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Disputa de cinturão entre Brasil e Rússia é o destaque da copromoção BRAVE CF 78: Victorious 5

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Um duelo entre Brasil e Rússia valendo cinturão é o destaque do card do evento do BRAVE CF em copromoção com o Victorious Fighting Entertainment, agendado para o dia 7 de dezembro, no Centro de Formação Olímpica, em Fortaleza.

Os protagonistas do combate são o brasileiro Edilceu “Para-Raio” Alves e o russo campeão mundial de sambo Velimurad Alkhasov. O duelo vale o cinturão inaugural dos pesos-moscas do BRAVE CF.

Aos 40 anos de idade, o capoeirista nocauteador Edilceu “Para-Raio” vive o melhor momento de sua carreira. Invicto desde 2017, o mato-grossense vem embalado por seis vitórias consecutivas, as duas mais recentes já pelo BRAVE CF.

Velimurad Alkhasov possui um estilo mais estratégico, responsável por levá-lo ao triunfo por decisão em 67% das vezes que venceu no MMA. Até agora imbatível no BRAVE CF, o já vitimou cinco adversários lutando pela companhia do Bahrein.

A luta coprincipal é quase um duelo internacional. De um lado, o ex-campeão Luan Miau, nascido na Bahia. Do outro, o ex-TUF e PFL Joilton “Peregrino” Lutterbach, que nasceu na Paraíba, mas hoje representa Düsseldorf, na Alemanha.

Ex-campeão peso leve do BRAVE CF, a máquina de nocautes Luan “Miau” Santiago vem de três vitórias seguidas, todas elas, mandando seus adversários para a lona ainda no primeiro round. De seus 20 triunfos, 15 foram via nocaute.

O retrospecto recente de Joilton Lutterbach é ainda melhor. O germano-brasileiro venceu suas últimas quatro lutas, três delas pelo BRAVE CF. O veterano, vale destacar, possui 14 vitórias por nocautes e 13 por finalização na carreira.

O card ainda tem um duelo Ceará x Pernambuco, entre Marcelo Marques e Danilo “Quadrada”, no peso leve. Anfitrião, Marques possui um cartel de oito vitórias em oito lutas, enquanto o pernambucano “Quadrada” venceu oito e perdeu uma.

Também tem um Brasil x Argentina. Representante de Aquiraz-CE, Ricardo “Capoeira” defende a bandeira brasileira diante do “hermano” Roberto Benitez em luta que acontece no peso combinado até 78kg.

O BRAVE CF 78: Victorious marcará o retorno do BRAVE Combat Federation ao Brasil, após um espaço de quatro anos. A organização barenita, que completará em breve a marca de 30 países visitados, um recorde mundial no MMA, visitou Curitiba e Belo Horizonte em quatro oportunidades entre 2017 e 2019 e agora fará sua estreia em Fortaleza, na copromoção com o Victorious.

Confira abaixo o card momentâneo do evento:

BRAVE CF 78: Victorious 5
Local: Centro de Formação Olímpica, Fortaleza, CE
Data: 7 de dezembro de 2023

Card BRAVE CF

Peso-mosca: Velimurad Alkhasov x Edilceu Alves
Superleve: Joilton Lutterbach x Luan Santiago

Card Victorious

Peso leve: Marcelo Marques x Danilo “Quadrada”
Peso combinado (78kg): Ricardo Capoeira x Roberto Benitez
Meio-pesado: Jhonathan “Negão” x Raffael Cerqueira
Peso-palha: Maristela Alves x Ada Letícia
Peso-pena: Israel Figueira x Wilker Nsamo
Peso-mosca: Tiago Mohamed x Lazaro Mascarenhas

Brasil avança com nove para as finais do Pan e garante mais sete vagas olímpicas

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Jucielen Ferreira está na final da categoria até 57kg - Miriam Jeske/COB

O Brasil garantiu nove atletas nas finais do boxe do Pan-Americano de Santiago, com Caroline Almeida (50kg), Tatiana Chagas (54kg), Jucielen Romeu (57kg), Beatriz Ferreira (60kg), Barbara Santos (66kg), Michael Trindade (51kg), Wanderley Pereira (80kg), Keno Marley Machado (92kg) e Abner Teixeira (+92kg). De quebra, todos eles asseguraram vaga nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Luiz Oliveira (57kg), Yuri Falcão (63,5kg) e Viviane Pereira (75kg) caíram nas semis e ficaram com o bronze. As finais acontecerão nesta sexta-feira (27).

Jucielen Ferreira está na final da categoria até 57kg – Miriam Jeske/COB

Com o resultado, o boxe brasileiro já faz sua melhor campanha em Jogos Pan-Americanos considerando o quantitativo de finais. O melhor desempenho anterior havia sido em São Paulo-1963, quando o país foi a oito decisões, levando três ouros e cinco pratas. Considerando somente as edições em solo estrangeiro, a melhor campanha até então havia sido em Lima-2019, quando fez quatro finais e conquistou um ouro. O detalhe é que, em Santiago-2023, há 13 categorias disputadas. Portanto, o Brasil só não estará em quatro finais na competição.

Sessão da manhã

Pela sessão da manhã, Tatiana Chagas (54kg) derrotou a chilena Denisse Bravo por decisão dividida. Ela tem 31 anos de idade e se classificou para sua primeira Olimpíada. Sua adversária na decisão será a colombiana Yeni Arias. Bia Ferreira (60kg), que já tinha vaga olímpica assegurada, passou pela estadunidense Jajaira Gonzalez, também por decisão dividida, e chegou à final para defender seu título, onde vai encarar a colombiana Angie Valdés.

“Foi uma adversária nova, eu não a conhecia. Já tinha visto em outros campeonatos e sabia que era uma atleta perigosa e interessante de lutar. Levei na malandragem pois sabia que era semifinal. Estou na final, vou encontrar uma pedreira, mas quero estar forte para sair com o bicampeonato. Consegui conquistar os chilenos e estou me sentindo em casa. A gente só se diverte em cima do ringue”, falou Bia, atual vice-campeã olímpica e bicampeã mundial, que conquistou o ouro em Lima-2019.

Já Keno Marley Machado (92kg) nem precisou lutar seu duelo de semifinal, uma vez que seu adversário, o canadense Bryan Colwell, não passou na avaliação médica. Assim, o brasileiro ganhou por W.O e carimbou o passaporte para sua segunda final de Jogos Pan-Americanos – ficou com a prata em Lima-2019 – e sua segunda edição olímpica – parou nas quartas em Tóquio-2020. Keno também foi vice-campeão mundial em 2021.

Sessão da tarde

Pela tarde, Caroline Almeida (50kg) abriu a sessão com vitória diante da colombiana Ingrit Valencia por 4:1, após um combate dominante. Na grande decisão, terá pela frente a estadunidense Jennifer Lozano. Minutos depois, foi a vez de Jucielen Romeu (57kg) confirmar sua vaga na final, após uma bela virada contra a venezuelana Omailyn Segovia. Sua adversária em busca do ouro será a colombiana Valeria Arboleda.

Barbara Santos (66kg) passou pela colombiana Camila Camilo com uma grande virada. Em um duelo entre medalhistas de bronze no último Mundial, Camila levou a melhor no primeiro round por 3:2. No segundo, foi a vez da brasileira ganhar por 3:2, o que deixou a situação totalmente aberta para a parcial final. Por lá, a brasileira foi mais intensa na aplicação dos golpes e saiu vencedora em 3:2.

Entre os homens, Michael Douglas (51kg) passou pelo argentino Ramon Quiroga, em decisão dividida dos juízes. Garantido em Paris-2024, Parazinho disputará os Jogos Olímpicos pela primeira vez. Seu adversário na decisão de Santiago-2023 será o dominicano Yunior Alcantara. Vice-campeão mundial, Wanderley Pereira (80kg) atropelou o haitiano Cedrick Belony-Duliepre e ganhou todos os rounds por decisão unânime dos juízes. Seu adversário da final será o cubano Arlen Lopez, atual bicampeão olímpico.

Por fim, o medalhista olímpico Abner Teixeira ganhou do colombiano Cristian Salcedo. O duelo foi bem parelho, mas o brasileiro conseguiu conectar melhor os golpes para vencer por decisão dividida e garantir a vaga na final. Abner foi medalhista de bronze em Lima-2019 e chega na final dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez na carreira. Paris-2024 será sua segunda participação olímpica, uma vez que competiu em Tóquio-2020 e faturou o bronze na ocasião.

Bronzes

Já as medalhas de bronze vieram com Luiz Oliveira (57kg), Yuri Falcão (63,5kg) e Viviane Pereira (75kg). Bolinha caiu diante do estadunidense Jahmal Harvey, campeão mundial de 2021, por decisão unânime. Já Vivi perdeu para a panamenha Atheyna Bylon, também por unanimidade, assim como Yuri, que sofreu revés diante do canadense Wyatt Sanford. Vale destacar que não há disputa de terceiro lugar no boxe, portanto os derrotados na semifinal ficam com a medalha de bronze.

PAPO DE LUTA 126 destrincha o UFC 294 e seus desdobramentos

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O PAPO DE LUTA 126 destrinchou os resultados do UFC 294, com ênfase nas vitórias de Islam Makhachev sobre Alexander Volkanovski, Khamzat Chimaev sobre Kamaru Usman e o confronto entre Johnny Walker e Magomed Ankalaev, que terminou de forma polêmica e sem resultado após uma joelhada ilegal do russo.

Carlão Barreto e Marcelo Alonso também falaram dos desdobramentos dos resultados acima e de outros destaques do card, como os triunfos de Ikram Aliskerov e Sharabutdin Magomedov sobre os brasileiros Warlley Alves e Bruno Blindado, respectivamente, e de Muhammad Mokaev sobre Tim Elliott.

WGP Kickboxing e Fight Music Show fecham parceria para evento neste domingo em Curitiba

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WGP Kickboxing e Fight Music Show fecham parceria inédita para evento em Curitiba

O WGP Kickboxing e o Fight Music Show fecharam parceria inédita para realização de um evento no próximo final de semana. Denominado FMS Fight Night 2 Powered By WGP Studio 3, o evento acontece no próximo domingo, dia 29, em um conhecido bar da capital paranaense, o Tork N’ Roll, e terá lutas de MMA para abrir a noite, seguidas de duelos de Kickboxing para encerrar o show. O WGP chega com a terceira edição da sua série Studio, que dá a chance a jovens atletas que estão buscando um espaço no cenário nacional e o Fight Music Show com a segunda edição do FMS Fight Night, que vale uma vaga para a quarta edição do Fight Music Show, que acontece em 2024.

As duas organizações se juntam para edição especial no próximo dia 29, na capital paranaense, com lutas de MMA e Kickboxing; WGP realiza terceiro evento da série Studio, enquanto FMS faz seu segundo show do FMS Fight Night

As principais atrações do evento são seis lutas de MMA que vão abrir o show, seguidas de mais cinco lutas de Kickboxing. Nestes duelos, o WGP Studio 3 promove um GP entre os Meio-Médios, que vale uma chance no Challenger GP da categoria em uma edição numerada do evento. Já o FMS Fight Night 2 vai coroar a melhor atuação da noite com uma vaga no FMS 4. A transmissão fica por conta do Canal Combate, a partir das 18h.

A ideia da edição em parceria com os dois eventos veio após aproximação entre o presidente do WGP Kickboxing, Paulinho Zorello, e o CEO do Fight Music Show, Mamá Brito. Com diversas edições realizadas em Curitiba, o WGP viu uma grande oportunidade de dar mais uma chance a jovens que vem buscando seu espaço no Kickboxing, proposta da série Studio, e ainda turbinar seu card com lutas de MMA e o alto nível de um evento como FMS Fight Night.

“Sempre fomos admiradores do trabalho do Mamá e de toda a organização do Fight Music Show. Quando nos aproximamos e surgiu a ideia de realizar um evento conjunto não medimos esforços para isso acontecer. Acho que essa fusão entre duas forças das artes marciais no Brasil e América Latina tem tudo para dar certo. A ideia era aproveitar a estrutura que já seria montada para o FMS Fight Night 2 e turbinar com uma edição do WGP Studio, que também é uma edição diferente, que visa dar chance aos jovens atletas. Acredito que todos têm muito a ganhar com essa parceria, principalmente o público que vai assistir ao vivo e em casa através do Combate”, afirma Paulinho Zorello.

Outro ponto interessante é que o evento começa com seis lutas de MMA, que serão realizadas no octógono do FMS. Após esses duelos, o espaço dará lugar ao tradicional ringue do WGP para outros cinco duelos de Kickboxing. “Vamos conseguir proporcionar ao público uma noite dinâmica, que começa com MMA e termina com o Kickboxing, duas modalidades bem diferentes e disputadas em espaços diferentes. A ideia é proporcionar ao público uma nova experiência como fã de artes marciais”, finaliza.

Mamá Brito, CEO do Fight Music Show, expressou sua alegria e entusiasmo diante da promissora parceria estabelecida entre o FMS e o WGP: “Estou muito feliz com a parceria entre as duas organizações, e quero elogiar o presidente Paulinho Zorello, por seu trabalho e dedicação. Essa colaboração é emocionante e promete um futuro brilhante. Estamos animados com as oportunidades que essa parceria trará. Vamos fazer história juntos!”, disse.

O evento conta com 11 combates no total. Primeiro, serão realizadas seis lutas de MMA, com destaque para o duelo feminino entre Nicole Caliari, nome com passagem pelo WGP, e Daniela ‘Mão de Pedra’ pela divisão peso-mosca feminino (até 56,7kg). Entre os confrontos, o atleta que mais se destacar vai ganhar uma vaga no FMS 4, que acontece em 2024. Depois, entre as lutas de Kickboxing, o destaque é o GP na divisão dos Meio-Médios (até 71,8kg). Em uma semifinal estão o brasileiro Otacilio Cena diante do paraguaio Guido Cardozo. Do outro lado, Gustavo Bolino e Dioginis Overeem fecham a segunda semifinal. O vencedor ganha uma vaga no Challenger GP da categoria e se coloca na rota pelo cinturão do WGP. A final do GP fecha a noite, mas antes o card ainda conta com os duelos entre João Victor e Leonardo Diniz, pelo Super-Médios (até 78,1kg) e entre Gabriel de Lima e Luciano de Paula pelos Super-Leves (até 64,5kg).

FMS Fight Night 2 Powered By WGP Studio 3
Domingo, 29/10/2023
Local: Tork N’ Roll – Curitiba – BRA
Horário: 18h (FMS Fight Night 2) / 21h30 (WGP Studio 3)
Transmissão: Canal Combate para todo Brasil (a partir de 18h) e DirecTV para América Latina e Caribe (a partir 21h30)

Ingressos: Disponíveis para compra no site www.fightmusicshow.com.br

WGP Studio 3

Main Event:

GP Final

Light Middleweight (71,8kg)

Semifinal 1 Winner vs Semifinal 2 Winner

Special Fight:

Super Lightweight (64,5kg)

Luciano de Paula (Chute Boxe) vs Gabriel de Lima (Santa Fé Team)

Special Fight:

Super Middleweight (78,1kg)

João Victor (Teixeira Team) vs Leonardo Silva (Santa Fé Team)

GP – Semifinal 2

Light Middleweight (71,8kg)

Gustavo Bolino (Teixeira Team) vs Dioginis Overeem (TF Team)

GP – Semifinal 1

Light Middleweight (71,8kg)

Otacílio Cena – BRA (Otacilio Cena Fight Team) vs Guido Cardozo – PAR (Gibbor/Escuadron Clase A)

FMS Fight Night 2

Women´s Flyweight (56,7kg)

Daniela “Mão de Geladeira” vs Nicole Caliari

Featherweight (65,8kg)

Elvis Martins Caiçara vs Joelson Mec Pão

Catchweight (68kg)

Yabna “The Panther” vs Luiz Claudio “Luizinho”

Light Heavyweight (92,9kg)

Caio Cesar “Parangolé” vs José Luis “Montanha”

Bantamweight (61,2kg)

Ricardo Monteiro vs Jeferson Bastos “Molecão”

Women´s Strawweight (52,2kg)

Giovanna Inácio vs Leandra Sabini

Boxe: Keno, Bolinha e Holyfield vão às semifinais e garantem medalha no Pan

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Bolinha é um dos classificados para as semifinais do boxe - Pablo Bigorra/Santiago 2023

Keno Marley (92 kg) foi o primeiro brasileiro a assegurar um lugar na semifinal do boxe nos Jogos Pan-Americanos ao derrotar o colombiano Marlon Hurtado Colorado na sessão da manhã. De tarde, mais dois brasileiros repetiram o feito na sessão da tarde. Luiz Oliveira (75 kg), o Bolinha, derrotou o uruguaio Lucas Garcia, enquanto Wanderley Pereira (80 kg), o Holyfield, superou o dominicano Cristian Pinales. Quem também lutou foi Jucielen Romeu (57 kg), ainda pelas oitavas de final. Ela bateu a argentina Milagros Herrera e se classificou para as quartas de final.

Keno Marley

Primeiro a entrar em ação nesta segunda-feira, Keno Marley fez sua primeira luta no Pan, já que foi beneficiado pelo sorteio e já estreou nas quartas de final. O brasileiro não teve dificuldades para impor seu ritmo e venceu por unanimidade. “Foi uma luta bem interessante contra um atleta já conhecido, mas eu vim muito bem preparado para este Pan e eu quero fazer mais uma final. Dessa vez eu quero ouro para o Brasil”, disse o boxeador, que em Lima-2019, aos 19 anos, ficou com a medalha de prata. “Eu não quero nada menos do que o ouro! Agora, com 23 anos, estou mais preparado, mais experiente, com uma bagagem bem grande que eu venho construindo ao longo desse período”, afirmou Keno Marley, que foi vice-campeão mundial em 2021.

Wanderley Pereira

A luta mais difícil aconteceu entre Wanderley Pereira e Cristian Pinales. Prata no Mundial de boxe deste ano, Holyfield tentou se impor, mas o adversário ofereceu bastante resistência. O duelo foi tão equilibrado que um dos cinco jurados viu vitória do dominicano no primeiro round, mas quatro apontaram para a superioridade do brasileiro.

No segundo round, o equilíbrio seguiu com três juízes apontando a vitória para Wanderley Pereira e dois para Cristian Penales. A decisão então ficou para o último assalto. A luta estava aberta, mas Holyfield conseguiu acertar um golpe forte, que abalou o adversário, logo no começo. O dominicano não se entregou, mas o brasileiro conseguiu manter o controle para garantir a vitória.

Luiz Oliveira

Bolinha é um dos classificados para as semifinais do boxe – Pablo Bigorra/Santiago 2023

Pouco antes, Luiz Oliveira não deu chances para Lucas Garcia. O uruguaio mostrou técnica e também força nos golpes, mas não foi capaz de competir com a técnica apurada do brasileiro. “Dessa vez o adversário era um pouco mais técnico, tem um jogo parecido com o meu e isso me fez trabalhar um pouco mais. Ele bate forte, mas eu bato mais duro ainda e rápido. Venci todos os rounds de ponta a ponta. Nosso trabalho está sendo bem feito e vamos continuar dessa forma”, prometeu.

Apesar da medalha já conquistada, Bolinha, que é neto do lendário Servílio de Oliveira, primeiro medalhista olímpico da história do boxe brasileiro, quer mais. “Estou muito feliz, muito obrigado Brasil pela torcida. Já garanti a medalha de bronze, mas não foi ela que eu vim buscar não. Eu vim buscar o ouro e na próxima luta vou já garantir a final e a vaga olímpica. E, depois, na final, pegar o ouro”.

Jucielen Romeu

Quem estreou nesta segunda-feira foi Jucielen Romeu. Ainda pelas oitavas de final, ela não deu nenhuma chance à argentina Milagros Herrera. No segundo round, a arbitragem chegou a abrir contagem depois de uma sequência de golpes da brasileira. No final, a vitória foi por unanimidade.

“Eu estava muito focada, consegui sair com a vitória e vamos avançar agora até a final e conseguir essa medalha de ouro e buscar essa vaga olímpica para o Brasil. Gostei da minha luta, ritmo bom. Esse é o resultado do trabalho que a gente vinha fazendo”, afirmou Jucielen Romeu, que foi medalha de prata em Lima-2019. “Esse ano, se Deus quiser a gente pega o ouro”.

Lutas de terça-feira

A terça-feira será agitada para o boxe brasileiro em Santiago com seis lutas ao todo. Na primeira sessão, Abner Teixeira (+92 kg) faz sua estreia nas quartas de final da categoria acima de 92 quilos contra o mexicano Javier Hernandez.

Na parte da tarde, Caroline Almeida (50 kg) enfrenta Yuliett Asprilla, do Panamá, Tatiana Chagas (54 kg) encara Helen Palacios, do Equador, Bárbara Santos (66 kg) terá pela frente a equatoriana Ingrith Delgado, Viviane Pereira (75 kg) luta contra Kimberly Gittens, de Barbados, e Michael Trindade (51 kg) encerra a participação brasileira diante do venezuelano Keymberth Solórzano. Todos os confrontos são pelas quartas de final de suas categorias.

Bia Ferreira e Jucielen Romeu garantem vaga nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

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Já garantida nas Olimpíadas de Paris-2024, Bia Ferreira disputa vaga na final do Pan de Santiago-2023 - Alexandre Loureiro/COB

O boxe brasileiro segue imparável nos Jogos Pan-americanos do Chile. Com o encerramento dos combates nesta quarta-feira, 23, a seleção chegou a 20 vitórias em 21 lutas na competição. E, claro, isso se reflete em mais medalhas garantidas, mas também em duas vagas olímpicas. Beatriz Ferreira e Jucielen Romeu são as primeiras atletas da modalidade classificadas para Paris-2024.

Atual vice-campeã olímpica, Bia Ferreira conquistou a primeira vaga para Paris-2024 com autoridade. A bicampeã mundial derrotou a costarriquenha Pamela Sanchez por nocaute técnico, nesta quarta-feira (25), e garantiu vaga na semifinal da categoria até 60kg dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

Já garantida nas Olimpíadas de Paris-2024, Bia Ferreira disputa vaga na final do Pan de Santiago-2023 – Alexandre Loureiro/COB

“Estou muito feliz e aliviada. Queria estar muito em Paris e agora estou tranquila. Essa é a primeira de muitas, porque a gente vai voltar com excesso de bagagem, com muitas medalhas e muita classificação. Confia! Mas o foco continua, quero buscar o bicampeonato aqui e vou lutar até o fim”, falou Bia logo após a prova.

Além da vaga olímpica, Bia Ferreira já garantiu também uma medalha no Pan, uma vez que não há disputa de terceiro lugar no boxe. Ela já havia medalhado em Lima-2019, conquistando um ouro na ocasião. Portanto, busca o bicampeonato da competição. A brasileira enfrentará a norte-americana Jajaira Gonzalez, campeã olímpica da juventude de 2014, na semifinal.

JUCIELEN ROMEU EM PARIS-2024

Depois de Bia Ferreira carimbar o passaporte para os próximos Jogos Olímpicos ainda pela manhã, à tarde foi a vez de Jucielen Romeu vencer Daisy Hoang, do Peru, por decisão unânime dos juízes, avançar para as semifinais da categoria 57kg e garantir uma medalha em Santiago 2023 e a vaga nos próximos Jogos Olímpicos. Mas ela ainda não está totalmente satisfeita.

“Estou muito feliz porque conquistei metade do propósito, que é a vaga olímpica. Sigo em busca do ouro. Estava muito bem preparada: assisti a uma luta dela, estudei. Em cima do ringue, fiz o jogo que eu trabalhei para ser feito, com calma e técnica, e deu tudo certo”, comentou a pugilista natural de Rio Claro (SP). Nas semifinais, ela enfrenta Omailyn Segovia, da Venezuela.

“Quanto mais a gente avança, mais difícil fica. Agora é com a venezuelana, uma atleta forte, experiente, vai ser equilibrado. Mas eu confio em mim, tenho totais condições de avançar para a final e ser campeã”, completou Juci.

YURI FALCÃO GARANTE MEDALHA

Quem também se garantiu nas semifinais e, consequentemente, no pódio foi Yuri Falcão (63.5kg). Também por decisão unânime dos juízes, o sobrinho de Esquiva e Yamaguchi derrotou Samuel Cabrales, de El Salvador.

“Foi uma luta dura como já era esperado, mas sempre estive confiante porque estava bem treinado. Fiz vários campings de treinamento na Itália, na Espanha, na Colômbia. O primeiro objetivo era conseguir a medalha e, agora, é ir atrás da classificação olímpica que, se Deus quiser, vai vir”, disse Yuri.

BRASIL EM 12 SEMIFINAIS

Todas as semifinais serão disputadas nesta quinta-feira, a partir das 11h, e o Brasil estará em 12 das 13 que serão disputadas. Tatiane Chagas (54kg), Bia Ferreira (60kg), Viviane Pereira (75kg), Luiz Oliveira (57kg) e Keno Machado (92kg) lutam no bloco da manhã. Já à tarde, começando às 17h, fazem as semifinais Caroline Almeida (50kg), Michael Douglas (51kg), Jucielen Romeu (57kg), Yuri Falcão (63.5kg), Barbara Santos (66kg), Wanderley Pereira (80kg) e Abner Teixeira (+92kg). Depois do Brasil, o país com mais semifinalistas são Canadá, Colômbia e Estados Unidos com seis cada um.

“É resultado de muito trabalho, principalmente em equipe. Somos muito unidos e isso faz a diferença. Treinamos juntos, comemos juntos, treinamos duro um com o outro. O nível vai subindo porque com a Bia ganhando, o Abner ganhando, o Keno ganhando, isso vai motivando e o crescimento é em conjunto. Eu fico muito feliz com isso”, disse Mateus Alves, treinador-chefe da seleção de boxe.

A melhor campanha do Brasil no boxe em Jogos Pan-americanos foi em São Paulo 1963 com 9 medalhas, sendo três de ouro, cinco de prata e uma de bronze.

Neiman Gracie e Roberto Cyborg brilham e estreia do ADXC é sucesso em Abu Dhabi

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Neiman Gracie venceu a luta principal - Divulgação/ADXC

Abu Dhabi se transformou no epicentro das artes marciais nesta sexta-feira com a estreia do Abu Dhabi Extreme Championship (ADXC), um evento que trouxe uma experiência única e empolgante para os fãs de luta. A Mubadala Arena, iluminada por luzes deslumbrantes e telões gigantes, testemunhou a paixão pelo esporte em um evento com todos os ingressos vendidos.

Os espectadores foram recebidos por uma atmosfera eletrizante, com as luzes cintilando e os telões exibindo os destaques das carreiras dos lutadores. O ADXC mostrou que não é apenas mais um torneio de artes marciais, mas sim um espetáculo que combina esporte e entretenimento, proporcionando uma experiência única para os amantes das lutas.

Neiman Gracie venceu a luta principal – Divulgação/ADXC

Dentro do octógono, a luta principal do evento, aguardada com grande expectativa, colocou o ex-lutador do UFC Ben Henderson contra Neiman Gracie. O duelo ficou marcado na memória dos presentes, com Gracie saindo vitorioso ao finalizar Henderson com um armlock espetacular. O público não poupou aplausos para ambos os lutadores, reconhecendo a grande performance no octógono. Após a vitória, o brasileiro não escondeu a alegria em estar de volta ao grappling.

“Estou muito feliz, espero voltar para lutar, na próxima edição, quem sabe em dezembro, contra outra lenda do MMA. O ADXC colocou o grappling em um outro patamar, foi incrível viver essa experiência fora do MMA”, festejou.

A segunda luta mais empolgante da noite foi entre o brasileiro Roberto Cyborg e o australiano Anton Minenko. Aos 42 anos, Cyborg mostrou todo seu repertório de quedas e manteve a pressão ao longo dos cinco rounds até a vitória.

“É uma satisfação imensa estar aqui, podendo fazer parte da história sendo construída. Muito feliz também com a minha performance, consegui fazer o que eu queria, pressionei ele o tempo todo e fui minando aos poucos. Já estou pronto para a próxima, se quiserem já podem me colocar no próximo card˜, brincou o experiente atleta.

A próxima edição do ADXC será realizada no Brasil. A data do evento ainda não foi confirmada, mas a organização promete levar o mesmo show de Abu Dhabi para o país do jiu-jítsu.

Card preliminar tem show de finalizações

O card preliminar do Abu Dhabi Extreme Championship (ADXC) começou com uma explosão de ação, apresentando cinco lutas emocionantes. Três delas terminaram em finalizações espetaculares, destacando Fellipe Andrew, que impressionou com um triângulo incrível contra Uanderson Ferreira, e a estreante de apenas 17 anos, Sarah Galvão, filha de André Galvão, que venceu por finalização no pescoço após uma luta intensa. O americano Dan Manasoui também se destacou ao finalizar Antônio Assef com uma chave de calcanhar em pouco mais de 1 minuto. O ADXC prometeu uma noite repleta de ação, e o card preliminar deixou claro que as expectativas estavam sendo superadas desde o início.

Superlutas tem equilíbrio e brilho de Porfirio após quase ser finalizada

As superlutas do evento trouxeram momentos emocionantes e confrontos equilibrados. Destaque para a luta entre Tayane Porfirio e Giovanna Jara, que por muito pouco não finalizou Tayane com um armlock no segundo round. Mas a ex-campeã mundial resistiu e conquistou a vitória após amplo domínio no round seguinte. A disputa entre Márcio André e Fabrício Andrey também foi notável, com uma decisão dividida dos juízes que refletiu o equilíbrio do duelo. Além disso, a luta entre Thalisson Soares e o árabe Zayed Alkatheeri também levantou a plateia. Mesmo com Soares vencendo por decisão unânime, o atleta da casa vendeu caro a derrota e foi ovacionado após a disputa.

Lutas principais: Cyborg e Gracie dão show e são os destaques do ADXC 1

Nas quatro lutas principais da noite, quem brilhou foi o representante da família Gracie, Neiman Gracie, que deu um show de jiu-jítsu contra o ex-campeão do UFC Ben Henderson. O brasileiro se impôs durante os quatro rounds, com um jogo de guarda muito versátil e finalizou o americano com um lindo armlock. Enquanto isso, o veterano de 42 anos, Roberto Cyborg, mostrou que continua em plena forma, vencendo o australiano Anton Menenko com superioridade nos cinco rounds. A luta mais aguardada da noite, a revanche entre Gustavo Batista e Isaque Bahiense, viu Bahiense prevalecer, embora com poucas emoções. Além disso, destacou-se a vitória de Marvin Vettori sobre o ídolo local Tarek Suleiman, solidificando seu nome no evento.

Resultados completos

Sarah Galvão venceu Vitória Gabriella, por finalização (estrangulamento das costas), no 3R

Dan Manasoui venceu Antônio Assef por finalização (chave de calcanhar), no 1R;

Luiza Monteiro venceu Nathalie Ribeiro, por decisão unânime;

Jonnatas Gracie venceu Natan Chueng, por decisão unânime;

Fellipe Andrew venceu Uanderson Ferreira, por finalização (triângulo), no 1R;

Marcin Held venceu Guram Kutateladze, por finalização (armlock), no 1R;

Thalison Soares venceu Zayed Alkatheeri, por decisão unânime;

Fabrício Andrey venceu Márcio André, por decisão dividida;

Abdul Kareem venceu Islam Rede, por decisão unânime;

Tayane Porfirio venceu Giovanna Jara, por decisão unânime;

Roberto Cyborg venceu Anton Minenko, por decisão unânime;

Marvin Vettori venceu Tarek Suleiman, por decisão unânime;

Isaque Bahiense venceu Gustavo Batista, por decisão unânime;

Neiman Gracie venceu Ben Henderson, por finalização (armlock), no 4R.

Cidade das Artes-RJ tem noite histórica com o Prêmio Melhores do Ano nas Artes Marciais

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Aldo, Rizzo e Minotouro foram uns dos homenageados - Divulgação

Desejo antigo de todos os atletas, professores, entidades e fãs de lutas cariocas, o Prêmio Melhores do Ano nas Artes Marciais 2023 – uma iniciativa do Sindilutas com o apoio da Prefeitura do Rio – se tornou realidade na última segunda-feira (23), com um grandioso evento realizado para mais de 1.000 pessoas na Cidade das Artes, um dos principais centros de espetáculos do Rio de Janeiro.

Aldo, Rizzo e Minotouro foram uns dos homenageados – Divulgação

Criado com o intuito de valorizar e reconhecer grandes nomes do mundo das lutas da “Cidade Maravilhosa”, o Prêmio Melhores do Ano nas Artes Marciais reuniu representantes do Jiu-Jitsu, MMA, Judô, Muay Thai, Capoeira, Kickboxing, Boxe, Luta Livre Esportiva, Sanda, Kung Fu, Karate, Sumo e Taekwondo – entre outras modalidades – em um único lugar, todos em harmonia.

Um dos pontos altos do evento foi a emocionante homenagem às lendas, que rendeu aplausos de pé para Geraldo Bernardes (Judô), Claudio Coelho (Boxe), Mestre Camisa (Capoeira), Mestre Martins (Capoeira) e João Alberto Barreto (Jiu-Jitsu).

“Estou com 81 anos, enfrentando um câncer e o Parkinson, mas apesar das doenças, sigo firme em prol do Judô. Até porque, pra mim não são doenças, e sim mais um adversário na minha frente, que eu vou dar porrada”, afirmou Geraldo Bernardes, levantando o público presente na Grande Sala da Cidade das Artes.

O Prêmio Melhores do Ano nas Artes Marciais ainda teve diversos outros momentos especiais, entre eles, as celebrações de José Aldo, Pedro Rizzo e Minotouro por suas colaborações ao MMA; Sueli Costa e Mestre Hulk na Capoeira; Dedé Pederneiras e João Castello Branco no Jiu-Jitsu; Rosicleia Campos e Rudolf Hermanny no Judô; Eugênio Tadeu, Johill de Oliveira e Hugo Duarte na Luta Livre Esportivo, além de representantes de outras modalidades – ao todo foram mais de 300 homenageados.

“Esse evento é um sonho realizado depois de tantos anos de luta, literalmente. O que aconteceu na Cidade das Artes era inimaginável quando eu comecei e a gente brigava para se estabelecer dentro da luta. Então, o Prêmio é algo que nem nos meus melhores sonhos eu imaginaria acontecendo”, exaltou Dedé, faixa-coral de Jiu-Jitsu e um dos principais treinadores de MMA do mundo.

Já no quesito “inspiração”, a premiação ficou com o faixa-preta Fernando Tererê, bicampeão mundial de Jiu-Jitsu e dono de uma verdadeira história de superação – que inclusive virou filme recentemente. Ele recebeu o troféu no palco ao lado de várias crianças do seu projeto social. “Estou muito satisfeito. Receber o prêmio junto com as crianças do projeto no palco, uma homenagem bonita dessa, só posso agradecer o reconhecimento”, disse um emocionado Tererê.

Idealizado pelo professor Fabrício Xavier, presidente do Sindilutas, e Marcos Castro, diretor da Tatame, com o apoio do vereador Marcelo Arar, Prefeitura do Rio e Secretaria de Esportes e Lazer do Município do Rio de Janeiro, o Prêmio Melhores do Ano nas Artes Marciais promete retornar em 2024, ainda mais organizado e proporcionando uma noite de gala à altura que as artes marciais merecem na “Cidade Maravilhosa”.

LBV e Geração UPP são homenageados no Prêmio Melhores do Ano das Artes Marciais

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LBV e Geração UPP foram homenageados - Divulgação

Pelas ações em prol de projetos sociais que, através dos ensinamentos das artes marciais, têm um forte impacto na transformação social de comunidades do Rio de Janeiro, a Legião da Boa Vontade e a Super Rádio Brasil foram homenageadas no Prêmio Melhores do Ano das Artes Marciais, em cerimônia realizada na última segunda-feira (23), na Cidade das Artes Bibi Ferreira, na Barra da Tijuca.

LBV e Geração UPP foram homenageados – Divulgação

Organizado pela Sindilutas, com o apoio da Prefeitura do Rio, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e da Frente Parlamentar em Defesa das Lutas e das Artes Marciais, o prêmio destacou atletas, treinadores, mestres e instituições que representaram o Rio de Janeiro nos tatames ou que, através de ações, ajudaram a fomentar os esportes de combate na Cidade Maravilhosa.

“Como nos ensina o nosso presidente da LBV, o jornalista e educador José de Paiva Netto, ninguém faz nada sozinho. Se esse trabalho faz a diferença e é reconhecido por isso, é graças aos parceiros que vêm nos apoiando ao longo dessa jornada, como Prime Esportes, Boomboxe, Tatame, PVT, Tintas Nacional, Unisuam, Megabox, Governo do Estado, SUDERJ e as Secretarias de estado de Esporte e a de Polícia. Muito obrigado a todos e parabéns a toda equipe que organizou essa grandiosa premiação”, agradeceu Pedro Paulo Torres, diretor de relações institucionais da Super Rádio Brasil.

Ao todo, os projetos apoiados por LBV e Super Rádio Brasil atendem mais de 4 mil pessoas, entre jovens de comunidade e profissionais de segurança pública. Um dos principais é o Geração UPP, que também foi homenageado. Desde 2009, o programa ajuda a transformar a vida de moradores de comunidades através de policiais graduados em artes marciais que compartilham o conhecimento adquirido nos tatames para crianças e jovens. Atualmente, o programa conta com mais de 2.500 jovens atendidos.

“É uma honra muito grande poder representar a Polícia Militar e o Geração UPP, que hoje funciona em 27 comunidades, e os policiais militares que dão aulas diariamente para crianças dentro da comunidade, juntamente com a LBV, que é mais que uma grande parceira dos nossos projetos, é uma parceria fundadora. É gratificante poder mostrar o trabalho que a gente realiza nas comunidades diante de grandes nomes das artes marciais”, destacou o Major PM Vinicius Oliveira.

Ao longo desses 14 anos de projeto, foram conquistados títulos internacionais, incluindo um mundial, tanto nos EUA quanto em Abu Dhabi, inúmeros nacionais e estaduais. Inclusive, no início de novembro, oito atletas do Geração UPP viajam a Abu Dhabi para a disputa da Copa do Mundo de Jiu-Jítsu organizada pela federação local, que é uma das principais competições do calendário do da modalidade.

“Projetos sociais são de muita importância. De onde vem grandes atletas, grandes campeões, sempre tem projetos sociais por trás, então eu vejo com bons olhos. Espero que surjam mais e mais. Claro, primeiramente para formar cidadãos, que é o principal intuito, mas também campeões”, exaltou a lenda e membro do hall da fama do UFC José Aldo, que também foi um dos homenageados da noite.

Uanderson Ferreira: carioca que conquistou árabes com carisma e jiu-jítsu agora quer o mundo

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Uanderson Ferreira foi uma das estrelas do card do ADXC 1, em Abu Dhabi (foto: Bruno Ramôa)

Bastam algumas palavras com Uanderson Ferreira para notar que se está diante de um típico carioca. Sotaque chiado, gírias na ponta da língua e um jeito malemolente. Acrescenta-se a estes ingredientes um misto de agressividade nas lutas e determinação, e fica fácil de entender porque o jovem, de 22 anos, tornou-se um ídolo nos Emirados Árabes Unidos e uma das grandes promessas do jiu jitsu na atualidade. Este prestígio poderá se tornar ainda maior a partir do próximo dia 9, quando Uanderson tentará conquistar o mundo, pela primeira vez, no AJP World Pro 2023, em Abu Dhabi.

Uanderson Ferreira foi uma das estrelas do card do ADXC 1, em Abu Dhabi (foto: Bruno Ramôa)

“Vai ser um grande desafio, eu consegui passar da seletiva por estar bem pontuado no ranking e já estou na chave principal. Vai ser uma guerra. Independente de quem vier pela frente, caiu na rede é peixe. Essa edição do World Pro é especial, terão mais atletas do que nunca e todo mundo está babando para levar. Mas estou muito bem preparado, os meu professores na Commando Group estão tirando o meu melhor e vou com tudo buscar esse título”, afirma Uanderson.

Natural do Morro de São João, Zona Norte do Rio de Janeiro, Uanderson vive há 4 anos nos Emirados Árabes Unidos. O convite veio quando ainda era faixa azul e treinava no projeto social Márcio Carreira, na comunidade onde morava. De lá para cá, o brasileiro se consolidou com títulos importantes da AJP (Abu Dhabi Jiu Jitsu Pro) nas faixas coloridas até tornar-se um faixa preta, no início deste ano. O sucesso na nova graduação foi imediato, e em junho, ele conquistou o AJP Grand Slam Rio de Janeiro, o que lhe rendeu uma oportunidade na 1ª edição do badalado ADXC – evento de lutas casadas realizado na última sexta-feira, em Abu Dhabi, com estrelas do mundo do grappling.

“Quem olha pensa que as coisas aconteceram muito rápido na minha vida. Mas por trás de todo esse sucesso teve muito trabalho, muito suor e muito sacrifício. O Grand Slam no Rio foi uma afirmação para mim de que eu conseguiria me manter no topo na faixa preta. Quando fui convidado para o ADXC foi uma oportunidade incrível, me senti uma estrela do jiu jitsu. Infelizmente não consegui a vitória, acabei perdendo para o Fellipe (Andrew) mas tenho certeza que vou voltar mais maduro e ainda melhor nas próximas lutas. O World Pro vai ser uma grande chance para eu mostrar o quanto sou forte e não me deixo abalar”, confia o atleta.

O otimismo e a resiliência demonstrada nas palavras acompanham a trajetória de Uanderson desde o início. Se, hoje, ele consegue viver uma vida confortável e focada apenas no jiu jitsu, muito se deve ao esforço dedicado na adolescência e à mentalidade inabalável dos tempos em que morava na desafiadora comunidade no Rio de Janeiro.

“Vi alguns amigos do Morro do São João indo para o lado errado, a gente vive muitas vezes no limite do bem e do mal lá. Mas sempre tive o jiu jitsu na minha vida, comecei aos 8 anos, me mantive focado no meu propósito de me tornar lutador profissional e mudar de vida. Nunca pensei em desistir, e hoje estou colhendo os frutos. Por isso espero servir de inspiração para a molecada que hoje está passando pelas trevas. Quero que eles entendam que é só uma fase, continuem fazendo rifas, vaquinhas, tirando dinheiro daqui e dali para lutar. Vocês têm uma vida inteira pela frente e se vocês acreditarem, vocês podem mudar de patamar também”, aconselha.

Apesar de já viver um sonho, as ambições de Uanderson não param e transcendem as quatro linhas do tatame. Ele planeja iniciar uma faculdade de educação física no próximo ano, equilibrando sua rotina de treinos com o conhecimento acadêmico. Seus olhos também brilham ao falar de seu desejo de proporcionar uma vida melhor a seus pais, incluindo o sonho de comprar uma casa longe do Morro do São João, no Rio de Janeiro.

“A gente nunca sabe o dia de amanhã, quero aproveitar ao máximo minha carreira também me preparar para o futuro. Tenho muitos objetivos ainda como atleta, ser campeão mundial do World Pro é um deles, mas meus grandes planos para 2024 são de iniciar uma faculdade, provavelmente de educação física, e tirar meus pais da comunidade. Quero comprar uma casa para eles em um bairro melhor no Rio de Janeiro, longe da violência”, vislumbra o jovem.

Uanderson Ferreira é uma lembrança viva de que por trás de cada lutador há uma história extraordinária e uma determinação inquebrável. O sorriso que carrega reflete não apenas sua autenticidade, mas também sua resiliência. Enquanto ele se prepara para enfrentar o mundo no World Pro, em Abu Dhabi, somos lembrados de que sonhos, quando alimentados com paixão e perseverança, podem transcender os limites da realidade.

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