Caio Borralho aposta que ele, Charles Do Bronx’s e Lucas Almeida – todos escalados para enfrentar adversários do Leste Europeu no UFC 280, dia 22 de outubro, em Abu Dhabi – irão acabar com a festa dos anfitriões. O peso médio analisou seu oponente, o uzbeque Makhmud Muradov, e disse o que pretende fazer para vencer. O maranhense também falou sobre sua trajetória, da forte ligação com a família e da identificação com o público nerd.
O presidente do UFC, Dana White, anunciou nesta quarta três notícias importantes sobre o UFC no Brasil. Além de confirmar a volta ao Rio de Janeiro no dia 21 de janeiro com o UFC 283 na Jeunesse Arena, o dirigente também oficializou o acordo com a Band TV, com 12 eventos por ano em TV aberta, e revelou o lançamento de seu próprio serviço de streaming UFC Fight Pass no país, a partir de janeiro de 2023.
Noticiado pela primeira vez pelo jornalista Guilherme Cruz, do MMA Fighting, a nova parceria com a Band TV e os planos de lançar o Fight Pass no país afetarão diretamente o esporte no Brasil. Mesmo sendo a quarta maior rede de televisão brasileira em audiência e receita no Brasil, muito menor que o gigante conglomerado de mídia Globo, a Band TV é um canal aberto. O fato de a TV aberta da Globo não ter eventos transmitidos em rede desde 2018, utilizando apenas seu canal de TV a cabo Combate para transmissão do UFC, foi parte importante da negociação para renovação do contrato que será finalizado em dezembro. O novo acordo com a Band inclui 12 cards exibidos na TV aberta anualmente, todos encabeçados por lutadores brasileiros. Todos os outros cards vão ao ar no Fight Pass, com um custo mensal de R$ 24,90.
Fundada em 1967, a Rede Bandeirantes sempre teve o jornalismo e o esporte como suas plataformas principais. Além do UFC, a Band também detém os direitos de transmissão da Fórmula 1 e da NBA no Brasil. Além de já transmitir ao vivo o evento nacional de MMA SFT.
Iniciar a parceria com a transmissão de uma edição numerada no Rio de Janeiro certamente será um grande começo para o novo parceiro do UFC no Brasil. E se levarmos em consideração o excelente nível das transmissões da NBA e Fórmula 1, o UFC está em boas mãos em sua nova casa.
Única TV a cabo do mundo com 24 horas de conteúdo de MMA, o canal Combate foi fundado há exatos 20 anos, em 9 de agosto de 2002. Nas últimas duas décadas o canal está ligado diretamente ao esporte, desde que o MMA se chamava Vale-Tudo, passando pela era do Pride, até que o UFC começou a ser a organização número 1 do mundo.
Sem o UFC, o canal Combate certamente irá investir na negociação com outras grandes organizações de maneira a manter um bom cardápio de conteúdo para os assinantes. Diversificando além do MMA, com eventos de Boxe, kickboxing e Grappling. Se os novos movimentos serão bons para o futuro do esporte no Brasil, só o tempo dirá.
O Ultimate oficializou o retorno ao Brasil para janeiro de 2023, na edição numerada de 283, na Jeunesse Arena, no Rio. Mesmo focado na luta importante do dia 22 de outubro contra Islam Makhachev, que acontece em Abu Dhabi, Charles Do Bronx’s não esconde o desejo de se apresentar neste show em seu país natal, de preferência, se tudo ocorrer como o planejado contra o russo, em uma superluta diante do atual campeão peso-pena, Alexander Volkanovski. Ao PVT, Diego Lima confirmou o projeto.
O nocauteador Bruno Blindado terá pela frente no UFC deste sábado o finalizador Gerald Meerschaert (28 finalizações na carreira). Apesar disso, o brasileiro garante que não se sentirá intimidado caso o adversário consiga ficar por cima.
Em busca da recuperação após revés para Logan Storley em sua última apresentação, Neiman Gracie retorna ao cage do Bellator nesta sexta-feira para enfrentar o compatriota e também especialista em jiu-jitsu Goiti Yamauchi. Treinador do Gracie, Rafael Cordeiro falou sobre a evolução de seu atleta em recente participação no CONEXÃO PVT e de como a luta de cinco rounds contra Storley foi importante nesse processo.
O PAPO DE LUTA desta semana homenageou a lenda Leandro Lo, que infelizmente foi assinado no último domingo; trouxe os comentários sobre a noite de derrotas do Brasil no UFC do último sábado, com Mayra Sheetara sendo a única tupiniquim a vencer; e analisou as principais lutas do UFC, Bellator e PFL que acontecem nesta semana.
Taila no Contender Series, que o levou para o UFC (Foto: UFC)
Por Alan Oliveira
Taila no Contender Series, que o levou para o UFC (Foto: UFC)
Nesta segunda, o site “O Município de Blumenau” divulgou que Taila Santos teria aplicado golpes em seus treinadores, em pelo menos três deles. Segundo a matéria, a lutadora do UFC teria contratado treinadores e não os pagou, e um dos lesados teria sido Patrício Farias, 37, cunhado de Taila, que acusa o próprio irmão, Pedro Farias, de participar das ações.
“O golpe é sempre o mesmo e no fim a culpa é dos dois. Um tem a ideia e o outro aprova. Eles firmam parceria com você, treinam por um tempo e depois saem, mas não pagam nada. Só nesta brincadeira eu já estou com R$ 15 mil em dívidas”, disse o treinador ao site: “Foi assim comigo e com outros dois professores dela. Pedro montava as equipes, prometia pagamentos e contratos, porém, do nada, se irritava e se intrometia nos treinos. Após criar intriga, ele mandava os profissionais embora, mas nunca pagava pelo serviço que foram prestados”, que garante ter como provar que foi contratado pelo marido de Taila e pela atleta para trabalhar o jiu-jitsu desta.
Ainda segundo a matéria, os “outros dois professores” seriam Marcelo Brigadeiro, da Astra Fight, e Marcio Malko, da Thai Brasil Floripa, que ajudou a atleta a disputar o cinturão contra Valentina Shevchenko em junho deste ano, quando acabou sendo derrotada por decisão dos juízes. Ouvida pelo PVT, Taila se mostrou revoltada com o assunto, mas se defendeu.
“Se você quer fazer matéria de fofoca, eu nem tenho o que dizer. Mas posso falar que Patricio tem treta com o irmão dele, e está me usando. Ele fez uns trabalhos aqui pra gente, mas nada de luta. Pintou os muros quando estávamos em obra. Pagamos, mas ele sempre queria mais dinheiro, e não estamos aqui para sustentá-lo”, contou a 2ª colocada no ranking dos moscas, falando também dos outros treinadores citados.
“E eu saí da Astra Fight porque eu não estava evoluindo como atleta. Brigadeiro é um ótimo profissional, mas um lixo como pessoa. Não coloca luta para seus atletas, e quer que os lutadores ‘se fodam’, palavras dele”, disparou a peso mosca, que admite dívida com Malko.
“Já da Thai Brasil, saí porque queria caminhar com minhas próprias pernas. Sou mãe, tenho filho pra criar, cuido da minha mãe e de um irmão pequeno. Malko pegava toda minha bolsa para ele, pegou até parte do meu bônus, que o próprio UFC disse que é 100% do atleta. Quero pagar a ele, mas ele tem que devolver a parte do bônus que ele pegou”, finalizou Taila.
O PVT entrou em contato com Malko, que nos enviou nota: “O que posso dizer é que a Taila veio até mim quando ocupava o 12º lugar na categoria do peso-mosca feminino, estava desmotivada e pedindo para que eu comandasse os treinamentos dela. Montamos um plano de carreira no qual prometi que em quatro lutas ou em até dois anos chegaríamos na disputa de cinturão.
Após duas lutas sob os meus comandos (12 meses no total), Taila já estava no octógono disputando o cinturão de melhor lutadora do peso-mosca feminino do mundo. Ainda que tenha perdido por decisão dividida, hoje ela ocupa o 2º lugar no ranking.
Trabalhamos assiduamente nos treinamentos da Taila, dia e noite, dentro e fora da academia, analisando cada detalhe, erros e acertos dela e de sua adversária.
Ocorre que até hoje não recebi os valores acordados pelo serviço já prestado. Tudo o que ela fez após a luta foi me enviar uma carta admitindo o quanto me deve, mas que não iria honrar com sua parte do acordo.”
Ao PVT, Marcelo Brigadeiro também falou sobre a polêmica: “Fiz a carreira da Taila, ela morou na minha casa, eu a chamava de filha. Ela não teve uma atitude digna. Nem posso falar muito porque, pela primeira vez em mais de vinte anos de carreira, tive que entrar na justiça contra atleta. Mas deixo a pergunta: será que só ela está certa e todo mundo está errado?”, questionou o líder da Astra Fight.
Também ouvido pelo PVT, Gilliard Paraná, treinador da PRVT e sócio de Malko, afirmou que os atletas geralmente são vistos como vítimas, e valorizou o trabalho dos treinadores e empresários.
“De cada 50 atletas que pegamos, 45 dão prejuízo. Como técnico, você pelo menos cria vínculo com o lutador, mas como empresário, você só tem retorno com 10% dos atletas da academia, sendo otimista. Então quando você vê um atleta saindo da academia, ou mudando de empresário, você não vê o quanto aquele empresário fez para o atleta no início da carreira. Os lutadores são vistos como vítimas, e os empresários e treinadores são exploradores”, lamenta Paraná, elogiando outros lutadores, como Jessica Andrade, umas da maiores representante de sua equipe.
“Por isso amo tanto a Jessica, sou fã de Jose Aldo, Marina Rodriguez, Pedro Rizzo, e outros, que estão com seus treinadores desde o início de suas carreiras. Quando você estava começando, seu treinador e seu empresário olharam por você, então é bom ver quem valoriza isso”, concluiu Gilliard.
A atleta e os treinadores são partes de processo que segue na justiça.
Neste domingo, aconteceu no Texas o Who’s Number One (WNO), aguardado evento de grappling. Na luta principal, sem limite de tempo, Gordon Ryan se vingou de Felipe Preguiça, que o havia vencido duas vezes. O brasileiro desistiu verbalmente da luta, aos 44 minutos. Após o combate, Preguiça, amigo de Leandro Lo, assassinado neste domingo, tomou o microfone e criticou a postura do adversário, que segundo ele não permitiu qualquer alteração nas regras do evento.
“Só quero dizer uma coisa para todos vocês que estão batendo palmas para esse cara aqui: ele é um cara muito bom no tatame, mas ele não tem coração. Hoje um dos meus melhores amigos morreu. Morreu! E eu disse a FloGrappling que eu não estava me sentindo bem para lutar. Eu não quero lutar mais. Eles me falaram para lutar, mas iam pedir ao Gordon Ryan para colocar 1h de luta. ‘Eu entendo como é, entendo como se sente, sei que não está preparado mentalmente para essa luta’. E o Gordon disse: ‘Não, eu não me importo. Essa luta vai acontecer. Eu realmente não ligo’. É só isso, galera. Obrigado e desculpa”, disse Felipe, sob vaias.
Outra das estrelas do evento, Mica Galvão finalizou Alan Sanchez com mata-leão. A lenda Bia Mesquita venceu Elisabeth Clay por decisão unânime dos jurados, mesma forma que Nicholas Meregali derrotou Rafael Lovato.
Abaixo, os resultados do WNO e vídeos de lutas da noite de grappling no Texas.
Who’s Number One Texas, nos Estados Unidos Domingo, 07 de agosto de 2022
Resultados:
Gordon Ryan venceu Felipe Preguiça por “desistência verbal”
Nicholas Meregali venceu Rafael Lovato Jr. por decisão unânime dos jurados
Mica Galvão finalizou Alan Sanchez com um mata-leão
Bia Mesquita venceu Elisabeth Clay por decisão unânime dos jurados
Jacob Couch venceu Jacob Rodriguez por decisão unânime dos jurados
Diogo Reis venceu Estevan Martinez por decisão unânime dos jurados
Fabricio Andrey venceu Fabian Ramirez por decisão unânime dos jurados
Atleta da American Top Team, Renato Moicano divide o tatame com uma verdadeira legião de lutadores do leste europeu que buscam nos EUA a evolução para seus jogos. Para o brasileiro, uma característica que pesa a favor deles é o fato de não terem vaidade para aprender.
O mundo do jiu-jitsu e da luta em geral amanheceu de luto neste domingo. Leandro Lô, lenda da arte suave, foi assassinado com um tiro na cabeça durante uma festa no Clube Sírio, em São Paulo, na madrugada deste sábado para domingo. O lutador foi levado a um hospital, mas não resistiu. Segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Militar de São Paulo, o autor do disparo foi o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, que está foragido.
O Combate.com teve acesso ao Boletim de Ocorrência, registrado a 1:57h da madrugada de domingo: “Preliminarmente, trata-se de ocorrência envolvendo o multicampeão mundial de jiu-jítsu Leandro Ló Pereira do Nascimento e o policial Militar Henrique Otávio Oliveira Velozo. Conforme relatam as testemunhas, o policial Henrique, após breve discussão, se dirigiu à mesa da vítima Leandro, pegando uma garrafa da mesa, em ato contínuo a vítima se levantou, tirou a garrafa da mão do autor e, em golpe de luta, o derrubou e imobilizou. Neste momento, colegas da vítima separaram ambos e pediram “para deixar isso quieto”. O autor, após se levantar, deu a volta na mesa e, de fronte a vítima, sacou sua arma e desferiu disparo, o qual atingiu a região frontal da cabeça da vítima (testa, lado esquerdo). Vítima encontra-se em estado gravíssimo no Hospital Municial Dr. Arthur Ribeiro de Saboya.”.
Faixa-preta de Cícero Costha, Lo foi um dos competidores de jiu-jitsu mais bem sucedidos de todos os tempos, vencendo oito Campeonatos Mundiais da IBJJF, cinco Copas do Mundo e oito Pan-Americanos. Faixa-preta desde 2012, Lo cruzou três gerações lutando em quatro categorias de peso (leve, médio, meio-pesado, pesado e absoluto). Curiosamente, dois adversários mais frequentes, Rodolfo Vieira (lutador peso médio do UFC) e Marcus Buchecha (lutador do ONE FC), se tornaram grandes amigos. Leandro tinha 33 anos, e sua morte comoveu o mundo da luta. Veja abaixo reações como a de Felipe Preguiça, Mica Galvão, Leo Vieira, Demian Maia, Mackenzie Dern, Davi Ramos, entre outros.