Atual campeão peso e absoluto do ADCC, Gordon Ryan despontou como um dos principais nomes do grappling nos últimos anos, tendo a chave de pé como a sua principal arma. Aluno de John Danaher, o norte-americano tem em seu jogo a influência de uma das lendas do Jiu-Jitsu, Renzo Gracie, que em sua última participação no RESENHA PVT, em agosto do ano passado, falou sobre a origem do pupilo.
Mayra (direita) luta no card principal contra americana
Mayra (direita) luta no card principal contra americana – Foto: UFC
Enquanto os fãs brasileiros das lutas aguardam o UFC 259, com a nova defesa de cinturão de Amanda Nunes, o Ultimate realiza um evento interessante neste fim de semana, com direito a um duelo entre dois craques do nocaute no main event e um time respeitável de brasileiros em ação. O UFC Fight Night deste sábado (27) inclui três representantes do país.
Entre os brasileiros escalados para o card, apenas Mayra Bueno é considerada favorita de acordo com as cotações calculadas pelos sites de apostas esportivas. Os odds que mostraremos a seguir, fornecidos pelo Odds Shark, estão à disposição no Bodog, uma das principais casas de apostas do mercado e referência internacional do ramo.
Peso mosca feminino – (R$ 2,15) Montana de la Rosa x Mayra Bueno (R$ 1,69)
Mayra é a principal aposta brasileira no fim de semana, proporcionando lucro de R$ 1,69 para 1 no Bodog caso confirme seu favoritismo diante da texana Montana de la Rosa. Aos 29 anos, a mineira tem apenas uma derrota em seu cartel como profissional e vai buscar um lugar no ranking da categoria. A “Sheetara”, especialista em jiu-jitsu, vem de uma bela exibição no UFC, finalizando a italiana Mara Borella logo no primeiro round. A adversária também tem formação na luta agarrada, o que faz o duelo ficar ainda mais interessante.
Peso galo – (R$ 2,25) Pedro Munhoz x Jimmie Rivera (R$ 1,64)
Oitavo colocado no ranking dos galos, o paulistano Munhoz, de 34 anos, que se aproximar do topo da categoria com uma vitória sobre Jimmie Rivera, nono lugar na lista. Depois de nocautear o ex-campeão Cody Garbrandt, Munhoz acabou sendo derrotado por Aljamain Sterling e Frankie Edgar, atrapalhando seus planos dentro do Ultimate. A chance de bater Rivera, que perdeu duas das últimas três, é também uma oportunidade de revanche, pois o americano derrotou o brasileiro por decisão dividida dos jurados em 2015, em um UFC Fight Night realizado em São Paulo.
Peso leve – (R$ 1,44) Alexander Hernandez x Thiago Moisés (R$ 2,75)
Mais um brasileiro que corre por fora nas casas de apostas, o paulista Thiago Moisés pega o americano Hernandez, que já chegou a fazer uma luta da noite com Donald Cerrone em 2019. Mas Moisés, de apenas 25 anos, vem de duas vitórias seguidas e quer surpreender, de olho num lugar no ranking dos leves. Considerado um atleta de muito futuro, o lutador nascido em Campinas entrou no UFC pelo Contender Series e tem como melhor resultado uma finalização para cima do veterano Michael Johnson, em 2019. Boa opção de palpite para quem busca um retorno mais generoso (R$ 2,75 para 1 em caso de vitória).
Por fim, vamos destacar o combate principal, em que o surinamês Jairzinho Rozenstruik, de 32 anos, encara o francês Ciryl Gane, de 30. Apesar de estar abaixo de seu oponente no ranking (Gane é o sétimo colocado, Rozenstruik é o quarto), o francês é o amplo favorito, rendendo lucro de R$ 1,37 para 1 no Bodog se vencer. Em sua última luta, Rozenstruik foi o algoz de Júnior Cigano, nocauteando o ex-campeão no segundo round. Curiosamente, o último resultado de Gane é idêntico: nocaute sobre Cigano no segundo assalto. O francês ainda está invicto e o surinamês tem só uma derrota na carreira (para Francis Ngannou).
Confira todos os combates e as cotações do Bodogpara o evento deste sábado (27/2) no UFC Apex, em Las Vegas (em destaque, os representantes do Brasil):
CARD PRINCIPAL (a partir das 22h, horário de Brasília)
Campeão peso médio do UFC e em busca do título na categoria de cima, Israel Adesanya recebeu recentemente a faixa-roxa de Jiu-Jitsu. Quem o graduou foi o brasileiro André Galvão, que esteve no RESENHA PVT esta semana. Impressionado com o atleticismo e a postura do nigeriano, o multi campeão do ADCC explicou o principal motivo da promoção e também do porquê do sucesso do campeão no MMA. Assista:
O Baú desta semana é uma história que precisa ser contada em duas partes. Na realidade em dois eventos subsequentes, o UVF 4 (realizado na casa de shows Metropolitan no Rio, em outubro de 96), marcado pela vitória de Randleman e seu desafio publico aos grandes ícones do Jiu-Jitsu; e o UVF 6 (realizado seis meses depois no mesmo local) e que teve Carlão Barreto dando a resposta brasileira numa luta histórica, na final do torneio, que marcaria o primeiro confronto entre o Wrestling e Jiu-Jitsu em igualdade de condições.
Neste primeiro texto vou falar do UVF 4, que foi marcado pela estréia de Kevin Randleman no Vale-Tudo e toda a quizumba gerada pela sua vinda ao Rio de Janeiro junto com seu mentor Mark Coleman, que naquele momento havia acabado de ganhar seu segundo torneio do UFC, tendo declarado logo após o evento que venceria, na mesma noite, os três Gracies mais respeitados no mundo da luta naquele momento (Rickson, Royce e Renzo).
COLEMAN E RANDLEMAN NO BRASILEIRO DE JIU-JITSU
Num momento onde os wrestlers começavam a dominar o esporte e seu maior ícone acabara de desafiar os três maiores expoentes mundiais da família Gracie, imaginar Mark Coleman e Kevin Randleman num campeonato brasileiro de Jiu-Jitsu soa até irônico, mas curiosamente foi o que aconteceu.
Na semana que os gringos chegaram para o UVF4 estava acontecendo o brasileiro de Jiu-Jitsu e o estadual de Luta-Livre e o mestre João Alberto Barreto, que era um dos promotores do evento, teve a idéia de levar os wrestlers americanos para conhecer a “atmosfera marcial” do Rio de Janeiro. Duas experiências distintas que fiz questão de acompanhar de perto.
No Iate Clube Coleman e Randleman não chegaram a ser vaiados, mas foram recebidos com uma frieza constrangedora. Um clima horrível, afinal de contas a Tatame #15, de outubro de 96, havia acabado de chegar as bancas com Coleman na capa prometendo enfileirar Rickson, Royce e Renzo na mesma noite.
Ao chegarem ao Iate Clube Jardim Guanabara Coleman e Randleman foram apresentados a Carlos Gracie Jr., Zé Moraes e Wallid, mas percebendo o clima de poucos amigos decidiram subir para uma área mais reservada, onde arriscaram jogar futebol com algumas crianças. Percebendo o clima pesado no local, os dois logo pediram para seguir para o próximo destino e entraram na Van rumo ao campeonato de Estadual de Luta-Livre.
Curioso para ver como os gringos seriam recebidos na modalidade rival, pedi ao mestre João Alberto uma carona na Van e no caminho aproveitei para bater um papo com os americanos. Ambos me revelaram que perceberam que não haviam sido muito recebidos no evento de Jiu-Jitsu, mas nada que abalasse suas impressões iniciais da Cidade Maravilhosa. “Achava que ia encontrar uma cidade violenta e perigosa e, no final, vi a cidade mais bonita da minha vida”, me disse Kevin, garantindo que não estava nem um pouco nervoso para sua estréia no Vale-Tudo no dia seguinte. “Eu passei minha vida competindo Wrestling. Ultimamente ajudo o Mark nos seus treinos quase diariamente. Com certeza fazer três lutas numa noite não será pior que isso”.
Yamasaki apresentando Coleman ao presidente da CBJJ, Carlos Gracie Jr
Muito diferente do marrento que prometeu enfileirar três Gracies numa noite, Coleman contou que não via a hora de conhecer o Cristo e a praia do Pepê e, após receber de mim uma edição da Tatame #14 com Rickson na capa, reiterou o seu desafio ao Gracie: “Eu respeito muito ele e toda sua família, mas se ele disse aqui que não vê nada demais em mim, porque não para de falar e luta ? Posso vencê-lo, e vou”.
No caminho entre Ilha do Governador e o evento de Luta-Livre realizado no América FC na Tijuca. “The Hammer” também me deu suas impressões sobre a Arte –Suave no MMA. “È uma ótima luta, mas é muito monótona. Eles tem que aprender a dar socos e cabeçadas. A técnica do Jiu-Jitsu é anulada contra adversários muito grandes e que conheçam um pouco da luta”.
RECEBIDOS COM FESTA NA LUTA-LIVRE
Ao chegar no evento de Luta-Livre, Coleman e Randleman não entenderam nada ! Afinal de contas encontraram uma atmosfera totalmente diferente. Além de serem aplaudidos pelo publico, foram homenageados e assediados ininterruptamente por fãs nas arquibancadas, pedindo para tirar fotos e autografar camisas.
Após atenderem aos fãs Coleman e Randleman tiraram dezenas de fotos com os grandes ícones da Luta-Livre Hugo Duarte, Eugênio Tadeu e Marco Ruas e voltaram para o hotel para curtir o fim de tarde na praia do Leme ao lado de Geza Kalman, Dan Bobish e Dave Beneateau. Dan Severn, que veio para fazer uma super luta com The Pedro, foi o único estrangeiro que optou por não ir a praia este dia.
Coleman com os ídolos da Luta-Livre Hugo, Ruas e Eugênio
RANDLEMAN ATROPELA E DESAFIA JIU-JITSU
O fato é que a formação do card do UVF 4 rendeu muita polêmica para os grandes ícones do Jiu-Jitsu junto aos fãs da modalidade. Afinal de contas num momento em que o Wrestling começava a dominar a cena mundial do esporte, era uma grande afronta a história da modalidade, o grande nome do Wrestling trazer seu aluno para se consagrar estreando num torneio na terra do Jiu-Jitsu, sem nenhum representante da Arte- Suave.
“É um absurdo o que estes caras estão fazendo com a luta. Botaram caras sem expressão para representar o Brasil. Estão fazendo o nome dos gringos”. Me disse Wallid no dia do evento.
Fábio Gurgel, que foi procurado para lutar cinco dias antes por US 10 mil, também fez questão de explicar sua decisão de não lutar o UVF 4. “È muita falta de profissionalismo me chamarem nestas condições. É o Jiu Jitsu que leva o público e traz lucro ao evento”.
O diretor técnico e matchmaker do evento o mestre João Alberto rebateu as criticas de Wallid e Gurgel. “Os brasileiros são engraçados, vão lá fora lutar por merreca, mas aqui querem bolsas exorbitantes. Falei com Hugo, Ricardão, Carlão, Murilo, Wallid e Traven e todos me pediram mais que o Severn. Os únicos brasileiros que hoje podem pedir alto, pois venceram lá fora, são: Rickson, Royce e Marco Ruas, o resto tem que construir sua história”, justificou o aluno de Hélio Gracie.
Quem gostou desta falta de diálogo interno foi Kevin Randleman, que deu um verdadeiro show em sua estréia no Vale-Tudo. A primeira vitima foi o brasileiro Luis Carlos Maciel. Conhecido como “He Man”, o lutador de Boxe fez uma boa luta em pé com o americano, mas quando foi derrubado acabou virando presa fácil para seu Ground N Pound. O árbitro Fernando Yamasaki parou o combate a 5min14 decretando TKO.
Na segunda luta, mais um show do americano que após levar clara vantagem na trocação levou o gorducho Geza Kalman para o solo e definiu o combate com cabeçadas e socos a 7min25s.
Do outro lado da chave o lutador mais pesado do torneio, Dan Bobish (145 kg) finalizava o brasileiro Mauro Bernardo e nocauteava o canadense Dave Beneteau para disputar o título do UVF 4 com o aluno de Coleman.
Na grande final, após mostrar mais uma vez seu excelente boxe, Kevin derrubou Bobish e definiu a luta com socos de dentro da guarda, para delírio do mestre Coleman que invadiu o cage e comemorou os US 10 mil do pupilo, colocando-o no ombro.
Ao final do evento Randleman conversou comigo e mexeu com o brio do Jiu-Jitsu. “Achei que por estar na terra da família Gracie teria a chance de bater em algum grande nome do Jiu-Jitsu, mas eles preferiram dar desculpas. Espero que no próximo evento algum deles tenha coragem de tentar vir roubar meu cinturão”
CARLÃO, WALLID E HUGO RESPONDEM COLEMAN
Antes da grande final entre Randleman e Bobish, Coleman subiu ao cage e fez um desafio a qualquer brasileiro presente. Carlão Barreto e Hugo Duarte vieram logo atrás. “Estou aqui representando o verdadeiro Jiu-Jitsu, o time Carlson Gracie. Eu te desafio Coleman”. Hugo Duarte pegou o microfone na seqüência e também deu seu recado “Vou lutar em nome do Brasil. Vamos acabar com a prepotência destes americanos”. Na seqüência Carlão foi mais longe e propôs uma eliminatória entre ele e Hugo para ver quem representaria o país. Hugo aceitou prontamente.
Neste momento Wallid subiu ao cage, pediu o microfone e disse que tinha uma mensagem de seu mestre Carlson Gracie. “Manda os gringos fazerem a lista de quem quer lutar conosco que nós vamos pegar um por um”, disse o marrento amazonense olhando nos olhos de Coleman, que mesmo não entendendo nada de português se limitava a bater palmas.
Na descida do octagon entrevistei Wallid e perguntei a ele sobre o fato de só haver pesos pesados naquele desafio. “Se tamanho fosse documento, o elefante era o rei da selva”, me respondeu o faixa preta com uma de suas frases históricas.
Curiosamente, num momento em que nem se cogitava falar em MMA feminino, a treinadora de Severn, Becky Levi (1,82m /97kg) também aproveitou a serie de desafios para subir ao cage e desafiar qualquer brasileira. A galera inclusive começou a gritar o nome da boxer Nary Tyson, mas a verdade é que se hoje já é difícil encontrar oponentes para Gaby Garcia, imagine naquela época. Becky ainda conseguiria fazer 8 lutas de Vale Tudo entre 1996 e 2000, só tendo perdido uma única vez para a então novata Malos Coenen em sua ultima luta.
CONVIDADO NA HORA DO EVENTO, SUKATA LUTA 40 MIN COM SEVERN
Para completar a noite do Wrestling americano o veteraníssimo Dan Severn venceu o, então faixa roxa de Jiu-Jitsu, Mario Sukata que substituiu The Pedro, Contundido na semana do evento.
Como Severn já estava no Rio, a organização ao saber da contusão de The Pedro, fez varias propostas. Quando já cogitavam cancelar a luta eis que o faixa roxa Mario Sukata aparece no dia do evento aceitando a proposta e fazendo uma grande luta.
O paraibano lutou bem em pé e em todas as vezes que a luta foi para o solo não permitiu que Severn o acertasse. Sukata, inclusive, quase conseguiu encaixar um triangulo no wrestler, mas Severn, já malandro após ser finalizado por Royce na final do UFC 2, conseguiu sair. Depois de 40 minutos os juizes decidiram em favor de Severn, que fez questão de pedir o microfone e rasgar elogios ao valente brasileiro. “Ele é um guerreiro. Só soube que lutaria comigo 10 minutos antes da luta e ltou muito bem. Com certeza tem futuro”, agradeceu a lenda do UFC.
De fato a excelente atuação de Sukata lhe rendeu uma vaga entre os representantes brasileiros no UVF 6, quando ele, Ebenezer, Carlão Barreto responderiam, em seqüência e na mesma noite, ao desafio de Kevin Randleman. Mas este capítulo eu conto na semana que vem.
*Texto e Fotos: Marcelo Alonso
Após desafiar Rickson, Royce e Renzo, Coleman não foi bem recebido no brasileiro de Jiu-Jitsu
Yamasaki apresentando Coleman ao presidente da CBJJ, Carlos Gracie Jr
Wallid após conhecer Coleman “Se tamanho fosse documento o elefante era o rei da selva”
Um dia antes da sua estréia no Vale-Tudo Randleman foi ao brasileiro de Jiu-Jitsu
Coleman e Randleman jogando futebol com algumas crianças no Iate Clube
Coleman e Randleman jogando futebol com algumas crianças no Iate Clube
Na edição daquele mês de O Tatame, Coleman desafiava 3 Gracies após vencer seu segundo UFC
Severn e Coleman na saída de uma churrascaria
Grande nome do UFC naquele momento, Coleman respondeu a entrevista de Rickson a Tatame do mês anterior
Depois de serem recebidos com frieza no Jiu-Jitsu os americanos foram ovacionados no estadual de Luta-Livre
Depois de serem recebidos com frieza no Jiu-Jitsu os americanos foram ovacionados no estadual de Luta-Livre
Depois de serem recebidos com frieza no Jiu-Jitsu os americanos foram ovacionados no estadual de Luta-Livre
Coleman com os ídolos da Luta-Livre Hugo, Ruas e Eugênio
Coleman com os ídolos da Luta-Livre Hugo, Ruas e Eugênio
a pedido da imprensa Coleman posou para o clássico cara a cara com Marco Ruas
Como ainda não havia telefones celulares em 1996, Coleman teve que assinar muitas camisas
O faixa laranja Alexandre Cacareco foi um dos destaques do estadual de Luta-Livre de 1996
O matchmaker do UVF 4, João Alberto Barreto, com Hugo Duarte
Bobish, Coleman, Randleman, Beneteau e Kalman curtindo a praia de Copacabana
Bobish, Coleman, Randleman, Beneteau e Kalman curtindo a praia de Copacabana
Bobish, Coleman, Randleman, Beneteau e Kalman curtindo a praia de Copacabana
Depois de passar por Maciel e Kalman, Randleman atropelou Bobish na final do torneio
Wallid, Hugo e Carlão subiram ao cage para aceitar o desafio de Coleman
Coleman comemorando a estréia vitoriosa de Randleman que desafio algum representante do Jiu-Jitsu a ter coragem de enfrentá-lo na próxima edição
Chamado na hora do evento, o faixa roxa Mario Sukata lutou 40 minutos com Dan Severn
Matéria que fiz para a revista japonesa Kakutougi Tsushin: destaque ao faixa roxa que foi chamado na hora da luta e perdeu na decisão para Severn
O vencedor do UVF 4, Kevin Randleman, sendo apresentado no Japão como nova promessa do Vale-Tudo
Cinco meses após o UVF 4 o campeão Randleman voltaria ao Rio para defender seu titulo lutando com Sukata, Ebenezer e Carlão na mesma noite
Considerado por muito tempo o dono do melhor ne waza do Judô, o medalhista olímpico e faixa-preta de Jiu-Jitsu Flávio Canto, em recente entrevista no RESENHA PVT, falou do quão benéfico seria para ambas as partes se os praticantes das duas modalidades se completassem nos treinamentos. Assista:
Brasileiro tem duas vitórias em três lutas na organização russa - Foto: Divulgação/ACA
Não bastasse a pandemia do coronavírus, o peso-mosca brasileiro Charles Blackout passou outro perrengue que atrasou seus planos em 2020: uma grave fratura na fíbula, bem parecida com a lesão de Anderson Silva na luta contra Chris Weidman em 2013, embora a do ex-campeão do UFC tenha sido na tíbia. Basicamente, a canela do cearense partiu ao meio, comprometendo, inclusive, alguns ligamentos.
Brasileiro tem duas vitórias em três lutas na organização russa – Foto: Divulgação/ACA
“Na hora eu já pensei: ‘ferrou’. Foi uma dor muito forte, não sabia qual seria a sequência da minha carreira. O Airton (Nogoceke, treinador) me levou para o hospital na hora, fiz os exames e no dia seguinte já estava operando”, relembra o lutador, que sofreu o acidente durante um treinamento em junho. “Foi ainda mais difícil porque eu estava com luta marcada no ACA para novembro daquele ano, e era o dinheiro que eu contava, já que, por conta da pandemia, eu não estava nem podendo dar aula particular. Ou seja, minha vida parou”.
Resiliente, Blackout não deixou se abalar, focou na recuperação e, cinco meses depois, já estava de volta aos tatames para retomar os treinamentos. Totalmente recuperado e bastante confiante, ele retorna ao cage nesta sexta-feira, dia 26, pela 118ª edição do Absolute Championship Akhmat (ACA), na Rússia.
“Assim que eu coloquei o pé no chão na primeira vez após a lesão, que eu vi que ia conseguir andar, eu já sabia que em seguida conseguiria voltar a chutar. Ali minha cabeça já voltou ao normal, voltei a ter segurança para me movimentar e chutar e sabia que voltaria a lutar em breve”, explica o lutador, que possui um cartel de 12 vitórias e duas derrotas.
O adversário do brasileiro é o tajikistanês Azan Garofov, que venceu 12 das 13 lutas que disputou como profissional. Especialista em Jiu-Jitsu sem kimono, Blackout acredita que tem o antídoto para anular o rival.
“Ele é um cara guerreiro, vem de uma região de guerra, literalmente. Estudamos ele, vimos todas as últimas lutas dele, mas eu tenho jogo para fazer frente contra qualquer um. Pode vir do Tajiquistão, da Chechênia, do fim do mundo que vamos passar em cima. “Sei que ele é striker, mas eu não tenho receio de trocar. Inclusive, acredito muito no meu queixo e sei que posso neutralizá-lo na grade. Além do mais, tive muito suporte no meu treinamento, tive ajuda do Josiel Açougueiro, que luta no mesmo dia, então estou muito confiante.”
Campeão de quatro super lutas consecutivas contra campeões do absoluto do ADCC, André Galvão pediu 1 milhão de dólares para sair da aposentadoria, anunciada em 2018, vestir a rash guard e enfrentar Gordon Ryan, campeão absoluto da última edição do evento. Convidado do RESENHA PVT da última quarta-feira, o brasileiro explicou o porquê das condições impostas e mostrou-se confiante quanto à realização do super duelo. Assista:
Nessa quarta-feira o Resenha PVT recebeu o decacampeão mundial e hexacampeão do ADCC André Galvão. O líder da Atos relembrou sua história no Jiu Jitsu, falou da parceria com o campeão do UFC Israel Adesanya e comentou, pela última vez, quais são seus termos para retornar da aposentadoria aos 40 anos para enfrentar o atual campeão absoluto do ADCC Gordon Ryan. Galvão falou ainda da importância da mudança de regras na IBJJF (permitindo chaves de calcanhar), do crescimento dos americanos nas competições sem quimono, do movimento American Jiu Jitsu e do desejo de fazer pelo menos mais uma luta de MMA. Assista:
Campeão do ADCC no absoluto, Robert Drysdale foi responsável por afiar o chão de diversas feras já consagradas no MMA quando esteve na Xtreme Couture. Convidado da última terça-feira do CONEXÃO PVT, o faixa-preta relembrou o período que, segundo ele, foi marcante e, ao mesmo tempo, frustrante. Assista:
Clebinho está confiante para estreia no ACA - Foto: Divulgação
Com grande experiência no MMA, com um cartel profissional de 20 vitórias e 10 derrotas, Cleber Sousa vem tendo um início de ano “agitado”. Atualmente com 36 anos, o lutador chegou a ter sua disputa de cinturão peso médio contra Irwing “King Kong” – atual detentor do título – anunciada pelo SFT e vinha treinando com sua equipe visando o combate em questão. No entanto, nos últimos dias, o paulista acabou sendo contratado pelo evento russo ACA MMA (Absolut Championship Akhmat), e vai fazer sua estreia já na próxima sexta-feira, 26, na edição 118 da franquia, em duelo contra o russo Abdul-Rahman Dzhanaev.
Clebinho está confiante para estreia no ACA – Foto: Divulgação
Ciente da boa oportunidade para sua carreira, tendo em vista que o ACA é considerado, atualmente, um dos principais eventos do esporte nos dias atuais, Clebinho aceitou o combate, mesmo com apenas 18 dias de antecedência, e chegou à Rússia nesta semana para mais um importante desafio. Vindo de seis vitórias em suas últimas oito lutas, o casca-grossa garante estar pronto para fazer uma boa apresentação em seu debute na organização russa.
“Peguei o duelo faltando poucos dias, justamente para segurar esse contrato, mas estou bem, preparado e as expectativas são as melhores para voltar ao Brasil carregando a vitória na mala (risos), podem ter certeza. Vou fazer valer a minha mão pesada. Primeira vez que eu colocar a mão, é para ele sentir, andar para trás e não vir para cima. A intenção é acabar com a luta no segundo round, por nocaute”, projetou o lutador em nota enviada pela assessoria de imprensa.
– Contrato assinado com o ACA em meio à luta marcada com Irwing no SFT
A previsão era que a gente lutasse em março. O Magno (Wilson, matchmaker do SFT) já estava começando a acertar os detalhes, eu aceitei a luta, só que desde dezembro, o ACA já estava em contato com meus empresários, querendo me contratar. Acabou que o contrato veio apenas agora, em fevereiro, em cima da hora. Peguei o duelo faltando poucos dias, justamente para segurar esse contrato, mas estou bem, preparado e as expectativas são as melhores para voltar ao Brasil carregando a vitória na mala (risos), podem ter certeza.
– Motivação extra com ida para o ACA
Tenho várias lutas internacionais, só que o ACA, atualmente, é um dos maiores eventos do mundo. Então, fiquei muito feliz em ter a chance de fazer parte do plantel, fiquei animado pelo convite e pelo contrato. Agora é guerra. Estamos dentro de um evento gigantesco e agora é fazer jus à confiança que está sendo depositada em mim. Estou pronto para fazer uma grande luta na sexta-feira.
– Análise do adversário e projeção de nocaute
Meu adversário é um cara duro, que tem gás, é explosivo no primeiro round, mas que cai de rendimento a partir dos outros assuntos e, por conta disso, já procura a luta agarrada, tenta derrubar. A gente estudou ele da melhor forma. Apesar de pegar a luta com apenas 18 dias de antecedência, vimos algumas coisas do jogo dele e eu já vinha esperando essa oportunidade no ACA. Vou fazer valer a minha mão pesada. Primeira vez que eu colocar a mão, é para ele sentir, andar para trás e não vir para cima. A intenção é acabar com a luta no segundo round, por nocaute.
– Planos de retornar ao SFT futuramente para reconquistar cinturão
Com toda certeza, a intenção é reconquistar o que é meu lá no SFT. Nesse momento, as coisas vão ficar um pouco difíceis, porque eu e o Irwing (King Kong) fomos contratados pelo ACA, mas se eu puder lutar com ele futuramente, vai ser muito bom. Pode ser até no meio da rua (risos). Ele fala demais. Seria uma honra enfrentá-lo no SFT para eu reconquistar esse título que sinto que é meu.