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Parque Olímpico do Rio de Janeiro recebe competição internacional de parajiu-jitsu no próximo dia 4 de dezembro

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AJP, em parceria com Federação Brasileira de Jiu Jitsu e a Federação Brasileira de Parajiujitsu, mantém tradição e promove duelos entre os principais paratletas de jiu jitsu do mundo - Foto: Divulgação

Com uma proposta de inclusão, a AJP, em parceria com a Federação Brasileira de Jiu Jitsu (FBJJ) e a Federação Brasileira de Parajiu-jitsu (FBPJJ), promove mais uma vez o Abu Dhabi Grand Slam de Jiu Jitsu Paradesportivo. A competição é a oportunidade de atletas com deficiências físicas, auditivas, visuais, motoras e intelectuais demonstrarem todo o seu talento na arte suave. As lutas serão realizadas no próximo dia 4 de dezembro, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro.

AJP, em parceria com Federação Brasileira de Jiu Jitsu e a Federação Brasileira de Parajiujitsu, mantém tradição e promove duelos entre os principais paratletas de jiu jitsu do mundo – Foto: Divulgação

“Nossa expectativa é a melhor possível. Tivemos uma grande procura de paratletas de diferentes estados do Brasil e de outros países também. Considerando todas as dificuldades por conta da pandemia, estamos muito satisfeitos e bastante confiantes em realizar mais um grande torneio, com toda a organização e segurança que o momento exige”, afirma o faixa preta Elcirley Luz Silva, presidente da FBPJJ.

Segundo Elcircley, a procura pelo jiu jitsu paradesportivo cresce, aproximadamente, 5.000% ao ano em todo o mundo. E esse número expressivo não é à toa. A modalidade é a mais inclusiva entre todas do paradesporto e engloba ao todo 20 classificações funcionais, sistema responsável por dividir as categorias e agrupar os atletas de acordo com as suas limitações específicas. A natação, um dos esportes paralímpicos mais populares do planeta, por exemplo, possui 14.

“O crescimento do parajiu-jitsu no mundo é incrível, a procura por competições e por aulas específicas nas academais é cada vez maior. Isso se deve à abrangência do nosso esporte. Hoje, o jiu jitsu apresenta um comitê paralímpico e somos reconhecidos como o esporte com mais classificações funcionais. Cada tipo de limitação equivale a uma classificação funcional. Por exemplo, a limitação do amputado, da paralisia cerebral, da poliomielite, da visão, cada uma dessas é uma classificação funcional. O jiu jitsu é o esporte que mais tem classificações funcionais no paradesporto, hoje são 20”.

Hoje, no Brasil existem mais de 500 praticantes de jiu jitsu com diferentes deficiências funcionais. No mundo, esse número ultrapassa a marca de 1.500. No entanto, apesar do eminente crescimento, ainda é um mercado pouco explorado por professores e academias. Essa é uma das principais lutas de Elcircley frente à federação.

“Nosso desafio é difundir os nossos cursos para que os professores entendam a importância de receber esses alunos e esses paratletas de uma maneira correta, com uma metodologia própria e um treino específico. Os professores precisam entender que eles têm a responsabilidade de fazer o jiu jitsu ser para todos de verdade. E só é para todos quando chega aos deficientes. Dando a eles o benefício de aprender e viver o jiu jitsu, que pode oferecer uma maior mobilidade, uma melhor qualidade de vida, uma melhora na autoestima e possibilitar uma mudança de vida através do esporte”.

Promessa da Chute Boxe luta no Forze FC uma semana após estreia vitoriosa como profissional

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Nova vitrine para os talentos do MMA brasileiro que estão surgindo, o Forze FC estreia neste sábado, dia 28, em Curitiba, com transmissão ao vivo pelas plataformas digitais da organização. Entre os atletas que terão a oportunidade de se mostrar para o Brasil e o mundo está a promessa curitibana Alisson Murilo, que duela contra o paulista Paulo Henrique Oka.

Aos 20 anos de idade, o peso-galo é um dos mais promissores representantes da tradicional equipe Chute Boxe. Sparring da ex-desafiante peso-mosca do UFC Jennifer Maia, Alisson Murilo tem um histórico extenso no MMA amador, com 12 vitórias em 17 lutas. Sua estreia como profissional foi na última sexta-feira, com vitória por nocaute técnico ainda no primeiro round.

“Essa minha rodagem como atleta amador me deu muita experiência e segurança para eu migrar confiante para o MMA profissional. Cresci no meio da luta, sempre vivi da luta, seja treinando ou dando aulas. Me considero um atleta completo. Além da base que tive no MMA amador, também tenho ferramentas no Wrestling, Muay Thai e Jiu-Jitsu. Sei que meu adversário é duro, mas estou preparado para um show”, disse o lutador.

Na luta principal da edição de estreia do Forze FC, Quesia Zbonik enfrenta Josiane Nunes pela divisão dos galos feminino. Além de 11 combates profissionais, o card ainda promove duelos de MMA amador, confirmando a proposta de ser uma plataforma de oportunidades a atletas iniciantes.

Confira abaixo o card completo:

Forze FC 1

Curitiba, PR

Sábado, 28 de novembro de 2020

Card Profissional

Até 61kg: Quezia Zbonik x Josiane Nunes

Até 70kg: Juliano Prescendo x Emerson Santos

Até 73kg: Lucas Bento x Paulo Xavier

Até 66kg: Luiz Bernardi x Ozias Bull Terrier

Até 55kg: Jaqueline Zangada x Bia Arlequina

Até 61kg: Alisson Murilo x Paulo Oka

Até 84kg: Guilherme Assis x Pedro Oliveira

Até 57kg: Érica Souza x Geisy Nascimento

Até 66kg: Weslley Hélio x Jhonata Morais

Até 61kg: Willian Ferreira x Felipe Lidio

Até 57kg: Leonardo Fagundes x Danilo Sinistro

Card Amador

Até 57kg: Caciana Santos x Vivian Rocha

Até 78kg: Jonathan Leares x João Marteli

Bustamante critica profusão de bombas no Jiu-Jitsu e no MMA e pede banimento vitalício de quem for pego

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Em entrevista ao RESENHA PVT em abril deste ano, a lenda Murilo Bustamante alertou para a falta de rigor na punição para lutadores flagrados no doping, tanto no Jiu-Jitsu quanto no MMA. Para o ex-campeão do UFC, atletas que comprovadamente fazem o uso de produtos proibidos devem ser banidos permanentemente. Assista:

https://youtu.be/6yuzokr2_Vo

Tyson é favorito contra Roy Jones Jr. nas casas de apostas; saiba como dar seu palpite

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Os fãs das lutas estão na contagem regressiva para o retorno de um dos grandes ícones do universo dos esportes de combate. Mike Tyson subirá ao ringue neste sábado (28), em Los Angeles, para sua primeira luta desde 2005. E seu adversário também tem lugar garantido na história do boxe: o multicampeão Roy Jones Jr., que está há dois anos sem lutar. Como não poderia deixar de ser, o combate está agitando as casas de apostas esportivas, com o “Iron Mike” conquistando a preferência dos fãs que procuram um ótimo lucro.

As cotações que apresentaremos a seguir são do Bodog, um dos principais sites do ramo, e refletem diversos aspectos do confronto, como as características de cada lutador, seus retrospectos e a diferença de tamanho entre eles – vale lembrar que Tyson sempre lutou entre os pesados, enquanto Jones Jr. passou por várias categorias diferentes. O combate é considerado não-oficial, uma “luta de exibição”, e terá algumas regras diferentes. Ambos os lutadores, porém, já avisaram que vão lutar para valer e buscarão o nocaute.

 (R$ 1,50) Mike Tyson x Roy Jones Jr. (R$ 2,60)

Nos sites de apostas esportivas, o favorito é mesmo o supercampeão dos pesados: Tyson tem uma cotação digna de um detentor de cinturão, enquanto Jones Jr. aparece como um desafiante ao título. Quem acreditar em um triunfo do “Iron Mike” em sua volta ao ringue vai receber um retorno bastante interessante, de R$ 1,50 para 1. Trata-se de um lucro de 50%, ou seja, a chance de investir R$ 100, por exemplo, e receber de volta R$ 150. Já uma aposta bem-sucedida em Roy Jones pode mais do que dobrar seu investimento.

Os odds de R$ 2,60 para 1 (apostar R$ 100 e receber de volta R$ 260 em caso de sucesso) chamam atenção porque Jones Jr. é mais jovem (51 anos, contra 54 de Tyson) e não está há tanto tempo sem lutar. Entre 2016 e 2018, ele lutou quatro vezes e venceu todas – contra adversários modestos, é verdade, mas é inegável que o azarão deste sábado está em ritmo de competição. Tyson, por sua vez, fez sua última luta há 15 anos. Em seus dois últimos combates, em 2004 e 2005, ele perdeu mostrando péssima condição física.

A diferença desta vez é que o ex-campeão afirma ter se preparado de forma adequada. O staff de Tyson afirma que ele fez um ótimo camp de treinamento, está em forma e levou o confronto com Jones Jr. muito a sério. E não é só isso que explica a vantagem de Tyson na cotação das casas de apostas: ele sempre foi conhecido pelo poder de nocaute, enquanto Jones Jr. era um pugilista mais técnico, menos explosivo. Como a idade reduz a resistência do atleta aos golpes, um soco certeiro de Tyson certamente poe levar Jones Jr. à lona.

Para quem pretende fazer um palpite no aguardado combate deste fim de semana, é bom levar em conta também as regras estabelecidas pela Comissão Atlética da Califórnia. Por causa da idade dos lutadores, o duelo terá 8 rounds de 2 minutos cada. Tyson e Jones Jr. usarão luvas de 12 onças (e não de 10 onças, como de costume), mas não terão de vestir capacetes de proteção, como chegou a ser cogitado. Como todo bom casca-grossa, Tyson zombou das restrições e avisou: “Vou para lutar de verdade e espero que ele também”.

Peso cruzador – (R$ 1,40) Jake Paul x Nate Robinson (R$ 2,95)

O evento deste fim de semana apresenta também outro combate inusitado, entre o astro do YouTube Jake Paul e o ex-jogador de basquete Nate Robinson, com carreira de sucesso na NBA. Será a terceira luta da carreira de Paul, de 23 anos. Já Robinson, de 36, fará a sua estreia no ringue. O ex-craque da NBA tem passagens por New York Knicks, Boston Celtics e Chicago Bulls, entre outros, e venceu três vezes o torneio de enterradas realizado dentro do All Star Weekend. Para as casas de apostas esportivas, contudo, a diferença de idade e o fato de Paul já ter alguma experiência fazem de Robinson o azarão no confronto.

Confira todos os combates e as cotações para o evento deste sábado (28/11), a partir de 21h30 (de Brasília), no Staples Center, em Los Angeles (EUA):

CARD PRINCIPAL

Main event – (R$ 1,50) Mike Tyson x Roy Jones Jr. (R$ 2,60)

Peso cruzador – (R$ 1,40) Jake Paul x Nate Robinson (R$ 1,62)

Peso meio-pesado – (R$ 1,05) Badou Jack x Blake McKernan (R$ 10,00)

Peso cruzador – (R$ 1,33) Viddal Riley x Rashad Coulter (R$ 2,00)

CARD PRELIMINAR

Peso leve – Jamaine Ortiz x Nahir Albright

Peso pena – Irvin Gonzalez Jr. x Edward Vasquez

Peso pesado – Juiseppe Cusumano x Nick Jones

Bebeo Duarte relembra episódio no qual rivalidades do Jiu-Jitsu foram esquecidas pelo prêmio de 40 mil dólares do ADCC

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Convidado recente do RESENHA PVT, Bebeo Duarte relembrou uma movimentação feita por lutadores brasileiros nos bastidores da segunda edição do ADCC, em 1999, em Abu Dhabi. Para garantir pelo menos uma parte da premiação do absoluto, alguns abriram mão da disputa para que aqueles que eles consideravam favorito, no caso Roberto Traven, seguisse na competição sem maiores riscos. 

E foi o que aconteceu. Traven passou por Fabiano Capoane na primeira fase; na segunda, Bebeo Duarte abriu para ele; na semifinal, Garth Taylor foi a vítima; e, na grande final, Traven superou o japonês Hayato Sakurai, garantindo os 40 mil dólares de premiação, que, conforme o combinado, foram divididos entre os brasileiros que participaram da “rachadinha”. Assista:

https://youtu.be/za3vQnNtP_o

Nesta quarta-feira relembramos no BAÚ DO PVT tudo o que aconteceu nessa edição do ADCC, que ainda consagrou Royler Gracie, Jean Jacques Machado e Mark Kerr. Clique aqui e confira. 

Rafael Cordeiro fala do último sparring de Tyson e adianta plano estratégico contra Roy Jones Jr.

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Responsável por liderar o camp de Mike Tyson para seu retorno aos ringues, contra Roy Jones Jr., neste sábado, dia 28, Rafael Cordeiro falou ao PVT sobre os bastidores da preparação feita ao longo dos últimos meses e até entregou parte do plano estratégico que será utilizado para neutralizar o adversário. Assista:

https://youtu.be/fDf2OpuZI_I

Antes de inaugurarem dojô, LBV e Defesa Civil estadual levam 5 toneladas de água potável para afetados pela chuva no Norte Fluminense

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LBV e Defesa Civil se uniram para auxiliar vítimas no Norte Fluminense - Foto: Divulgacão

Na próxima semana a parceria entre Legião da Boa Vontade, Super Rádio Brasil AM 940, Prime Esportes, Boomboxe e MMA Social inaugura mais um dojô dentro de um batalhão do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Desta vez é o grupamento de Jacarepaguá, que tem como comandante a tenente-coronel BM Fabiana Cruz, da primeira turma de comandantes mulheres da corporação fluminense.

O espaço, que está sendo estruturado nesta semana, servirá para especialização, treinamento e condicionamento físico dos bombeiros. Ao todo, o grupamento de Jacarepaguá conta com sete faixas-pretas, que utilizam técnicas e filosofia do Jiu-Jitsu e de outras Artes Marciais no dia a dia de operações.

LBV e Defesa Civil se uniram para auxiliar vítimas no Norte Fluminense – Foto: Divulgacão

Mas a parceria vai além da estrutura para treinamentos. Na última sexta-feira, voluntários da LBV, Rede Salvar e membros da Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro se uniram em mais uma missão: abastecer moradores do município de Cambuci, no Norte Fluminense, que sofreram com as fortes chuvas na região.

“Agradecemos à LBV pelo auxílio, articulado juntamente com Megabox e Rede Salvar, com cinco toneladas de água potável para Cambuci, que sofreu com chuva e tromba d’água na região o que trouxe bastante problemas para a localidade”, destacou o Subsecretário Estadual de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Coronel BM Márcio Romano. “Os voluntários são uma importante ferramenta de utilidade pública”.

Nesses meses de pandemia do Covid-19 o mutirão solidário liderado pela LBV arrecadou e distribuiu mais de 2 milhões de quilos de mantimentos – entre alimentos e kits de higiene – para famílias impactadas direta e indiretamente pela ação do vírus em todo o Brasil. Instituições e personalidades do mundo da luta, como Rodrigo Minotauro, Thiago Marreta e Amanda Ribas reforçaram o mutirão, que segue de vento em popa para auxiliar aqueles que mais precisam.

Para doar basta acessar o link: https://www.lbv.org/

ADCC 1999: Brasil leva 50% dos ouros na edição que consagrou as olimpíadas da luta agarrada

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Na categoria acima de 98kg Mark Kerr e Carlão Barreto travaram a disputa que todos sonhavam ver no MMA e nunca ocorreu.
Na categoria acima de 98kg Mark Kerr e Carlão Barreto travaram a disputa que todos sonhavam ver no MMA e nunca ocorreu.

Se hoje o Jiu-Jitsu é tido como modalidade de ensino obrigatório nas escolas de Abu Dhabi dando emprego formal com salário de 5 mil dólares para mais de 100 brasileiros não se pode esquecer que tudo começou com o ADCC (Abu Dhabi Combat Club Submission Wrestling World Championship), o evento idealizado pelo Sheik Tahnoon, irmão de Mohamed, para confrontar numa mesma regra os maiores grapplers do mundo. Graças ao sucesso da primeira edição do evento realizado em 1998, Tahnoon resolveu, a partir de 1999, transformar o ADCC numa espécie de Olimpíada da luta agarrada.

O que você faria se a sua família fosse dona de 9% de todo o petróleo do mundo e quisesse mostrar ao mundo a eficiência da sua modalidade de luta preferida, no caso o Jiu-Jitsu ?

Deve ter sido esta a pergunta que Tahnoon Bin Zayed, Sheik dos Emirados Árabes Unidos, se fez quando decidiu criar o ADCC. Apaixonado pelo Jiu-Jitsu, que aprendeu na Califórnia com o brasileiro Nélson Monteiro, Tahnoon decidiu criar o ADCC no intuito de testar seu estilo contra diversos outros como Judô, Wrestling, Sambo, Luta-Livre. Depois do sucesso de um evento teste realizado em 1998 com um número reduzido de convidados, Tahnoon resolveu investir pesado fazendo um torneio mundial em 1999.

Para isso o Sheik não economizou e trouxe os maiores nomes do Grappling mundial. Os principais campeões mundiais de Jiu-Jitsu, grandes nomes do Wrestling, judocas e até alguns medalhões do MMA, como Mark Kerr que na época recebeu 20 mil para fazer uma luta com Carlão Barreto (e mais 25 mil para continuar no torneio). As premiações eram 10 mil para os campeões das 5 categorias de peso, 40 mil para o absoluto e 30 mil para a superfight. A melhor finalização, a melhor queda, o atletas mais técnico e os dois lutadores que protagonizassem o melhor combate ainda faturavam US$ 1350.

Estipula-se que Tahnoon tenha gasto mais de 1 milhão de dólares entre passagens, estadia de cinco dias em hotel cinco estrelas e mais premiação para os mais de 300 grapplers do mundo inteiro trazidos para a competição.

A delegação mais numerosa era sem dúvida alguma a brasileira. Fã do Jiu-Jitsu, Tahnoon fez questão de trazer, por intermédio de seus amigos pessoais (Renzo Gracie e Zé Mario Sperry) os maiores nomes em atuação no Jiu-Jitsu. Até o convite dos repórteres era feito pela indicação de um dos dois. Como Luca Atalla da Gracie Magazine, fazia parte da delegação de Renzo, Zé Mario deu um jeito de me colocar, como Tatame, representando a equipe Carlson Gracie.

No final o Brasil ficou na frente no quadro de madalhas (3 de ouro, 2 de prata e 3 de bronze), seguido de Estados Unidos (2 de ouro e 2 de prata), Rússia (1 de ouro, 1 de prata e 1 bronze), Japão (2 de prata, 1 de bronze) e Austrália (1 bronze). Jean Jaques foi apontado o atleta mais técnico e Royler e João Roque ganharam o prêmio de melhor luta da competição

Até 65kg: Royler vence quatro e fatura ouro

Como esperado os brasileiros dominaram inteiramente a divisão mais leve da competição, que mais parecia um campeonato estadual de Jiu-Jitsu do Rio de Janeiro, uma vez que Royler Gracie (Gracie), João Roque (Nova União) e Alexandre Socka (Gracie Barra) foram os grande destaques.

Acostumados a lutarem nas finais da categoria nos principais eventos do Jiu-Jitsu nacional, Roque e Royler fizeram uma das lutas mais parelhas e movimentadas do evento nas quartas de final. O Gracie avançou por ser considerado mais ofensivo na prorrogação. Na semifinal Royler venceu o americano Melchor Manibusan (uma raspagem e 3 passagens de guarda) enquanto Socka precisou de 28 minutos para pegar as costas e finalizar o russo Alexander Plavsky. Na grande final Royler surpreendeu Socka com um leglock em 33 segundos, garantindo a primeira medalha de ouro para o Brasil.

Depois de passar pelo arqui-rival João Roque, Royler Gracie venceu o campeão de 98, Alexandre Soca na final e faturou o título da categoria até 65kg

Até 77kg: Jean Jaques finaliza todas e leva premio de mais técnico

Numa divisão recheada de grandes nomes do MMA como André Pederneiras, Hayato Sakurai, John Lewis e Kaoro Uno, quem brilhou finalizando todas as lutas e recebendo o premio de atleta mais técnico da competição foi Jean Jaques Machado. O carioca enfileirou Ryan Harvey (armlock em 44 segundos), Micah Pitman (mata-leão em 4 minutos), Hayato Sakurai (mata-leão em 5min09s). Na final todos esperavam um luta dura, uma vez que Jean teria pela frente o japonês Kaoro Uno, que havia eliminado o duríssimo Pedro Duarte (2×0) e finalizado John Lewis, mas não deu nem para o cheiro. Mais uma vez o brasileiro brincou, só precisando de pouco mais de 5 minutos para raspar, pegar as costas e aplicar seu terceiro mata-leão na competição garantindo o prêmio de mais técnico.

Até 87kg: Russos eliminam tropa de elite do Jiu-Jitsu brasileiro

Ricardo Libório, Renzo Gracie, Fábio Gurgel e Amaury Bitetti. Em nenhuma outra divisão o favoritismo brasileiro era tão justificado. Com tantos campeões da elite do Jiu-Jitsu nacional as apostas nos bastidores eram para definir qual seria o grande clássico nacional na final. Mas eis que dois russos (professores de Wrestling da equipe do Sheik em Abu Dhabi) jogaram Vodka no Açaí dos brasileiros, não só eliminando um a um todos os favoritos, como fazendo um confronto do Wrestling russo na final.

Libório começou vencendo o japonês Akihiro Gono por 5×0, passando nas quartas de final pelo faixa marrom de Zé Mario, Luis Brito (16 x 0).

Mas a tão aguardada luta entre Fábio Gurgel e Libório nas quartas acabou não ocorrendo. Após apagar o japonês Nobuhiro Tsumaki com um esgana galo, Gurgel foi surpreendido por Sasha (2 x 0), que soube usar as regras para evitar o chão enquanto Fábio tentava trazê-lo a todo custo para sua guarda. Quando faltavam 3 segundos para terminar Sasha pulou nas pernas de Fábio e conseguiu a queda.

Enquanto isso do outro lado da chave Renzo tinha o mesmo problema contra o wrestler e faixa marrom de Jiu-Jitsu Egan Inoue, que o eliminou num lance bem parecido com o de Fábio Gurgel.

Após vencer com tranqüilidade o japonês Akira Shoji por 5 x 0, o tricampeão mundial de Jiu-Jitsu Amaury Bitetti foi eliminado pelo russo Kareem Barchalaev numa das lutas mais contestadas do evento. Com este resultado Libório ficou sendo o único brasileiro nas semifinais.

Enquanto Barkalaev vencia Egan com uma queda, Sasha garantia a final russa repetindo contra Libório a mesma tática que fizera com Gurgel, para desespero do mestre Carlson que não parava de chamar o russo de corrido a beira do ringue. “Qualquer tipo de combate seja ele briga de galo, de peixe, judô ou Wrestling, tem penalização para fuga. Estas regras têm que ser modificadas”, me disse Carlson inconformado logo após a eliminação de seu aluno com duas quedas. Já Nelson Monteiro, professor de Jiu-Jitsu e córner de Kareem e Sasha defendeu os russos. “Libório e Gurgel também correram da luta em pé. Cada um joga na sua especialidade”.

No ano seguinte Barkalaev lutaria na divisão de cima fazendo aquele clássico histórico com Ricardo Arona, que aliás será assunto do nosso próximo Raiz do MMA

Até 99kg: Saulo luta de Kimono em final com Jeff Monson

A divisão até 99kg era outra recheada de lendas do Jiu-Jitsu brasileiro. Rigan Machado, Murilo Bustamante, Roberto Traven, Ricardo Cachorrão, mas levando em conta o que vinha fazendo nos campeonatos mundiais, sem duvida o favorito da divisão era Saulo Ribeiro. E mesmo sendo o lutador mais leve da divisão com 86kg, o aluno de Royler Gracie cumpriu o que se esperava dele. Depois de finalizar o russo Mourat Ozov com um mata-leão em menos de dois minutos, o amazonense foi aplaudido de pé após fazer 16 x 0 no aluno de Shamrock, Vernon White, numa aula de Jiu-Jitsu. Na semifinal, Saulo conseguiu fazer 5 pontos em Murilo Bustamante, que havia eliminado Ricardo Cachorrão (2 x 0), passando a final com o “Homem de Neve” Jeff Monson.

O americano havia feito um jogo muito parecido com os wrestlers russos para eliminar os brasileiros Fabiano Capoane (3×0), Roberto Traven (4×0) e Rigan Machado (decisão). E diante da dificuldade que todos os 3 representantes do Jiu-Jitsu encontraram para segurar o gigante americano, Saulo resolveu inovar entrando para lutar de kimono. A tática inicialmente deu certo, facilitando o brasileiro a puxá-lo para a guarda e buscar ataques, mas no decorrer da luta os 15kg de vantagem e excelente preparo do americano acabaram fazendo a diferença e, depois de 40 minutos (2 prorrogações), Monson foi declarado campeão.

+ 99kg: Mark Kerr vence lutando Jiu-Jitsu

A luta de MMA que todos gostariam de ter visto na final do UFC 15 em 1997 acabou acontecendo na abertura da divisão acima de 99kg. Quando o confronto começou Carlão logo puxou Kerr para a guarda, mas este travou seu quadril impedindo seus ataques e amarrando a luta até o final. Na prorrogação, porém, Mark se antecipou a uma tentativa de raspagem do brasileiro para chegar a sua meia guarda e, na seqüência, ao cem quilos. Carlão esperneou e repôs, mas esta pequena vantagem foi suficiente para o wrestler garantir a vitória.

Depois de passar pelo maior rival em luta dura, Kerr não teve dificuldades para conquistar o título. Fez 6 x 0 em Josh Barnett, 15 x 0 em Chris Hasseman e, na grande final, passou duas vezes a guarda de Sean Alvarez.    

Absoluto é marcado por “fechamento” brasuca

Além de ser a categoria que pagava melhor (40 mil dólares) o absoluto também definia o protagonista da superfight do ano subseqüente. Os 16 lutadores eram normalmente definidos pelo Sheik pinçando os maiores destaques de cada categoria. Como não poderia deixar de ser a chave teve farta presença brasuca. Sete no total (Traven, Bustamante, Bebeo, Capoane, Luis Brito, Draculino e Pedro Duarte). Completando a lista mais sete americanos, 1 russo e 1 japonês. Nesta quinta de manhã no canal do PVT no Youtube Bebeo Duarte vai contar todos os detalhes dos bastidores deste histórico absoluto que acabou sendo vencido por Roberto Traven, que segundo Carlson Gracie. “Acabou com a creontagem e promoveu a paz no Jiu-Jitsu”

QUADRO DE MEDALHAS

1º BRA – 3 ouros, 2 pratas, 3 bronzes

2º EUA – 2 ouros , 2 pratas

3º RUS – 1 ouro, 1 prata, 1 bronze

4º JAPÃO – 2 pratas, 1 bronze

5º AUSTRALIA – 1 bronze

 

ATÉ 65KG – Ouro – Royler Gracie (BRA); Prata – Alexandre Socka (BRA); Bronze – Alexander Plavski (RUS)

ATÉ 77KG – Ouro Jean Jaques Machado (BRA); Prata – Kaoro Uno (JAP); Bronze – Hayato Sakurai (JAP)

ATÉ  88kg – Ouro – Kareem Barchalaev (RUS); Prata – Alexander Sasha (RUS); Bronze- Ricardo Libório (BRA)

ATÈ 99Kg – Ouro – Jeff Monson (EUA), Prata- Saulo Ribeiro (BRA), Bronze- Ricardo Almeida (BRA)

+ 99KG – Ouro Mark Kerr (EUA), Prata Sean Alavarez (EUA), Bronze Chris Hasseman (AUS)

ABSOLUTO – Ouro Roberto Traven (BRA), Prata Hayato Sakurai (JAP), Bronze Rico Rodrigues (USA)

SUPERFIGHT – Zé Mario (BRA) venceu Egan Inoue (JAP)

Rogério Minotouro será comentarista em transmissão de luta que marca o retorno de Mike Tyson ao Boxe

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Minotouro foi medalhista no Pan de 2007 - Foto: Leonardo Fabri

Após alguns meses de espera e negociações, os fãs de Mike Tyson poderão acompanhar o retorno da lenda no próximo sábado (28), em Los Angeles, nos Estados Unidos. No auge de seus 54 anos, o americano vai enfrentar Roy Jones Jr, de 51, em duelo que tem previsão para durar até oito rounds. Tyson e Jones prometem dar o melhor para promover um embate de alto nível aos admiradores da Nobre Arte.

Diferente de Mike Tyson, que não luta desde 2005, quando acabou derrotado por Kevin McBride via nocaute, Roy Jones Jr subiu pela última vez no ringue em fevereiro de 2018, superando Scott Sigmon por decisão unânime dos juízes. Enquanto “Iron Mike” tem um cartel de 50 vitórias (44 nocautes) em 58 lutas como profissional, Jones soma 66 triunfos (47 nocautes) em 75 combates em sua trajetória no Boxe.

Grande nome da história do MMA mundial, com lutas marcantes em sua trajetória no Pride e no UFC, Rogério Minotouro também construiu uma carreira vencedora no Boxe, sendo medalhista de bronze na disputa dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, alem de campeão brasileiro e sul americano. Convidado para ser o comentarista da luta entre Mike Tyson e Roy Jones Jr no canal Combate, que vai transmitir ao vivo com exclusividade, Minotouro falou sobre a expectativa para o retorno de Tyson e fez uma breve análise sobre o que espera para o aguardado confronto.

Minotouro foi medalhista no Pan de 2007 – Foto: Leonardo Fabri

“É muito importante, para mim, comentar essa luta. Na minha infância, logo que comecei a pensar em ser lutador, com 12/13 anos, eu acordava de madrugada para ver as lutas do Mike Tyson. É um dos maiores nomes de todos os tempos no Boxe, junto com o Muhammad Ali. Em compensação, o Roy Jones Jr. é um cara muito técnico, é um ídolo meu, assim como do meu irmão, Rodrigo Minotauro, e do Anderson Silva. São dois estilos diferentes. O Jones joga com a guarda baixa, tem um bom jogo de pernas, esquivas, tem um ótimo jab, enquanto o Tyson encurta a distância, aplica bons uppers, cruzados e golpes na curta distância, além de ser um grande nocauteador. Na verdade, são dois grandes nocauteadores, mas o Tyson tem a mão mais pesada.

O Jones entrou em ação pela última vez há dois anos, estava ativo, já o Tyson não luta desde 2005, e isso vai fazer uma diferença muito grande, porque o ritmo de competição conta muito. O Roy Jones também lutava em categorias mais leves, vai ser interessante ver como ele vai se comportar como peso-pesado diante de um lutador como o Mike Tyson. Vai ser uma grande luta, um clássico, um encontro de dois estilos diferentes de luta. A expectativa é muito grande por uma grande luta”, disse Rogério Minotouro.

O Combate vai transmitir ao vivo com exclusividade a volta de Mike Tyson aos ringues. Os assinantes do canal vão acompanhar a DISPUTA contra o americano Roy Jones Jr., além de outras quatro lutas. A TV Globo exibi a reprise da luta na madrugada de sábado para domingo, após o Supercine.

Yoshizo Machida destaca benefícios da urinoterapia na cura de doenças e no sucesso do filho Lyoto

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Convidado do RESENHA PVT há poucos dias, o mestre de Karatê Yoshizo Machida contou sobre a sua história desde a saída do Japão até a adaptação no Brasil, relembrou os momentos marcantes dos filhos lutadores e falou sobre a curiosa urinoterapia. Segundo o líder do clã Machida, a urina ingerida cura alguns tipos de doenças, como conjuntivite e caspa, e citou um episódio envolvendo Lyoto, que antes não acreditava nos benefícios da prática. Assista:

https://youtu.be/8Nnoj5BSKN4

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