André Negão chegou à sexta vitória consecutiva - Foto: Leonardo Fabri
André Negão chegou à sexta vitória consecutiva – Foto: Leonardo Fabri
O Jungle Fight no DAZN 98 empolgou o público, que lotou, na noite do último sábado, 23, o clube Labareda, em Belo Horizonte. Foram 16 lutas, com quatro nocautes, seis finalizações e um novo campeão dos pesos pesados. Na luta principal, Carlos André “Monstro” precisou de menos de dois minutos para nocautear Fernando Negão e faturar o título supracitado.
Já no co-main event, Eduardo “Neymar” Dinis e Fernando “Ben 10” fizeram uma luta muito técnica, com equilíbrio em todos os três rounds. Com pequena vantagem no segundo round, quando aplicou uma queda, e com mais volume de jogo no terceiro assalto, Fernando foi declarado vencedor por decisão unânime.
Em uma das melhores lutas da noite, Marcelo “Guará” deu um verdadeiro show vencendo Giovani Kamikase por nocaute no segundo round, mesmo com uma lesão em um dos dedos do pé. Desde o início, Guará imprimiu um ritmo forte e de grande variação de golpes em pé com socos e chutes que levaram seu adversário às grades, obrigando o árbitro central a encerrar o combate.
“Jungle Fight no DAZN não para, é guerra total! Sempre bom estar em Belo Horizonte. Aqui o público é muito fã do MMA, sempre temos casa cheia e muitos lutadores locais podem mostrar o seu talento. Em 2020 vamos voltar para fazer vários shows”, disse Wallid Ismail, presidente do Jungle Fight.
A próxima edição do Jungle Fight no DAZN acontece no dia 30 de novembro, no Rio de Janeiro.
CONFIRA OS RESULTADOS:
Jungle Fight no DAZN 98 Clube Labareda, Belo Horizonte (MG) Sábado, 23 de novembro de 2019
Carlos Monstro venceu Fernando “Negão” Batista por nocaute técnico no 1R
Fernando Ben 10 venceu Eduardo Neymar por decisão unânime dos jurados
André “Dedé” Ricardo finalizou Caio Cocão com uma guilhotina no 2R
Marcelo “Guará” Guarilha venceu Geovani “Kamikase” Chieppe por nocaute técnico no 2R
Nayara Maia venceu Tayná Lamounier por decisão unânime jurados
Deberson “The Prince” venceu Emerson Rios por nocaute técnico no 2R
Marcos César Assunção finalizou Ronaldo Saminez da Paz com uma chave de braço no 1R
Marcos “Tchaco” Almeida finalizou Wallace Portela Lordy com um mata-leão no 1R
Iure “Samurai” venceu Leandro Camargos por decisão dividida dos jurados
Warley “Mão de Pedra” venceu Milton Pantera por nocaute técnico no 1R
Luiz “Caipira” finalizou Haroldo Iron Man por com um mata-leão no 1R
Heider Caetano finalizou Alex Oliveira com um triângulo de mão no 2R
Douglas Rakchal venceu Tulio Marcos Viana por nocaute técnico no 1R
Ricardo Pinho finalizou Maique Henrique com uma chave de braço no 1R
Daniel Henrique venceu André Talibã por decisão unânime dos jurados
Jean Felipe Tapurú venceu Victor Estevão por decisão unânime dos jurados
Neste sábado (23/11) acontece o Bellator Londres, que tem como grande atração o duelo entre Michael Page e Giovanni Melillo. Só que outros nomes é que trazem cifras mais interessantes, segundo os odds do MMA.Confira abaixo, portanto, o que esperar também dos confrontos entre Fabian Edwards x Michael Shipman e Terry Brazier x Soren Bak.
Peso Meio-Médio – (R$ 1,08) Michael Page x Giovanni Melillo (R$ 8,25)
As casas de apostas esportivastêm cotas apenas para o Card Principal do evento de Londres e destes quem aparece como o mais cotado é Michael Page, dando R$ 1,08 para cada real. O inglês além de atuar em casa tem um cartel de respeito, com 15 vitórias e apenas uma derrota. Este revés ocorreu em maio deste ano, com nocaute para Douglas Lima. Só que Page já se recuperou com uma incrível joelhada diante de Richard Kiely, no Bellator 227, em setembro deste ano.
Do outro lado Giovanni Melillo não atravessa uma boa fase, embora tenha vencido na última apresentação, contra Will Chope. Isso porque antes disso havia sofrido dois nocautes ainda no primeiro round, contra Michelangelo Colangelo e Daniel Skibinski. Diante desta sequência tão ruim acaba entrando como zebra, oferecendo R$ 8,25 por real aplicado.
Peso Médio – (R$ 1,30) Fabian Edwards x Michael Shipman (R$ 3,50)
Outro atleta da casa que aparece com moral é Fabian Edwards. O lutador tem uma carreira impecável até aqui, chegando ao evento defendendo uma invencibilidade após oito apresentações. Somente neste ano, Edwards passou por cima de Lee Chadwick, Falco Neto Lopes e Jonathan Bosuku, com dois triunfos por pontos e um nocaute. Ganhando mais uma neste sábado rende R$ 1,30 para cada real, segundo os dados do Oddsshark.com.
Michael Shipman, por sua vez, até estava embalado após nocautes diante de Carl Noon e Scott Futrell, mas acabou caindo diante de Castello Van Steenis, em junho deste ano e com isso corre por fora, dando R$ 3,50 para R$ 1,00 com uma surpresa.
Peso Leve – (R$ 2,20) Terry Brazier x Soren Bak (R$ 1,66)
Também pelo Card Principal, Soren Bak garante R$ 1,66 para cada real aplicado nos sites de apostas esportivas. O atleta acumula cinco vitórias seguidas, incluindo uma neste ano, contra Morgan Charriere, por decisão majoritária. O dinamarquês não sabe o que é perder desde outubro de 2016, quando foi superado por Aleksi Mantykivi, pelo Euro FC 1.
Só que este embate acaba sendo o mais equilibrado da noite, afinal, Terry Brazier também não deixa a desejar. O inglês tem 11 triunfos e apenas dois reveses até aqui. No ano, superou Chris Bungard e perdeu para Alessandro Botti.
Como apostar?
Para investir nestas lutas o primeiro passo é se registrar no Bodog. Depois de preencher os seus dados basta efetuar um depósito com o valor que desejar e dar os seus palpites.
Confira as lutas do Bellator, em Londres, neste sábado (23/11)
Card Principal
Peso Meio-Médio – (R$ 1,08) Michael Page x Giovanni Melillo (R$ 8,25)
Peso Médio – (R$ 1,30) Fabian Edwards x Michael Shipman (R$ 3,50)
Peso Leve – (R$ 2,20) Terry Brazier x Soren Bak (R$ 1,66)
Card Preliminar (odds ainda não divulgados pelo Bodog)
Peso Médio – Charlie Ward x Pietro Penini
Peso Mosca – Denise Kielholtz x Sabriye Sengul
Peso Médio – Kent Kauppinen x Andy Manzolo
Peso Médio – George Tokkos x Kevin Fryer
Peso Leve – Charlie Leary x Tim Wilde
Peso Pena – Aiden Lee x Damian Frankiewicz
Peso Pena – Robert Whiteford x Sam Sicilia
Peso Leve – Alfie Davis x Alessandro Botti
Peso Meio-Médio – Walter Gahadza x Lewis Long
Peso Leve – Akonne Wanliss x Tim Barnett
Peso Meio-Médio – Raphael Uchegbu x Shane Campbell
Com cinturão peso-pesado em jogo, Jungle acontece neste sábado, 23, no Clube Labareda - Foto: Leonardo Fabri
Com cinturão peso-pesado em jogo, Jungle acontece neste sábado, 23, no Clube Labareda – Foto: Leonardo Fabri
Tudo pronto para mais uma edição do Jungle Fight. A pesagem do evento aconteceu nessa sexta-feira, 22, no Clube Labareda, em Belo Horizonte, e apenas três atletas não bateram o peso. Apesar disso as lutas estão confirmadas e os lutadores que não atingiram o peso entrarão na luta com menos um ponto. A encarada entre os protagonistas da noite, que irão disputar o cinturão dos pesos-pesados, foi tensa. Os lutadores Carlos André “Monstro” e Fernando Batista “Negão” prometem dar um grande show amanhã (23) para sair com o título do Jungle Fight.
“A expectativa é conquistar mais um nocaute. Sei da importância desde cinturão do Jungle. Como todo atleta brasileiro de MMA eu sonho em lutar no UFC e o Jungle, maior evento de MMA da América Latina, poderá abrir ainda mais as portas no cenário internacional para que o meu sonho se realize”, disse o baiano Carlos André “Monstro”, que é especialista na trocação.
“Sou faixa-preta de Jiu-Jitsu e grau preto de Muay Thai. Estou pronto para qualquer lugar que a luta se desenrolar. Conquistar esse cinturão será um grande passo na minha carreira. Tenho como objetivo chegar aos grandes eventos internacionais e espero que esse seja o primeiro passo para que esse grande sonho se realize”, disse o carioca de Silva Jardim Fernando Negão.
A transmissão do evento começa às 20h. As lutas preliminares serão transmitidas pelo canal Woohoo. O card completo terá transmissão exclusiva da plataforma de streaming DAZN. O primeiro mês de assinatura no DAZN, que você pode assinar clicando aqui, é grátis.
Confira abaixo o card completo:
Jungle Fight no DAZN 98 Sábado, 23 de novembro de 2019, às 20h Clube Labareda, Belo Horizonte
Disputa de cinturão peso-pesado:
– Carlos ”Monstro” André (LG siste Bahia) x Fernando “Negão” Batista (André Negão Team)
Outras lutas:
– Fernando Lourenço de Almeida (VF e Reis) x Eduardo “Neymar” Dinis (CM Cystem) – 61kg
– Caio Cocão (LC Team) x André Ricardo (CM System) – 77kg
– Geovani Chieppe (LC Team) x Marcelo Garrilha (Team Guará/ CM System) – 61kg
– Nayara Maia (BH Hinos) x Tayná Lamounier (Malayka Team) – 57kg
– Deberson “The Prince” (Team Maori) x Emerson Rios (CM System) – 66kg
– Ronaldo Saminez da Paz (Tchaco Fight Team) x Marcos César (GFTeam) – 57kg
– Wallace Portela Lordy (Altamiro Team) x Marcos Almeida (Tchaco Fight Team) – 66kg
– Leandro Camargos (Team Borracha) x Iure Leite de Freitas “Samurai” (VF e Reis) – 61kg
– Uelson de Jesus (Bronxs Team) x Warley “Mão de Pedra” (Team Borracha) – 70kg
– Luiz “Caipira” (Ribas Family) x Haroldo Iron Man (Team Maori) – 77kg
– Heider Caetano (VF e Reis) x Alex Oliveira (André Negão) – 84kg
– Douglas Rakchal (Gordinho Fight) x Tulio Marcus Viana (VF e Reis) – 84kg
– Ricardo Pinho (Black Belt) x Maique Henrique Vilaça – peso-pesado
– André Talibam (CM System) x Daniel Henrique (GFT MG) – 66kg
– Jean Felipe Tapurú (Altamiro Team) x Victor Estevão (Team Maori) – 61kg
Lenda da Luta-Olímpica brasileira, o mestre Roberto Leitão vai compartilhar um pouco de sua riquíssima experiência em um seminário no próximo domingo, dia 24, às 15h30, na Biblioteca Parque Estadual, próxima ao Campo de Santana, no Centro do Rio.
Além de aula prática de técnicas de Luta Olímpica e Luta Livre Esportiva, o veterano também vai dissertar um pouco sobre alguns temas abordados em seu livro, “Biomecânica da Luta”, lançado em 2017, pela editora Albatroz.
Aos 82 anos de idade, o catarinense radicado no Rio de Janeiro é um dos grandes responsáveis pela evolução da Luta Olímpica Brasileira. Inclusive, a primeira entidade da modalidade no Brasil reconhecida pela Federação Internacional de Lutas Associadas (FILA), atualmente United World Wrestling, em 1979.
Dos nomes do Vale-Tudo, Roberto Leitão deu aulas para Marco Ruas, Pedro Rizzo, Renato Babalu, Gustavo Ximu e Antoine Jaoude.
Woohoo irá transmitir duas horas de evento; edição 98 acontece este sábado (23) em Minas Gerais - Foto: Leonardo Fabri
Woohoo irá transmitir duas horas de evento; edição 98 acontece este sábado (23) em Minas Gerais – Foto: Leonardo Fabri
O Brasil vai parar para assistir a final da Taça Libertadores da América entre Flamengo e River Plate. Mas o sábado (23) não será apenas de futebol. Os amantes do MMA contarão com mais uma grande edição do Jungle Fight no DAZN. A edição 98 do evento, que acontece no clube Labareda, em Belo Horizonte, começa às 20h. E os fãs de MMA terão a oportunidade de assistir ao vivo as lutas preliminares pelo canal Woohoo. Serão duas horas de transmissão.
“O Jungle Fight mais uma vez está largando na frente com essa parceria com o canal Woohoo. O Woohoo é um canal que tem tudo a ver com o MMA, que aposta em esportes de ação e tem grande entrada com o público jovem. E eles estão na grade de todas as grandes operadoras do Brasil. É a oportunidade perfeita para os amantes do MMA acompanharam os melhores guerreiros do país lutando na selva”, comemorou Wallid Ismail, presidente do Jungle Fight.
A transmissão no canal Woohoo começa às 20h e vai até às 22. O card completo terá transmissão exclusiva da plataforma de streaming DAZN. O primeiro mês de assinatura no DAZN, que você pode assinar clicando aqui, é grátis.
Confira abaixo o card completo:
Jungle Fight no DAZN 98
Sábado, 23 de novembro de 2019, às 20h
Clube Labareda, Belo Horizonte
Disputa de cinturão peso-pesado: – Carlos ”Monstro” André (LG siste Bahia) x Fernando “Negão” Batista (André Negão Team)
Outras lutas: – Fernando Lourenço de Almeida (VF e Reis) x Eduardo “Neymar” Dinis (CM Cystem) – 61kg
– Willian “Colorado” Guadalupe (DFC/ Dymitry FC) x Wallace Portela Lordy (Altamiro Team) – 61kg
– Denis Araújo (VF e Reis) x Macksuel Laurino “Baiano” (Style Fight Shock) – 57kg
– Caio Cocão (LC Team) x André Ricardo (CM System) – 77kg
– Geovani Chieppe (LC Team) x Marcelo Garrilha (Team Guará/ CM System) – 61kg
– Nayara Maia (BH Hinos) x Tayná Lamounier (Malayka Team) – 57kg
– Deberson “The Prince” (Team Maori) x Emerson Rios (CM System) – 66kg
– Ronaldo Saminez da Paz (Tchaco Fight Team) x Douglas “Pelezinho” Nicacio (GFTeam) – 57kg
– Leandro Camargos (Team Borracha) x Iure Leite de Freitas “Samurai” (VF e Reis)- 61kg
– Uelson de Jesus (Bronxs Team) x Warley “Mão de Pedra” (Team Borracha) – 70kg
– Luiz “Caipira” (Ribas Family) x Haroldo Iron Man (Team Maori) – 77kg
– Douglas Rakchal (Gordinho Fight) x Tulio Marcus Viana (VF e Reis) – 84kg
– Ricardo Pinho (Black Belt) x Márcio Luís “Tubarão” – peso-pesado
– Jean Felipe Tapurú (Altamiro Team) x Victor Estevão (Team Maori) – 61kg
– Heider Caetano (VF e Reis) x Alex Oliveira (André Negão) – 84kg
– Wellington Nunes Borges (Tchaco/ Performance Team) x Daniel Henrique (GFT) – 66kg
O BAÚ DO PVT desta semana resgatou uma visita na casa de Eugênio Tadeu. Um dos mais fervorosos defensores da Luta-Livre Esportiva, o carioca apresentou seus diplomas, relembrou do dia em que sua rua foi tomada por colegas de sua modalidade, que o aclamaram momentos antes da luta contra Renzo Gracie, em 1997, e da vez em que foi campeão de Jiu-Jitsu em Manaus. Assista!
Com direito a três disputas de cinturão, o Future MMA definiu o card da sua última edição de 2019, que acontece no dia 06 de dezembro, na capital de São Paulo. Na luta principal, Luiz Cado defende pela primeira vez o cinturão meio-médio da organização, em duelo contra Bruce Souto.
Na luta coprincipal, o experimentado Toninho Fúria e o ex-TUF Brasil Jack Godzilla duelam pelo cinturão inaugural dos pesos leves. Antes, Elismar Carrasco e Denis Alagoas medem forças valendo o título da divisão dos penas, que também está vago.
“A princípio nossa ideia era promover uma edição em novembro e outra em dezembro, mas decidimos promover apenas uma, mas de máxima qualidade. Portanto, para comemorar o nosso primeiro ano de existência, e de sucesso, decidimos colocar três títulos em disputa”, explicou o CEO do Future MMA, Jorge Oliveira.
O restante do card é formado por lutas já previstas para a edição, boa parte escolhida pelo público através de votações no aplicativo oficial do evento. Entretanto, alguns duelos anunciados anteriormente tiveram que ser remanejados para a primeira edição de 2020, prevista para janeiro.
Irmãos seguiram para modalidades diferentes - Foto: Arquivo pessoal
Irmãos seguiram para modalidades diferentes – Foto: Arquivo pessoal
Irmão mais velho, primeiro treinador e parceiro incontestável de Fabrício Werdum, Felipe Werdum bateu um longo papo com o PVT, no qual contou sobre os primeiros passos deles nas lutas, exaltou sua paixão pela Capoeira, explicou por que não tentou carreira no MMA e falou sobre a expectativa para o retorno do ex-campeão peso pesado do UFC, e garantiu ter plena convicção de que o irmão voltará a conquistar o cinturão da categoria.
PVT: Qual a expectativa para o retorno de Fabrício Werdum?
Felipe Werdum: A gente está esperando uma posição da USADA em relação ao fim da punição dele, que está terminando. E o Fabrício impressiona porque, com a idade que ele tem, ele continua evoluindo na parte em pé e treinando bem no Jiu-Jitsu. Uma coisa eu posso assegurar: o Fabrício não tomou nada. A gente tem certeza que foi uma contaminação. A gente come churrasco quase três vezes por semana, e justamente na época que ele caiu a carne teve um índice grande contaminação da mesma substância. Sem falar que ele viajou muito, pode ter comido algo contaminado. A gente ficou muito triste porque… imagina: você toma uma punição sem saber de onde vem. Se o Fabrício tivesse tomado, ele ia falar que errou, ele é sujeito homem, conheço meu irmão. Neste caso foi uma injustiça muito grande. Aplicaram a pena mais dura para ele, enquanto pessoas que foram pegos com drogas pesadas, fizeram tumulto, pegaram metade da pena e voltaram a lutar antes. Hoje em dia, infelizmente, tudo é business. E nós, da old school, do fundamento das artes marciais, a gente fica meio descolocado. Lutado tem que ser marqueteiro, homem de negócios e lutador. A gente vem de uma época que lutador era lutador. Mas o Fabrício vai voltar ano que vem, está treinando muito bem, vai surpreender muita gente e eu acredito que ele vai ser campeão de novo da categoria peso pesado. A categoria está uma bagunça desde que ele saiu. Antes era a categoria de ouro, hoje ninguém quer ver, está uma categoria morna. E ainda tem o Junior Cigano, eles podem fazer uma grande luta, uma grande revanche, para reanimar a categoria.
PVT: Qual a diferença de idade entre você e o Fabrício Werdum e quem influenciou quem pra começar nas artes marciais?
FW: A nossa diferença de idade são dois anos, então a gente sofreu muita influência dos filmes da época do Bruce Lee, do Van Damme. A gente via um filme e se pegava. A gente foi sempre fissurado em artes marciais, só que, por eu ter dois anos a mais, eu comecei a fazer artes marciais primeiro. Eu fiz Judô, Kung Fu, Karatê Kyokushin, que inclusive o Fabrício fez, foi a primeira arte marcial dele; mas depois de um tempo ele ficou um tempo sem fazer artes marciais e eu comecei a fazer sério a capoeira, foi o esporte no qual eu criei uma raiz e eu me lembro de uma conversa nossa em casa que eu falei: Fabrício, imagina só a gente aqui no bairro, um irmão capoeirista e outro irmão do Jiu-Jitsu. E depois ele foi, teve influência da namorada dele, daquele negócio do triângulo, que ele tomou um calor do ex-namorado dela e eu apresentei ele pro Márcio Corneta, que dava aula perto da nossa casa. Eu sempre me dediquei às artes marciais primeiro, então eu acho que ele, me vendo ali, se influenciou bastante.
PVT: Como era o Werdum na infância e como as artes marciais mudaram a vida de vocês?
FW: Fabricio na infância era um demoniozinho. Ele sempre foi hiperativo e a gente tem um problema de déficit de atenção, então nunca gostou muito do colégio, sempre gostou de estar na rua com os amigos. E ele era demais, estava sempre incomodando, sempre arranjando briga e eu, como irmão mais velho, tinha que estar ali resolvendo a situação, falando com meus amigos maiores pra não baterem nele. O Fabrício era um terror, e quando ele começou nas artes marciais, no Jiu-Jitsu, ele focou tanto que treinava de 6 a 8 horas por dia; ele fazia o treino da manhã, fazia o treino da tarde, fazia o treino da noite, ele ficava o dia inteiro no tatame. Ele focou toda energia nas artes marciais, por isso que ele usa o Jiu-Jitsu no MMA e quase não toma porrada no chão, porque ele tem um básico muito forte, ele ficou muito tempo treinando muito. No começo então ele focou toda essa rebeldia dele de jovem hiperativo nas artes marciais, então, na minha opinião, as artes marciais deram o caminho para ele, e ele é tudo que é hoje graças à nossa família e às artes marciais.
PVT: Por que você foi para Capoeira e ele para o Jiu-Jitsu?
FW: Eu tive uma iniciação na Capoeira, mas minha primeira arte marcial foi o Karatê. Depois eu me encontrei na capoeira, aí o Fabrício até tentou fazer a capoeira, mas ele era meio desajeitado, então não insistiu muito e eu propus a ele sermos os irmãos lutadores do bairro. Então, na nossa cabeça de criança, a gente queria ser os famosinhos do bairro. Também teve o motivo da namorada dele e Fabrício também é muito competitivo, ele vai até ele ganhar, então ele viu que o caminho era o Jiu-Jitsu.
PVT: Quando e como começaram a viver da luta?
FW: Viver da luta foi na Espanha. A primeira batalha foi quando eu tinha 22 anos e resolvi ir para a Espanha. A gente morava no Brasil, minha irmã estava na Irlanda, minha mãe estava na Espanha e eu e Fabrício estávamos no Brasil, vivendo em um apartamento em Porto Alegre super bem, grandão… só que eu tinha decidido ir para Espanha passar um ano, e o Fabrício já tinha ido para Espanha quando era pequeno, só que eu fiquei com medo, aí eu tive que convencer ele a ir comigo para a gente ficar um ano lá, e eu consegui. Uma uma vez na Espanha, como o Fabrício era faixa azul de Jiu-Jitsu, e eu já era professor de Capoeira, eu comecei a dar aula primeiro. O Fabrício já trabalhou de muitas coisas na Espanha. Eu comecei com a capoeira e comecei a ter contatos, dava aula nas academias e tive uma boa aceitação do povo espanhol com a capoeira, e comecei a oferecer o Fabrício nessas academias. Foi aí que o Fabrício começou a ganhar dinheiro com o esporte e começou a se dedicar. O Fabrício não fala muito dele como professor, mas ele foi um excelente professor, ele fez uma equipe em Madri que até hoje o Jiu-Jitsu da Espanha tem 70% de uma ramificação nossa porque ele deu aula para muita gente, e ele fez muitos professores. Ele é um excelente professor e, a partir de quando ele começou a dar aula nas academias, ele começou a viver do esporte. Eu já vivia antes porque eu já dava aula de capoeira, ajudava em projetos sociais da prefeitura.
PVT: Qual o diferencial do seu irmão que fez você logo perceber que ele chegaria longe?
FW: O diferencial do Fabrício é que eu sempre acreditei que ele ia chegar muito longe, por causa da persistência dele. O Fabrício, tudo que ele colocou na cabeça, ele conseguiu. Quando a gente era pequeno, o Fabrício ficou um ano me desafiando e eu sempre ganhava, e depois de um ano ele não descansou até ele me ganhar. Quando ele me ganhou, ele nunca mais me desafiou na rua. Uma coisa que ele nunca aceitou: tem gente que sente a dor e chora, se retrai; o Fabrício, quando ele sente a dor, ele tem espírito de leão, ele sente a dor e fica com mais raiva, parece que ele fica mais forte e é uma característica dele de pequeno. Eu tive vários problemas com meus amigos por causa dele aprontar e ele apanhar e ele não aceitava, pegava pedaço de madeira e ia pra cima dos caras, ele não ia para casa chorando, ele pegava e resolvia as coisas. Quando a gente brigava, ele nunca pediu para parar, ele chorava de raiva e eu batendo na cara dele, então essa não era uma agressividade, era um espírito de guerra e esse foi o grande diferencial dele. Uma vez a gente estava na Croácia, e antes de ele lutar contra o Minotauro, tinham oferecido uma luta antes pra ele, só que ele quebrou o dedo do pé. O médico falou para ele que tinha que ficar 1 mês parado porque quebrou o dedo, ele estava com um gesso até o joelho e mesmo engessado ele aceitou a luta contra o Minotauro, mesmo a luta sendo três semanas depois. Esse espírito não se ensina: ou o cara tem ou ele não tem.
PVT: Ele sempre fala da sua influência naquela luta com o Ebenezer no Jungle.
FW: A luta do Ebenézer foi muito especial porque a gente foi pra Bahia, a gente fez um treinamento com o mestre Sabiá e depois fomos para o Jungle Fight. Na época era somente eu e Fabrício, não tinha mais ninguém. Eu falei para o Fabrício que o Ebenézer era trocador e sabia Luta-Livre, mas ele tinha o Jiu-Jitsu, então ele ia fazer de tudo para não ir no chão com ele, então estaria com a defesa 100% em dia. No vestiário, que nem vestiário era, era mais um tatame atrás de uma cortina, eu cheguei e falei para ele fingir que ia entrar nas pernas do Ebenezer e quando ele colocar os braços para baixo para defender, ele largava o pombo voador, e a gente fez isso umas cinco vezes antes de entrar na luta. Na hora o Fabrício vinha bem porque o Ebenezer é de alto nível, mas eu lembrei a ele do esquema e ele largou o pombo voador e deu certo. Quando ele demorou um pouco pra perceber que tinha dado certo, então foi uma experiência muito boa.”
PVT: Quando passou a atuar também como treinador dele?
FW: Minha história dentro da carreira do Fabrício é desde o começo, então de treinador de MMA eu acredito que eu tenha sido o primeiro, porque o Fabrício, no primeiro MMA dele, nunca tinha treinado nada, ele tinha o Jiu-Jitsu, que ele era faixa azul, e ele sabia tipo a briga de rua, como voadora, pombo voador… Mas ele queria por que queria lutar, então tinha um aluno nosso que conseguiu uma luta para ele em Londres. A gente treinava num porão de uma academia que deixava o espaço para nós com aqueles tatames todos moles que você dava dois passos e o tatame voava na parede, o teto era baixo, então não dava para pular, e ali foi o treinamento. A gente treinou o que a gente sabia e assim foi o primeiro vale tudo dele. Então o primeiro coach de MMA dele era eu e foi só nós dois na guerra e o Fabrício se deu bem. Foram três lutas em Londres.
PVT: Qual a maior emoção que teve nas conquistas do seu irmão?
FW: A maior emoção de todas que eu tive do lado do meu irmão foi quando ele ganhou do Fedor, porque aquilo foi muito especial. Quando o Fedor lutou contra o Minotauro e quando o Minotauro estava levando a luta e o Fedor acabou fazendo um rasgo na cara do Minotauro, eu estava lá, eu e Fabrício a gente estava lá porque a gente estava junto do Crocop porque ele lutou na mesma noite contra o irmão do Fedor, ou algo assim… e eu falei para o Fabrício 6 anos antes dele lutar contra o Fedor: “Fabricio, se ele entra na tua guarda assim tu pega ele”. Os anos passaram e quando vejo o Fabrício está lutando contra o Fedor. A gente lembrou disso depois da luta e o mais importante é que era um mundo inteiro pensando que o Fabrício ia levar um pau, só que a gente treinou tanto para aquela luta que era nós quatro contra o mundo. Éramos eu, Fabrício, Babalu e o mestre Rafael. Teve muita gente que ajudou bastante para essa luta, mas somente nós quatro tínhamos 100% de certeza de que o Fabrício ia ganhar do Fedor. Quando ele ganhou foi um alívio, ele era o melhor do mundo. Não valeu cinturão e nem nada, mas ali a gente viu que ele era o melhor e essa foi a maior emoção, maior até que o cinturão do UFC.
PVT: Nunca pensou e entrar no MMA?
FW: Claro que sim, pensei várias vezes. Inclusive, foi engraçado quando eu vi o Fabrício treinando e começando… Eu tinha 23 anos e eu sempre tive a vontade, eu só não fiz porque na Espanha, quando eu tive a oportunidade de entrar, eu estava muito bem na Capoeira, tinha 290 alunos… imagina um cara de 23 anos tendo 290 alunos, trabalho social dominando o mundo… tinha que me dedicar 100%. E nessa época que eu podia ter estreado e feito MMA, eu ia romper um ciclo na Capoeira que era o meu primeiro esporte e a minha grande paixão. Então na época escolhi viver da Capoeira, que é o que eu gosto. Estou metido dentro do MMA, mas o meu negócio é capoeira e esse foi um motivo de eu não ter entrado no mundo profissional do MMA. Mas vivi toda experiência de um atleta, de treino de professor, de fazer sparring, de sair na mão, porque na Espanha teve isso de gente vir desafiar.
PVT: O que os fãs podem esperar do Werdum quando voltar desta suspensão?
FW: O que os fãs podem esperar é um Werdum maduro. Ele continua evoluindo. Algo que o Fabrício tem de impressionante é que ele tem 40 anos e continua evoluindo. Porque é um cara focado e uma pessoa com muita sede de lutar. Eu vou dizer uma coisa para vocês: não se assustem se o Fabrício conquistar o título de novo, porque ele está numa gana. Ele está bem, está ainda podendo treinar, então podem esperar uma fênix renascendo das cinzas. Mas não renascendo das derrotas, mas da fase escura que ele teve, desse contratempo… mas voltando com sede de novo. A categoria dos pesados anda meio apagada e o Fabrício voltando vai dar uma sacudida na categoria.
Peso-mosca anotou sua sétima vitória no último sábado (16) no Macaíba Fight, em Natal - Foto: Divulgação MFC
Peso-mosca anotou sua sétima vitória no último sábado (16) no Macaíba Fight, em Natal – Foto: Divulgação MFC
Atleta da Pitbull Brothers, o peso-mosca Gian “Patolino” Souza é uma das grandes revelações do MMA nacional. Nas sete lutas que fez até aqui, o paraibano da cidade de Santa Luzia venceu todas sem precisar das papeletas dos juízes laterais. Foram três vitórias por finalização e quatro por nocaute. O último triunfo aconteceu no sábado (16), quando Patolino derrotou Pedro Barbalho por nocaute no Macaíba Fight, que foi realizado em Natal. Assim como em sua luta anterior, Patolino teve o adversário trocado na semana da luta e teve que atuar uma categoria de peso acima da sua.
“Como o adversário foi trocado na semana da luta, eu tive que mudar um pouco a estratégia. Estava preparado para trabalhar no chão contra um oponente que gostava mais da trocação. Então, tive que repensar a estratégia e decidi apostar na trocação. A luta foi em uma categoria acima da minha, e o adversário ficou um pouco acima do peso também. Mesmo assim aceitei lutar. Não senti tanta diferença de força, mas sim de impacto. Ele aguentou mais pancadas do que os outros adversários que já enfrentei”, disse Patolino.
O atleta de apenas 23 anos é elogiado constantemente por Patricky Pitbull e pelo campeão duplo do Bellator Patrício Pitbull. A cada luta Gian mostra que está pronto para grandes eventos internacionais, mas deixa essa decisão para o seu empresário e para os treinadores da equipe.
“Estou invicto. Vou continuar trabalhando, treinando forte, corrigindo os erros cometidos e esperar por uma grande oportunidade. Deixo isso nas mãos do meu empresário Matheus Aquino e dos líderes Patrício e Patricky Pitbull. Onde eles me colocarem para lutar, eu estarei pronto”, concluiu.
Evento retorna a BH neste sábado – Foto: Leonardo Fabri
O clube Labareda, em Belo Horizonte, recebe neste sábado, 23, o Jungle Fight no DAZN 98, que promete mais um grande show na capital mineira. O evento contará com alguns dos melhores lutadores do Brasil em ação, tudo com transmissão ao vivo pelo DAZN. Quem quiser acompanhar o show in loco, os ingressos já estão a venda no site Central dos Eventos. Presidente do Jungle Fight, Wallid Ismail está animado para mais um super evento em Minas Gerais.
“Colocamos os melhores contra os melhores. A selva não é um evento que é feito por professor, nós escolhemos os melhores de cada time. E os guerreiros que saem na porrada, eles voltam. Eu não tenho time, por isso que o evento é o melhor da América Latina. Eu entendo de MMA. Fui nascido e criado nesse esporte, ajudei a fazer esse esporte, e hoje eu trabalho por todos os times. Quem for no sábado ao evento verá mais um grande show desses guerreiros”, garantiu Ismail.
Clique aqui e saiba como adquiri o seu ingresso para o evento. Para assistir ao vivo pela DAZN basta clicar aqui para assinar. O primeiro mês é grátis!
Confira abaixo o card completo:
Jungle Fight no DAZN 98
Sábado, 23 de novembro de 2019, às 20h
Clube Labareda, Belo Horizonte
Disputa de cinturão peso-pesado:– Carlos ”Monstro” André (LG siste Bahia) x Fernando “Negão” Batista (André Negão Team)
– Fernando Lourenço de Almeida (VF e Reis) x Eduardo “Neymar” Dinis (CM Cystem) – 61kg