Cearense superou lesão no quadril e no joelho para derrotar Artur Astakhov no Plataforma S-70 - Foto: Divulgação
Cearense superou lesão no quadril e no joelho para derrotar Artur Astakhov no Plataforma S-70 – Foto: Divulgação
A vontade foi maior que a dor. Mais uma vez a determinação fez a diferença na vida do ex-camelô Leonardo Silva de Oliveira, o Leonardo Cabeção, que adiou uma cirurgia no quadril e uma no joelho para lutar no evento Plataforma S-70, realizado no dia 14 de agosto em Sochi, na Rússia. A mesma gana que o fez vencer dia após dia na 25 de março, maior centro de compras popular de São Paulo, o fez superar as graves lesões para derrotar o russo Artur Astakhov na decisão unânime dos juízes. Apesar das circunstâncias, o brasileiro esperava uma atuação melhor no evento que homenageia o presidente da Rússia Vladimir Putin.
“Não gostava de trabalhar como camelô. Era uma obrigação, porque eu precisava. Eu trabalhava para me manter treinando, para ter dinheiro para ir para a academia e para me alimentar. A luta eu faço por amor, porque eu gosto, e por isso a minha vontade sempre vai ser maior. Eu lutei lesionado, vou precisar fazer uma cirurgia no quadril e outra no joelho, pois rompi os ligamentos e o menisco, mas confesso que esperava um resultado melhor. Mas o importante foi que eu consegui impor o meu ritmo e sai com a vitória”, disse Cabeção, que ainda cogita disputar o cinturão do Shooto Brasil no dia 27 de setembro antes de fazer as duas cirurgias.
Especialista em Kickboxing, Cabeção construiu um cartel com 16 vitórias e apenas quatro derrotas. Dessas derrotas, a que mais o incomodou foi o revés que sofreu no Dana White’s Contender Series, evento que tem servido de peneira para lutadores que buscam uma vaga no maior evento de MMA do mundo. O cearense, que está radicado em São Paulo, acabou finalizado por Márcio Lyoto, mas ele acredita que o ocorrido foi uma fatalidade, e que se houvesse uma nova luta entre eles o resultado seria diferente.
“A luta contra o Marcio Lyoto foi uma fatalidade. Quem me conhece, sabe que a luta não era pra ter terminado daquela forma. Mas o MMA é imprevisível, nem sempre o favorito vai vencer. Mas acredito que se tivesse uma nova luta contra ele, o resultado seria totalmente diferente”, avaliou.
Aos 27 anos, ele ainda sonha em ter uma oportunidade no UFC. Para quem acordava todos os dias de madrugada para trabalhar como camelô, superou a dor e outras situações adversas que a vida lhe impôs, nada será obstáculo para que o sonho se torne realidade.
“Eu trabalhei de camelô pois era a única opção que eu tinha como profissão, porque não tive estudo. Então, eu acordava cedo todo dia para trabalhar como camelô e meu sustento todo vinha deste trabalho. Mas, graças a Deus, hoje eu vivo da luta. Tenho empresário e uma fonte de renda razoável que recebo todo mês para viver como um lutador. Agora também estou conseguindo lutar fora do Brasil, aí ganho um pouco mais nas bolsas, e assim consigo me manter como atleta. Então, nada e nem ninguém vai me fazer desistir de atingir os meus objetivos”, concluiu.
O Future MMA 8, que acontece na próxima sexta-feira, 23 de agosto, no Centro Universitário Ítalo Brasileiro, em São Paulo, terá uma luta principal de respeito, entre dois atletas de renome no cenário nacional. Com um chamado de última hora para atuar em um evento internacional, Alex Canguru ficou impossibilitado de encarar Jackson Tortora pelo cinturão dos leves. Por conta do curto tempo para se encontrar um novo adversário apto para se credenciar ao título, Marcos Babuíno e Cleiton Foguete, que fariam a luta coprincipal, foram promovidos à última luta da noite.
“Imprevistos como estes acontecem em qualquer evento de MMA”, ressaltou Jorge Oliveira, presidente do Future MMA. “A diferença é que o Future MMA, em seu card montado para a oitava edição, tem mais de uma luta que poderia ser promovida ao combate principal. Nesta escala, porém, não tivemos trabalho em escolher Babuíno x Foguete para a vaga, já que o duelo abriga dois cascas-grossas de técnica e experiência incontestáveis.”
Agora com dez lutas, o card conta com duelos de tirar o fôlego, casados pela organização e por nossos fãs, no Future App. Entre os destaques temos a disputa entre Augusto Abdias e Magnus Kelly, em combate recheado de rivalidade entre os atletas das academias Pitbull Brothers e Hikari, do Rio Grande do Norte; além do duelo entre Caio Borralho e Otávio Sagas, que são pupilos diretos das feras do UFC Demian Maia e Charles do Bronx, respectivamente.
Para acompanhar todas as lutas do evento, ao vivo, baixe agora o Future FC App, no Google Play e Apple Store. Confira o card completo!
Future MMA 8 23 de agosto de 2019 Centro Universitário Ítalo Brasileiro (Av. João Dias, 2046 – Santo Amaro)
66kg – Marcos Babuíno vs. Cleiton Foguete
61kg – Gustavo Erak vs. Rogério Pitbull
77kg – Clebinho Souza vs. Vinícius Cruz
120kg – Henrique Montanha vs. Hugo Cunha
70kg – Augusto Abdias vs. Magnus Kelly
61kg – Luís Felipe Buda vs. Nilton Gavião
87kg (Peso Casado) – Caio Borralho vs. Otávio Sagas
66kg – Gabriel Oliveira vs. Alireza Noei
61kg – Caionã Blade vs. Raul Baiano
77kg – Moacir Cordeiro vs. Augusto Lopez
Gabriel Mendes é um dos melhores atletas de judô nos EUA - Foto: Beatriz Lina
Gabriel Mendes é um dos melhores atletas de judô nos EUA – Foto: Beatriz Lina
Gabriel Mendes, 25 anos, tem 22 medalhas de ouro seguidas e apenas uma de prata em três anos nos Estados Unidos. O brasileiro, que treina sob a supervisão do professor Justin Flores, tem a meta de representar a seleção norte-americana nos próximos Jogos Olímpicos, agendado para 2020, no Japão.
“Hoje eu estou trabalhando duro para representar os Estados Unidos na próxima Olimpíada. Estou de fora das competições que valem ponto para o ranking Internacional, porque só posso começar a competir quando minha transição para os Estados Unidos for concluída. Não posso lutar por nenhum país, então estou aguardando ansiosamente para começar representar os Estados Unidos em competições internacionais”, conta Gabriel, faixa-preta de judô há 10 anos.
Dono de títulos importantes como, por exemplo, medalha de ouro no Us Open, Brazilian Championship e European Cup, Gabriel tem evoluído seu jogo de solo para conquistar cada vez mais medalhas. Vale ressaltar que Mendes ficou em terceiro lugar no mundial de judô também, disputado com 77 países.
“Evolui muito desde quando comecei treinar com o Justin Flores, minha luta no solo melhorou muito. Eu era um atleta que não gostava de lutar no chão e hoje me sinto confiante. Justin foi um excelente atleta internacional de judô e wrestling. Tenho sorte de poder aprender com ele todos os dias”, revela Gabriel, que também é faixa-roxa de Jiu-Jitsu.
Recentemente, Gabriel foi destaque no Fight to Win Pro, onde venceu sua luta casada de judô. O faixa-preta brasileiro é uma peça importante para o crescimento e fortalecimento do judô americano.
Stipe Miocic devolveu o nocaute sofrido para Daniel Cormier no ano passado e de quebra reconquistou o cinturão dos pesos pesados do UFC. Foi nesse final de semana, na Califórnia. A vitória foi consumada no quarto round, após uma sequência impiedosa, que terminou com o agora ex-campeão caído no chão. Assista no vídeo acima.
Outro destaque do card foi o brasileiro Paulo Borrachinha, que passou naquele que, até agora, foi o maior teste de sua carreira, o cubano Yoel Romero. Foram três rounds de intensidade, com alternância de vantagem. No final, os três jurados deram dois rounds para o brasileiro, confirmando a 13ª vitória de sua carreira. Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=La183WJ_EKk
Quem também levantou o público foi Nate Diaz. Mesmo após três anos sem lutar, o polêmico lutador fez três rounds de alto nível contra o embalado Anthony Pettis, pelos meio-médios. Fazendo valer sua maior envergadura e sua técnica refinada de Jiu-Jitsu, o irmão de Nick chegou a pegar as costas do oponente algumas vezes, mas a vitória veio mesmo na decisão.
Raphael Assunção não teve o mesmo sucesso que o compatriota Paulo Borrachinha e amargou a segunda derrota consecutiva no UFC. O algoz da vez foi Cory Sandhagen, que levou a melhor por decisão unânime após três rounds de domínio na luta em pé.
UFC 241
17 de agosto de 2019
Califórnia, EUA
Stipe Miocic venceu Daniel Cormier por nocaute técnico no R4
Nate Diaz venceu Anthony Pettis por decisão unânime
Paulo Borrachinha venceu Yoel Romero por decisão unânime
Sodiq Yusuff venceu Gabriel Benítez por nocaute técnico no R1
Derek Brunson venceu Ian Heinisch por decisão unânime
Khama Worthy venceu Devonte Smith por nocaute técnico no R1
Cory Sandhagen venceu Raphael Assunção por decisão unânime
Drakkar Klose venceu Christos Giagos por decisão unânime
Casey Kenney venceu Manny Bermudez por decisão unânime
Hannah Cifers venceu Jodie Esquibel por decisão unânime
Kyung Ho Kang venceu Brandon Davis por decisão dividida
Sabina Mazo venceu Shana Dobson por decisão unânime
Atletas no peso para o UFC 241, marcado para este sábado na Califórnia. A pesagem oficial aconteceu na manhã desta sexta-feira. O único drama foi em relação ao peso de Yoel Romero, o último a se pesar. Entretanto, o cubano surpreendeu e, diferentemente de suas duas últimas lutas, quando estourou o limite da categoria dos médios, pesou abaixo do obrigado. Seu adversário, o brasileiro Paulo Borrachinha, também não teve problema com a balança.
Astros da luta principal, Daniel Cormier e Stipe Miocic não encontraram problemas, bateram bem abaixo dos 120kg e confirmaram a disputa de cinturão para o UFC 241. Os pesos pesados também travaram a encarada mais tensa da pesagem cerimonial, realizada no final desta tarde.
Além do peso médio Paulo Borrachinha, o peso-galo Raphael Assunção também representa o Brasil no octógono do UFC 241. O pernambucano mede forças contra Cory Sandhagen. Ambos pesaram sem maiores dificuldades e tiveram uma postura respeitosa durante a encarada.
UFC 241
Califórnia, EUA
Sábado, 17 de agosto de 2019
CARD PRINCIPAL (23h, horário de Brasília):
Peso-pesado: Daniel Cormier x Stipe Miocic
Peso-meio-médio: Anthony Pettis x Nate Diaz
Peso-médio: Yoel Romero x Paulo Borrachinha
Peso-pena: Gabriel Benítez x Sodiq Yusuff
Peso-médio: Derek Brunson x Ian Heinisch
CARD PRELIMINAR (19h15, horário de Brasília):
Peso-leve: Devonte Smith x Khama Worthy
Peso-galo: Raphael Assunção x Cory Sandhagen
Peso-leve: Christos Giagos x Drakkar Klose
Peso-galo: Manny Bermudez x Casey Kenney
Peso-palha: Hannah Cifers x Jodie Esquibel
Peso-galo: Kyung Ho Kang x Brandon Davis
Peso-mosca: Sabina Mazo x Shana Dobson
Tiago Beowulf precisou de apenas um treino para chamar a atenção de Daniel Cormier - Foto: Arquivo pessoal
Tiago Beowulf precisou de apenas um treino para chamar a atenção de Daniel Cormier – Foto: Arquivo pessoal
Prestes a defender o título dos pesos pesados pela segunda vez, desta vez numa revanche contra Stipe Miocic, de quem tomou o cinturão com um nocaute em julho do ano passado, Daniel Cormier possui em usa engrenagem de treinamentos uma importante peça ‘made in Brail’.
Trata-se do Kickboxer paulista Tiago Beowulf, responsável por afiar a parte em pé do wrestler. Em bate-papo com o PVT, Beowulf contou um pouco de sua história, lembrou como conheceu e as melhores histórias que tem com o boa praça Daniel Cormier. E, claro, analisou o importante combate deste sábado.
“Espero uma luta muito dinâmica. O Miocic se tornou o maior peso pesado da história do UFC e ele vai vir muito bem preparado. Cormier está em sua melhor versão: rápido e movimentando muito mais que nos últimos camp de treinamentos. Posso afirmar que ele está muito mais forte. Estamos treinando muito, ele está fazendo três treinos por dia, nós não tiramos nem o sábado de folga (risos)”, destacou o brasileiro.
Confira abaixo o bate-papo na íntegra:
PVT: Se apresenta para quem ainda não te conhece.
Brasileiro afia a parte em pé de Cormier – Foto: Arquivo pessoal
Tiago Beowulf: Meu nome é Tiago Beowulf, moro em São Paulo, comecei a treinar Muay Thai em 2003, sou grau preto de Muay Thai pela academia Combate Sport, graduado pelos mestres Gilmar China e Nelson Selleri. Também sou faixa preta de kickboxing pelo mestre Paulo Zorello. Comecei minha carreira como atleta profissional de Kickboxing e Muay Thai, com 20 anos, hoje tenho 25 lutas e apenas três derrotas. Fiquei sete anos invicto, fui campeão da Forja dos Campeões (campeonato de Boxe mais disputado do pais). Fui considerado o melhor peso pesado do Brasil por dois anos, de 2009 a 2011.
PVT: Como você foi parar nos EUA?
TB: Eu foi para o Westminster nos Estados Unidos em 2017, tirei dois meses de férias para estudar inglês e conhecer as academias mais tradicionais. Fiz um mês de intercâmbio e durante o esse mês treinei com Duane Ludwig no Colorado. Duane foi considerado por dois anos o melhor treinador de MMA do mundo.
Quando finalizei meu curso, fui para Califórnia praticar o meu inglês e treinar na AKA, treinar com os atletas como Daniel Cormier, Cain Velásquez, Luke (Rockhold), Khabib (Nurmagomedov), Jonh Fitch etc. Eu cheguei na semana da segunda luta contra o Jon Jones e todos tinham viajado para a “fight week“. Cheguei na AKA e me senti em casa (risos).
PVT: Como conheceu o Daniel Cormier?
Tiago e Leandrinho têm papel importantíssimo na preparação do campeão peso pesado – Foto: Arquivo pessoal
TB: Conheci o Cormier três dias antes de voltar para o Brasil. Eu estava lá há três semana e meia. Cheguei para meu último treino na AKA e o DC estava na academia, fizemos um sparring leve, conversamos um pouco e foi nosso primeiro contato. Quatro meses depois eu recebi uma ligação do Leandro viera, ele queria saber se eu poderia voltar para ajudar o DC, pois ele ia disputar o cinturão que estava vago.
PVT: Como são os treinos com essa fera?
TB: Os treinos são incríveis! ele é um atleta muito disciplinado e focado, absorve todos os detalhes que você passa e aplica durante os treinos. Particularmente, eu nunca vi um atleta como ele. Ele é especial em todos os aspectos, dentro e fora do ringue Essa é a quarta luta que eu ajudo o DC na sua preparação para luta, e em cada luta temos um ritmo de treino diferente, que varia de acordo com luta.
Quando ganhamos a luta com contra Volkan Oezdemir, o mais impressionante para mim foi a forma que ele ganhou a luta, pois treinamos muito, e, sem ser combinado, eu vi que ele ditava o ritmo do sparring. Foi muito parecido com a luta.
Nas lutas seguintes ele me convidou novamente. contra o Miocic foi completamente diferente, pois já tínhamos uma amizade construída na luta passada e isso fez uma diferença enorme, pois pude mostrar mais a minha experiência no kickboxing, além dos sparring, com pads e drills. Dessa vez fizemos história, ele conquistou algo inédito, se tornou campeão de duas categorias de pesos diferentes, meio-pesado e pesado. Double Champ.
PVT: Tem alguma história curiosa com ele?
TB: Eu tenho milhares, pois ele é um cara muito divertido e familiar. Na luta contra o Derrick Lewis. Ele assinou contrato faltando três semanas para a luta, e aí ele me ligou no mesmo dia, uma quarta-feira, por FaceTime, e começou a rir no vídeo perguntando onde eu estava e o que estava fazendo. Eu estava no Brasil treinando ajudando meus amigos Haime Moraes e Leonardo Cabeção para as próximas lutas.
Ele falou: Beowulf, fechei uma luta e preciso de você, preciso para hoje. Eu ri e falei: ‘impossível! você está falando sério?’ E ele realmente estava (risos). Falei: ‘ok! Eu posso ir amanhã à noite’. Resumindo: eu peguei o voo na quinta-feira à noite e cheguei na sexta em San Francisco, fui de Uber até a academia e ele estava com luva e capacete, pronto para fazer sparrings. Ele falou: ‘Beowulf, corre, troca de roupa e vem.
Fizemos três rounds duros de sparrings, com toda a imprensa do UFC filmando. Não sei da onde eu tirei forças, pois não dormi no voo e nem comi (risos).
Outra coisa curiosa é que durante a preparação para a primeira luta contra o Miocic, a gente treinava muito, e quando voltávamos para casa, ele colocava música e começava a cantar no carro (risos).
PVT: E o que você espera dessa revanche?
TB: Espero uma luta muito dinâmica. O Miocic se tornou o maior peso pesado da história do UFC e ele vai vir muito bem preparado. Cormier está em sua melhor versão: rápido e movimentando muito mais que nos últimos camp de treinamentos. Posso afirmar que ele está muito mais forte. Estamos treinando muito, ele está fazendo três treinos por dia, nós não tiramos nem o sábado de folga (risos).
Tiago Beowulf orgulhoso pelo feito do amigo – Foto: Arquivo pessoal
PVT: Vencendo, pode ser que o UFC queira casar uma luta contra o Jon Jones. O que você acha desse confronto nos pesos pesados? Cormier leva vantagem?
TB: Definitivamente, pois esse sempre foi o peso dele. Era muito difícil para ele lutar na categoria meio-pesado. Ele dominou a categoria peso pesado e, se o Jones subir, vai encontrar um lutador completamente diferente. Muitos não sabem, mas ele só baixou para essa categoria porque o Cain Velásquez era campeão peso pesado e, para não enfrentar o amigo, ele fez esse sacrifício. Anos depois, ele se tornou campeão de duas categorias.
Acho importante reforçar isso, para mostrar que temos que fazer o nosso trabalho e ser honesto, buscar ajudar seus companheiros de treinos a crescerem também. Acredito que são uns dos pilares do sucesso Sou muito grato ao DC, pois ele me ensinou muito, e um exemplo de humildade e dedicação, respeitar e trabalho em equipe, ajudando todos em sua volta.
Excepcionalmente nesta sexta-feira, o BAÚ DO PVT desta semana traz uma super entrevista gravada com Vitor Belfort no ano de 2009, na Xtreme Couture, em Las Vegas. Na oportunidade, o brasileiro havia acabado de retornar ao UFC após o fim do Affliction.
Na entrevista, Belfort fala sobre a frustração de ter a luta contra Fedor Emelianenko cancelada, devido ao fim do evento, e sobre a expectativa para o duelo contra Rich Franklin em sua reestreia no UFC. O vídeo ainda traz um treino de Vitor com o falecido Shaw Tompkins.
Vale lembrar que Vitor Belfort, que vinha de quatro vitórias consecutivas fora do UFC, enfrentou e nocauteou Rich Franklin no primeiro round, em setembro daquele ano, e se credenciou para a histórica luta contra Anderson Silva em fevereiro de 2011.
Convidado do RESENHA PVT nessa quinta-feira, Vitor Shaolin relembrou seus primeiros passos no Jiu-Jitsu e no Vale-Tudo, os cinturões conquistados no Shooto e no Cage Rage, os grandes nomes de sua geração na Nova União e nos campeonatos, incluindo José Aldo e BJ Penn.
Estudioso do mundo das lutas, o faixa-preta de Dedé Pederneiras também analisou as duas grandes lutas do UFC deste sábado, que acontece na Califórnia. Para Shaolin, Paulo Borrachinha e Daniel Cormier possuem um leve favoritismo diante de Stipe Miocic e Yoel Romero.
O RESENHA PVT retorna na próxima terça-feira. O convidado da vez é o ex-campeão peso pesado do Strikeforce Antônio Pezão, recém-contratado pelo Bare Knuckle, evento de boxe sem luvas.
O peso-galo Raphael Assunção retorna ao octógono neste sábado, na Califórnia, contra Cory Sandhagen, pouco mais de seis meses após a sua última luta, quando foi derrotado pelo compatriota Marlon Moraes. O hiato não foi por conta de lesão, mas, sim, programado pelo próprio lutador.
“Comentei com a minha esposa, com a minha família, pedi para não falarem de luta comigo… Foi legal para recarregar as energias, rever os pensamentos. Foi uma coisa bem natural, não foi nada demais, só um tempo para mim mesmo”, disse em entrevista ao canal oficial do UFC.
Agora atleta da American Top Team, o brasileiro analisou o que espera do combate contra o norte-americano e deixou claro que não vai fugir das suas próprias características.
“Imagino uma luta bem tática, ele é mais magro, mais alto. A ente treinou especificamente para ele e para o que eu gosto de fazer. Trabalhei muito nas minhas características, porque eu já deixei de fazer em algumas lutas por focar tanto nos meus oponentes. Se eu gosto de movimentar para um lado, eu vou continuar fazendo independentemente do que o meu oponente faz.”
UFC 241
Califórnia, EUA
Sábado, 17 de agosto de 2019
CARD PRINCIPAL (23h, horário de Brasília):
Peso-pesado: Daniel Cormier x Stipe Miocic
Peso-meio-médio: Anthony Pettis x Nate Diaz
Peso-médio: Yoel Romero x Paulo Borrachinha
Peso-pena: Gabriel Benítez x Sodiq Yusuff
Peso-médio: Derek Brunson x Ian Heinisch
CARD PRELIMINAR (19h15, horário de Brasília):
Peso-leve: Devonte Smith x Khama Worthy
Peso-galo: Raphael Assunção x Cory Sandhagen
Peso-leve: Christos Giagos x Drakkar Klose
Peso-galo: Manny Bermudez x Casey Kenney
Peso-palha: Hannah Cifers x Jodie Esquibel
Peso-galo: Kyung Ho Kang x Brandon Davis
Peso-mosca: Sabina Mazo x Shana Dobson
Temos cada vez mais revanches acontecendo nas lutas de MMA e há um bom motivo para isso.
Essas rivalidades são extremamente alardeadas em esportes de combate. Se não fosse pelas rusgas entre Ronda Rousey e Miesha Tate, o MMA feminino provavelmente não estaria onde está hoje. O grande rancor entre Anderson Silva e Chael Sonnen também ajudou o MMA a aumentar em muito sua popularidade no Brasil.
Mas, só animosidade não é tudo o que é preciso para termos uma grande rivalidade. O rival tem que estar a altura do desafio, fazendo boas lutas e aumentando ainda mais o mito em torno dos dois atletas.
Pensando nisso, fizemos uma lista com as sete maiores rivalidades que o MMA já viu.
Ronda Rousey vs. Miesha Tate
A rivalidade entre Ronda Rousey e Miesha Tate começou no Strikeforce. Com apenas quatro lutas feitas antes do primeiro combate entre as duas, Rousey não era vista por Tate como uma adversária digna. No entanto, antes do primeiro round chegar ao fim, Rousey conseguiu uma chave de braço em Tate e saiu com uma vitória.
Quando Tate perdeu para Cat Zingano em sua estréia no UFC, parecia que uma revanche teria que esperar. No entanto, uma lesão abriu a porta para Tate ser uma das treinadoras no The Ultimate Fighter, o que só aumentou a antipatia que às peso-galo tem uma pela outra.
No UFC 168, Rousey conseguiu outro armlock contra Tate, acabando de vez com as chances da “Cupcake”.
Ken Shamrock vs. Royce Gracie
De todos os participantes do primeiro torneio do UFC, Ken Shamrock era o mais cotado para derrubar o filho da realeza do jiu-jitsu. Mas como os outros que enfrentaram Royce Gracie naquela noite de 1993, Shamrock ainda não estava pronto e logo se viu beijando a lona. Essa vitória de Gracie cimentou a primeira rivalidade dos octógonos.
Quinton “Rampage” Jackson vs. Wanderlei Silva
Nas duas vitórias no Pride, Wanderlei nocauteou com joelhadas – Foto: Susumu Nagao
É difícil dizer o quanto dessa rivalidade foi baseada em verdadeiro ressentimento e quanto disso foi bombeado por promoções que procuravam animar seus lutadores mais agressivos.
Ambos os homens lutariam contra a sombra deles se os seguissem muito de perto, então não é de se surpreender que, quando colocados juntos, ocorressem explosivas batalhas.
Os lutadores se encontraram pela primeira vez no PRIDE Final Conflict 2003 quando ambos estavam no auge de sua popularidade. Wanderlei venceu o Grand Prix depois de uma série de joelhadas forçar o árbitro a encerrar a luta.
Georges St-Pierre vs. Matt Hughes
Nem todas as rivalidades do MMA devem ser baseadas no ódio. Às vezes, as melhores rivalidades nos esportes têm a ver com habilidade e entretenimento, em vez de sangue ruim. Este é o caso entre Georges St-Pierre e Matt Hughes.
Hughes chegou no UFC em 1999, no UFC 22. Ele ganhou o cinturão em 2001 e defendeu cinco vezes. Quando a chance de recuperar o título voltou, o homem que estava em seu caminho era um jovem chamado Georges St-Pierre.
No primeiro encontro, o americano venceu com relativa facilidade no primeiro round. Quando tiveram a chance de lutar pela segunda vez, St-Pierre quem saiu com a vitória e o cinturão do UFC com um TKO. Mas, ainda não era o fim a trilogia se completou com mais uma vitória do canadense.
Anderson Silva vs. Chael Sonnen
Quando seu apelido é “The Bad Guy”, você tem que estar em uma lista de rivalidades de todos os tempos. Chael Sonnen é conhecido principalmente pela sua língua ferina. O ex-candidato ao título dos médios atacou quase todos os lutadores que enfrentou. E quando a luta dele com Anderson Silva foi marcada, as provocações começaram imediatamente.
No primeiro confronto entre os dois, Sonnen dominou Silva, tanto que liderava nas pontuações entre os juízes até o quinto round quando o brasileiro conseguiu um triângulo e venceu a luta.
Ainda assim, Sonnen continuou atacando Silva. Um novo encontro era inevitável e no UFC 148, ele aconteceu. Essa segunda luta acabou como a primeira com Anderson Silva vencendo por TKO no segundo round.
Conor McGregor vs. Khabib Nurmagomedov
Esta rivalidade seguinte começou com muita violência e rapidamente escalou para fora os octógonos. A disputa entre e o irlandês e o russo começou no UFC 223. Como parte do evento principal, Nurmagomedov estava em Nova York para promover a luta durante a semana final de promoção, ele e membros do seu time se envolveram em uma discussão com o companheiro de equipe de McGregor, Artem Lobov. Essa luta levou McGregor a atravessar o Atlântico para ajudar o amigo.
McGregor apareceu no Media Day com vários de seus amigos e causou estragos no ônibus do lutador. Os eventos levaram o irlandês a ser preso pela polícia de Nova York e as consequências levaram meses para serem resolvidas. Nesse meio tempo, Nurmagomedov ganhou o título.
Quando McGregor finalmente estava pronto para voltar ao UFC, Nurmagomedov estava disposto e pronto para recebê-lo de volta. Na preparação para a luta Conor continuou com suas costumeiras provocações enquanto Khabib se mantinha calmo. Após a vitória o time Nurmagomedov não se conteve e provocou a equipe de McGregor, causando uma briga generalizada dentro e fora do octógono.
Ken Shamrock vs. Tito Ortiz
Ken Shamrock e Tito Ortiz não só se detestavam… Eles odiavam o fato de que o outro existia.
A história começa em 1999, quando Ortiz venceu Guy Mezger, um lutador da academia Lion’s Den, de Ken Shamrock, e mostrou o dedo do meio para o corber de Mezger o que irritou Shamrock.
A luta levou quatro anos para se concretizar e foi marcada para o UFC 40, pelos meio-pesados. Ortiz venceu após Shamrock não conseguir voltar ao confronto. Mais dois anos se passaram e o UFC decidiu capitalizar o burburinho gerado pela primeira luta colocando as lendas do MMA uma contra a outra na terceira temporada de The Ultimate Fighter.
Quando a temporada do programa estava perto do final, uma briga verbal quase chegou às vias de fato quando os dois entraram em confronto no ginásio do TUF. A revanche foi programada para o UFC 61, mas terminou em circunstâncias polêmicas, já que muitos questionaram a legitimidade da paralisação devido às cotoveladas de Ortiz, mas Tito não se importou, já que fez 2-0 contra “O Homem Mais Perigoso do Mundo”.
Até Dana White não gostou da interrupção e ele imediatamente convocou uma revanche para três meses depois, mas Shamrock não conseguiu conter o “The Huntington Beach Bad Boy” e novamente foi vítima das cotoveladas de Ortiz.