Tradicional evento do calendário da CBJJE, o BJJ Internacional de Jiu-Jitsu Esportivo – Gi & No-Gi – retorna para mais uma edição neste fim de semana, dias 27 e 28 de maio, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Evento acontece neste fim de semana – Divulgação
No ano passado, o campeonato reuniu cerca de 1.600 atletas e contou com uma homenagem especial para Leandro Lo, assassinado covardemente em agosto. Para 2023, a expectativa é novamente por um alto número de inscritos.
Sempre um ponto alto do BJJ Internacional, as disputas do adulto faixa-preta prometem fortes emoções e vão contar com uma premiação especial para os campeões de cada categoria, masculino e feminino, além dos tradicionais prêmios para os campeões do absoluto, da faixa-azul até a preta, com e sem quimono.
Outro destaque será a volta do Parajiu-Jitsu, através da organização do faixa-preta Raphael Forti, em uma iniciativa da CBJJE para dar mais espaço aos paratletas da arte suave.
Projeto aplica a filosofia do boxe para melhorar a transição dos jovens à fase adulta da vida - Gabriel Gazos/@gz.gazos
A cidade do Rio de Janeiro foi o destino escolhido no Brasil pela organização filantrópica londrina BoxWise para implementar o programa de treinamento que tem como objetivo, através das técnicas e filosofia do boxe, ajudar jovens em situação de vulnerabilidade a fazerem uma transição bem sucedida para a vida adulta. Ministrado por treinadores credenciados, o programa tem duração de 10 semanas.
Projeto aplica a filosofia do boxe para melhorar a transição dos jovens à fase adulta da vida – Gabriel Gazos/@gz.gazos
No Brasil, o foco está sendo crianças, adolescentes, mulheres e portadores de necessidades especiais. O centro de treinamento na cidade é a tradicional academia Delfim, localizada na Tijuca, bairro da zona norte. A equipe também visitou a icônica Nobre Arte, da lenda do boxe carioca Claudinho Coelho, no Cantagalo, e o Cristo Redentor.
“O esporte colabora para a manutenção da saúde e tende a favorecer a alimentação saudável, além de incluir valores que ajudam os jovens, independentemente do gênero ou se portam alguma deficiência ou não, a se desenvolverem”, explicou Scott, assessor da BoxWise.
“O boxe é um esporte divertido e disciplinado, que ensina todos os valores sociais que os jovens precisam para carregar ao longo da vida, como trabalho em equipe, autoestima, respeito pelos outros, resiliência etc.”, completou.
Além de técnicas da nobre arte, o programa também aplica ensinamentos a respeito de cidadania. A ideia é formar cidadãos que possam colaborar para uma sociedade melhor. Após as 10 semanas, o BoxWise custeia cursos dos mais variados segmentos para facilitar a entrada dos jovens atendidos no mercado de trabalho.
“A experiência no Brasil tem sido muito positiva, fomos muito bem recebidos e as academias e treinadores estão muito entusiasmados e empenhados com o programa e como ele está mudando vidas pelo mundo”, destacou Scott.
Após a partida dos treinadores ingleses, o programa passa a ser liderado pelos treinadores brasileiros que foram formados na fase de introdução do curso. Após 10 as semanas de treinamento, a matriz avaliará o resultado obtido.
Além do Brasil e de Londres, o BoxWise aplicou o programa em outras 42 cidades do Reino Unido, além de países como África do Sul, Uganda e Irlanda.
Inscrições antecipadas vão até essa sexta-feira, dia 26 - Divulgação/CBJJD
Chegou a hora da última chamada para quem quer garantir sua inscrição com desconto no Brasileiro de Jiu-Jitsu da CBJJD, marcado para os dias 10 e 11 de junho, no Velódromo, Parque Olímpico da Barra da Tijuca-RJ. As inscrições antecipadas vão até essa sexta-feira, dia 26 de maio, no site www.cbjjd.com.br. E a expectativa, assim como nas etapas anteriores, é por um grande número de faixas-preta, no adulto e master, e de crianças até 15 anos, que já estão garantindo presença em peso na competição.
Inscrições antecipadas vão até essa sexta-feira, dia 26 – Divulgação/CBJJD
Válido pela nona etapa do Circuito Nacional Mineirinho de Jiu-Jitsu Desportivo na temporada 2022/23, o evento terá lutas para todas as categorias de peso e idade, do pré-mirim ao master, da faixa-branca até a preta. O campeonato também irá premiar todos os campeões do absoluto, no masculino e feminino, com dinheiro. A promessa segundo Rogério Gavazza, presidente da Confederação, é de alto nível técnico.
“Nessa temporada nossos eventos estão atraindo cada vez mais faixas-preta, e isso consequentemente eleva o nível no campeonato. No Brasileiro de Jiu-Jitsu nossa expectativa é a mesma, superando a edição do ano passado no geral, quando tivemos em torno de 2.000 atletas inscritos”.
Entre as principais atrações do Brasileiro de Jiu-Jitsu da CBJJD, destaque para as superlutas, desta vez com a estreia do Desafio Brasil Master – Superlutas Mestres do Jiu-Jitsu, além do tradicional Desafio Novos Talentos, que vai contar com disputas no infanto-juvenil, para atletas de 13 a 15 anos, nas faixas laranja e verde.
O Desafio Brasil Master – Superlutas Mestres do Jiu-Jitsu, vale citar, acontece a pedido de alguns mestres, como por exemplo o casca-grossa Kiko Veloso (Carlson Gracie), em desejo realizado pela direção técnica da CBJJD – comandada por Carlão Barreto – para dar visibilidade a quem fez e faz tanto pela arte suave.
A Confederação solicita a indicação de faixas vermelha e preta, vermelha e branca ou vermelha para a participação nas superlutas. As indicações devem ser enviadas para o professor Bruno Nitzsche, através do WhatsApp (21) 98781 9649.
Ao fim da temporada, vale citar, os campeões do ranking 2022/23 vão ser premiados com passagens para eventos da ISBJJA na Europa.
Dia 24 de Maio de 1955. Há exatos 68 anos Hélio Gracie e Waldemar Santana fariam a luta mais longa da história: 3h45min. A história por trás deste combate, que colocou pela primeira vez um aluno contra o mestre das regras do Vale-Tudo acabou sendo amplamente divulgada na mídia na época. Mas para entender as razões desta luta é importante contextualizar.
Em 1955, Pelé ainda não tinha trazido o primeiro caneco para o Brasil. E pior que isso. Nossa torcida ainda se recuperava do trauma do “Maracanazo”. Nesta realidade quem tinha status de herói era Hélio Gracie, que mesmo tendo perdido para o japonês Kimura (30kg mais pesado) numa luta de Jiu-Jitsu, já havia vencido muitos desafios de Vale-Tudo nos anos 30 e 40, passando a ser o queridinho da mídia.
Logo após a luta com Kimura (1951), Hélio e seu irmão Carlos inauguraram a nova Academia Gracie na avenida Rio Branco e convidaram Waldemar para ser roupeiro e faxineiro. O marmorista baiano aproveitava todo tempo livre que tinha para treinar e aos poucos foi se revelando um talento, passando a servir de sparring para os mais graduados como João Alberto Barreto, Hélio Vigio e Carlson Gracie, de quem se tornou amigo.
Um dia faltou água, Waldemar esqueceu as torneiras abertas durante a noite e inundou a academia encharcando os tatames e deixando Hélio Gracie furioso. Waldemar foi demitido, mas depois de um tempo voltou a treinar, com consentimento do mestre. Não mais como empregado, mas como aluno e lutador da academia. Tudo corria bem até Waldemar receber uma proposta para enfrentar Hamilton Silva (Biriba) com quem tinha uma pendenga pessoal. O problema é que a luta ocorreria no Palácio de Alumínio (a meca das lutas combinadas) na cidade.
Consultado por Waldemar, Hélio não quis permitir que o aluno lutasse no evento e ameaçou expulsá-lo. Waldemar ainda tentou convencê-lo que a luta seria para valer, explicando que precisava muito de dinheiro, mas Hélio deixou claro que o expulsaria caso aceitasse o desafio. Sem nenhuma perspectiva de fazer parte da equipe A que representava a academia Gracie na época, Waldemar acabou lutando. De fato foi uma luta pra valer e Santana venceu fácil, mas o mestre não quis conversa e o expulsou. O episódio geraria uma enorme celeuma na época com o jornalista da “Ultima Hora” Carlos Renato, criando a narrativa de que o aluno humilhado deveria responder ao mestre nos ringues.
A história ganhou espaço em todos os veículos da época e Waldemar acabou desafiando o mestre Hélio, que aos 42 anos resolveu aceitar o desafio do aluno 19 anos mais novo. A luta ocorreu no dia 24 de maio de 1955 no ginásio da ACM com ampla cobertura da imprensa na época. Waldemar passou a maior parte do combate dentro da guarda de Hélio acertando o rosto do mestre com socos. Ao final de 3h45 de Vale-Tudo Waldemar definiu o combate arremessando Hélio num kataguruma e complementando a queda com um chute no rosto, que levou Hélio a nocaute.
A violência daquele combate levaria à proibição do Vale-Tudo no Rio de Janeiro e mereceria crônicas em todos os jornais da cidade, inclusive uma de Nélson Rodrigues, Intitulada “O Preto que tinha alma preta” na qual o dramaturgo analisa fortemente a questão racial na época. “O que houve ontem na ACM foi uma forra ancestral do negro sobre o branco…. E eu senti como se o golpe que liquidou Hélio Gracie fosse desferido pelo pé de um S. Benedito”, escreveu o sempre polêmico dramaturgo à época.
A VINGANÇA E AS HOMENAGENS
O nocaute brutal sofrido por Hélio Gracie geraria um interesse imediato numa resposta da família, desta vez representada por Carlson Gracie. Carlson vingaria o tio Hélio numa luta de Vale-Tudo que lotou o Maracanãzinho em 1956. Mas mesmo após de ser derrotado pelo Gracie, Waldemar continuaria com seu status de grande ícone esportivo. Além de Carlson Gracie, com quem Waldemar lutou em cinco oportunidades (1 vitoria para o Gracie e 4 empates), o Leopardo Negro lutaria diversas vezes com outros grandes ícones de sua geração, como Ivan Gomes, Euclides Pereira e até mesmo com o japonês Masahiko Kimura, a quem enfrentou em Salvador nas regras do Vale-Tudo. O próprio Kimura narrou esta luta em sua biografia, reconhecendo que levou uma surra do baiano e a luta só foi declarada empate porque ele conseguiu chegar até o final.
Em 2022 a luta mais longa da história recebeu uma homenagem do poder publico através do projeto Negro Muro, que viabilizou uma bela pintura do artista Cazé em um muro localizado bem a frente da ACM, onde Hélio e Waldemar lutaram em 1955. Na cerimônia de inauguração, além da filha de Waldemar, Waldimara, estava presente João Alberto Barreto. Aluno mais fiel de Hélio Gracie e parceiro de treinos de Waldemar Santana. Carlson Gracie também recebeu uma homenagem em agosto de 2019, quando foi inaugurada uma estátua sua em tamanho natural, na saída do metrô de Copacabana, a poucos metros da academia onde formou tantos campeões. A comunidade da luta agora aguarda ansiosa a aprovação do projeto que prevê uma estátua dos criadores da dinastia Gracie, os irmãos Carlos e Hélio, juntos.
O guianês Carlston “Moçambique” Harris não vê a hora de voltar a lutar pelo UFC. Sua última aparição no octógono foi em março, quando derrotou o americano Jared Gooden por decisão unânime dos juízes no UFC Fight Night 221, que aconteceu em Las Vegas. Desde então o atleta da RFT vem pedindo por uma nova luta, mas até agora não foi atendido. Moçambique, que antes de sua última luta estava há um ano sem atuar, não consegue entender porque a maioria dos atletas que lutaram no mesmo card que ele já estão com luta marcada e ele não. Para o faixa-preta de Luta Livre, a única explicação é que os oponentes não estão aceitando enfrentá-lo.
Atleta da RFT vem de vitórias no UFC – Foto: Divulgação
“Eu já pedi uma luta para o UFC, mas até agora não conseguiram um oponente pra mim. Não sei o que está acontecendo, mas eu não posso esperar tanto tempo assim, até por conta da minha idade (35 anos). Tenho que aproveitar a minha boa fase também. Estou sem nenhuma lesão e quero estar mais ativo, até porque não tenho mais 10 anos de carreira pela frente. Não sei mesmo, mas acho que os adversários estão correndo. Eu já pedi uma luta, mas até agora nada. Eu quero trabalhar. Tenho despesas a pagar e estou com uma filha de três meses. Então, as contas estão altas”, disse o pupilo de Márcio Cromado.
Na última vez que Carlston Harris lutou pelo UFC, foram oferecidos a ele oito adversários. Mas durante o seu camp, ocorreram três mudanças de oponentes, sendo a última delas na semana da luta. Moçambique não se incomoda com as mudanças. Para ele o importante é estar ativo na organização. Ele aproveitou também para criticar os atletas que escolhem luta.
“Eu sou funcionário do UFC, quero trabalhar e estar mais ativo. Pra mim não importa o oponente, ele pode ser decidido no dia da luta, mas o que eu quero é lutar. Estou sempre pronto. Estou treinando, estou bem fisicamente e mentalmente. Tem muito lutador aí que diz que é brabo, mas na hora inventa lesão e corre da luta. Claro que o nosso esporte tem muita lesão, mas tem lutador que fala muito e escolhe luta. Se o UFC me der um oponente no dia da luta, eu vou lutar. Qualquer um que me enfrentar, pode ter certeza que será uma guerra”, disparou.
Aos 35 anos, Carlston Harris luta na categoria meio-médio (até 77kg). Ele ostenta um cartel com 23 lutas de MMA, sendo 18 vitórias, cinco delas por nocaute e cinco por finalização, e apenas cinco derrotas. No UFC ele soma três vitórias, sendo uma por nocaute e uma por finalização, e apenas uma derrota.
Daniela e Geraldo lutam neste final de semana - CMSystem/Divulgação
Embalado por quatro vitórias consecutivas, sendo três por nocaute e uma por finalização, Geraldo “Luan Santana” luta no LFA 159, no próximo sábado (27/5), em Caraguatatuba-SP, para tentar ampliar a sequência positiva e, quem sabe, carimbar o passaporte para organizações como UFC, Bellator ou PFL.
Daniela e Geraldo lutam neste final de semana – CMSystem/Divulgação
Pela frente na edição brasileira do evento norte-americano, que é a maior liga de desenvolvimento de atletas de MMA do mundo, o atleta da CMSystem terá um oponente à sua altura. Trata-se de Argemiro Delmandes. Enquanto Geraldo possui um cartel de 16 vitórias e seis derrotas, o adversário venceu 14 e perdeu oito lutas.
“Ele é duro, prova disso é que está vindo de seis vitórias seguidas, mas nesta sequência não enfrentou ninguém igual a mim, com um jogo completo. Estou preparado para guerrear, mas a minha vitória é inegociável, seja por nocaute, finalização ou até mesmo na decisão. Eu vou para vencer”, garante Geraldo.
“Estou focado no propósito. Tenho certeza que esta luta será um divisor de águas na minha carreira. Abdiquei de muita coisa para estar aqui e vivi um camp doloroso e ao mesmo tempo maravilhoso, treinando e aprendendo com nomes como Elizeu Capoeira, Luan Miau, Matheus Buffa e Vitor Petrino”, complementou o meio-médio.
Já no domingo, na mesma estrutura do LFA 159, quem entra em ação para defender a bandeira da CMSystem é a peso-mosca Daniela “Mão de Geladeira” Antonelli, em luta válida pela segunda edição do R1 Fighting Series, que funciona como uma peneira para o LFA.
Também com quatro vitórias consecutivas, sendo duas por nocaute, fazendo jus ao apelido, Daniela “Mão de Geladeira” irá medir forças contra Waleska Souza. Ao todo, a representante da CMSystem possui um cartel de cinco vitórias e apenas um revés; já sua oponente, venceu quatro combates e perdeu dois.
“Estou preparada! Tenho certeza que será uma grande luta, tem tudo para ser definida em pé. Estou confiante porque esse é o jogo que eu gosto. Vou para acabar entre o primeiro e o segundo round. Sei que minha adversária é dura e treinou bastante, mas eu quero mais do que ela”, disse Daniela.
O R1 Fighting Series terá na luta principal o duelo entre os pesos-penas Inglesson de Lara e Ícaro Brito. As lutas serão disponibilizadas no canal da companhia no youtube. Para os próximos eventos, a companhia já negocia com canais de TV e plataformas de streaming para transmissão ao vivo.
O card do LFA 159 será encabeçado pela disputa do cinturão dos meio-pesados, entre Rodolfo “Trator” Bellato e Acácio “Pequeno” dos Santos. O evento será transmitido ao vivo pelo UFC Fight Pass.
Confira abaixo os cards dos dois eventos:
Sábado, 27 de maio
LFA 159 Cide Casa Branca, Caraguatatuba, SP
Meio-pesado: Rodolfo Bellato x Acácio Dos Santos – Disputa de cinturão
Peso-pena: Anderson Ferreira x Junior Luiz
Meio-médio: Geraldo Neto x Argemiro Delmandes
Peso-mosca: Lucas Rocha x Matheus Da Silva
Peso-galo: Vinicius Pires x Kauã Fernandes
Peso pesado: Hugo Cunha x Fernando Batista
Peso-pena: Gabriel Silva x Lerryan Douglas
Peso-mosca: Marcos Degli x Hugo Paiva
Peso-galo: Isaías Simões x João Paulo Santos
Peso leve: Manuel Robson Minoto x Juan Pablo Vieira
Meio-pesado: Levi Rodrigues x José Carlos Lima
Peso-palha: Rafaela Silva x Aieza Bertolso
Domingo, 28 de maio
R1 Fighting Series 2 CIDE Casa Branca, Caraguatatuba, SP
Card profissional:
Peso-pena: Inglesson de Lara x Ícaro Brito
Meio-médio: André Soares x Geovanis Palacios
Peso-mosca: Alexandre Rodrigues x André Lima “Mascote”
Peso-mosca: Daniela Antonelli x Waleska Sousa
Peso-mosca: Werick Douglas x Willians Nogueira
Peso-palha: Thayla Martinelli x Adrielle Castro
Card amador:
Peso leve: Gustavo Ribeiro x Eduardo Dutra
Peso combinado (até 63kg): Guilherme Moraes x Pedro Bugatti
Peso combinado (até 53kg): Janiele Silva x Ketelyn Santos
Peso-pena: Lucas Rossner x Leslie Jesus
No Russian Cagefighting Championship (RCC) 15, que aconteceu no último dia 13 de maio em Ecaterimburgo, Rússia, Magnus Conrado surpreendeu e finalizou o favorito Ilyas Khamzin, completando nove vitórias nas últimas dez lutas. Em entrevista ao PVT, o peso leve, comemorou a vitória e pretende que ela chame atenção de outros eventos.
Magnus comemora vitória na Rússia (Foto: RCC)
“Todo mundo sabe como é difícil vencer um russo, principalmente na Rússia. Você tem que definir a luta e não deixar para os jurados. E foi o que fiz. Entrei como azarão, ele era favorito em 8-1 nas casas de apostas, mas confiei nos treinos e no meu desempenho nas últimas lutas. No Tapology (site com cadastro internacional de lutadores e que possui um ranking) sou o primeiro colocado nos meio-médios do Brasil, apesar de lutar também nos leves. Mostrei porque mereço atenção e consegui finalizar no 1º round”, vibrou Conrado, que venceu 15 de suas 22 lutas no 1º round, e detém os cinturões dos leves e dos meio-médios do Inside Fighters League.
Duplo campeão do Inside Fighters League (Foto: divulgação)
Fruto de um projeto social em Natal, onde nasceu, Magnus foi levado por Thiago Magadavi para treinar na Infinity Fight Team em Rio Grande, Rio Grande do Sul, após já ter feito lutas de MMA. Passou e ainda passa por dificuldades como a maioria dos atletas no início de carreira: “Tinha que trabalhar como segurança na noite e ia treinar virado. Estou há 19 meses longe da minha família, inclusive do meu filho, que deixei em Natal com 8 meses e já está com dois anos. Mas meu treinador e minha equipe me acolheram muito bem, estou feliz aqui, e com trabalho essas dificuldades serão recompensadas”, disse o lutador de 28 anos.
Além dos resultados nas últimas lutas, Conrado se inspira também num parceiro de treinos para chegar ao sonhado UFC. Paulo Renato Junior terá nova oportunidade no Dana White’s Contender Series em agosto.
“Estamos buscando espaço nas grandes organizações, e o UFC é o grande projeto de vida, lógico! Vou torcer muito pelo Paulo, mas quem sabe não vou com ele para esse Contender? É só em agosto. Mas se não for agora, será em outra oportunidade. Eu me vejo entre os tops do país e ir para lá é questão de tempo”, crava Magnus.
Davi ao lado da mãe, Daiane Cristina - @anaegabriellafotografias
O Jiu-Jitsu conta com muitas histórias inspiradoras, e mais uma delas veio à tona com o pequeno Davi Emanuel, faixa-cinza de 8 anos de idade. Natural de Barra do Garças, no Mato Grosso, Davi nasceu com malformação congénita (sem o braço esquerdo e a perna direita) e foi adotado aos três meses. Antes de conhecer a arte suave, ele vinha sofrendo com crises de ansiedade, porém tudo mudou depois de pisar no tatame pela primeira vez.
Davi ao lado da mãe, Daiane Cristina – @anaegabriellafotografias
O amor à primeira vista começou há sete meses, e atualmente o pequeno Davi treina no CT Sparta e um projeto social. “O Jiu-Jitsu, podemos dizer que foi um renascimento para o Davi. Antes do Jiu-Jitsu ele era uma criança depressiva, tinha vergonha da sua deficiência, não era muito social, mas hoje é outra criança. A saúde dele está ótima e é raro ele ter uma crise de ansiedade”, afirmou Daiane Cristina, mãe do paratleta kids.
Ao lado do pai, Lialdino Lopes Toledo, Daiane trabalha para dar um futuro melhor ao filho, que treina quatro vezes por semana durante 2h, faz exercícios de fortalecimento e também natação em busca do sonho de ser um renomado nome do Parajiu-Jitsu.
“Eu, como mãe, espero que ele seja um dos maiores professores de Jiu-Jitsu paradesportivo do mundo. Vou correr atrás dos direitos dele e de todas as oportunidades para ele viajar o mundo levando um pouco dessa pessoa maravilhosa que ele é. Quero vê-lo sendo reconhecido, claro, através do nosso trabalho e sempre com muita transparência”, disse a mãe, que completou:
“O Sonho do Davi é ser faixa-preta e montar um CT para crianças com deficiência, tipo um projeto social. Sua maior inspiração é o Leandro Lo. Mesmo ele não tendo conhecido o Leandro, sabe da sua história e até se emociona ao falar sobre. A Dona Fátima (mãe do Leandro) também é uma pessoa maravilhosa”.
Convite da CBJJE
Ainda em seu início na arte suave, Davi Emanuel já soma duas medalhas de ouro e uma de honra ao mérito, entretanto, foi sua história de superação que chamou atenção da CBJJE através do faixa-preta Raphael Forti e do faixa-roxa Rodolfo Tavares, dois nomes importantes do Parajiu-Jitsu e parceiros da Confederação.
Assim, Davi – que tem apoio da Vouk – foi convidado para participar do Brasileiro de Jiu-Jitsu da CBJJE e sairá pela primeira vez da sua cidade em junho, quando vai viajar para São Paulo para a competição. Empolgado com a oportunidade, o jovem paratleta falou:
“A emoção é muito grande por saber que vou participar desse campeonato de tamanha importância. É o meu primeiro campeonato fora da minha cidade e espero poder mostrar um pouco do que tenho aprendido no meu dia a dia, conhecer muitas pessoas, fazer novos amigos e quem sabe ter a oportunidade de mudar pra São Paulo, fazer meu caminho por lá”, apontou Davi.
Leandro Lo foi assassinado em agosto do ano passado - Divulgação BJJ Stars
O caso do lutador Leandro Lo, assassinado covardemente em agosto do ano passado com um tiro à queima roupa na cabeça em uma casa noturna na cidade de São Paulo, ainda se arrasta na justiça. Depois dos depoimentos ouvidos pela justiça em março, hoje (23), às 16:45, irá acontecer mais uma audiência no Tribunal da Justiça de São Paulo para ouvir as últimas testemunhas de defesa e de acusação, além do réu, o PM Henrique Velozo, que está detido desde o dia 22 de agosto do ano passado.
Leandro Lo foi assassinado em agosto do ano passado – Divulgação BJJ Stars
Após a audiência, as partes irão apresentar memoriais (razões finais) e o juiz vai decidir se o réu vai para o tribunal do juiz ou não. Depois da decisão, o réu ainda poderá recorrer e, apenas depois do recurso, é marcado a audiência no tribunal do júri.
O réu Henrique Velozo se entregou à Corregedoria e foi detido em 22 de agosto de 2022. No mesmo ano, a justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra o PM e o tornou réu pela morte do campeão mundial de Jiu-Jitsu Leandro Lo. O Ministério Público ofereceu denúncia contra o policial por homicídio triplamente qualificado, que foi aceita pela Justiça, que converteu a prisão temporária de 30 dias do policial para a prisão preventiva.
Disputa do cinturão dos meio-pesados é a atração principal do LFA 159
Programados para o próximo final de semana no CIDE Casa Branca, no município paulista de Caraguatatuba, o LFA 159 e o R1 Fighting Series 2 se uniram à prefeitura local e ao projeto Nova Onda Caraguá na importante luta contra a fome.
Os ingressos para assistir aos eventos podem ser trocados por lata ou pacote de leite em pó, que serão encaminhados para as comunidades vulneráveis da região.
As trocas estão sendo feitas desde às 9h desta terça-feira (23/05) e vão até a sexta-feira (26), sempre se encerrando às 15h de cada dia, no Fundo Social de Solidariedade, localizado na Rua José Damazo dos Santos, 39, Centro de Caraguatatuba.
Disputa do cinturão dos meio-pesados é a atração principal do LFA 159
Em sua 10ª edição no Brasil, a de número 159 de sua história, o LFA acontece no sábado (27), com duas disputas de cinturão. Na luta principal, Rodolfo “Trator” Bellato e Acácio “Pequeno” dos Santos duelam pelo cinturão vago dos meio-pesados. O evento será transmitido ao vivo pelo UFC Fight Pass.
Já no domingo (28), na mesma estrutura, será realizada a segunda edição do R1 Fighting Series, evento que tem como proposta qualificar os lutadores para chegarem preparados para os grandes palcos internacionais do MMA.
A luta principal será protagonizada pelos pesos-penas Inglesson de Lara e Ícaro Brito. Além de lutas de MMA profissional, o card ainda conta com duelos no amador. As lutas serão disponibilizadas no canal da companhia no youtube.
Confira abaixo os cards dos dois eventos:
Sábado, 27 de maio
LFA 159
Cide Casabranca, Caraguatatuba, SP
Meio-pesado: Rodolfo Bellato x Acácio Dos Santos – Disputa de cinturão
Peso-pena: Anderson Ferreira x Junior Luiz
Meio-médio: Geraldo Neto x Argemiro Delmandes
Peso-mosca: Lucas Rocha x Matheus Da Silva
Peso-galo: Vinicius Pires x Kauã Fernandes
Peso pesado: Hugo Cunha x Fernando Batista
Peso-pena: Gabriel Silva x Lerryan Douglas
Peso-mosca: Marcos Degli x Hugo Paiva
Peso-galo: Isaías Simões x João Paulo Santos
Peso leve: Manuel Robson Minoto x Juan Pablo Vieira
Meio-pesado: Levi Rodrigues x José Carlos Lima
Peso-palha: Rafaela Silva x Aieza Bertolso
Domingo, 28 de maio
R1 Fighting Series 2
CIDE Casa Branca, Caraguatatuba, SP
Card profissional:
Peso-pena: Inglesson de Lara x Ícaro Brito
Meio-médio: André Soares x Geovanis Palacios
Peso-mosca: Alexandre Rodrigues x André Lima “Mascote”
Peso-mosca: Daniela Antonelli x Waleska Sousa
Peso-mosca: Werick Douglas x Willians Nogueira
Peso-palha: Thayla Martinelli x Adrielle Castro
Card amador:
Peso leve: Gustavo Ribeiro x Eduardo Dutra
Peso combinado (até 63kg): Guilherme Moraes x Pedro Bugatti
Peso combinado (até 53kg): Janiele Silva x Ketelyn Santos
Peso-pena: Lucas Rossner x Leslie Jesus