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Rafael Cordeiro acredita que Mike Tyson poderia ter sido o melhor lutador de MMA de sua época

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https://youtu.be/-PadUF8tC08

Eleito duas vezes o melhor treinador de MMA do planeta, Rafael Cordeiro voltou a ganhar os holofotes na semana passada, desta vez por puxar manopla para a lenda Mike Tyson, que há tempos não aparecia em público mostrando os dotes que o levaram a ser um dos maiores campeões de Boxe da história. Em entrevista ao PVT, o líder da Kings MMA contou detalhes da experiência.

“Posso lhes dizer: ninguém bate como o Tyson”, garantiu. “O que eu estou vendo é um cara que, se voltar a lutar, vai deitar muita gente”. 

O curitibano também projetou o que Mike Tyson poderia ter sido caso tivesse migrado para o MMA no passado. De acordo com o treinador, bastava o peso pesado ter aprendido a fazer sprawl que já seria o suficiente para consagrá-lo. 

“Ele seria o melhor peso por peso do mundo”, acredita Rafael Cordeiro. “Teria sido campeão mundial, com certeza”. 

Sergio Cunha relembra bastidores das sagas de Anderson e Wanderlei em conquistas importantes no Japão

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https://youtu.be/bYM9FZJ5AhM

Em participação no RESENHA PVT da última terça-feira, 28, o “nômade” Sergio Cunha relembrou algumas das suas inúmeras histórias vividas nos bastidores como treinador das maiores estrelas do MMA mundial. Entre elas, conquistas importantes de Anderson Silva e Wanderlei Silva, ambas no Japão. 

De acordo com o treinador formado na Chute Boxe, as tentativas de manipulação por parte dos japoneses do Shooto e a preocupação com um familiar foram os principais adversários de Anderson na luta contra Hayato Sakurai, em 2001, quando o brasileiro, apesar de todos os contratempos, conquistou o primeiro cinturão internacional de sua carreira.

“Foi uma presepada que o Shooto tentou fazer. Tentaram botar o Hayato Sakurai para espancar o Anderson”, revelou Cunha. 

A história com Wanderlei Silva acontece dois anos depois, na final do GP dos médios do Pride. Após uma luta intensa contra Hidehiko Yoshida na semifinal, o Cachorro Louco, aparentemente, não parecia bem para fazer a final contra Quinton Jackson, com quem havia tido um entrevero poucos dias antes. 

“Eu sinto ele cansado, para baixo”, lembrou o treinador. “Que isso, cara? Levanta essa cabeça. Você quase brigou com o cara de graça, por nada. Ia bater nele e ninguém ia ver. Agora você tem a oportunidade de chegar aqui, na frente do mundo inteiro, enfiar a porrada nele, enfiar o dinheiro no bolso e levar o cinturão ainda… por favor, Wanderlei, é a tua hora agora. Antes de entrar (para lutar), ele levanta a cabeça e fala: ‘galera, ninguém precisa falar mais nada, eu sei o que eu vou fazer’. E ele muda o olhar dele. Ali, eu sabia que a gente ia ganhar.”

Assista abaixo ao RESENHA PVT com Sergio Cunha na íntegra:

https://youtu.be/i8Bf371ShgY

Afastado após lesão no olho, Thominhas Almeida revela sua vontade de voltar a lutar

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Thomas Almeida é um dos destaques do UFC. Com um saldo de 21 vitórias e só 3 perdas, Thominhas foi obrigado a pausar sua carreira por conta de uma séria lesão. Aos 28 anos, o lutador está se preparando para seu retorno ao esporte após um período de recuperação por conta de uma lesão no olho. Apaixonado pelo esporte, Thominhas revelou que um de seus sonhos seria poder lutar no UFC que acontecerá em Brasília, em 14 de março. No entanto, por conta de sua recuperação, o lutador não poderá competir.

Thominhas começou sua história no esporte aos 13 anos, sendo incentivado por sua família. Muito ativo, o jovem encontrou no esporte – Muay Thai em especial – para canalizar sua energia. O começo, no entanto, foi complicado, já que sua família era contrária a prática de esportes de luta. “Queria que eu fizesse esporte, por outro lado não gostava que eu fizesse luta, porque tinha o preconceito”, revelou.

Mesmo com opiniões contrárias da família, Thomas decidiu insistir e começou a treinar para ingressar no mundo da luta. Aos 13 anos, o iniciante recebeu o apoio de colegas de academia, auxiliando o desenvolvimento dele nesse universo. “Comecei Muay Thai, nunca treinei nada na vida e iniciei no Muay Thai, logo na sequência, eu comecei a treinar, comecei a me relacionar com o pessoal da academia e gostei muito e resolvi competir. Em seis meses, um ano, eu gostei demais e falei: ‘Quero competir’”, disse.

No entanto, a idade impedia que Thominhas pudesse lutar profissionalmente, já que a idade mínima era 16 anos. Esse período serviu para que o lutador pudesse continuar seu treinamento para ingressar no sonhado universo da luta. “Fiquei muito tempo treinando até a minha primeira competição. Lembro que quando eu fiz 16 anos, dois dias depois eu fui para minha primeira competição. Comecei a treinar muito, um profissional, vivia na academia. Fazia dois, três, às vezes quatro por dia”, relembrou Thomas.

Thominhas é exemplo para a nova geração de atletas e, por conta disso, enfatiza os sacrifícios que teve que fazer ao longo de sua jornada. Suas dicas principais são: trabalhe duro, trabalhe bastante. “Não é um caminho fácil e não desista nunca, corra atrás do seu sonho, assim como eu corri atrás do meu. Eu corro, ainda continuo correndo atrás do meu sonho”, conta. O respeito também é primordial, especialmente pela família. As dificuldades estarão presentes e será necessário abdicar de muitas coisas para alcançar o sucesso desejado.

Thomas Almeida precisou se afastar do esporte após sofrer uma lesão no olho. Para se recuperar e poder voltar para o que tanto ama, o lutador passou por procedimentos cirúrgicos e está se preparando para voltar. “São dois anos sem luta, é o que eu sempre falo. Saúde do atleta em primeiro lugar. A recuperação está OK, estou 100% e agora é só esperar o momento certo”, disse.

 

Após o período de recuperação e retorno gradual para os treinos, Thominhas garante que está plenamente recuperado e seu retorno está próximo. “Os médicos me liberaram, até viajei para passar com um médico de confiança e ele me liberou. Estou treinando 100% já em todos os tipos de treino, desde o final de 2019. Agora é só esperar a luta”, revelou. O lutador enfatiza também a importância de estar com a saúde mental em dia. “Estou bem saudável, cabeça boa. Estou muito ansioso por meu retorno. São dois anos sem luta, é o que eu sempre falo. Saúde do atleta em primeiro lugar”, acrescentou Thomas.

 

Com uma carreira de sucesso, Thomas Almeida guarda momentos especiais de sua trajetória. No entanto, dois momentos possuem lugar de honra em sua memória. O primeiro foi ao receber a notícia que seria contratado para o UFC. “Foi uma situação muito legal, vou guardar para minha vida toda. Porque eu recebi essa notícia dentro da academia, no tatame, com meus parceiros de treino que sempre me ajudaram. Foi uma sensação maravilhosa, que eu trabalhei muito para isso, para conseguir a oportunidade e recebi com meus parceiros de treino que foram as pessoas que me ajudaram sempre e isso foi maravilhoso, vou guardar para minha vida toda”, disse. Já o segundo momento mais especial de sua carreira foi sua primeira luta em Las Vegas, quando conseguiu reverter um início ruim e nocauteou o oponente. Para deixar ainda mais especial, ao final da luta Thominhas conheceu Mike Tyson, um de seus maiores ídolos.

Evangelista Cyborg leiloa troféu conquistado no Pride para ajudar afetados pela pandemia em sua cidade natal

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https://youtu.be/OgXuV9MsNv0

O casca-grossa Evangelista Cyborg está leiloando o troféu do extinto Pride FC que conquistou na vitória contra Yosuke Nishijima em 2006, no Saitama Super Arena, no Japão. Toda renda será revertida em ajuda à população mais necessitada de Rondonópolis-MT, cidade natal do lutador.

“Devido à pandemia provocada pelo coronavírus, os trabalhadores informais e a comunidade carente da minha cidade estão passando por muita necessidade. Foi então que decidi fazer um leilão deste troféu, para que possamos reverter o valor em cestas básicas, para ajudar essas pessoas”, explica Cyborg.

Com o lance inicial estipulado em 1 mil dólares (R$ 5.580 na cotação desta terça-feira, 28), os lances podem ser dados através do link https://www.ebay.com/itm/Trophy-Pride-FC-Grandpix-2006-Evangelista-Cyborg-dos-Santos/143588702705?hash=item216e8db9f1:g:86IAAOSwJjtep0UW até às 17h da próxima sexta-feira, dia 1º.

Sergio Cunha é o convidado do RESENHA PVT desta terça-feira

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Curitibano contará um pouco de sua história - Foto: Marcelo Alonso
Curitibano contará um pouco de sua história – Foto: Marcelo Alonso

Sergio Cunha é o convidado do RESENHA PVT desta terça-feira, 28, 17h. Graduado por Rudimar Fedrigo na segunda geração de faixas preta da Chute Boxe, Cunha é indiscutivelmente um dos mais experientes treinadores brasileiros.

Entre os ícones do esporte que tiveram seu Muay Thai afiado por Cunha estão nomes como Anderson Silva, Wanderlei Silva, BJ Penn, Maurício Shogun, Rogerio Minotouro, Murilo Bustamante, Rodrigo Minotauro, Kid Yamamoto, Yoshida, Elias Theodoreau e Bruno Malfacine.

O curitibano, que hoje dá aulas na Flórida, vai relembrar o inicio da Chute Boxe, na qual fez parte do famoso grupo que consagrou a equipe no Rio de Janeiro (os 5 carecas de Curitiba); vai comentar a migração para a arquirrival BTT; a experiência no Havaí (BJ Penn) e Japão (Yoshida e Kid Yamamoto); e analisar a evolução do MMA.

Participe mandando suas perguntas. A resenha começa as 17h em ponto no canal do PVT no Youtube.

Robert Drysdale levanta polêmicas sobre a origem do Jiu-Jitsu no Brasil e relembra principais conquistas da carreira

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https://youtu.be/gDjH1mC0TuA

O campeão mundial de Jiu-Jitsu e do ADCC Robert Drysdale está produzindo um documentário sobre a origem do Jiu-Jitsu no Brasil. Durante o RESENHA PVT da última quarta-feira, 22, o lutador abordou alguns pontos que serão resgatados na produção intitulada “Closed Guard”; entre eles, a possiblidade de Carlos Gracie não ter conhecido Mitsuyo Maeda, o Conde Koma, pessoalmente.

De acordo com apurações feitas pela equipe de produção do documentário, Conde Koma formou pelo menos cinco brasileiros: Waldemar Lopes, Rafael Gomes, Guilherme De La Roque, Matheus Pereira e Jacinto Ferro; este, que veio a ser o principal aluno de Koma. Em artigo do jornal “O Globo” da época, Donato Pires dos Reis, aluno de Ferro, colocou em xeque a versão propagada por Carlos Gracie.

“Ele (Donato) fala nessas palavras: ‘Nem ao menos o conhece’”, revelou Drysdale, que, além de lutador, também é formado em História.

“Isso não é um ataque aos Carlos. As pessoas às vezes não entendem e querem dar um tiro no mensageiro. Quem falou foi o Donato, não eu. O Donato certamente foi professor do Carlos”.

Apesar da reparação, ele faz questão de destacar a importância dos irmãos.

“Sem o Carlos não teria Jiu-Jitsu, sem o Hélio… acho que teria sido tudo Judô. Se não é a família Gracie, a gente estaria treinando Judô hoje, não teria tido a revolução, o UFC”, deixa claro.

Patrocinado por um milionário investidor checheno, o documentário tem previsão de lançamento entre junho e agosto. A princípio, a plataforma utilizada será o Youtube, por ser mais popular; entretanto, a decisão ainda não foi oficializada.

Na resenha, Robert Drysdale também criticou o movimento chamado American Jiu-Jitsu; comentou as recentes declarações de Keenan Cornelius; relembrou a finalização sobre Marcelinho Garcia, que lhe rendeu o título absoluto do ADCC, no ano de 2007; sua passagem pelo UFC; e a aposentadoria precoce no MMA mesmo ostentando um invicto cartel de sete vitórias, todas por finalização, em oito lutas.

Assista abaixo a RESENHA PVT com Robert Drysdale na íntegra:

https://youtu.be/Uu-u3EcONXk

UFC começa contagem regressiva para retorno

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A espera pelo MMA ao que tudo indica está perto do final. Isso porque o UFC programa retorno para 9 de maio. Evento que traz Tony Ferguson contra Justin Gaethje que estava marcado para 18 de abril recebe a nova data e será disputado na Flórida. Veja mais deste e outros duelos, além dos odds do UFCpara os favoritos.

Peso leve – (R$ 1,58) Tony Ferguson x Justin Gaethje (R$ 2,40)

A grande luta da noite é entre Tony Ferguson e Justin Gaethje, que rende pelo menos 58% de lucro nas casas de apostas esportivas. O valor é pago em caso de vitória de Ferguson, em um duelo em que quem vencer certamente ganhará a oportunidade de enfrentar Khabib Nurmagomedov na disputa pelo cinturão do Peso Leve.

Número 1 da categoria, Ferguson aparece como favorito devido a uma trajetória impecável, sem saber o que é perder desde 2012. São 12 vitórias seguidas no período, com direito a triunfos de respeito, com nocautes para cima de Anthony Pettis e Donald Cerrone.

Tudo isso torna a missão de Gaethje bem complicada e faz com que um triunfo dele renda R$ 2,49 para cada real.  O atleta até vive um bom momento, mas com números mais modestos, de apenas três triunfos seguidos.

Peso pesado (R$ 1,33) Francis Ngannou x Jairzinho Rozenstruik (R$ 3,40)

Só que o mais cotado nos sites de apostas esportivaspara este evento é Francis Ngannou, dando R$ 1,33 por real aplicado. Número 2 do Peso Pesado, o francês ganhou as últimas três apresentações.

Porém, Jairzinho Rozenstruik, em 6º na categoria, tem a grande chance de dar um grande salto na carreira. O lutador de Suriname está invicto, com 10 vitórias e paga R$ 3,40 para R$ 1,00 com um novo triunfo.

Peso médio – (R$ 2,10) Ronaldo Jacaré x Uriah Hall (R$ 1,72)

O Brasil também está representado, com Ronaldo Jacaré. Porém, o brasileiro não atravessa um bom momento, tendo perdido três das últimas quatro lutas, inclusive duas no ano passado, diante de Jan Blachowicz e Jack Hermansson. Desta forma, entra como grande azarão na Flórida, oferecendo R$ 2,10 para cada real, segundo dados do Oddsshark.com. Já Hall, por sua vez, chega de dois triunfos consecutivos e paga R$ 1,72 com uma nova vitória.

Peso meio-médio – (R$ 1,36) Vicente Luque x Niko Price (R$ 3,25)

Outro brasileiro é Vicente Luque. Ele foi superado por Stephen Thompson, em novembro do ano passado e viu uma sequência de seis vitórias consecutivas cair. Para se manter em evidencia precisa reencontrar o caminho dos triunfos e até aparece com moral, garantindo R$ 1,36 para R$ 1,00 com um resultado positivo. Isso acontece principalmente por causa da instabilidade de Niko Price, que é azarão para o evento da Flórida, pagando R$ 3,25.

Peso pena – (R$ 3,10) Jeremy Stephens x Calvin Kattar (R$ 1,37)

Tentando se recuperar após a derrota para Zabit Magomedsharipov, Calvin Kattar dá R$ 1,37 para cada real com um triunfo no UFC 249. A grande razão para este favoritismo é que o adversário, Jeremy Stephens vive uma péssima fase, sem ganhar desde fevereiro de 2018. Desde então, Jeremy Stephens se apresentou quatro vezes, com três reveses e uma luta sem resultado. Uma vitória agora paga R$ 3,10 para R$ 1,00.

Peso pesado – (R$ 1,53) Greg Hardy x Yorgan De Castro (R$ 2,62)

Também agendado para este evento, Greg Hardy garante R$ 1,53 para cada real com um triunfo sobre Yorgan De Castro. No entanto, o adversário está invicto e merece atenção, pois rende R$ 2,62 para R$ 1,00.

Como apostar?

Para investir no UFC basta se registrar no Bodog. É só preencher algumas informações pessoais, de endereço e contato, e em seguida efetuar um depósito com um valor que desejar.

Confira as lutas do UFC 249, no sábado (09/05), na Flórida, Estados Unidos:

Peso leve – (R$ 1,58) Tony Ferguson x Justin Gaethje (R$ 2,40)

Peso pesado (R$ 1,33) Francis Ngannou x Jairzinho Rozenstruik (R$ 3,40)

Peso pena – (R$ 3,10) Jeremy Stephens x Calvin Kattar (R$ 1,37)

Peso pesado – (R$ 1,53) Greg Hardy x Yorgan De Castro (R$ 2,62)

Peso meio-médio – (R$ 1,36) Vicente Luque x Niko Price (R$ 3,25)

Peso médio – (R$ 2,10) Ronaldo Jacaré x Uriah Hall (R$ 1,72)

 

Nos EUA, Zé Mario Sperry adota ‘estratégia de guerra’ contra novo coronavírus

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Zé Mário avaliou como deve ficar o cenário do Jiu-Jitsu após a pandemia - Foto: Marcelo Alonso
Zé Mário avaliou como deve ficar o cenário do Jiu-Jitsu após a pandemia – Foto: Marcelo Alonso

Uma das grandes referências da história do jiu-jitsu e do MMA brasileiro, Zé Mario Sperry não é uma pessoa fácil de ser intimidada. E não é por menos. Aos 53 anos, o veterano, que ainda esbanja um físico de atleta, com seus 1,85m e 100kg de músculos, já esteve frente a frente com os mais temidos lutadores de jiu-jitsu e vale tudo de sua época. No entanto, quando o assunto é o novo coronavírus, a preocupação do ex-pupilo de Carlson Gracie fica evidente. Há 4 anos nos Estados Unidos, onde é dono de uma academia de jiu-jitsu em Miami, na Flórida, Zé Mário tem acompanhado de perto o poder devastador do vírus no país mais afetado pela pandemia até o momento.

Como está sendo a sua rotina e a da comunidade do jiu-jitsu em geral no EUA diante desse novo coronavírus?

Zé Mario Sperry: Está muito complicado, tudo parado, comércio fechado. Já vão fazer três semanas que não abro a minha academia, é realmente muito difícil. Mas essa é uma situação única, é o que tem que ser feito. Costumo falar que não é o mais forte ou o mais rápido que vence, e sim o que melhor se adapta. E é isso que precisamos fazer nesse momento, nos adapatar. Por isso, tenho acordado cedo, me exercitado em casa ou em lugares abertos fora dos horários de pico, mantido uma rotina saudável, comendo bem. É isso que tento passar para meus amigos, as pessoas próximas de mim, meus alunos. Estão todos muito preocupados, estressados, então é mais do que necessário manter esses cuidados.

Assim como a maioria dos esportes, os campeonatos de jiu-jitsu foram cancelados e as academias fechadas por tempo indeterminado. Para tentar contornar isso, alguns professores têm ministrado aulas online. O que você acha dessa prática, que já foi muito criticada no passado?

ZM: Eu sou adepto do provérbio que diz o seguinte: “se você não pode fazer o que tem que ser feito, você tem que fazer o que pode ser feito”. As aulas online é o que pode ser feito no momento, então eu não sou apenas favorável como sou adepto. Tenho dado meus treinos pela internet normalmente, é uma forma de manter os alunos conectados, interessados no jiu-jitsu.

Que impactos você acredita que esse novo coronavírus pode trazer futuramente para a comunidade do jiu jtsu, como organizações, federações, equipes, no negócio como um todo?

ZM: Vai passar por uma fase amarga, mas eu acho que essa onda vai passar. Vamos aprender com o que aconteceu, dar valor ao que tínhamos, retomar antigos costumes como sociedade, uma maior cuidado com o próximo, uma valorização das coisas essenciais de fato. Acho que vamos aprender muito como sociedade e como seres humanos. Os negócios vão passar, na realidade já estão passando por momentos difíceis, mas sou otimista que o cenário irá melhorar e sairemos dessa com um saldo positivo. Inclusive, te adianto em primeira mão que eu e Elias (Eberhardt, organizador geral da AJP Brasil) fomos convidados para tocar o projeto da AJP aqui no EUA.

Você pode dar mais detalhes desse projeto da AJP no EUA?

ZM: Já estamos desenhando o projeto, vamos desenvolver aqui um trabalho com a mesma qualidade com que é feito no Brasil, que é tocado pelo Elias. A ideia é importar toda essa expertise que temos com os eventos feitos ai e trazer para cá. Se tudo der certo podemos fazer o primeiro evento já em outubro desse ano.

Você acredita que já seja possível estipular prazos para voltar aos treinos e às competições?

ZM: Eu acredito que lá para setembro, outubro, já deve começar a voltar com algumas retrições. Talvez no início algumas medidas preventivas devam ser tomadas como campeonatos sem público, menos pessoas trabalhando na organização, menos áreas de luta, um controle de higienização rígido nas academias, menos pessoas no tatame e por ai vai. Mas essa é minha humilde opinião, nada vai ser feito sem o respaldo das autoridades médicas, obviamente.

Fugindo um pouco da pauta, você deixou claro que mantém uma rotina saudável de alimentação e treinos diariamente. Ainda tem dentro de você aquele fogo de competir ou é só uma questão de saúde mesmo?

ZM: Eu estou velho mas não estou morto (risos). Tenho 53 anos e acordo todo dia cedo, me preparo fisicamente, treino, faço o que tem que ser feito. Seria um prazer sentir novamente o gosto de competiçao, aquela adrenalina boa. Vamos ver se não pinta uma superluta contra um outro atleta vovô (risos), pronto eu sempre estou.

Deixa um recado final para todos os praticantes e também amantes do jiu jitsu no Brasil.

ZM: O momento é difícil mas nós vamos superar. O ideal nessa hora é ter uma estratégia de guerra, igual eu fazia antes das minhas lutas. Pega um papel e cria uma programação dos seus dias. Horário de dormir, de acordar, de comer, de se exercitar, das tarefas domésticas, de ficar com a família, tudo. Porque a tendência nessas situações é relaxar, dormir tarde, não fazer nada e isso vai virando um ciclo vicioso que pode gerar outros problemas. E vamos superar isso juntos.

Bi mundial no Muay Thai, brasileira fala sobre futuro no MMA e relembra luta polêmica contra campeã do UFC

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Bicampeã de Muay Thai quer repetir sucesso no MMA - Foto: Mario Palhares
Bicampeã de Muay Thai quer repetir sucesso no MMA – Foto: Mario Palhares

Com uma carreira consagrada no Muay Thai, a qual foi a primeira brasileira a se tornar campeã mundial e a única a ser bicampeã mundial na modalidade, Tainara Lisboa busca agora o mesmo protagonismo em outro esporte, o MMA. O caminho, certamente, não será fácil, mas ela está disposta a fazer o que for possível para atingir o ápice. Com 29 anos, a paulista conquistou em 2014 o cinturão da World Professional Muay Thai Federation (WPMF) e em 2016 o título da World Woman Boxing Association (WWBA), e migrou para o MMA no mesmo ano, após sentir que havia cumprido seu papel no Muay Thai.

Atualmente, Tainara faz parte do plantel de lutadores do Thunder Fight, e enquanto aguarda pela estreia na organização, que é uma das maiores do Brasil no MMA, tem história de sobra para contar sobre sua carreira. Em entrevista, a lutadora passou a limpo sua carreira no Muay Thai, os títulos conquistados, a migração para o MMA, o sonho de chegar no UFC, entre outros assuntos. Ainda deu tempo para a casca-grossa relembrar um duelo em específico, contra Valentina Shevchenko, que ocorreu no ano de 2010, com regras válidas para o Muay Thai. E foi justamente pelo duelo valer pelas regras do Muay Thai que Tainara Lisboa não carrega boas lembranças da luta contra a atual campeã peso-mosca do UFC, como conta a seguir.

“Essa luta com a Valentina (Shevchenko) foi bem polêmica, porque na época que a gente lutou, fechamos para lutar Muay Thai, e na luta, ela fez várias coisas ilegais, como quedas de Judô, me deu várias cabeçadas, me bateu no chão, e o responsável pela arbitragem estava no córner dela. Eu não ganhar faz parte da vida do atleta, a gente tem que lidar e tirar o melhor proveito, mas lutar com pessoas que não são ‘limpas’, isso me incomoda demais. Sei que hoje a Valentina é uma grande atleta de MMA, mas a visão que tenho dela não é legal por conta dessa experiência que tivemos, que não foi nada positiva. Mas um dia, eu ainda acho que a gente vai se encontrar e colocar os pingos nos ‘is’. Na época, depois da luta, meu antigo treinador conseguiu mudar a luta para ‘No Contest’. Era para ela ter sido desclassificada, mas no caso, não aconteceu. Tinha até um vídeo mostrando todas as faltas que ela cometeu, tem a luta também na internet. Foi algo chato, eu não gosto de posturas assim, mas faz parte”, disse a atleta.

Confira a entrevista com Tainara Lisboa na íntegra:

– Início no Muay Thai e primeiros passos no esporte até chegar aos títulos

Eu sempre fui uma criança muito hiperativa, e meu pai era atleta desde novo, ele foi goleiro, praticou Taekwondo, entre outros esportes. Nessas tentativas de alguns esportes, a gente acabou escolhendo a luta, e foi onde eu mais me identifiquei, onde consegui ficar bastante tempo, tanto que estou até hoje. 29 anos e ainda estou lutando (risos). Foi uma jornada muito longa até os títulos mundiais. Eu trabalhei bastante, porque a gente, como atleta, tem dificuldade em todas as áreas, como patrocínio, ainda mais naquele tempo, que poucos conheciam de luta, que pouco se sabia de Muay Thai, então foi uma luta diária. Fora que eu era muito nova, tive que lidar com muitas coisas bem nova ainda, a falta de remuneração também era uma grande dificuldade. Mas eu sempre amei muito o que eu fiz, o Muay Thai era e é uma grande paixão. A estrada foi longa, mas eu sempre me dediquei bastante.

– Balanço da carreira no Muay Thai e avaliação do esporte no Brasil

Eu sou muito feliz com todos os resultados da minha carreira. Eu fui a primeira brasileira campeã mundial profissional e sou a única brasileira com dois títulos mundiais profissionais, então é uma grande alegria, eu sou muito realizada no que me propus a fazer. Com toda certeza, eu tive muito sucesso no Muay Thai, e isso me deixa muito satisfeita. O Muay Thai vem crescendo bastante no Brasil, tanto na parte profissional – os atletas melhoraram muito -, quanto na parte comercial, a gente conseguir chegar na casa das pessoas que não querem lutar, mas fazem a prática do esporte por querer qualidade de vida, emagrecer, desestressar, e isso ajuda muito os atletas. A gente precisa atingir esse público, não só o público que luta, mas todos que querem praticar o esporte. Infelizmente, ainda é bem difícil ganhar dinheiro com luta no Brasil, ainda mais com Muay Thai, mas é algo que vem mudando. As coisas estão crescendo e eu fico muito feliz por ter feito parte disso.

– Decisão de migrar para o MMA e evolução no esporte

A decisão de migrar para o MMA foi bem complicada, porque desde nova, eu só fiz Muay Thai, mas chegou um momento da minha carreira em que eu queria mais, e eu já tinha chegado no ápice, que foram os dois títulos mundiais e pensei: ‘Tá, e agora? Ou eu paro e abro uma academia ou eu penso no MMA’. E foi quando eu decidi que eu, como atleta, tenho muitas coisas a realizar e buscar, e entrei de cabeça no MMA, era a hora de me testar e querer crescer mais como atleta, e o MMA me possibilitou isso, fora que a questão de visibilidade e remuneração é muito melhor no MMA.

Em 2016, eu estreei no MMA e perdi. Na verdade, a minha grande mudança foi ter saído da minha equipe de Muay Thai e ter buscado treinamentos mais direcionados para o MMA. Desde essa mudança, que já tem dois anos, eu sinto que evolui dentro do esporte. Eu lutei em 2016, fiquei um bom tempo parada, e voltei há dois anos para o MMA, focada, com um professor para cada modalidade. Hoje eu treino Jiu-Jitsu todos os dias, participo de campeonatos, treino Muay Thai adaptado, MMA, a parte de Wrestling, Judô. Estou buscando os melhores recursos para montar um bom jogo de MMA. Eu sei o que eu quero, então eu trabalho muito para chegar lá.

– Estreia pelo Thunder Fight e luta cancelada por conta do coronavírus

Estava muito contente e muito focada para essa luta no Thunder Fight. O Thunder é o maior evento nacional, várias meninas que já lutaram na organização, hoje estão em eventos internacionais. Eu estava me preparando muito. Eu lutaria no sábado e minha luta caiu na terça-feira, por conta dessa atual situação que passamos. Mas tudo bem, o Thunder está bem motivado em voltar com força total e eu também. Estou treinando todos os dias, em casa, para estar pronta para lutar logo no primeiro evento que eles fizerem após essa situação do coronavírus. Quem sabe, futuramente, disputar o cinturão da organização, e depois seguir minha carreira internacional? Estamos trabalhando para isso.

– Sonho de chegar ao UFC e inspirações no MMA

Estar no UFC é um grande sonho. Sei que existe um caminho até lá, até para eu estar pronta para enfrentar o alto nível das atletas que estão lá, mas é óbvio que meu objetivo é chegar lá. Tenho meu empresário, Fabão, cuidando da minha carreira aqui no Brasil, fora do país também tenho um pessoal cuidando de mim, que está agilizando algumas coisas, e estamos caminhando para isso. Tenho muitas inspirações no esporte, como a Cris Cyborg, Amanda Nunes, Ronda Rousey, José Aldo, Anderson Silva… São muitas inspirações, é exemplo que não acaba mais (risos). Meu foco é trabalhar para chegar nos maiores eventos, assim como foi no Muay Thai.

– Duelo contra a campeã do UFC Valentina Shevchenko ainda na época do Muay Thai

Essa luta com a Valentina (Shevchenko) foi bem polêmica, porque na época que a gente lutou, fechamos para lutar Muay Thai, e na luta, ela fez várias coisas ilegais, como quedas de Judô, me deu várias cabeçadas, me bateu no chão, e o responsável pela arbitragem estava no córner dela. Eu não ganhar faz parte da vida do atleta, a gente tem que lidar e tirar o melhor proveito, mas lutar com pessoas que não são ‘limpas’, isso me incomoda demais. Sei que hoje a Valentina é uma grande atleta de MMA, mas a visão que tenho dela não é legal por conta dessa experiência que tivemos, que não foi nada positiva. Mas um dia, eu ainda acho que a gente vai se encontrar e colocar os pingos nos ‘is’. Na época, depois da luta, meu antigo treinador conseguiu mudar a luta para ‘No Contest’. Era para ela ter sido desclassificada, mas no caso, não aconteceu. Tinha até um vídeo mostrando todas as faltas que ela cometeu, tem a luta também na internet. Foi algo chato, eu não gosto de posturas assim, mas faz parte.

Eu não lutei só com a Valentina entre os atletas que já estão no UFC. Já enfrentei a Poliana Botelho, a Luana Dread, a Norma Dumont, então tem várias atletas que já lutei, já ganhei, e logo logo estou chegando lá, tenho certeza disso.

Wander Braga relata dias tenebrosos devido ao covid-19 e revela o uso de hidroxicloroquina

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Wander Bragaa defendeu o jiu-jitsu na época do vale tudo - Marcelo Alonso

https://youtu.be/O6VE2WT4LX0

Convidado do RESENHA PVT no início desta semana, Wander Braga anotou mais uma batalha em seu currículo. Mas não foi qualquer batalha, foi a mais difícil de sua vida: contra o covid-19. De acordo com o casca-grossa, que em sua carreira conquistou nada menos que cinco torneios de vale-tudo, o que o ajudou na recente luta foi o uso da polêmica hidroxicloroquina, recomendada por seu médico.

“Não estou aqui defendendo Bolsonaro, não estou defendendo ninguém, não faço apologia a nada. Estou falando o que aconteceu comigo”, salientou Wander. “Realmente foi a maior batalha da minha vida. Falei para todos os meus amigos: levem a sério, não é brincadeira. Eu menosprezei, por ser atleta, e pague pela língua. Foram quatro dias tenebrosos”.

Além dos momentos difíceis que passou devido ao vírus, Wander Braga também relembrou os os momentos marcantes de sua carreira, como quando ganhou a faixa-preta de jiu-Jitsu de seu mestre, Jorge Pereira, após vencer três lutas na mesma noite; o GP que conquistou logo após sair de uma sessão de surfe, ainda com areia na bermuda; os treinos com Rickson Gracie e a confirmação: “Realmente ele é tudo isso que dizem”.

Assista ao RESENHA PVT com Wander Braga no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=U6kYrE8KBn8

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