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ADCC 2001: Arona vence oito e fatura peso e absoluto nas olimpíadas do grappling

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Arona escapou de duas tentativas de finalização e passou a guarda de Jean Jaques na final do absoluto

Depois de colocarem o Brasil em primeiro lugar no quadro de medalhas nas duas primeiras edições do ADCC (1998, 1999 e 2000), os brasileiros voltaram a dominar a 4o edição das olimpíadas da luta agarrada, realizadas nos dias 11,12 e 13 de abril de 2001 em Abu Dhabi. Desta vez faturando 4 medalhas de ouro, três de prata e seis de bronze. Destaque para Ricardo Arona, que venceu peso e absoluto e Royler Gracie, que faturou o tricampeonato. Como de praxe o evento entrou para a história por grandes classicos como Arona vs Cachorrão, Zé Mario vs Mark Kerr, Royler vs Robinho, Arona vs Jean Jaques, Cacareco vs Chael Sonnen, Saulo vs Arona, Leo Santos vs Léo Vieira, Serra Vs Gomi, Rodrigo Gracie vs Genki Sudo, Libório vs Tamura e dezenas de outras lutas antológicas.

Texto e fotos: Marcelo Alonso

Depois de sair do anonimato faturando a medalha de ouro na divisão mais difícil de 2000, Ricardo Arona voltou ainda mais inspirado para a edição de 2001 em Abu Dhabi. 

Na categoria até 98 kg, o niteroinse, começou derrubando o russo Ruslan Masuchenko (2×0), pegando na sequência Renato Babalú, que havia finalizado com uma chave de calcanhar o wrestler japonês Hirashi Fujita. O clássico entre os campeões de Vale-Tudo parou o ginásio. O representante do Ruas Vale Tudo começou melhor e, após passar para as costas de Arona, quase conseguiu derrubá-lo, mas o atleta da BTT se desvencilhou e, na sequência, conseguiu cinturar o oponente colocando-o para baixo  (segurando Babalú por 3 segundos), garantindo os dois pontos e a passagem a semifinal. Mas para chegar a final Arona teve que vencer o durissimo John Olav Einemo , que havia eliminado Rigan Machado (queda) e Rolles Jr. (passagem de guarda).

Do outro lado da chave Ricardo Cachorrão , em dia inspiradíssimo, finalizava com um mata-leão o duro Yuri Stetsenko, passando na sequência por Dean Lister e fazendo, na semifinal, um clássico Jiu-Jitsu x Luta-Livre com Cacareco. Aliás, o atleta da luta-livre que havia perdido para Nino na final seletiva brasileira e foi convidado pelo Sheik Tahnoon, não desapontou o anfitrião. Depois de vencer Marc Laimon (pontuação negativa), Cacareco finalizou o ainda desconhecido Chael Sonnen com uma guilhotina. Na aguardada semifinal, Cacareco começou melhor e por pouco não faz com o aluno de Renzo o que havia feito com Fernando Paradeda na semifinal das eliminatórias nacionais (deslocou o braço do aluno de Sperry). O braço de Cachorrão chegou a estalar, mas ele conseguiu escapar da temida americana. A vitória do aluno de Renzo veio quando Cacareco o puxou pra guarda tentando uma guilhotina. Ricardo defendeu e passou pra final com Arona.

A grande final até 98kg foi uma das melhores lutas da história do evento. A luta foi uma guerra de 20 minutos onde ambos tentaram quedas o tempo todo e o aluno de Renzo, apesar de conseguir os lances mais bonitos da luta, acabou perdendo ( -1). Cachorrão chegou a levantar Arona nas costas, deu alguns passos e depois arremessou o atleta da BTT, que já caiu de quatro atacando as pernas do oponente e encaixando, na sequencia, uma de suas perigosas guilhotinas.

Na disputa pelo bronze Cacareco finalizou John Olav e levou os 3 mil dólares pra casa. 

GRANDES CLÁSSICOS NO ABSOLUTO

Ao contrário do ano anterior, quando Mark Kerr não teve problemas para vencer, neste ano os brasileiros dominaram inteiramente a categoria mais cobiçada do evento, ficando com as quatro primeiras posições e garantindo um total de US$ 56 mil (40 para o primeiro, 10 para o segundo , 5 para o terceiro e 1 para o quarto). Tendo em vista a atuação dos brasileiros nas divisões e a desistência dos gigantes Tom Erikson e Mark Robinson de participarem do absolutos, dos 16 escolhidos por Tahnoon para a chave do absoluto, 8 eram brasileiros.

Arona abriu a categoria finalizando o mais pesado dos estrangeiros na chave, o alternate olimpico do time americano Roger Neff. O niteroiense puxou pra meia guarda e, com um bote certeiro, finalizou o gigante em menos de um minuto, eliminando na sequência Saulo Ribeiro (2×0). Logo abaixo, seu parceiro de treinos Vitor Belfort vencia o japones Genki Sudo (3×0), passando na sequência pelo americano Rico Rodriguez (2×0), que havia eliminado Cacareco pelo mesmo placar.

Do outro lado da chave, Ricardo Cachorrão, que dali a três semanas lutaria com Matt Lindland no UFC, vencia o russo Mashurenko, finalizando na sequência, com um lindo armlock da guarda, o wrestler Mike Van Arsdale.

Infelizmente as semifinais foram marcadas por lutas pre definidas entre parceiros de treino. Na primeira, entre alunos de Carlson Gracie, Arona venceu Belfort. Já na outra semifinal, entre icones de duas gerações da Barra Gracie, Ricardo Cachorrão não ofereceu resistência ao mais graduado Jean Jaques.

A grande final foi marcada por um classico brasileiro: Carlson Gracie Vs Barra Gracie. Arona e Jean fizeram uma das melhores lutas da competição. Sempre buscando a finalização, como é seu estilo, o Machado fez dois perigosos ataques em sequência. Primeiro um leglock e depois uma omoplata. Em ambas oportunidades, Arona teve que mostrar muita técnica e tranquilidade para escapar, consolidando sua vitória com uma passagem de guarda, que lhe garantiu US 40 mil dólares e o direito de disputar os US 30 mil com seu ídolo Mark Kerr na primeira edição do evento no Brasil em 2003.      

SUPERLUTA: MARK KERR X MARIO SPERRY 

Um dos trunfos do ADCC sempre foi poder realizar, nas regras do grappling, confrontos dos sonhos do MMA. Bons exemplos disso são Carlão Barreto vs Mark Kerr em 1999 e Ricardo Arona Vs Tito Ortiz em 2000. Nesta quarta edição do evento, a superluta trazia este mote. De um lado, o campeão absoluto de 2000 e grande bicho papão dos pesos pesados nos ringues, Mark Kerr (110kg); de outro um dos maiores nomes da equipe Carlson Gracie, Mario Sperry (105kg), que na primeira edição venceu peso e absoluto e nas subsequentes venceu Enson Inoue (1999) e Roberto Traven (2000) nas superlutas.

Ao contrario da superluta entre Traven e Zé Mario na edição anterior, que foi marcada por excesso de respeito e pouca ação, não faltou emoção no duelo de meia hora entre Kerr e Sperry. O representante do Jiu-Jitsu começou surpreendendo ao puxar o wrestler pra meia-guarda atacando com um leglock antes dos cinco minutos. O gigante girou, quase se desequilibrou, e conseguiu escapar. “Se não rodasse no último segundo colocando o meu pé na bunda dele para puxar a minha perna, teria ficado dificil escapar”, reconheceu o americano após a luta.

Na sequência foi a vez de Kerr dar um susto na torcida brasileira ao aproveitar uma tentativa de single leg de Sperry para encaixar uma justa guilhotina. “segurei o ar encaixei meu queixo, puxei a pressão para a cabeça, consegui me restabelecer, Esperei ele cansar de fazer força e saí”, contou Sperry após a luta. A esta altura a luta estava empatada (-1 x -1). Mas no finalzinho, numa tentativa de passar a guarda, Kerr conseguiu que Sperry ficasse de quatro, garantindo a vitória e um lugar na super luta na proxima edição em 2003.          

Na superluta, Zé Mario começou atacando uma chave de pé, mas na sequência, quase foi surpreendido com uma guilhotina

88KG: SAKÊ NO AÇAÍ 

Após a histórica final de 2000, onde venceu Ricardo Libório na decisão, Saulo chegou em 2001 como favorito, apesar da presença na chave de Renzo Gracie, Nino e do proprio Libório. Mas neste ano o judoca japonesa, Sanae Kikuta, jogou sakê no nosso Açaí.

Nino começou a todo vapor estrangulando Akihiro Gono em 1min48s, garantindo o premio (3 mil dólares) de atleta mais técnico da competição ao finalizar o russo Alexander Sasha (vice campeão de 1999) com um triângulo partindo do omoplata. Enquanto isso na parte de cima da chave Saulo garantia a primeira semifinal brasileira ao eliminar o campeão da seletiva americana (2×0), finalizando na sequencia o sueco Richard Anderson.

Do outro lado da chave Libório e Renzo decepcionaram. Libório ainda começou bem, pegando o braço do idolo japonês Tamura em 1 minuto, mas acabou sendo eliminado na sequencia por Egan Inoue numa batalha de 20 minutos. Enquanto Renzo perdia logo de cara para Chris Brown. Brown acabou eliminado da semifinal por Sanae Kikuta, que chegou a uma das semis contra Egan Inoue, enquanto Saulo e Nino lutavam pelo outro lado da chave.

Kikuta chegou a final passando a guarda de Egan, enquanto Saulo eliminava Nino por puxá-lo para a guarda (-1).

Na grande final, Saulo começou justificando seu favoritismo derrubando e passando a guarda do japonês tentando definir a luta nos dez primeiros minutos, enquanto os pontos ainda não eram computados. Mas o tático japonês deixou o brasileiro se cansar para soltar o jogo quando os pontos começaram a valer. A poucos minutos do final do tempo regulamentar, Kikuta conseguiu passar a guarda do campeão mundial e quase pegar suas costas, garantindo a medalha de ouro. Quando o combate acabou Kikuta foi festejado pelos colegas japoneses como novo herói nacional merecendo a capa das duas principais revistas de luta de seu pais, a Kakutougi Tsushin e a GONG

A vitória de Kikuta levou as duas maiores revistas japonesas (Gong e Kakutougi Tsushin) a destinarem sua capa a conquista alavancando o submission na terra do sol nascente

 77kg: SERRA SURPREENDE JEAN JAQUES E LÉO SANTOS

Na categoria até 77kg o favoritismo brasileiro era ainda maior. Afinal de contas, lá estavam Jean Jaques, Marcio Feitosa, Léo Vieira, Léo Santos e Rodrigo Gracie. Mas a grande surpresa veio dos EUA, Matt Serra. O aluno de Renzo Gracie, que em 2007 venceria GSP, se tornando campeão do UFC numa das maiores zebras da história, surpreendeu também no mundo do grappling, só que seis anos antes.  

Se em 2000 Marcinho, que vinha sendo o grande nome da divisão, abriu para o mestre Renzo lutar a final com Jean Jaques, e acabou com o bronze, desta vez foi Serra que teve que abrir para Feitosa (mais graduado na hierarquia da Gracie Barra) e acabou no 2o lugar do podio. Mesmo tendo finalizado Takanori Gomi (Mata-leão), eliminado o favorito Jean Jaques com um ponto negativo e finalizado Léo Santos (também mata-leão). Santos, aliás, havia eliminado Léo Vieira (3×0) nas quartas Numa das melhores lutas do evento. 

Mas sem duvida alguma Feitosa fez a sua parte. Começou finalizando o ingles Peter Angerer e, na sequência, eliminou o duríssimo Fernando Vasconcellos. Na semifinal Feitosa passou por Rodrigo Gracie. Mas se o compadrio entre Feitosa e Serra na final decepcionou os fãs, o mesmo não se pode dizer da disputa pelo terceiro lugar entre Léo Santos e Rodrigo Gracie. Um pega pra capar que valeu ao atleta da Nova União a medalha de bronze e o prêmio de US 3mil.

ATÉ 66KG: ROYLER FATURA TRI E ROBINHO ENCANTA SHEIK 

No peso mais leve Royler Gracie conquistou seu terceiro título do ADCC, somando-se aos quatro ouros que conquistou no Mundial de Jiu-Jitsu. O Gracie começou finalizando rapidamente o australiano Martin Brown (mata-leão), na sequencia surpreendeu o americano Mike Cardoso com uma chave de calcanhar. O filho de Hélio Gracie garantiu sua vaga na final ao derrotar o compatriota Robson Moura (2 a 0), numa das lutas mais tecnicas da competição.

Enquanto isso, do outro lado da chave, o rival havaiano Baret Yoshida, que havia sido eliminado por ele logo na primeira luta em 2000, finalizava todos os oponentes com leglocks. Primeiro o brasileiro Gustavo Dantas, depois o japonês Naoya Uematsu e, na semifinal, o campeão de 1998, Alexandre Socka. Ao vencer Socka, aliás, o marrento havaiano aponto para Royler, que lutava com Robson Moura no ringue do lado e gritou “O proximo é você”. E foi exatamente o excesso de confiança do havaiano que acabou dando o título ao brasileiro ainda nos primeiros minutos. Royler aproveitou a ansia por finalização do havaiano, que o puxou para a guarda seguidas vezes, fazendo pontos. Resultado, em poucos minutos o brasileiro já marcava 5 x 0 no placar. “Esta é para o meu sobrinho Rockson” disse emocionado ao fim da luta Royler homenageando o filho de Rickson que havia acabado de morrer.

Mesmo não chegando a final Robinho encantou o Sheik Tahnoon. Pesando apenas 58kg o atleta da Nova União deu show em todas as suas lutas e, após finalizar Hiroyuki Abe (mata-leão) e surpreender o wrestler Joe Gilbert, que havia eliminado Fredson Paixão, Robinho venceu Alexandre Socka na disputa pela medalha de bronze e acabou sendo convidado pelo Sheik Tahnoon para ficar em Abu Dhabi ensinando aos seus filhos. Robinho acabou não aceitando a proposta de Tahnoon e voltou para dar aulas em sua academia em Ribeirão Preto. 

GIGANTE SUL AFRICANO VENCE MONSON     

Entre os mais pesados quem roubou a cena foi o aluno do brasileiro Ricardo Murgel, Mark Robinson de 133kg. Após ser finalizado (leglock) por Ricardão em 2000, o sul africano se internou com o faixa preta de Flávio Behring e mostrou o resultado este ano. Mark começou finalizando o ucraniano Valeri Yureskul com um estrangulamento, na sequncia eliminou Vitor Belfort, que havia finalizado o japonês Fukuda em sua primeira luta. Vitor estava melhor até metade do combate, mas no overtime, uma tentativa de queda de Robinson, acabou convencendo os juizes. “Achei que fui roubado. Ataquei mais nos 10 minutos iniciais. No overtime no chão ataquei o tempo todo e o cara não tentou uma passagem. Os juizes deveriam levar em conta não só minha ofensividade mas nossa diferença de  30kg”, reclamou o Fenômeno após a luta. Depois de eliminar Belfort, Robinson derrubou Rico Rodrigues no overtime e garantiu o ouro ao pegar as costas de Jeff Monson, que havia eliminado Tom Erikson na outra semifinal.   

Chinzo Machida relembra trajetória no karatê e no MMA

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Convidado desta edição do CONEXÃO PVT, Chinzo Machida relembrou toda a sua trajetória nos tatames, do karatê ao MMA, também resgatou memórias vividas na infância com a família karateca, falou da sua vitória no Karate Combat no último final de semana e analisou o campeão do UFC Alex Poatan.

The Conqueror 2 consagra novatos e veteranos ex-UFCs

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Marco Aurélio "Peruano" venceu a luta principal - Divulgação

Realizado no final de semana de Natal, em Angra dos Reis-RJ, a 2ª edição do evento The Conqueror Fight consagrou novos e velhos conhecidos do MMA. Na luta principal, o jovem Marcos Aurélio “Peruano” venceu Wanderley “Xuxa” por decisão unânime em duelo válido pelos pesos-galos e manteve a sua invencibilidade.

Marco Aurélio “Peruano” venceu a luta principal – Divulgação

Uma luta antes, Luiz Henrique “KLB”, com passagem pelo UFC, levou a melhor sobre Luizão Garcia ao finalizá-lo com um katagatame ainda no segundo primeiro round de disputa. Por falar em veterano ex-UFC, Luiz “Besouro” superou Wendell Negão por decisão dividida num combate de punch strike (regras do boxe dentro do cage).

Outra atração do card foi a promoção de lutas de capoeira dentro do cage, com direito a música para embalar o show. Responsável pela ideia, Kelvyn Medeiros, promotor do The Conqueror, destacou o sucesso do evento.

“Só lutão, muitos combates disputados, além da presença de 3 UFCs. Queremos fazer eventos de luta de excelência, sempre com muito trabalho. Já estamos projetando novas edições para 2024”, projetou.

Confira abaixo todos os resultados do evento:

The Conqueror Fight
Angra dos Reis-RJ
23 de dezembro de 2023

PUNCH STRIKE

Jorge Miguel “Canelão” derrotou Lucas dos Santos “LC” por decisão dividida

MMA AMADOR

Rain Wilber derrotou Jeferson Guilherme por decisão unânime

MMA PROFISSIONAL

Hudson Machado derrotou David dos Santos por finalização (guilhotina) aos 4:23 do R3
Renan Neves derrotou Cristiano Amaral por finalização (katagatame) aos 2:38 do R2
Marcos Paulo “Vuvuzela” derrotou Victor Danthes por nocaute técnico aos 0:53 do R1
Marcello Phelyp derrotou Andrew Barbosa por nocaute técnico a 1:37 do R1
Vagner Oliveira derrotou João Antônio por finalização (katagatame) a 1:05 do R1

CAPOEIRA IN THE CAGE

Rômulo Spala derrotou Paulo Miranda por decisão majoritária
Eduardo da Silva “Espiga” derrotou Ruan “Mutante” por nocaute técnico aos 0:58 do R2

PUNCH STRIKE

Luiz Jorge Besouro derrotou Wendell Negão” por decisão dividida

MMA PROFISSIONAL

Luiz Henrique KLB derrotou Luiz Garcia por finalização (katagatame) aos 2:44 do R1
Marcos Aurélio “Peruano” derrotou Wanderley de Jesus “Xuxa” por decisão unânime

Alexandre Pantoja afirma sonho de defender cinturão no Brasil

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Convidado desta edição do CONEXÃO PVT, Alexandre Pantoja falou dos cinco rounds contra Brandon Royval, revelou que passou mal do quarto para o quinto e como seus córneres o ajudaram a seguir firme no combate; e afirmou o desejo de lutar no UFC 300 ou no próximo card do UFC no Brasil, provavelmente em maio. 

Ex-UFC, Luiz Besouro volta aos ringues para lutar nas regras do Boxe

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Besouro luta neste sábado - Divulgação
Besouro luta neste sábado – Divulgação

Ex-lutador do UFC, Luiz Besouro está de volta aos ringues, mas dessa vez para um combate nas regras do Boxe. O atleta da Renovação Fight Team (RFT) está escalado para lutar este sábado (23) contra o também ex-UFC Wendell Negão. O duelo acontece no The Conqueror MMA, que será realizado em Angra dos Reis, município do Estado do Rio de Janeiro. Besouro, que este ano está completando 20 anos de carreira desde que estreou no MMA, está animado com a oportunidade de competir nas regras da Nobre Arte.

“Nada melhor que voltar a competir e me sentir vivo. Não posso abandonar os esportes. Eles me fazem um homem melhor, um pai melhor, um filho melhor. Está sendo mágico. Estou curtindo cada momento dessa preparação. Cada murro levado, cada falta de ar, cada enjôo em meio aos treinos (risos). Estou há um tempo fora das competições e voltar a fazer o que amo tem me deixado feliz demais. Na sexta-feira, batendo os 90kg pedidos, terei perdido 17kg em cinco meses. Estou muito feliz”, declarou Besouro.

Os dois atletas já estiveram no topo do ranking nacional de MMA e chegaram a lutar no maior evento de MMA do mundo. Antes de serem contratados pelo UFC, os dois participaram do The Ultimate Fighter Brasil. Besouro lutou na segunda temporada enquanto Wendell Negão participou da terceira edição do reality show do Ultimate. Por conta de todo o retrospecto dos atletas e por atuarem na mesma categoria na época, muito se cogitou um combate entre eles, o que acabou não acontecendo.

“Já estivemos próximos de lutar por duas vezes, mas não aconteceu. Wendell é um cara que eu admiro. Ele veio de baixo como eu, sem padrinho, sem patrocínio, e chegou na marra. Será uma honra enfrentá-lo. As regras e a distância de uma luta de MMA para a de Boxe são diferentes e nós dois teremos que nos adaptar. Mas tenho certeza que será um show”, disse o faixa-preta de Luta Livre Esportiva.

Aos 41 anos e sem lutar MMA desde 2017, Besouro ainda não se aposentou dos cages. O pupilo de Márcio Cromado ainda pretende fazer mais um combate antes de pendurar as luvinhas de quatro onças. Besouro planeja fazer outras lutas de Boxe e competir também de kimono e sem kimono. A ideia é ganhar ritmo antes de fazer a sua luta de despedida no MMA.

“Essa é uma luta de Boxe pensando no MMA ainda. É uma preparação. Quero e vou competir também de pano e sem pano. E farei outras lutas de Boxe. A ideia é me testar ao máximo para chegar bem no MMA novamente. Estou mais velho, sei que não sou mais como antes. A ideia então é me reinventar. Tenho treinado muito para correr atrás e não sentir o tempo parado. Vamos ver como será. Tenho me dedicado e a ideia é essa. Sei que não tenho uma carreira longa no MMA. Então, a ideia é fazer mais uma luta e de fato encerrar esse ciclo. E para isso, eu preciso me preparar. Então, que assim seja”, concluiu.

Europeu de Jiu-Jítsu: Alunos de projeto social do Rio fazem campanha para representarem o Brasil na França

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Trio viaja a Paris para representar as comunidades brasileiras - Divulgação

As comunidades do Rio de Janeiro e de todo o Brasil serão representadas por dois jovens atletas na próxima edição do Campeonato Europeu de Jiu-Jítsu da IBJJF, que acontece entre os dias 19 e 27 de janeiro, em Paris, na França.

Trio viaja a Paris para representar as comunidades brasileiras – Divulgação

Emanoel Santos Freitas e Ray Sérgio Monteiro, ambos faixas-azuis de 16 anos, são alunos do projeto social Geração UPP, que desde 2009 leva os benefícios físicos, técnicos e filosóficos das artes marciais a comunidades cariocas.

“Para esses garotos, representar o Brasil na Europa é algo imensurável, uma grande responsabilidade, pois são 22 unidades sendo representadas em todo o Rio de Janeiro”, destacou o coordenador do projeto, Thiago Diorgenes.

“Moradores de comunidades, crianças sonhadoras, dedicadas e guerreiras têm no esporte a esperança de mudar as suas vidas, dos seus familiares e de todos ao seu redor”, completou o policial militar e faixa-preta.

Para garantir uma viagem sem sustos, a dupla está promovendo uma vaquinha on-line para custear a logística. Os interessados em colaborar podem ajudar através do seguinte link: https://www.vakinha.com.br/4321436.

Prestes a completar 15 anos de existência, o Geração UPP é uma ação fruto da parceria entre Legião da Boa Vontade, Super Rádio Brasil, Prime Esportes, Boomboxe, Polícia Militar e Secretaria de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro.

PAPO DE LUTA destrincha os resultados do UFC 296

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O último PAPO DE LUTA de 2023 abordou os resultados do UFC 296, com a manutenção dos títulos de Alexandre Pantoja e Leon Edwards; a briga no bastidores envolvendo Sean Strickland e Dricus Du Plessis; os recentes confrontos anunciados por Dana White; e vislumbrar como seria um embate entre Nicholas Meregali e Mica Galvão.

Campeão de MMA nos EUA, brasileiro chama atenção de Cain Velasquez e acerta com a AKA

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Brasileiro dá aula na AKA - Divulgação
Brasileiro dá aula na AKA – Divulgação

Natural de Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro, o brasileiro Carlos Murta já possui uma história de superação e vitórias nas artes marciais, mas aos 28 anos de idade, depois de brilhar no Wrestling e migrar para o MMA, garante que ela está apenas começando.

O primeiro passo da sua trajetória no mundo das lutas aconteceu ainda criança, na Capoeira. Depois, veio o Jiu-Jitsu, até Carlos Murta conhecer o Wrestling, através de um projeto social liderado por Laerte Barcelos, pai de Raoni – hoje lutador do UFC.

“Ali vi uma oportunidade de conseguir condições melhores para a minha vida, um salário, conhecer novos países, então me entreguei aos treinos intensos que o mestre Laerte dava para as crianças de comunidade. Assim, aos 16 anos, eu consegui entrar para a seleção brasileira cadete de Luta Olímpica. Cheguei até a seleção junior, recebi bolsa atleta, viajei pelo mundo e não paguei a minha faculdade tudo graças à modalidade”, relembrou o carioca, que continuou:

“Durante a visita de um técnico búlgaro da UWW (United World Wrestling) no Brasil, aproveitei a oportunidade e comecei a me destacar não só no cenário nacional, como internacional também. Nessa época eu já treinava com a seleção brasileira na Tijuca-RJ, e com a ajuda do treinador Daniel Pirata e outras pessoas importantes, me tornei 6x campeão brasileiro de Wrestling, medalhista sul-americano e até hoje único brasileiro campeão pan-americano de Beach Wrestling”.

Foi durante a pandemia do novo coronavírus em 2020, porém, que tudo mudou. Já habituado ao MMA por conta dos seus treinos na equipe Nova União, no Flamengo-RJ, onde ajudava no camp de nomes como José Aldo, Rafael dos Anjos, Matheus Nicolau, entre outros, Carlos Murta decidiu migrar do Wrestling para as artes marciais mistas.

“Depois da pandemia, voltei a competir em eventos No-Gi, quando me destaquei devido ao meu nível de Wrestling e jogo ofensivo, e fiz também minha a primeira luta de MMA amador, em 2019. Conquistei quatro vitórias como amador, e em 2021, estreei como profissional (novamente com vitória). Ao descobrir que a minha namorada estava grávida, resolvi entrar com tudo no MMA para tentar dar uma melhor condição financeira para a minha família, e é o que nos sustenta até hoje”.

Começo promissor como profissional e convite da AKA

A busca por crescimento levou Carlos Murta a se mudar para a Califórnia, nos Estados Unidos. Desde então, o brasileiro realizou cinco lutas no MMA profissional, com quatro vitórias e uma derrota. A última delas, em novembro, valeu a conquista do cinturão do evento Dragon House pelo lutador com um nocautaço, além de um convite da AKA, uma das principais equipes do mundo.

“Havia alguns atletas da AKA na mesma área de aquecimento que eu estava no Dragon House, e quando vi o treinador Cain Velasquez (ex-campeão do UFC) e a maneira como ele tratava os atletas, eu já sabia o que eu queria pra mim. Depois de ganhar o título, passei por alguns testes na academia e agora sim faço parte de um dos principais times de MMA! Assinei contrato de 1 ano e tem sido incrível. Todo todo dia é um desafio, mas ao mesmo tempo incentivador e motivador. Saber que realmente estou no lugar certo e meu nível está cada dia maior todos os dias”, celebrou Carlos Murta.

Apesar da rápida adaptação aos EUA e à AKA, Carlos Murta comentou a “dor” de deixar sua família para trás na corrida por novas oportunidades. Pai da pequena Helena, de 4 anos, e do Heitor, de 2, o carioca carrega na ponta das luvas toda a sua história de superação e luta por eles.

“Foi a decisão mais difícil da minha vida aceitar vir (para os Estados Unidos), pois sou um cara apaixonado pela minha família, muito presente como pai, então deixá-los sabendo que teria que ficar um bom tempo sem estar com eles devido ao processo do visto foi e é extremamente difícil. Porém, amo o que eu faço, luto por eles e vou fazer valer todo esse sacrifício”, encerrou.

LFA anuncia calendário de eventos no Brasil em 2024

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Rafael Feijão é presidente do LFA na América do Sul - Divulgação

Indo para o seu terceiro ano no Brasil, o LFA anunciou as primeiras edições em solo brasileiro em 2024. A temporada será aberta no dia 27 de janeiro, no município paulista de Cajamar, com o LFA 175. As lutas do card ainda serão anunciadas. Depois, os meses são março, maio e julho.

A primeira edição do LFA no Brasil foi em julho de 2021. De lá para cá, foram mais 12 eventos, seis deles somente em 2023. O LFA 154, que aconteceu em março deste ano, em Cajamar-SP, atingiu a audiência de 100 milhões de espectadores mundo afora, a maior de todos os 173 eventos da história da organização.

Rafael Feijão é presidente do LFA na América do Sul – Divulgação

Presidente do LFA na América do Sul, Rafael Feijão destacou o progresso da companhia nesses quase dois anos e meio de atuação no Brasil.

“Se a gente fizer uma comparação do primeiro LFA no Brasil, para esse último, a gente evoluiu em todos os sentidos, desde a estrutura física, os equipamentos, até o tratamento dos atletas, a relação interpessoal entre staff e equipes. A gente vem evoluindo edição a edição, e isso eu credito ao Ed Soares, que não se limita apenas ao lucro, ele pega parte das receitas geradas e reinveste no evento”, frisa.

“Isso permite que a gente tenha um orçamento para pagar bolsas justas aos atletas e dar a melhor estrutura possível. Hoje o lutador entra no LFA e sai com um guarda-roupas completo… camisa, short, agasalho e boné da Venum, óculos da Fuel. Tem um Volvo de meio milhão de reais indo buscá-lo no aeroporto. É o tratamento que as estrelas merecem, e as estrelas de um evento de luta são os lutadores”, completa.

Para Feijão, que por muitos anos esteve do outro lado, o de atleta, os detalhes que, para muitos, podem parecer algo dispensável, fazem toda a diferença, especialmente na semana da luta.

“Em diversas parcerias que a gente poderia exigir dinheiro, a gente pede alimentos específicos para cada momento durante a semana do evento, sem sódio, só com carboidrato após a pesagem, para os atletas se recuperem do corte de peso da melhor maneira possível. Todo o cronograma do atleta quando chega ao LFA é exatamente igual ao do UFC, já para ele se ambientar”, complementa Feijão.

A ambientação proposta pelo LFA tem como objetivo preparar os jovens lutadores para não sentirem um choque quando chegarem ao maior palco do MMA do mundo, o UFC. Isso porque, devido ao contraste, muitos acabam deslumbrados.

“O esporte evoluiu. Hoje não basta apenas lutar bem. O lutador se tornou um produto, precisa ser cuidado e precisa ainda mais do autocuidado. Por isso a gente no LFA se preocupa com os mínimos detalhes. A gente faz o que pode e sugere aos atletas o que depende deles, como, por exemplo, falar uma segunda língua, se alimentar de forma saudável etc. Isso tudo faz a diferença”, reforça Feijão.

São Paulo recebe Mundial No-Gi da CBJJE em janeiro

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Eventos voltam com tudo no início do ano - Divulgação

Após mais uma temporada de sucesso, a CBJJE começa seu 2024 com dois grandes campeonatos em janeiro: o Sul-Brasileiro de Jiu-Jitsu, nos dias 13 e 14, em Florianópolis-SC, e o Mundial No-Gi, que está marcado para acontecer 26, 27 e 28, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. As inscrições para ambos os eventos, vale citar, já estão abertas no site www.soucompetidor.com.br.

Eventos voltam com tudo no início do ano – Divulgação

Principal competição sem quimono da CBJJE, o Mundial No-Gi promete reunir nomes de destaque da luta agarrada e importantes equipes. Além disso, contará com premiação em dinheiro para os campeões dos absolutos, em especial no adulto faixa-preta – masculino e feminino.

O campeonato também tem o costume de contar com alguns nomes do MMA em ação, como é o caso de Tainara Lisboa, faixa-roxa de Jiu-Jitsu e lutadora do UFC. Atualmente se recuperando de uma cirurgia, Tainara venceu o Mundial No-Gi da CBJJE em todas as faixas desde a branca e pretende retornar em 2025.

“É uma experiência incrível participar dos campeonatos da CBJJE, um evento grande, que traz meninas de todos os locais de São Paulo e do Brasil. Eu sempre deixo no meu calendário para disputar o Mundial No-Gi, porque é um evento que além da boa organização, traz um alto nível técnico. Lutei nas faixas-branca, azul e roxa, e pretendo seguir lutando”, comentou Tainara.

Aberto para todas as faixas, do infantil ao master, para homens e mulheres, o Mundial No-Gi tem inscrições abertas até o dia 22 de janeiro.

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