Empresário de Ronaldo Jacaré, Dedé Pederneiras listou em entrevista ao CONEXÃO PVT os fatores que podem ter motivado a não renovação de contrato por parte do UFC. O manager afirmou ainda que no momento prefere centralizar a energia na recuperação do atleta, que teve o braço fraturado na derrota para André Sergipano, e que as possibilidades sobre novos eventos serão avaliadas com calma.
Em recente entrevista ao canal “Oss”, Maurício Shogun admitiu o desejo de enfrentar Ricardo Arona num combate de Jiu-Jitsu sem kimono. Vale lembrar que os dois se enfrentaram na final do GP do Pride em 2005, quando o curitibano levou a melhor com um nocaute no primeiro round, sagrando-se campeão. A possibilidade de um novo duelo foi debatida por Carlão Barreto e Marcelo Alonso no PAPO DE LUTA desta semana.
Um dos maiores representantes da história do Jiu-Jitsu no MMA, Ronaldo Jacaré exaltou Charles Do Bronx como o novo rei da arte suave dentro do octógono. Para o peso médio, o novo campeão peso leve e recordista em finalizações no UFC é o maior representante da modalidade dentro do MMA atualmente. Assista a este trecho da entrevista que Jacaré deu ao CONEXÃO PVT nesse final de semana.
O PAPO DE LUTA 4 está no ar. Carlão Barreto e Marcelo Alonso analisaram o que de melhor aconteceu no mundo da luta na última semana, desde os resultados do UFC, do Bellator e do LFA desse final de semana, até as notícias que movimentaram os sites especializados.
Como destaque, o programa abordou Gregory Robocop, que além de ter conquistado o cinturão peso médio do LFA, foi contratado pelo UFC nesta segunda-feira. A vitória de Cris Cyborg na revanche contra Leslie Smith, desta vez pelo Bellator, também foi abordada no PAPO DE LUTA.
Também foram notícias as entrevistas de Ronaldo Jacaré e Dedé Pederneiras no CONEXÃO PVT; a declaração de Maurício Shogun ao “Canal Oss” dizendo que aceitaria enfrentar Ricardo Arona no submission; e a charge da semana, que tem como tema Vitor Belfort abrindo as portas para uma revanche contra Anderson Silva no Boxe.
A grande vitória por finalização sobre Ronaldo Jacaré no UFC 262, a terceira seguida no UFC, deu a André Sergipano o moral de poder desafiar outros atletas de renome na divisão dos médios. Já na coletiva de imprensa do último final de semana, ele voltou sua mira para Kevin Holland, número 14 do ranking, e o veteraníssimo Nick Diaz, que não luta desde o duelo contra Anderson Silva, em 2015. No CONEXÃO PVT desta semana, Sergipano explicou os desafios.
Número 6 do ranking dos médios do UFC, Darren Till está próximo de fechar um duelo contra Derek Brunson, atual número 5. Um dos empresários e treinador do inglês, Marcelo Brigadeiro disse que a organização planeja o combate para um card na Inglaterra. O brasileiro ainda afirmou acreditar que Till pode estar a uma ou no máximo duas vitórias de ser agraciado com a disputa de cinturão. Assista:
Convidado do CONEXÃO PVT da última sexta-feira, Dedé Pederneiras falou da saída de Ronaldo Jacaré do UFC; analisou o combate entre José Aldo x Pedro Munhoz, marcado para o dia 7 de agosto, confirmou que eles pediram por Dominick Cruz, Cody Garbrandt e T.J. Dillashaw; e falou sobre as possibilidades para o retorno de Rafael Dos Anjos ao octógono, incluindo um almejado duelo contra Michael Chandler. Assista:
Após defender algumas quedas de Coleman, William aplicou o primeiro nocaute do wrestler
Coleman aniquilado por um estreante de 22 anos, Hugo Duarte sendo nocauteado por Tank Abbott em 45s, Frank Shamrock passando dificuldade com um desconhecido e Allan Góes perdendo de cara no torneio de 90kg. Definitivamente esta 17º edição do UFC foi marcada por grandes surpresas.
Fotos: Susumu Nagao e Marcelo Alonso
O NOCAUTE DE COLEMAN
Depois de cobrir Amaury Bitetti e Rafael Carino no UFC 9; Vitor Belfort e Wallid Ismail no UFC 12 e Carlão Barreto e Belfort no UFC 15, voltei aos Estados Unidos para acompanhar as estréias de Hugo Duarte e Allan Góes no UFC 17 no Alabama. Ambos vinham de seqüências de vitórias em eventos internacionais e chegavam com claro favoritismo. A presença do ex-campeão dos pesados Mark Coleman e do campeão dos médios Frank Shamrock no card só abrilhantavam ainda mais o evento, que contava ainda com outros três estreantes de luxo: Dan Henderson, Chuck Liddell e Carlos Newton.
Depois das fantásticas atuações de Mark Coleman nos Ultimates 10,11 e 12 muitos poderiam jurar que o criador do Ground and Pound nunca seria nocauteado. Maurice Smith, com toda a sua experiência bem que chegou perto, e no UFC 14 roubou o cinturão dos pesados do lutador mais temido do mundo após 21 minutos onde conseguiu botar em pratica um plano tático ousado: Resistir ao GNP, cansar Coleman e obrigá-lo a lutar em pé.
Na conferência de imprensa do UFC 17 “The Hammer” fez questão de deixar claro que não estava em sua melhor forma e que o gosto amargo da derrota havia trazido de volta o melhor Coleman. Seu oponente natural nesta luta seria Randy Couture, que havia roubado o cinturão de Smith no UFC 15.5, mas “The Natural” se machucou a 3 semanas do evento, cedendo seu lugar para o japonês Kohsaka, que acabou se contundindo a 2 semanas do evento. A vaga acabou sobrando para o estreante, aluno de Ken Shamrock, Pete Williams. “Vocês vão se surpreender. Este garoto vai chocar o mundo”, me disse Shamrock após a pesagem de seu atleta. Dito e Feito.
Quando a luta começou Pete logo mostrou que não estava ali para tapar buraco e em pouco mais de 2 minutos botou o braço de Coleman em risco em duas oportunidades. Na seqüência foi derrubado, mas repetiu a tática de Maurice Smith deixando o wrestler se cansar. Aos 7 minutos Coleman mostrou o primeiro sinal de cansaço ao aceitar a trocação em pé evitando se expor pára levar a luta para o chão, até que na prorrogação Pete partiu para cima de um já acuado Coleman e, após uma joelhado no queixo que deixou o ex campeão grogue emplacou, um chutaço que o levou a nocaute aos 38 s da prorrogação.
Outro favorito que quase leva um susto esta noite foi o campeão middleweight do evento Frank Shamrock que colocou seu cinturão em jogo contra o novato Jeremy Horn, que também dominou as ações durante o tempo regulamentar chegando a montar três vezes no campeão, até ser finalizado com um leglock na prorrogação. Exatos cinco meses após esta luta Shamrock viria ao Brasil defender seu cinturão contra John Lober no UFC 17.5, a primeira edição do UFC realizada no Brasil, no ginásio da Portuguesa em São Paulo
A CONSAGRAÇÃO DE DAN HENDERSON
Onze meses depois da consagradora estréia no Vale-Tudo vencendo três lutas numa noite no Brazil Open em São Paulo, Dan Henderson (1,79/89kg/27a) fez sua estréia no UFC lutando o segundo torneio até 90kg, pegando de cara o favorito Allan Góes (1,80m/90kg/26), que chegou disposto a vingar a derrota de seu parceiro de treinos Crezio Souza para o wrestler. A esta altura o faixa preta de Carlson já contabilizava um empate contra Shamrock no Japão e três finalizações seguidas no evento americano Extreme Fighting. O brasileiro começou melhor conseguindo derrubar o wrestler com um direto a no 2º minuto de luta. Na sequência Hendo tentou uma chave de calcanhar e Allan acabou caindo por baixo de onde passou a atacar triângulos e armlocks, todos defendidos pelo wrestler, que respondia com um pesado GNP. Aos 8 minutos a luta voltou em pé e Allan mais uma vez conseguiu um knock down no americano. Desta vez com um cruzado de esquerda. Mas, na ânsia de definir o combate, Allan cometeu um grave erro chutando o rosto do oponente caído, o que já era proibido pelas regras, indo em seguida para sua costas e atacando um mata-leão. O arbitro que já fazia menção de interromper resolveu penalizar o brasileiro com a perda de 1 ponto. E este ponto negativo acabou levando a luta para a prorrogação onde o gás passou a ser um diferencial. Já bastante cansado o brasileiro passou a se jogar no chão fazendo guarda o que foi interpretado como fuga pelos juizes. Até que num lance definitivo Hendo aplicou um soco em Allan que, mais uma vez, caiu fazendo guarda dando a nítida impressão de knock down, definindo a luta em favor do americano. A decisão unânime dos juizes revoltou o promotor do IVC Sergio Batarelli, presente ao evento. “Foi um garfo clamoroso, o Allan venceu esta luta os jurados não podem ser parciais desta maneira”.
Enquanto Hendo vencia Allan após 15 minutos de guerra, o canadense Carlos Newton (1,75m/81kg/21a), o mais leve do torneio finalizava com um triangulo em 53 segundos o discípulo de Maurice Smith, Bob Gilstrap, que havia perdido a final do IVC 4 para o aluno de Luis Alves, Dario Amorim.
Na primeira luta do torneio Allan dominou as ações no tempo regulamentar
DAN HENDERSON X CARLOS NEWTON
Curiosamente naquele momento os novatos Dan Henderson e Carlos Newton só tinham feito, respectivamente, 3 e 5 lutas. E estavam muito longe de serem considerados lendas do esporte. Mas definitivamente suas histórias começaram a ser escritas naquela noite. Se naquela época já houvesse prêmio para luta e performance da noite os dois mereceriam ambas. Que luta ! Logo aos 20 segundos Newton acerta um lindo cruzado, mas o wrestler responde com um double leg botando o canadense para voar. Depois de alguns minutos fazendo guarda foi a vez do canadense revidar a queda, Mas Hendo levanta e aplica uma serie de oito joelhadas no canadense que responde com dois socos e um chute quase levando o Hendo a lona. Na prorrogação ocorreu o melhor momento da luta, que obviamente seria definitivo em caso de júri “neutro”, Carlos acerta dois socos em Hendo deixando-o seminocauteado em pé. Numa ultima tentativa Hendo pulou nos pés de Newton botando o novamente para baixo . Antes do gongo soar o canadense ainda tentou uma kimura que quase levou o wrestler a bater . Quando os jurados deram a vitória na decisão dividida para Newton nem Carlson Gracie aguentou “Vergonha, roubo clamoroso” bradou o Gracie revoltado após os juizes, em decisão dividida (2 x 1) decretarem Henderson campeão.
A ESTREIA DE LIDDEL
Outra lenda que fez sua primeira luta neste UFC 17 foi Chuck Liddel (1,84/89kg/28ª) que fez um combate alternativo com o boxer Joe Hernandez (1,78m/91kg/26ª). Curiosamente Liddel entrou com uma botinha de Wrestling, uma vez que neste UFC 17 ainda era possível chutar o oponente estando calçado. O Moicano, que dali a 6 anos seria o campeão da divisão até 93kg, venceu sua estréia na decisão unânime após 15 minutos de muita trocação.
Chuck Liddel fez sua estréia no MMA como alternate deste torneio até 93kg
TANK SURPREENDE HUGO EM 45 SEGUNDOS
Vindo de uma impressionante seqüência de 5 vitórias em menos de um minuto em eventos no Japão e Estados Unidos, Hugo Duarte, chegou como franco favorito para sua estréia no UFC contra Tank Abbott. “Você vai ganhar dele fácil” disse Carlson Gracie na conferencia de imprensa, deixando de lado sua rivalidade com a Luta Livre. Mas foi exatamente a certeza de sua superioridade técnica que fez o general da Luta-Livre menosprezar o Bad Boy. “Este Tank é um fanfarrão sem técnica vou machucá-lo e vai ser rápido” declarou o carioca na conferência. O americano não gostou e respondeu “Quem é isso ? ele fala demais”. O clima chegou a ficar tenso, mas a turma do deixa disso chegou a tempo para impedir que a luta começasse com 24hs de antecedência.
Assim que Big John proferiu seu clássico “Let´s get it on” Hugo voou nas pernas de Abbott e o colocou para baixo. Mas enquanto brasileiro buscava chegar no cem quilos, Tank aproveitou a grade para ficar de quatro, permitindo que Hugo chegasse as suas costas sem, no entanto, colocar os dois ganchos acabou optando por um armlock.
O americano escapou e partiu pra cima do brasileiro que, encurralado nas grades, levou uma serie de 15 socos no rosto e na nuca, obrigando Big John a interromper a luta.
Enquanto brasileiro se recuperava Tank foi ao córner pegou sua camisa e estendeu a frente do brasileiro. “Não gosto de dar desculpas. Mas quando peguei as costas do Tank, senti um forte puxada na perna quando fui colocar o segundo gancho, distendi a perna e acabei perdendo a posição. Foi um incidente achei que ia ganhar de barbada . Todo lutador tem um dia ruim. Este foi o meu”, me disse Hugo no dia seguinte a luta.
COMEMORAÇÃO NA DELEGACIA
Curiosamente na noite do evento testemunhei Tank fazer jus a sua fama de Bad Boy. Poucas horas depois da vitória sobre Hugo o “Zé Encrenca” foi preso pela polícia local ao chutar um leigo numa boate. Eu estava nas imediações jantando com Carlson Gracie e seu faixa preta Rinaldo Santos e posso garantir que em menos de meia hora Tank entrou no estabelecimento e saiu algemado por policiais.
Cinco meses mais tarde Tank voltaria a enfrentar um brasileiro no UFC 17.5 no ginásio da Portuguesa em São Paulo. Mas a vingança de Pedro Rizzo ao parceiro de treinos de Luta-Livre, Hugo Duarte, a gente conta outro dia.
Hugo, Coleman, Carlson Gracie e Allan Góes na press conference
Big John Mccarty explicando as regras antes da pesagem
Numa “balança de banheiro” Big John anuncia o peso de Pete William para Joe Silva
encontro amistoso entre Carlson Gracie, Couture, Tra Telligman e Shamrock
Na primeira luta do torneio Allan dominou as ações no tempo regulamentar
Chegando a encaixar um mata-leão em Hendo após chutá-lo no solo
Na prorrogação o brasileiro cansou e acabou perdendo na decisão
Do outro lado da chave Carlos Newton finalizou Bob Gilstrap em 53 segundos
Chuck Liddel fez sua estréia no MMA como alternate deste torneio até 93kg
e não teve dificuldade para vencer na decisão o boxer Joe Hernandez
Depois de eliminar Allan, Hendo fez a melhor luta do evento na final com Newton
Onze meses após vencer o torneio Brazil Open, Hendo venceu Newton com uma ajudinha dos jurados
Assim como Belfort no UFC 12, Henderson ganhou uma medalha após vencer 2 lutas e faturar o torneio do UFC 17
Convidado para substituir Kohsaka a duas semanas do evento o novato Pete William foi a grande surpresa do evento
Após defender algumas quedas de Coleman, William aplicou o primeiro nocaute do wrestler
Após defender algumas quedas de Coleman, William aplicou o primeiro nocaute do wrestler
Após defender algumas quedas de Coleman, William aplicou o primeiro nocaute do wrestler
Shamrock comemora a vitória do aluno
Abatido após a luta Coleman revelou que a troca de dois adversários em cima da hora o prejudicou
Após 5 vitórias seguidas em eventos internacionais Hugo chegou como favorito contra Tank Abbot
O brasileiro chegou a derrubar o americano, mas se precipitou ao atacar um armlock
O brasileiro chegou a derrubar o americano, mas se precipitou ao atacar um armlock
A seqüência dos 46 segundos de luta publicada na Tatame
Cinco meses após vencer Jeremy Horn de virada, Frank Shamrock veio ao Brasil defender seu cinturão contra John Lober no UFC 17.5
Um registro da festa pós evento: Maurice Smith, Couture e Shamrock com o patrão Bob Meyrowitz, que comprou o evento de Rorion Gracie
Com uma transmissão inédita com câmeras de cinema em 6k, o evento cearense Victorious Fighting Entertainment realiza a sua quarta edição na próxima quinta-feira, dia 27. Nem mesmo o UFC, que já explora a tecnologia, possui transmissão integral com câmeras de cinema. Ao todo serão sete lutas. Sem presença de público, o show acontece dentro do estúdio HD Produções, em Fortaleza. A transmissão será ao vivo e gratuita no Youtube do Victorious (/victoriousfightingentertainment), a partir das 19h.
A luta principal será entre o experiente Arlen “Benks”, que participou do reality show The Ultimate Fighter Brasil 4, em 2015, e a promessa Alisson “Sakuraba”. O card ainda conta com as presenças da ex-miss Maranguape-CE Shamara Braga, escalada para enfrentar Mileide Simplício; e do “Homem-Aranha” do Trenzinho da Alegria Victor “Aranha”, que terá pela frente Ricardo “Capoeira”, recuperado de uma gravíssima lesão em uma das vértebras durante sua última luta.
https://www.youtube.com/watch?v=-HWdtVN2KAM
Um dos sócios do Victorious Fighting Entertainment, Tiago Pamplona falou dos diferenciais e dos planos da companhia. Segundo ele, a ideia é ir além de um simples evento de MMA.
“Somos mais que um evento de lutas, somos uma plataforma de entretenimento. A gente tem dois clientes: o patrocinador, que paga a conta; e aqueles que consomem a nossa marca, que é o que a gente vende para o patrocinador. Então a gente precisa atrair esses dois públicos, que são completamente diferentes. Nosso maior trabalho é entregar o máximo de resultados para o patrocinador, mas para isso a gente tem que entregar um produto de excelência para os consumidores”, explica o executivo.
O “produto de excelência” ao qual Tiago Pamplona se refere ultrapassa os limites do cage. Além da transmissão inovadora, o Victorious investe em uma megaprodução pré-luta.
“Existe uma pesquisa do IBOPE que aponta que o Brasil possui cerca de 30 milhões de fãs de MMA, só que desses, apenas cinco milhões são praticantes; os outros 25 milhões não praticam, então eles precisam de um motivo a mais para assistirem às lutas, o que pode ser uma história, uma narrativa que faça ele querer assistir ao desfecho das lutas. E a gente trabalha muito nisso, produzindo bastante material contando a história de cada um dos nossos atletas para que os fãs se identifiquem com os atletas”, destaca.
Confira abaixo o bate-papo completo com Tiago Pamplona:
O Victorious vai para a 4ª edição, a primeira na pandemia. Como vocês fizeram para se adaptar ao momento?
A ideia do Victorious sempre foi ser digital, mas éramos reféns da bilheteria. A pandemia nos obrigou a voltar com a ideia inicial. O primeiro ano de pandemia foi um tempo para repensar todo o plano de negócios, todo o formato do evento. Não sabíamos se teríamos público tão cedo, então unimos pessoas especializadas em marketing, logística, finanças e conseguimos chegar a esse resultado 100% digital, focando nas histórias por trás das lutas, em entretenimento, não apenas na luta em sim.
O Nordeste possui um público fiel aos esportes de combate, principalmente ao MMA. É o berço de grandes lendas, como Ivan Gomes, Waldemar Santana e Rodrigo Minotauro. Qual o plano do Victorious para dar visibilidade ao atual cenário da região?
Fazer evento no Nordeste é um desafio, não por falta de atletas, de material humano, mas por falta de apoio por parte de empresas, falta de investimento. Tem muito atleta bom espalhado pelos estados da região, mas falta oportunidade para esses caras lutarem. É um ciclo vicioso: não tem bons eventos e não tem patrocinadores para olharem para cá. Nós estamos quebrando esse ciclo. Estamos investindo em um evento de qualidade para começar a atrair a atenção do Brasil inteiro.
E quais são os principais diferenciais do evento? O que dá a vocês a esperança em fazer essa revolução?
Somos mais que um evento de lutas, somos uma plataforma de entretenimento. A gente tem dois clientes: o patrocinador, que paga a conta; e aqueles que consomem a nossa marca, que é o que a gente vende para o patrocinador. Então a gente precisa atrair esses dois públicos, que são completamente diferentes. Nosso maior trabalho é entregar o máximo de resultados para o patrocinador, mas para isso a gente tem que entregar um produto de excelência para os consumidores. E como a gente consegue isso? Com alta qualidade tanto técnica quanto de conteúdo.
Isso explica por que o nome do evento mudou de Victorious Fighting Championship para Victorious Fighting Entertainment?
Sim. Existe uma pesquisa do IBOPE que aponta que o Brasil possui cerca de 30 milhões de fãs de MMA, só que desses, apenas cinco milhões são praticantes de artes marciais; os outros 25 milhões não praticam, então eles precisam de um motivo a mais para assistirem às lutas, o que pode ser uma história, uma narrativa que faça ele querer assistir ao desfecho das lutas. E a gente trabalha muito nisso, produzindo bastante material contando a história de cada um dos nossos atletas para que os fãs se identifiquem com os atletas. Todos os nossos conteúdos passam por um crivo de pré e pós-produção.
Imagino que isso venha atraindo as marcas.
Utilizamos a ideia do marketing especializado. A gente não oferece aos patrocinadores apenas uma proposta de gaveta, fria, que seria colocar a marca dele no cage ao lado de outras inúmeras marcas, o que acaba ofuscando todas elas. A gente busca outro caminho: entender o objetivo de cada marca, como elas querem ser vistas e o que a gente pode fazer para colaborar. A gente encaixa os patrocinadores dentro das produções de conteúdo, não expõe a marca apenas no dia do evento. A gente sempre pensou muito na experiência de quem ia no evento, agora nosso foco é na experiência de quem vai assistir de casa, aí entram as novas ações: durante a próxima edição nós vamos colocar na tela um QR Code da Monster, que vai fazer uma ação de entrega de energéticos nas principais cidades que têm interação com o Victorious, assim como a cervejaria Brewstone, que vai fazer um kit especial para o evento.
Por fim, qual o objetivo do Victorious?
Construir histórias, formar atletas, transformá-los em estrelas, promover cada vez mais edições ao ano e em outras cidades do Brasil e ser referência na questão do marketing especializado, para revolucionarmos em parceria o cenário do esporte no Brasil. Confira abaixo o card completo:
O UFC decidiu não renovar o contrato com Ronaldo Jacaré. Sendo assim, o peso médio se despede da organização aos 41 anos de idade, nove de casa, 18 lutas disputadas e 10 triunfos. Convidado do DEPOIS DO GONGO do UFC 262, Marcelo Brigadeiro comentou a situação do representante do Jiu-Jitsu e de outros veteranos que acabaram não sendo mantidos na organização. Assista: