a cada dia entram novos alunos. Estou muito feliz com o resultado da academia. Eu me apeguei aos meus treinos para afastar esses problemas que tive. Estou treinando muito. Além da minha preparação física, estou correndo todos os dias. É onde consigo mentalmente pensar nas coisas que estão acontecendo comigo.
Tem a academia, treino com kimono, sem kimono, filme, estou longe da família e das pessoas que eu gosto. Eu sempre fui uma pessoa que passei muita força para as pessoas lutarem pelo que elas desejam, e eu conquistei tudo o que desejei dentro e fora da luta porque sempre coloquei 100% da minha energia. Mas nesses últimos anos eu acabei concordando com algumas coisas dentro de um relacionamento abusivo. Muita gente acha que relacionamento abusivo é apenas sofrer uma agressão, mas eu simplesmente aceitava algumas coisas que não deveria ter aceitado. Hoje eu enxergo, e também posso falar porque os meus advogados me deixam falar um pouco sobre isso. Mas eu vi o pior lado do ser humano, e isso me serviu, mais uma vez, para me reerguer mais forte. Eu me apeguei aos treinos, pois é onde eu consigo descarregar toda a minha energia e isso fez com que eu atingisse o meu melhor fisicamente. Estou fazendo dieta, estou focada, treinando Jiu-Jitsu, MMA, fazendo bastante preparação física. Então, tomara que depois de tudo o que passei, eu consiga vencer os desafios que tenho pela frente.
O evento acontece em novembro. Onde você fará o seu camp para essa luta?
Quando eu fechei a minha luta no BJJ Stars eu já estava treinando, pois tinha outro evento para lutar antes. Estou treinando também na Alliance San Diego. Tem o (Charles) Cobrinha em Los Angeles. Por enquanto a área dele está mas restrita, mas quando liberarem eu vou lá treinar também. E eu tenho a minha academia também. Tenho muito treino bom aqui. A Talita Treta está aqui comigo, tem o Marlon que é um dos coachs da minha academia. A Talita acabou de ganhar o ouro no Abu Dhabi Grand Slam, o Marlon foi ouro no Oklahoma Open no mesmo final de semana. O bom de ter a minha escola hoje é fazer o meu treino, o meu camp. Eu sei o caminho para ser campeã, são 15 anos no topo do esporte. Não tem segredo. Eu não preciso de várias estrelas treinando comigo para ser campeã. Eu sei qual é o caminho e estou contando com a ajuda de todos os meus companheiros da Alliance San Diego, e também dos meus alunos na academia.
Rodrigo Minotauro, Rogério Minotouro e a mãe deles, dona Marina Correia, participaram do CONEXÃO PVT dessa quinta-feira. Além de toda a história de superação da família, principalmente pelo acidente que quase tirou a vida de Rodrigo, eles também relembraram episódios hilários vividos com a mãe.
Como a vez em que ela encarou ninguém menos que a lenda Fedor Emelianenko na véspera da luta contra Rodrigo Minotauro. E também como Wanderlei Silva a traumatizou com as brutais joelhadas aplicadas em Quinton Rampage Jackson. Assista:
O pay-per-view para quem quiser assistir à próxima edição do Future MMA, eleito pelo público o melhor evento do Brasil em 2019, já está disponível para compra no link https://ppv.futurefcmma.com/c/USD/l/en-US/ ao preço de US$ 9,99 (R$ 57 na cotação desta quarta-feira, dia 30). Intitulado “Noite dos Campeões”, o evento, marcado para o dia 16 de outubro, em São Paulo, terá quatro cinturões em disputa.
“O pay-per-view é mais um tijolinho que o Future coloca na estrutura da modernização do MMA brasileiro. Podemos dizer que é, sim, uma revolução no cenário nacional, porque é uma vitória dos lutadores. Parte do valor arrecadado com as vendas será destinada aos custos de produção e a outra, dividida entre os 12 atletas do card principal”, destaca Jorge Oliveira, CEO do Future MMA.
“Como uma liga de desenvolvimento, o Future MMA sempre se preocupou em preparar os lutadores brasileiros para ganharem o mundo. Quem acompanha o esporte sabe que, além de ser um atleta de alto nível, o lutador precisa saber vender sua imagem. Com a venda de PPV a gente espera revelar não apenas bons lutadores, mais astros e estrelas para o MMA mundial”, completa o empresário.
Devido à pandemia do covid-19, a presença de público está estritamente vetada. Estarão presentes no estúdio montado pela organização apenas os profissionais envolvidos na produção do evento. Além disso, atletas, treinadores e membros do staff serão testados de acordo com o protocolo de segurança determinado por autoridades sanitárias.
Ao todo serão 10 lutas profissionais, cinco delas com transmissão exclusiva pelo PPV. Na luta principal, Elismar Carrasco e Jackson Tortora disputam o cinturão peso-pena; na coprincipal, Luiz Cado defende o título dos meio-médios contra Uyran Presunto; valendo a cinta dos médios, Caio Borralho encara Widemar Besouro; e, na defesa do título dos leves, Jack Godzilla mede forças diante de Rodrigo Lídio.
Coalizão Solidária
O Future MMA se aliou ao time solidário composto por Legião da Boa Vontade, Super Rádio Brasil, Prime Esportes e MMA Social para, através de doações, arrecadar alimentos e produtos de higiene e limpeza para ajudar famílias impactadas economicamente pela pandemia do coronavírus. Todos podem colaborar através do link www.lbv.org.br/future.
Se estivesse vivo, neste dia 1o de outubro de 2020, o mestre Hélio Gracie estaria completando 107 anos. Em homenagem a ele, neste 2º episódio do baú vou relembrar o dia em que tive a honra de entrevistá-lo, junto com meu amigo fotógrafo Fernando Azevedo, em sua casa em Itaipava em 2001. O início da história foi meio tenso, mas o final acabou sendo muito melhor do que planejamos…
“O que manda, campeão. Marcou com alguém?”. Não poderiaexistir ducha de água fria maior para um jornalista. Mas foi exatamente essa frase que ouvi após dirigir 2 horas, entre Rio eItaipava, compartilhando com meu colega fotógrafo FernandoAzevedo a ansiedade de entrevistar a lenda Hélio Gracie (com 86 anos na época), em sua casa. E em seguida ele ainda emendou debate-pronto com: “Eu não dou entrevistas”.
Ainda tentei argumentar: “Mestre, lembra que liguei parao senhor na sexta passada marcando para hoje (terça). Eu soucorrespondente da Cinturon Negro no Brasil e o Rorion, seufilho, pediu que nos concedesse esta entrevista. O Sr. pode ligarpara ele, eu espero aqui sem problemas”. O mestre de fatoparecia não lembrar da ligação e, para piorar, argumentou quenaquele momento tinha que levar sua esposa ao banco, quefecharia em 30 minutos.
“Vamos nessa, Alonso, vamos nessa”, me disse baixinho meucolega constrangido e ainda trêmulo por ver de tão perto um deseus ídolos.
Foi quando tentei minha última cartada: “Mestre, eu dirigi 2horas porque o Sr. disse que me atenderia. Não tenho a menorpressa para voltar ao Rio, mesmo que não me dê entrevista, nãoacredito que vá me negar uma sessão de fotos. Vamos fazer o seguinte,o senhor vai ao banco e eu fico aqui na varanda montandoo estúdio para fotografá-lo”.
O Mestre deve ter percebido que não se livraria com tanta facilidade daquele jornalista insistente e, para minha sorte, resolveuaceitar a proposta.
“Tá bom, mas eu vou demorar”, respondeu HélioGracie, pulando no volante de sua Santana e saindo em disparadacom sua esposa.
Menos de uma hora depois, Hélio Gracie voltou, já mais tranquiloe, tendo digerido a ideia das fotos, emendou com a perguntavaque costumava fazer a seus convidados: “Trouxeram oquimono? ”. Para minha surpresa, Azevedo, do alto de seus 98kgrespondeu sem titubear: “Sim, mestre! ”. “Então vamos fazer as fotoslá na minha academia”, disse Hélio, saindo em disparada paraseu quarto parecendo um garoto de 86 anos e pouco mais de 60kg.
Ao voltar, já de quimono, Hélio pareceu esquecer que estávamosali a trabalho. Se deitou e imediatamente pediu que Azevedomostrasse o que sabia. “Pode começar da posição que você mais gosta”. Diante do pedido do mestre, o fotógrafo partiu parao cem quilos, mas num misto de respeito e reverência ao ídolo,congelou. “É só isso que você sabe como faixa-azul?”, perguntouo Gracie, com sua tradicional marra provocando o oponentequase 40kg mais pesado.
O mais tenso com toda aquela situação era eu mesmo, afinalquem tinha aparecido na casa do mestre com aquele trogloditade 98kg? Mas mestre Hélio rapidamente acabou com a minha tensão: virou de quatro, passou a guarda e montou, partindo para uma indefensável chave de braço.
“Caramba o velhinho é muito sinistro! ”, disse um Fernando Azevedo boquiaberto após dar os três tapinhas.
Após se divertir no treininho com Fernando, mestre Héliobaixou a guarda e aceitou me conceder uma longa entrevista,além de passar quase uma hora posando para fotos. No final aindanos apresentou seu sítio e, quando foi se despedir nos levandono carro, acabou me proporcionando a melhor imagem do dia:
O adeus de Hélio Gracie, que após seu falecimento, oito anosdepois, no dia 29 de janeiro de 2009, acabaria sendo publicadana capa de quatro dos cinco veículos para os quais trabalhava. Vivemos um momento de redescobertas históricas. Graças ao excelente trabalho de novos historiadores da luta, muitos personagens esquecidos tem sido devidamente apresentados às novas gerações e antigos conceitos têm sido rediscutidos. Mas independente de qualquer nova descoberta Mitsuyo Maeda, Carlos Gracie e seu irmão Hélio continuam sendo reconhecidos e reverenciados como os protagonistas desta história que deu origem ao que chamamos de Jiu-Jitsu e MMA modernos.